quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano novo e prosperidade aos bikers... devaneio para marcar a data!

Chega então o marco de um ciclo... mais uma coleção de eventos marcou e encerrou um ano. Nada de novidades extraordinárias em tecnologia ciclística como eu gostaria de apresentar ou comentar, mas um bom ano. A crise mundial reforçou a necessidade de usarmos mais a bicicleta para poluir menos, para termos mais saúde, para custarmos menos ao sistema. Um ano se passa, e um ano se joga pelo ralo se não aprendermos... parece nostalgia, se mistura com nossos problemas e alegrias, entre bicicletas, eixos e parafusos. A alegria de superar, seja qual for o obstáculo, um audax, um problema financeiro... nada perto de problemas de saúde, e sadios estamos, graças! Tenho poucos e bons pedidos para 2010. Um deles extensivo aos colegas, peço em nome de todos, paz, de maneira geral, em especial de trânsito. Outro pedido, iluminação a sociedade brasileira... em especial aos servidores do país. Por último, saúde a todos!
Um abraço e um excelente 2010!

Texto e foto: Roberto Furtado

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Continuidade em 2010

Então... acabei encerrando 2009 na promessa de mais alguns projetos de restauro e de novos testes. A vida de biker é assim, depende do bolso, do tempo e de recursos profissionais disponíveis. Embora um dos projetos esteja praticamente pronto, não está... a Trek 470, tão falada, aguarda a cromeação da mesa em Cr-Mo. Sim, isto mesmo, consegui uma mesa assim, precisando refazer o cromo. Também uma GT Rave em fase final de remontagem, porém nada original, diferente da Trek 470. Também haviam projetos de uma Giant Alegree e uma Peugeot turismo 3 feminina, que me colocam dúvidas de continuidade, devido a distância em que se encontram de finalizar. Restaurar uma bike de início ao fim é um tanto quanto trabalhoso, requer um tempão! Definitivamente, nada é tão fácil... nem tão barato, nem tão monótono, quanto comprar uma bike em loja, quando o assunto é restauração! Enfim, o novo ano esta aí, e logo mais daremos continuidade a tantas coisas que desejamos... uns com seus desafios de uma série Audax, outros com seus projetos de restauração, outros com as duas coisas... o que vale é tentar, cair, tentar de novo, e "roda pra frente"!
Roberto Furtado

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Desabafo do biker em fim de mais um ano

Mais um ano... Caminhamos todos em direção a algo, nossa cultura e nossos desejos são os fixadores de nossos hábitos. Não esquecemos, não mudamos, não lutamos contra o sistema. Ao som de músicas que ouvia quando moleque, descrevo este texto, relembrando sensações e energias de Ramones, Spy vs. Spy, Legião Urbana, dentre outros que compunham a vida musical de minha época. Hoje, sou algo que nem compreendia na época, e deve ser por isto que os mais velhos sempre dizem a nós: "Um dia você vai saber!" Talvez sim, talvez não, se você pensar... possivelmente, mas se você estiver sempre em ritmo de alienação, um certo talento, então você apenas passa pelas coisas e somente se elas cairem em cima de você é que pensará a respeito. Eu descobri que como biker sou feliz, pedalo pouco, mas ainda assim um privilégio... privilégio de preservar o planeta quando vou trabalhar de bicicleta, e de minhas próprias adrenalinas em descidas e subidas vencidas. Meu sangue continua a correr, e talvez isto seja a maior sensação de estar positivamente vivo, já que hoje liguei a TV na hora do almoço, e só assisti tragédias. Receio que a vida não seja de todo ruim, como a RBS, Record, e outras ditadoras costumam afirmar diariamente ao "meu" meio dia, mas a sensação imediata vence qualquer bom humor. Fiz tantas coisas e ainda não fiz nada, sensação que tenho quando penso a respeito de longividade. Gostaria de pedalar muito mais, pescar um pouco mais (já que raramente vou), e se me deixassem simplesmente escolher, a televisão teria apenas National Geografic, Discovery e Animal Planet. Também não iria mais aonde as pessoas se acumulam em espera, pq meu humor vai pelo ralo. Me sensibilizo no meio em que estiver, e logo externo minha insatisfação, taxando-me de chato e crítico, pq ainda penso. Outro dia, através de um cliente, e agora amigo, revivi o pensamento sobre o bem o mal, e quase me esqueci da essência do contexto em que vivemos. A frase dizia, sobre minha ótica interpretativa, que não era de se espantar que os ruins, maus, e corruptos saissem como baratas dos bueiros... mas sim como os bons, sim, os bons... como os bons podiam ficar em silêncio? Então eu pensei... e concluí que os bons estão divididos em grupos, e talvez alguns pensem que as coisas deliberadamente melhorarão de forma natural, outros dirão que nada mudará, mesmo que seja feito o maior esforço do mundo, outros esperarão por um salvador, outros nem sabem o que fazer... Eu, não sei o que fazer, entre meu ceticismo e minha covardia, me encaixei entre a fenda e tento me proteger. Na esperança de que a luz chegue até nós, e que possamos cuidar melhor uns dos outros e da nossa casa, o tal "planeta azul".
Desculpem-me os colegas ciclomaníacos, mas hoje revoltei-me com o sistema, e não consegui pensar em bicicletas. De qualquer forma, vale a reflexão, e quem sabe se todos pensarmos juntos, alguma coisa melhore... como mágica, mágica de pedalar.
Um abraço
Roberto Furtado

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Manutenção e conservação da bike com finalidade ecológica

Alguns componentes parecem menos importantes que outros, mas na verdade qualquer material tem tanta importância quanto um câmbio traseiro. Uma bicicleta é feita de um conjunto, e a ausência de qualquer dos itens transforma a bike em um veículo ineficiente ou incompleto. Pode este componente permitir que a bike se desloque sem grandes problemas, como pode a bike parar sem qualquer chance de trafegar. Uma caixa de direção ruidosa, não impede que o ciclista chegue ao destino, mas reduz muito o prazer de pedalar... em casos mais graves, cuja a caixa de direção se apresenta "trancando", pode acarretar num belo tombo. Nesta questão de segurança, qualquer item, seja simples ou não... é importante, e economizar pode ser o mesmo que perder um passeio. As vezes fico avaliando alguns extras, peças que parecem ser mais enfeitadas do que exatamente boas, mas esta crítica e capacidade de avaliar pode estar relacionada ao bom e ao mau biker. Bom e mau no sentido da compreensão e entendimento no assunto, não em caráter... interprete o contexto do assunto. A diferença de um bom biker não esta no bolso, pois ele pode ter uma bike extremamente simples aos olhos de um comércio e de outros colegas, mas a prova de que ele fez boas escolhas esta no número de vezes em que ficou na mão. É comum ver bikers empenhados com bicicletas de renome, como trek, scott, gt, cannondale, etc... Geralmente as grandes marcas estão prontas ao sair da loja e enfrentar grandes distâncias sem qualquer impecílio, mas após uma série de manutenções necessárias e mau executadas, transformam-se em lixos ciclisticos. Isto me lembra uma situação onde comprei uma trek 4000, onde não havia outra maneira de recuperar a bike. Troquei tudo... não deu pra aproveitar nada! Salvei a bicicleta da extinção e dei nova vida a ela. Vendi esta bicicleta, e hoje seu proprietário é um biker feliz. Comprei relativamente barato, mas gastei tanto para ressucitar a bici, que praticamente a vendi pelo valor que me custou. Alguns pensariam que eu seria um tipo de louco... até com vocação para trouxa, mas gosto tanto de bicicletas, que até a restauração me deixa feliz. Não gosto de fazer com pressa, gosto de curtir, refletir... ver aonde vai acabar. Se não fica bom, volto, refaço o caminho, tento chegar próximo do desejado. É surpreendente o que as pessoas fazem com os carros, mas é mais notável ainda como sabem destruir bicicletas... não com o uso exatamente, mas com o descaso, escolha ruim de peças, a legítima falta de consideração com algo que só traz felicidade. Para conservar bem a bike é necessário refletir antes de trocar alguma peça, pois existem motivos de sobra para que uma bicicleta venha com uma certa composição de peças. O fabricante nem sempre é apenas um "desvairado" que visa lucro, ele também objetiva a satisfação do comprador. É o caso clássico as marcas citadas antes, que mesmo com composição simples nos modelos de largada, usam componentes e peças de qualidade e durabilidade satisfatórias. É difícil de compreender um motivo para não dar manutenção na bike, pq se ela parar, você volta para o ônibus ou para o carro. O km rodado em uma bicicleta é tão barato, que talvez seja mais barato do que contabilizar o consumo do solado do tênis gasto se você percorrer a mesma distância a pé. Reflita! Bicicleta é meio de transporte, meio de lazer, meio de vida... vida saudável, vida colorida, opção de desprendimento, onde o biker contribui para um planeta mais bonito e limpo. Uma bicicleta muito danificada é a garantia de retrocesso e sustentação de um sistema que esta nos arruinando. Mantenha, cuide de sua bike! Nós precisamos dela por estes motivos que descrevi. Se você lubrifica as peças com certa frequência, há uma chance muito grande de que estas peças durem pelo menos 30% mais. Estes 30% representam uma economia no seu bolso, e menos poluição! Não pense que uma peça polui somente quando vai ao lixo... esta peça que você tem na bike, e vai jogar fora, precisou de um processo industrial bastante poluente, como todo industrializado, especialmente compostos poliméricos. Poluimos a água usada no processo de fabricação, no processo de obtenção do material, no transporte... em tudo que se fez para chegar ao processo final. Cuide da sua bike!

Texto e foto: Roberto Furtado

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Criticando a "fabricação" Nacional e o País

Existem coisas que devemos dizer, outras que devemos relevar e omitir, mas outras... devem ser criticadas como forma de exigir melhorias. O mercado nacional é representado de verdade por poucas empresas fabricantes de bicicletas. Não é de hoje que não existe nada que preste no mercado nacional, e não é exatamente culpa integral do fabricante, mas também do sistema e do próprio mercado. Somos hoje, representados por duas ou três marcas apenas... as demais não geram volume ou reputação de qualidade para se levar em conta. A caloi, uma tradicional marca, ao meu ver já não é mais a mesma da década de 90, quando vinha comprovando uma ascensão de qualidade. Já na época haviam "problemas" nos projetos se as mesmas fossem comparadas com grandes marcas... e não havia como afirmar a mesma qualidade. Bicicletas desalinhadas, qualidade de solda deixando a desejar. Se houver dúvida, compare a continuidade do cordão de solda de bikes da mesma época, entre uma GT ou Trek e uma Caloi. De lá pra cá, o visual e a geometria adotada mudaram, mas alguns detalhes são percebidos por bikers de maior nível e conhecimento específico. Continuam havendo as diferenças... sinto-me triste quando penso que a maior fábrica nacional, ainda deixa a desejar quando comparamos em nível mundial. E a responsabilidade não é só da empresa, mas também do mercado consumidor que não valoriza o que é bom quando se tenta inserir um novo produto no mercado. Também temos a Sundown que insiste em convencer o consumidor de que é nacional de qualidade, quando sabe-se que a bike praticamente é montada aqui no Brasil... isto não é fabricação, nem tradição em fabricação, mas o consumidor brasileiro por desconhecedor dos fatos, também entra pelo cano. No fim, para fugir de altos valores, o comprador de uma bicicleta acaba caindo na rede brasileira de bicicletas, que é extremamente pobre em qualidade. Pelo menos até esta data seremos obrigados a consumir estes materiais, talvez por falta de preparo e conhecimento de nós mesmos! O curioso é que o próprio país dificulta produzir, carregando arduamente em impostos, de forma que o produto nacional de melhor nível, fique quase tão caro quanto um produto de nível acima, que vem do exterior, e que se paga também por uma marca (de tradição). Por falta de opção, sigo meus instintos nas bikes importadas, com espírito e marca, também importados.
Roberto Furtado

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mais Cyclocross



Algumas fotos arrancadas da net de ciclocross (cyclocross). Nada contra mtb, pelo contrário... o mtb foi a grande explosão do ciclismo radical e suas propostas. Tive um penca de MTB's, e ainda acho ela a melhor de todas quando o assunto é versatilidade. A pergunta que me fiz... Se o MTB tradicional usa aros 26", pq estão fazendo MTB's de aro 29? Talvez pq o aro 29, bem como o aro 700, sejam melhores para ultrapassar pequenos obstáculos... roda maior, maior diâmetro, maior facilidade de se transpor sobre os obstáculos. Ou seria apenas uma jogada comercial das grandes marcas? Sim, poderia ser... pq as bikes 29" custam muito $$$ ainda, e haveria de ter uma justificativa para cifras maiores. seja como for, acho toda forma de pensar bike, uma excelente proposta, vale ouvir e experimentar cada uma, e tirar suas próprias conclusões. Não tem nada pior que repassar aquilo que se houve, interpretar é uma qualidade que deve ser exercitada.
Roberto Furtado

"All Cyclocross"


Meses atrás escrevi sobre o cyclocross (ou ciclocross), e na verdade compreendi melhor o tipo de conceito, quando descobri que fora esta modalidade que "antecedeu" o MTB e suas variedades. As vezes fico aqui pesquisando sobre o cyclocross, e me surpreendo com a capacidade destas bikes. A versatilidade de uma bike é grande questão. Logicamente não faremos XC ou AM com uma bicicleta de aro 700 e pneu estreito, mas existem pneus específicos para viabilizar sua 700 em uma fora de estrada, como é a proposta do cyclocross. O cyclocross é muito próximo do conceito de uma speed robusta, usando os mesmos componentes, inclusive trocadores e relação. Também é muito próximo das bikes para touring, estas que de guidão reto, perfeitas para o uso urbano. O problema e especificidade do material esta na capacidade de aceitar aros e pneus largos, o que é impossível em uma legítima road bike (speed). Porém, já havia percebido que uma dita "híbrida" é o caso mais perfeito para encaixar-se nesta modalidade de cyclocross, modalidade tão rara, e bike mais ainda na atualidade. As híbridas são bikes de ciclocross adaptadas com guidão reto, selim confortável, pneus urbanos, etc. Revertendo o processo, usando a alma da (hibrida), teremos uma bike de ciclocross com tecnologia moderna, custo relativamente baixo, e um material altamente específico. Material específico... e reversível se o ciclista assim desejar.
As duas fotos acima, representam a Trek 700 original, e em seguida a bike adaptada para cyclocross. O proprietário deveria ter optado por pneus maiores, pois este modelo aceita tranquilamente pneus 700 x 42. Talvez ele estivesse mais interessado no estilo do que na própria finalidade, mas achei as fotos do antes depois muito boas para exemplificar. Não podia perder a oportunidade. Também é lógico que o grau de investimento é pessoal, e a opção vai do tamanho da intenção e real finalidade do projeto. O pedevela me parece ser um shimano exage biopace, no tempo em que se usava com frequencia pedevelas com coroas de aço niqueladas e com combinação de 48 - 38 - 28 dentes. Uma ótima opção, ao meu ver. Me parece que o quadro é de Cr-Mo... então já tem meu voto! rsrsrssrrs
link das fotos e do projeto:
Roberto Furtado

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pedal longo e coisas da vida

Conversando com um amigo que não pedala, relatei situações sobre as pedaladas longas. Chamo de longa pedalada qualquer uma que tenha mais de 100 km, pq esta distãncia já é uma distância razoável para o preparo que tenho... quase nenhum. Não sou profissional do ciclismo, e nunca fui. E lógico que aos 33 anos nem pretendo ser. Se me perguntassem como eu faria se pudesse "resetar", bom, eu diria apenas que faria tudo exatamente como fiz para chegar aonde estou. Não mudaria nada sobre o resultado, pq eu deixaria de conhecer as pessoas que conheço hoje, as quais eu não imagino viver longe. Amigos, família... até uma cadela que chamo de filha, e que me é tão companheira. O amigo, sentado ao lado refletindo sobre as histórias de pedal, lembrou-me que sempre fui teimoso... insistente até em erros. Concordei, e agradeci... e depois ele completou. "Tu foi assim a vida inteira, pq não haveria de ser tão teimoso em cima de uma bicicleta?" Eu disse que não sabia pq era assim, só sabia que era teimoso, e que as provas longas me faziam pensar como duas pessoas diferentes... uma sendo comodista dizendo para não fazer mais isto, e a outra dizendo para fazer, pq eu era maior que qualquer dificuldade que poderia me ocorrer na vida. Hoje, acho que entendo um pouco de superação... driblei uma depressão que faz parte do passado, sou feliz, mais maduro, e vi que tudo que passei me fez melhor e maior. Os ocorridos... fatos ruins, como simples e pequenas belezas, nos formam, definitivamente. "Somos feitos de tudo que vivemos, mas escolhemos o que seremos!"
Roberto Furtado

Colegas de pedal... no Chile!

Alguns bikers aqui do RS resolveram fazer uma aventura. Esta aventura é relatada com fotos. Quem são estes rapazes aventureiros? Eles pertecem ao grupo da ACZS (Associação Ciclística Zona Sul). Eles chamaram a aventura de "Expedição Ciclomeridional". Um deles, Fernando, tive o prazer de conhecer. Conversando com ele, percebi que se trata de um biker experiente, além de atributos especiais para esta prática de ciclismo de longa distância, um touring de longa data. Fernando é Engenheiro, e tem conhecimento técnico em diversas questões sobre pavimento, altimetria, conhece bem detalhes que a maioria desconhece. Neste momento estão pedalando... e com certeza terão belas histórias para contar. Para saber mais, visite o site da ACZS, esta sendo atualizado com frequência. Boa sorte aos rapazes.

http://aczs.wordpress.com/

Roberto Furtado

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Espectativas para a linha 2010 e Reflexões sobre 2008 e 2009

Chega mais um fim de ano, o tempo "voa" no piscar de olhos. O lado do bom do tempo que passa rápido, para nós ciclistas, é poder ver lançamentos das grandes marcas. Já não crio mais esperanças quanto ao tipo de material, pq esta consagrado o aluminio e o carbono como materiais "permanentes" do mercado atual. Logo logo devem entrar os quadros em termoplásticos e coisas do gênero que uma vez vi anunciados como projetos do futuro para grandes marcas... anos atrás! Estranho que até agora ainda não os vi, muito menos em linha de produção como imaginei, devido a velocidade de confecção destes. Uma injetora e um suspiro, e pronto! Estaria feito o quadro em segundos... finaliza-se o processo e monta-se o quadro. Rápido como nenhum outro para fabricar, barato pela quantidade em pequeno tempo, parecido com carbono em acabamento nos encontros dos tubos, leve, nem tanto quanto carbono, mais que o aluminio, flexível como o aço... sim é possível! Nem pintura necessitaria, acabamento superficial perfeito, como nos parachoques, painéis e outros itens dos carros. Talvez ainda seja caro produzir moldes para tamanhos diferentes dos quadros, esta pode ser a justificativa da demora. Não me surpreendo mais, pq as tendências foram abaladas em investimentos após a crise de 2008-2009, e a recuperação é uma inércia que os entendidos insistem em explicar (como se fosse possível explicar algo tão psicológico como a economia mundial). Sinto que o tempo realmente passou... para quem andou sobre bikes de Cr-Mo, o tempo se foi, não voltará mais a não ser para quadros cujas as cifras superarão 5, 6, 7, 10 vezes os quadros de aluminio mais baratos. Também... pq fabricar quadros que duram anos? Vender quadros que duram 4-6 anos, se tanto, são mais lucrativos. O giro é importante, talvez a economia mande na escolha dos processos, na nossa forma de vestir, andar, respirar.
O que esperar de 2010? Espero lançamentos, desenhos novos, novas tecnologias para aproveitar com maior desempenho estes materiais que vieram para ficar. Vi que a GT bicycles esta com uma linha bastante atraente, como era de se esperar de uma marca tão tradicional... tradição em andar na frente! O perfil e as formas das bikes 2010 da GT são lindos... quem já espiou, sabe o que falo.
Pensando no que realmente é importante, deixo este desejo de tanta tecnologia, e prefiro almejar paz e segurança para os ciclistas. Um trãnsito mais saudável seria um pedido mais maduro para 2010.
Roberto Furtado

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sobre os tempos do Desafio 130Km

Estava olhando os tempos do Desafio 130 (29.11.2009). Sabe-se que entre os participantes haviam grandes ciclistas no sentido de agilidade (também em caráter, qualidade técnica, etc), mas é de certa forma impressionante ver e saber. Eu jamais poderia fazer neste tempos, abaixo de 5 horas. Qualquer um que fez abaixo destas 5 horas esta de parabéns, pq isto é fruto de muita dedicação. Tem que andar muito de bike, as vezes anos até que o corpo suporte manter médias acima de 30 km em provas longas. Fazer 35 km por hora durante 10 minutos é fácil, mas fazer isto durante 4 horas e pico, aí não é brinquedo. Acho que muitos estão usando os desafios e Audax para finalidade de treino. O bom é que enriquece o nível de prova, e se treina com suporte e uma relativa segurança. O ruim é que não se aproveita o cenário, deixa-se passar muita coisa... olha-se mais para o colega da frente, para o asfalto onde o peneu vai passar, do que para as paisagens, que depois do segundo pedágio, eram verdadeiramente lindas.
Parabéns a todos, especialmente aos homens e mulheres de aço.

Roberto Furtado

Single speed... quero uma!

Neste último desafio, realizado no dia 29.11.2009, vi que haviam algumas bikes tipo single speed. Um dos participantes fez e me contou a experiência, o colega Fabio Lazarotto. Decreveu que a bike funciona muito bem... uma caloi 10 com as gancheiras traseiras modificadas pelo Sr° Zenger, ex-ciclista e ainda frame builder das antigas. O resultado é de uma single speed, capaz de se tornar uma fixa. Fabio conta que o projeto ficou muito bom, e que vale a pena ter uma bike destas. Dias atrás, antes deste desafio, contei a ele sobre minha intenção de montar uma single speed. Com certa frequência garimpo quadros "velhos", e os guardo para alguma invenção. É até motivo de conflito em casa, pq minha mãe fica de certa forma braba quando descobre que comprei mais uma "porcaria" para guardar. Ultimamente, depois que vendi um carro antigo que tinha em casa, ela ficou até feliz, e esqueceu das porcarias que ficam longe da vista. Tenho dois quadros que mereceriam uma transformação, embora fosse até um pecado. Como ambos necessitam de alguma recuperação em soldagem, talvez não seja um pecado ciclístico tão grave. Afinal, estaria a ressucitar algo já morto. Possivelmente opte pelo modelo mais antigo, embora sejam os dois da década de 90. Um quadro Raleigh USA que infelizmente tenha as gancheiras verticais, ao contrário de quase todos projetos da marca. Fabricado em Cr-Mo de tubos Columbus, segundo uma etiqueta presente ainda no quadro. Tenho feito um pouco de mistério sobre estes projetos em andamento, pq as vezes levo uma vida para concluir...e fico até envergonhado de ficar anunciando algo que nunca se apresenta. Como a trek 470 e uma GT Rave, quase prontas, mas aguardando atenção e peças. Todo dia penso em voltar para casa do trabalho de bike, mas o tempo não tem ajudado em nada... fora questões pertinentes do trabalho da necessidade de uso do carro. Seria muito bom voltar para casa pedalando uma single speed, consumindo muito pouco de energia, devido ao baixo peso da mesma, ao estilo dos entregadores no exterior. Muitos não compreendem este sentimento, de trazer a tona tradições antigas do uso de bikes... sim, pq muitos nem viram como se respirava bicicleta no passado, sem trocadores rapidos, apenas trocadores de quadro, e alta velocidade. Vento no rosto, liberdade, e dúvida sobre o futuro... sonhos em bicicletas de Cr-Mo e simplicidade funcional. No tempo em que o corredor regulava sua própria bike, por que gostava!
Roberto Furtado