segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tecnologia, economia e as visões do mundo


Este tópico não se trata exclusivamente de bicicletas, mas sim de distorções pregadas pelo mundo complexo que não compreendemos. Se você não quer nem pensar a respeito sobre economia, nem leia, é um conselho de amigo... respeito com seu tempo!
Tem algum tempo que a tecnologia em bicicletas cresce a largas passadas. De uns 10 anos para cá, com a popularização de maquinários computadorizados, tal como o conhecido CNC, oportuniza o surgimento de peças mais elaboradas, com alto desempenho. É sabido que a demanda é a maior responsável pelo decréscimo de valores, e com isto a tendência sempre é a menor distância entre um lançamento ou outro de um mesmo fabricante. Também é notável que empresas de menor porte consigam colocar-se no mercado, especialmente com suas peças em alumínio e ligas com formatos e detalhes, agora por capricho... a perfumaria em bicicletas. O consumidor específico e de poder aquisitivo maior, paga por uma peça "rendada", consideráveis cifras pela exclusividade. Mal sabe ele, ou pouco importa, que o seu consumo financia novos projetos para popularização de semelhantes para que desta forma uma avalanche de peças iguais cheguem ao mercado. E de certa forma é uma boa contribuição, pq se não fosse assim, a popularização jamais ocorreria. Saiba que para fabricar um cubo simples, custou o maquinário valores inacreditáveis no passado... uma ferramenta de corte, delicada e precisa, tem um custo que precisa ser pago, e muitas vezes isto acontece somente após o primeiro milheiro de peças. Sim, a popularização desejável, quase comunista por desejos em valores, é viabilizada por conceitos capitalistas... colocando mais uma vez, os ideais econômigos progressistas em colisão aos ideais retrógrados. O progresso é uma criança que anda de mãos dadas com o tio capitalista... e o tio comunista bate pé querendo fazer coisas a moda antiga, mas adora uma televisão de led que não pode comprar. A diferença entre ambos é que um sabe quanto custa a televisão, e o outro encosta-se sacudindo latas e exigindo atitudes dos governos. Governos que normalmente não possuem competência para oferecer, mas sim para cobrar, apenas. Enquanto isto... o seu Dalmiro, que começou a vida na funilaria do pai, e depois de muito suor e estudo, hoje é prestador de serviços em CNC, paga impostos violentos por trabalhar de segunda a sábado, até as 19 horas (da noite). A exemplo sem qualquer relação com pessoas que conheço, Dalmiro trabalha duro nem sabe precisar pq. Quando lhe perguntam o motivo... ele responde que não saberia fazer outra coisa, apenas que aprendeu a suar pelo ganha pão e poder oferecer mais a família.
A moral da história... em bicicletas, as coisas boas são caras mesmo, e há motivo. O motivo é que o fabricante precisa cobrar muito mais que uma bela margem de lucro, pq ele tem um sócio carrasco, chamado governo. O sócio carrasco dá vale gás de presente para ganhar votos, mas deixa o povo na mão em saúde. As peças de bicicletas compradas por mim e por você financiam gás, e bolsas mal empregadas, e custam sempre mais e mais, pq a população desinformada cresce desordenadamente. Imagino um dia, que um carro popular precisará custar o dobro, pq precisará haver retorno de imposto suficiente para presentear tantas famílas com gás de cozinha. Sem falar que o gás de cozinha tende aumentar com o tempo, afinal de contas, ele não é renovável. Imagine quanto custará um gás de cozinha... espero até lá, que alguém invente algo como uma máquina de metano de alto rendimento, tipo abre uma torneira para encher um botijão. Também espero que as visões distorcidas sofram alinhamentos coerentes, para que desta forma as pessoas não percam mais tempo batendo latas, e trabalhem em algo que retorne algo para todos... especialmente peças populares para bicicletas, o veículo do futuro!

Roberto Furtado

As rodas da GT outpost... centragem e escolha dos pneus.

Hoje pela manhã entreguei as rodas ao Tchaka. Ele vai fazer o aperto e alinhamento das rodas, deixando-as perfeitamente centradas. Logo que estiver pronto, poderei escolher um par de pneus para colocar nestas. Devo colocar uma fita antifuro também. Ainda tenho uma certa dúvida se uso uns Kenda Kontact 26 xx 1.95 ou se outro Kenda que não me recordo o modelo, mas na medida 26 x 2.10. Este outro pneu me desperta o interesse por ser um pneu que possui uma continuidade discreta no centro, e desenho de tração nas laterais, o que pode ser bom se eu pegar terrenos acidentados. Tenho uma visão de uso para esta bicicleta que será de uma desbravadora, que em toda sua simplicidade, ainda sim ser capaz de andar por estradas de chão batido, areia solta, barro. Não para trilha, até pq ela não possui suspensão, mas capaz de suportar todo terreno de cicloviagem e ainda ser muito boa para o uso urbano. Temo que pela proximidade de geometria e estilo da GT corrado, que fiquem muitíssimo parecidas, exceto por estas peças da década de 90 e por ser uma bicicleta de menos cominações de marchas. Pensei até que seria uma opção trocar os pneus da GT corrado para slick de tamanho 26 x 1.25 ou 1.50 para que desta forma a distância de diferença fosse maior. Dúvidas... normais a quem gosta destas estranhas máquinas de pedalar. Recebi uma mensagem de um colega ciclista, perguntando como podia escrever tanto sobre assuntos tão próximos... "Eu não sei!" é a resposta mais completa que posso dar. Por outro lado... como não escrever sobre estas maravilhas que evoluiram ao ponto de deixar a dúvida se haveria vida com o fim da bicicleta. Respondo que não... pq se a bicicleta sumir, definitivamente, o mundo acabou.
Ao retorno do pneu... pensarei em algo, e postarei aqui depois.

Roberto Furtado

domingo, 29 de agosto de 2010

As rodas da GT outpost...

Na noite de sexta... desmontados!

Na manhã de sábado, tudo montado!

Como prometi, seguem as imagens das rodas da GT outpost... antes e depois da montagem, apenas para registrar o momento. Os cubos exage para 6 ou 7 velocidades, sistema de cassete para roda livre, são o marco evolutivo onde as bicicletas passaram a ter melhor qualidade no conjunto traseiro. Como isto reduziu-se muito os velhos problemas de empenamento do eixo traseiro, denunciado por aquela "pinha"que dançava em relação ao cubo. Muitos nem percebiam este problema, mas aqueles que gostavam da qualidade, de andar com o material bom, estes notaram a evolução. Sem falar que esta foi a primeira geração de cubos que vi ultrapassarem 20 mil km sem apresentar problemas. As lâminas Araya são fiéis parceiras destes cubos durante os anos 90, mais precisamente na primeira metade da década, talvez um pouco mais, como diz o ano 96 impresso no aluminio do aro. Raios de inox eram necessários... já os considero uma obrigação, mesmo que simples, evita-se assim a oxidação e depreciação do conjunto, e também aumentamos a longividade entre reparações e correções de centragem. Agora este conjunto vai parar na GT outpost, juntamente com um cambio traseiro GS200, trocadores thumbshifters, freios cantilevers, pedevela polido combinando com o restante, a prova real ciclística de uma década que deixará saudade. Será a bicicleta que pela eficiência e resistência, alem da estética, lembrará o que já tivemos.

Roberto Furtado

sábado, 28 de agosto de 2010

Pterosail - youtube.com

Um video do pterosail aproveitando o vento... nenhuma pedalada sequer, tampouco motor de qualquer natureza humana. As maiores invenções, nem sempre são as mais simples como costumam muitos dizer, no entanto, a tecnologia ou ciência envolvida é simples, como o vento! O link do youtube, como em todos outros, levam sempre a outro video semelhante, aproveite um tempinho se puder, e veja quanta coisa doida tem por aí.

Pterosail no youtube

O grande lamento é estar no Brasil, onde um espaço de acostamento como o presente no video é um sonho até para uma bicicleta comum. Se não há espaço para um bicicleta cuja roda dianteira guia o caminho da traseira, o que dirá de rodas paralelas e uma retranca de vela. Apreciar e sonhar não custa quase nada, quase nada! Depois que justificaram que tempo é dinheiro, até o tempo passou a ter valor, e sonhar passou a ser caro...
O importante é que ciclistas sabem quando e como fazer para sonhar, nem que seja por alguns poucos e raros minutos.

Roberto Furtado

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Chove... de novo! O jeito é fazer outras coisas.

Tá chovendo de novo... Cara, não dá pra entender este clima. Pior é que a previsão tem um efeito retardado para acertar o dia. Estavam prometendo chuva para segunda feira, mas foi chover mesmo na quinta feira. Tá na hora do pessoal do tempo se adaptar ao problemas climáticos... e nós das bikes, precisamos compra capa de chuva. Quando não chove, outro problema pede ausência na bike, quando a gente pode ir, acaba chovendo... é o clima conspirando contra o ciclista.
Acho incrível a doideira do clima nestes últimos anos...
Já que hoje não tem pedal, vou me colocar na função de montar as rodas da GT outpost. Depois vou fazer umas fotos do material desmontado, e do início da montagem. Cubos exage que rodaram menos de 400 km... raios novos, aros Araya da década de 90. Esta vai ficar ao estilo da época.

Roberto Furtado

Pterosail... trike a vento e pedal!

Alguns anos atrás, enquanto cursava a faculdade de engenharia mecânica, construí juntamente com outro colega um veículo que mais tarde foi apelidado de "caverinha". Um tio chamou o projeto de caverinha pq disse que era uma pilha de ferros, lembrando ossos. Fizemos um teste prático no Gasômetro, e depois levei-o até a praia, onde pegamos grandes rajadas de vento que o levaram a velocidades superiores a de um homem. Coisa de guri...
O caverinha era movido por vento, mas possuia um motor de 3,5 CV de dois tempos, que era usado para manobras e direções onde o vento não podia ajudar. Hoje, penso que um projeto pterosail é uma obra de arte em relação aquilo que fizemos, e se há mérito nisto, é justamente por usar as duas energias mais justas do mundo, o vento e a pernas do ciclista.
Achei esta foto no http://trikeasylum.wordpress.com, onde existem outras dezenas de trikes. Um pterosail custa mais ou menos 5 mil dólares, um pouco salgado, ao meu ver, mas acho que o custo de km rodado de diversão deve pagar o investimento.
Amanhã tem mais a respeito...

Roberto Furtado

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

1000 km de Audax

A prova de 600 km mal terminou e alguns já comentam espectativas para a prova de 1000 km... os 600 km foram um grande filtro. Acredito que a prova de 1000 km não tenha mais dos que 30 inscritos, mas como existem ciclistas vindos de diversas localidades, a lista pode ser uma surpresa. Na medida em que os km aumentam, os ciclistas diminuem, alguns por medo, outros por limite da prova anterior, e ainda tem aqueles que não tem tempo para se preparar, afinal de contas, 1000 km não é brincadeira. A prova que descrevo será realizada no dia 17/09/2010 - 1000km - Sociedade Audax de Ciclismo, e contará com os ciclistas mais Audaxiosos do Brasil por praticamente 3 dias. Tomara que o clima ajude, proporcionando a manutenção do preparo para estes 1000 km.

Roberto Furtado

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O sonho de viajar por aí... 2ª parte

Por muito tempo tive a idéia do que seria uma bike perfeita para viagem. Idealizava uma touring bike tradicional de aros 700, justamente por ser um perfil de bicicleta que consome km com facilidade. Depois de pensar que os lugares que procuro não são tão acessíveis, penso que a melhor opção seja realmente uma mtb de aro 26", pois somente esta teria uma opção com pneus largos o suficiente para passar em estradas com pedregulhos, areia fofa ou barro. Não esqueço que a bike para viagem estará com muita carga, e quanto mais fino for o pneu, menor a chance de se manter em cima da magrela em terrenos acidentados. Com isto saliento que a gente muda muito... baseado nestas mudanças que tenho idealizado uma mtb com aros fortes, pneus robustos, relação de transmissão simples, posição confortável, dentre outras melhorias. Certa vez postei aqui no blog, umas fotos de uma surly com pneus muito largos, sem suspa, cuja intenção do proprietário era enfrentar todo tipo de pavimento... até por dunas ela passava. O pneu era tipo 26 x 3.0, algo assim. Não espero que uma bicicleta assim possa ter uma média de rodagem elevada, pq um pneu destes segura muito a bike. Por outro lado, o pneu fura muito menos, os impactos são menos sentidos nas mãos, e a bike passa muito mais fácil pelo barro. Arriscaria dizer que ela passaria bem até dentro dágua com água acima do movimento central. Não estou incentivando esta prática, mas os limites físicos da bicicleta são uma realidade. Quando deixamos de usar a bike de forma mais simples, e damos um uso mais extremo para ela, então estas pequenas diferenças se tornam grandes diferenças. Para exemplicar usarei a última GT vermelha que uso para ir ao correio e supermercado. Outro dia fui pedalar com o Raul e paramos para comer um Cheese (ou Xis), pedimos um refri "litrão" e o que sobrou pode ser levado para casa, justamente pq a bike com alforges aceitava transportar facilmente uma garrafa. Verdade que esta bicicleta pode carregar até 3 garrafas de cada lado. O exemplo de praticidade na utilidade em que é submetida a bicicleta é a melhor forma de expressar a teoria. Uma bicicleta de cicloviagem deve receber atenção especial para os pneus, pois acredito justamente que para cada tipo de intenção de viagem se tenha uma gama específica de pneus. E a único parâmetro que devemos ter cuidado com relação ao tamanho dos pneus seria a distância que passam do frame da bike. Com 1 cm de distância já estamos com limites preocupantes... onde arrebentar um raio, poderá o pneu pegar no quadro. Esta é uma preocupação que o ciclista deve ter, mas vale lembrar que um mínimo de centragem de roda o ciclista deve saber, e que este conhecimento pode resolver o problema de empenamento vivido por um buraco no caminho.
Este é assunto que vai ter continuidade...

foto: www.worldbiking.info

Roberto Furtado

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E no Audax 600 km...

Foi quando depois "duns" 500 e poucos km, já quando nem eles tinham mais noção de quanto tinham andado... um pergunta para o outro quanto faltava. Um já completamente desligado e desprendido de qualquer referencial de distância, e outro sonhando com o fim dos km... Otimistas pq faltavam apenas 95 km.
E quem olha de longe fica pensando o que eles vem conversando durante 600 km. Eu acho que estes caras são loucos mesmo! Pelo menos eles são os tipos loucos dos quais a gente gostaria de estar perto, pq o mundo vive hoje um perfil de loucura que não é inofensiva. Já estes dois aí, bem, acho que eles não dão bola para o que mundo vem dizendo e fazendo. Eles só querem pedalar na boa, provar para eles mesmos que estão corretos, em suas próprias verdades. Amém!

Roberto Furtado

Pneus grandes... muito!

Embora muitos ciclistas pensem que pneus grandes servem apenas para práticas de downhill e freeride, na foto acima se apresenta uma surly com pneus grandes. Uma surly com pneus tão grandes que é possível andar sobre a neve. A curiosidade é que em outra foto vi uma surly semelhante a esta flutuando de lado sobre a água de um lago. Sim, é tanto pneu que a surly não afunda na água. Claro que pouco importa, ou talvez nem tanto... pq se por algum motivo a bike cair num rio, nem tudo estará perdido, bastando o biker entar na água ou pescá-la.
Uma bicicleta com pneus assim não precisa de suspa, e talvez seja uma justificativa para aqueles que falarem do peso extra. Se bem que este pneu deve ser pesado ao rodar para quem esta acostumado slicks ou tradicionais pneus de touring. Para todos os casos, vantagens e contras, mas é nos "prós" que me imagino pedalando talvez nos andes, ou sobre as dunas do saara. Porque não sonhar? E quem sabe se os sonhos, de tanto focarmos, não se tornam obsessão e com o tempo uma necessidade nos faz planejar uma ida até a felicidade.
Pensa assim também? Se sim... bem vindo ao clube de sonhadores, dos quais os normais não compreendem. E não se esqueça que a pobreza de virtudes está no coração daqueles que atacam incoerentemente os sonhadores. Se parece um devaneio, não é a toa... é bikes do andarilho! rsrsrsrsrs
A foto da bike peguei na rede... não achei o autor.

Roberto Furtado

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Audax 600 km 20.08.2010 a 22.08.2010

Klaus em sua reclinada de bambu...

Antes de tudo, reforço que detalhei a data da prova de 600 km no título desta postagem. É preciso fazer as pessoas entenderem o que é um 600 km. Este foi o período de duração total da prova, que começou a meia noite de sexta para sábado, e terminou na tarde de domingo. Toda vez que vejo uma prova mais longa, já que ainda não tive o prazer (e talvez a capacidade de participar), reflito nas dificuldades. Uma prova de 600 km é um evento que a gente deve estar muito bem preparado, pq na vivência a descoberta é de que haverão diversas forças contra o ciclista. O ciclista não é ilimitado, mas ele pode muito bem aprender a conhecer-se, e administrar-se de forma sensata. O sucesso em um Audax é exatamente isto... é você lidar com um número limitado de opções, e reverter este em sucesso. Vale para quase tudo nesta vida, só que saber quanto resta de energia dentro do corpo é uma tarefa difícil, já que não possuímos um medidor que nos mostre este consumo de energia.
Na medida em que o ser humano vivencia situações extremas, aprende quanto pode fazer... Esta é a mágica do Audaxioso, faz ele aquilo que sabe que pode!
Sem desmerecer os grandes ciclistas que são estes que completaram o Audax 600 km, gostaria desta vez de parabenizar os voluntários, pq trabalharam durante tantas horas sem grandes chances de descanso. Se não fosse por estes, este episódio Audaxioso jamais teria acontecido. Embora minha participação tenha sido mínima, estive presente e conversando juntamente com os voluntários, descobrindo as curiosidades da prova. Alguns detalhes chamam a atenção, mas nem por isto podemos tornar público palavras, feitos e bobagens que acontecem durante o evento. Em outra oportunidade pretendo falar sobre algumas coisas, como coerência, fraternidade e gentileza em provas.
Mais uma vez parabéns a todos... e rumo a próxima prova, os 1000 km!
Segue o link do Picasa com fotos da estrada no Domingo.

Roberto Furtado

sábado, 21 de agosto de 2010

O sonho de viajar por aí...


Tenho pensado em uma viagem de bicicleta. Não é muito fácil fazer viagens longas de bike, pq precisa de tempo, de dinheiro, e de alguma solução para o trabalho que deixaremos para trás por este período. Alguns trabalhos podem ser feitos somente por nós mesmos, então é justamente aí que a coisa complica. Como deixar tudo para trás por 30 ou 40 dias, sem que nada fique comprometido pelo tempo e por nossa ausência? Não tenho esta resposta, mas fiquei me perguntando outro dia como seriam as coisas se as pessoas nunca arriscassem tudo. Pensei nos amigos Os Estrangeiros, e em outros viagens livres de espírito. Penso que não faz sentido algum construir uma rotina, se um dia não pudermos dar uma escapada para viver algo. Nada mais justo seria trocar uma vida de trabalho, por alguns poucos e bons dias de pedal, ampliar a mente...
É estranho pensar que trabalhamos apenas para pagar contas, e que nossos sonhos, muitos ficam apenas nos sonhos. Pensando desta forma, estou tentando juntar uns trocados e me organizar. Será um planejamento para longo prazo, pq tem tanta coisa para pensar. O dinheiro que precisa juntar não é só o da viagem, tem que juntar também o dinheiro que vai pagar contas em na ausência... pq tudo continua igual por aqui, a exemplo de prestações e mensalidades, despesas que nos comprometemos por viver em uma cidade de pedra. Aí já ficamos pensando se vale a pena... e posso apenas dizer que os dias mais felizes de minha vida foram em um lugar longe da civilização, tendo como teto apenas a minha barraca. Sim, a simplicidade e a liberdade nos dão um sentimento extra que muitos jamais compreenderão. Pq? Pq simplesmente, ou você tem isto, ou não tem, simples como o vento! Ou você gosta dele no seu rosto ao pedalar, ou não! O preço disto é desconhecido por muitos... vai ter gente que diz que a televisão a sua melhor amiga. Não é mesmo?
Agora se você sabe o que quer, então vale a pena ir de encontro aos sonhos, tornando-os concretos. Não sabemos se a vida vai ser longa como indica a estatística dos homens, e sabemos também que não faremos estas coisas quando tivermos 80 anos. Até pq os prazeres sejam outros com esta idade, e é por isto que penso no agora como a maior verdade. A sua verdade é que conta! O seu momento presente!
Tem outra coisa que penso sobre viajar por aí... e esta questão é a segurança. O que é seguro nesta vida? Nada! Há perigo em toda parte, de qualquer tipo! Viajar sozinho é arriscado, especialmente se a idéia é parar em barraca. O ideal seria fazer esta viagem com dois amigos... três é um número legal! Não surgem problemas com excesso, não chamam a atenção, e não são alvos fáceis para um assaltante. Tem a questão de passar mal também... sozinho e doente é brabo! Melhor ter alguém junto, sempre.
Escrevendo sobre isto, penso em me ajudar a esclarecer certos detalhes de uma empreitada destas, e espero também estimular outros amigos. Este tópico vai ressurgir algumas vezes.

Roberto Furtado

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quando o motorista é imprudente... povo inconsequente, no trânsito e na vida!

Todo dia a história é a mesma... a gente não nota nada em favor do ciclista. O ciclista pode estar de acordo com a legislação, mas a única certeza que ele terá é que será desrespeitado. Não é nada pessoal, mas o motorista acha que o ciclista atrapalha, sempre! Também acho que não é nada pessoal, motoristas que não pedalam ou que não possuem algum amigo ou parente ciclista, acham sempre que estão com a razão. Isto se deve puramente a ignorância plena do motorista, mas a culpa não é só do motorista. A culpa é também dos governos. Acredito que todas as campanhas de trânsito realizadas pelos governos são fracas, desfocadas! Não se prioriza a segurança de quem esta ligado ao trânsito, seja pedestre ou ciclista, os mais vulneráveis do trânsito. Se percebe isto inclusive na falta de educação do povo ao atravessar a rua, afinal a via foi concebida para o carro, e não para o pedestre atravessar na diagonal ou atirar-se no trajeto dos carros. Esta é apenas uma prova disto. Na mistura de maus hábitos que partem de motoristas ou pedestres (ou ciclistas), geram-se mais oportunidades de acidentes graves. É lamentável admitir, mas somos burros, imprudentes, inconsequentes! Culpar o terceiro por problemas que nós mesmos acentuamos, é jogar a culpa pra cima e cruzar os braços, criticando, esbravejando contra algo que nós mesmos criamos. Penso que o ciclista e o pedestre podem ser tão culpados quanto motoristas, mas como geralmente o vitimado é ciclista ou pedestre, acaba ele ganhando a medalha de isenção de culpa, responsabilizando o automóvel, estando correto ou não. Pregações extremas contra carros, discursos comunistas, e idealizações infundadas fazem exatamente o que se apresenta no momento... um governo que dá vantagens de presente a uns, e tira de outros, sem qualquer critério de esforço frente a nação.Não importa se me mato trabalhando, se posso ter carro, não mereço ter bolsa família, vale gás, ou outra forma de vantagem sem suor próprio. Ao contrário, quem muito trabalha, paga imposto, sempre... e o que realmente importa, que é o direito de ir e vir em cima de uma bicicleta para baixo custo de deslocamento, bom, isto fica para depois, pq não dá tanto voto como questões de gás de cozinha. É melhor ficar em casa, sem trabalhar, pedir terra na base da invasão, pq de bicicleta não dá pra andar mesmo. Não dá pra usar a bike que compra pq se perde tempo com coisas que não interessam a todos, mas sim a alguns... alguns que preferem ficar em casa e pegar ônibus em dia de passe livre.
Esta é minha contribuição econômica-política-trabalhista, mas não tenho candidato, pq acredito que na atual situação, todos são iguais, nenhum deles quer resolver nada, apenas auto promoção. Então chegamos a mais uma eleição que dizem decidir algo, mas digo que quem decide é quem oferece mais presentes... o que deveria ser proibido com dinheiro público. O ciclista sendo pagador de impostos ou não, acaba sempre na mão.
Como poderíamos chamar isto? Vistas grossas... ou tendencionismo? Como queiram, pois no momento, preciso voltar ao trabalho para comprar meu gás e minhas bicicletas, ao suor da vida!

Roberto Furtado

domingo, 15 de agosto de 2010

Thumbshifter

Aproveitando experimentos com minha compacta canon sx 120is, fiz as fotos e um post sobre os trocadores que tem me trazido muita atenção. Conceitos minimalistas para tudo que vivemos, se desejarmos que assim seja, trazem uma satisfação estranha que se equilibra entre qualidade, ecologia, simplicidade visual e funcional. Claro que isto é tão pessoal, que talvez a discordância seja total entre o que digo e os que lêem este blog bike devaneio. Cada um deve ter um poscionamento, até pq se é minimalista, então o conceito vai mais para peças de baixo preço, ou ainda, para as fixed bikes e single speed bikes. Sendo assim, a liberdade de expressão anda de mãos dadas com a razão de cada um, e não seria eu ou você o recriminador um do outro. Agora, que um thumbshifter tem uma aparência clean, mesmo que seja um XT, isto tem!

Roberto Furtado

sábado, 14 de agosto de 2010

A gente...

Depois de refletir e de me concentrar, saí para a rua e comecei a caminhar... foi quando um pé de vento chegou me batendo no rosto o que seria a vida. Na hora senti a energia, o momento. Pensei que todos os dias vivemos por um amanhã que é totalmente incerto, e que só nos traz ansiedade e preocupação. A caminho de casa, liguei o rádio do carro e fiquei ali, procurando uma estação para o meu momento de reflexão. Nos 15 km de trajeto da aula até a casinha, fiquei naquele blackout, tempo espiritual, tentando achar respostas para coisas que fazemos diariamente, e que não tem o menor sentido. A gente passa uma vida pensando no dia seguinte, tão preocupados, que esquecemos de viver o presente... geralmente pressionados por pessoas e pelo sistema que sobrevive a aspereza do cotidiano, bem pobre de coração e de intenções. É... esta é a vida da cidade de pedra, este é o sistema do qual somos dependentes e falidos. Falidos de amor, falidos de valores, falidos de respeito, falidos de criatividade genuína e bondosa, e falidos de liberdade. A gente é assim, mas a gente só quer viver. Ter a oportunidade de respirar alguma emoção, como tudo que gostamos de ver e sentir, pulsar no ritmo do coração. A gente não sabe, e muitos entre “a gente” nunca vão aprender, alguns aprendem cedo, outros fácil, e outros passam trabalho para aprender. Todos no seu tempo, pq a gente tenta, mas a gente gosta de conseguir, pq a gente... ama viver!

Roberto Furtado

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Trek 830 full frame cromoly

Tentei fazer uma composição da frente da bike com o entardecer! rsrsrs

Em detalhe, aros originais da linha de largada da GT

Emblema da TREK comum nesta geração de bikes

Cambio Altus e "pinha" megarange.
Em detalhe fixações para paralamas e bagageiro.

Na inscrição... full frame Cr-Mo! E o pedevela novo ainda com o plástico.

Vista inteira...

A montagem de mais uma Trek... a diferença não há se olharmos rapidamente, porém se olharmos o quadro de perto, e repararmos na inscrição do quadro. Perceberemos não somente a qualidade deste, como também a confirmação do fabricante. O quadro é um Cr-Mo, totalmente de cromoly! Sim, na etique consta full frame cromoly. Garantia não somente de qualdiade como baixo peso. E embora ela tenha sido montada com um grupo novo shimano altus, apresenta baixíssimo peso. Logicamente isto não importa muito, pq vale mesmo é a certeza de que este é um raro capricho do fabricante TREk na década de 90 para um frame praticamente de largada. Um quadro 100% de cromo se esperaria em modelos mais avantajados em grupos, como a séria 900 ou nas speeds da época. Com roscas perfeitas, e pintura em bom estado, não tive dúvida, aceitei a proposta do Antônio e me coloquei a montar. Deixando a finalização e regulagem para o amigo Tchaka. Na hora de trazer de volta para casa, ergui a bike e me surpreendi com o peso do resultado final. Não pesei em um balança, mas acredito que ela deva ter não mais do que 11 kg. Isto mesmo... bastante leve, principalmente se considerarmos o tipo de pneu e componentes.
Fiquei até balançado em ficar com a bike, mas já tenho seis bicicletas, e tento me desfazer com muita dificuldade de duas. Então, é lógico, vou deixar para alguém que talvez possa usar mais do que eu... vai pra lista de venda. Espero que algum amigo fique com ela, pq seria uma pena perder uma bike destas de vista.

Roberto Furtado

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre o acidente de ontem a noite...

Para quem desconhece toda história, lamento, pois não tenho como detalhar a mesma. Eu estava longe do acidente, uns 100 metros. Não tenho como descrever por este motivo. Coloco minhas considerações sobre o fato contado por colegas, e por minha presença no local após o fato.
Estava aqui pensando no acidente, na história toda, e nas reações das pessoas (ciclistas, policia militar, EPTC, SAMU, e partes envolvidas). O episódio foi lamentável, triste mesmo! É inacreditável que um motorista consiga bater em um ciclista que está andando junto de um grupo. Foi impudência de qualquer forma. Se o motorista estava se sentindo mal ao ponto de perder o controle do carro, isto me diz que ele não poderia estar dirigindo. Se ele estava embriagado como parecia para quem conseguiu acompanhar a trajetória do veículo, não tenho palavras para expressar minha insatisfação (por assim dizer). Vejo que já não se trata de um fato imprevisível, se estas imprudências forem fortalecidas com fatos que virão a tona, bom... isto faz o motorista um homicida (mesmo que tenha fracassado), a julgar a qualidade deste. Qualquer das situações levou ao mesmo resultado, e o motorista deve sim ser responsabilizado. Inclusive o tal diretor... que insistia em dizer que era diretor (deve ser pq ele achava bonito dizer). Cheio de razão e argumentos... quando ele devia estar calado e apenas ajudar a resolver uma situação onde havia alguém ferido. Nada mais importava naquele momento, apenas a dor do colega ciclista. Diante mais um acidente onde a bicicleta leva a pior, concluo que as pessoas estão sim, dirigindo como loucas, como se o mundo importasse somente naqueles 5 minutos entre o presente e futuro breve. E lamento muito pelo episódio, gostaria de nunca ter estado presente, e jamais saber que estas coisas acontecem, especialmente por imprudência de motoristas. Agora, que fique claro, nem todo mundo dirige assim, nem todo mundo reage assim em acidente, e acidentes acontecem.
Por fim... enquanto as pessoas forem egoístas, este será o distorcido mundo de Oz, onde Dorothy sempre leva pau!
Melhoras ao ciclista, que este pesadelo não lhe traga memórias.

Roberto Furtado

Superstição... sexta-feira 13 de agosto!

Para quem acredita em lendas, bruxas, e tudo mais... Tem gente que diz que dia 13 é o dia do cachorro louco, outros dizem ser 14 ou 24, já não achei o correto. Na pesquisa se encontra de tudo... de bruxa a diabo, e outras baboseiras. Apenas por curiosidade, se tratando de uma sexta feira 13, achei que um post fazia bem. Lembro que a gente nunca deve desejar, quanto mais encanar com alguma coisa, mais possível de que ela aconteça. Então, para quem for viver o dia 13, faça sem preocupações, sem pensar a respeito. Deixa rolar... pensamento sempre positivo!
Se a curiosidade bater, dê uma pesquisada no google, você não tem idéia da quantidade de bobagem que se encontra com relação a azar, demônios, bruxas e qualquer coisa negativa.

Roberto Furtado

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Video de um louco dançando em 42 países... e Olimpus Pen

Normalmente não coloco videos, especialmente quando este não tem sequer ligação com bicicletas, mas gostei tanto destes, que achei que seria uma obrigação colocar aqui. Quem me apresentou os videos foi o professor André Nery, que nos deu aulas sobre Lightroom, um programa específico para fotógrafos, mas sem qualquer ligação com os videos. Foi um presente mesmo...
E antes de olharem os videos, gostaria de dizer para sentarem com todo conforto do mundo, liguem o som em uma altura adequada, onde possam captar toda emoção que os videos podem passar. Busca uma vida mais feliz, é fazer tudo melhor... trabalho, amizades, tarefas não remuneradas, etc.
Os links são seguros, passe o cursor em cima e veja a origem no canto inferior esquerdo da tela, são videos do you tube. Se preferir, acesse o you tube e use os títulos na busca, dará no mesmo lugar.

Where the hell is Matt?

The Pen History

Um abraço

Roberto Furtado

Sekai Sprint 1000 versão feminina

Detalhes do Guidão SAKAE road champion

Acabamento do garfo e peças polidas ou cromadas

Vista inteira, com iluminação ao entardecer!

Pedevela Sugino forjado com coroas de alumínio

Câmbio Suntour 7 GT

Trocadores ao alcance e estilo da época

Quando o amigo Ewerton me disse que havia comprado uma bike japonesa de corrida, confesso que substimei a compra. Pensei que seria um outro tipo de bike, e de acabamento, embora com boa qualidade. Depois que ele deixou a bike no Tchaka, passei lá pra olhar... fiquei bastante surpreso com alguns cuidados do fabricante. Uma bicicleta com mais de 30 anos, com pedevela alumínio forjado, freios em alumínio dentre outras importantes peças no material é uma resposta afirmativa da qualidade do conjunto e das intenções para esta proposta. Os tubos, de aço Tange, com terminações e "cachimbagens" de alto nível. Tudo comprovando excelente qualidade da proposta. Eu e o Tchaka ficamos impressionados com o material... com a raridade de uma destas por aqui. Lamentamos apenas as alterações realizadas pelo dono anterior, como pedais, aros e selim, contudo, sabemos que é muito difícil de encontrar peças para este padrão e época. Uma bicicleta de corrida, legítima, e especialmente desenvolvida para mulheres. O padrão feminino e antigo, na atualidade tem sido alvo de ciclistas homens, pq geralmente estes modelos são mais curtos e com bom acesso para subir mesmo com calças jeans. Também é notável o conforto, pois este tipo de geometria funciona como uma mola entre eixos, absrovendo impactos e transferências de energia de um aro para o outro. Excelente... e diante este tipo de projeto, restam aquelas perguntinhas, um pouco sem vergonhas, mas merecida: "Pq mudaram tanto as bicicletas? Para onde foi o aço de qualidade? Pq o alumínio em bikes touring?" E tenha certeza, que um dia isto tudo mudará, e vai ter muito lojista e comerciante tendo que se readaptar a nova antiga proposta. Agora não pense que este tipo de bike não é mais fabricado. Enganam-se... estas bikes continuam sendo fabricadas a cifras merecidas pela qualidade. Simplesmente em algum lugar onde são devidamente valorizadas...
Roberto Furtado

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mais sobre a GT pra toda hora...

Hoje seguindo a rotina que nunca é igual, preparei a GT pra toda hora. Coloquei um alforge de uso urbano, podendo assim realizar tarefas de ir aos correios, fazer compras, etc. Na hora de ir ao correio, não tinha muito o que levar, apenas três pacotes com peso de até 2 kg. No total eram uns 3 kg de material, sendo assim, coloquei na cestinha mesmo e acabei nem usando os alforges. Este alforge tem uma história... comprei no mercado livre de um carinha que no próprio anúncio dizia que estava vendendo tudo que tinha pq ia casar. Na mesma hora aproveitei para perguntar ao vendedor, que era muito legal, se ele estaria vendendo também a bicicleta. Disse que já havia vendido... Acho que ele deve ter feito uma inversão da legítima história: "Não sei se caso ou se compro uma bicicleta!" Este aí comprou a bicicleta... depois vendeu a bicicleta para casar.
E voltando ao assunto da GT... Raul teve aqui na casa de meus pais, e deu uma voltinha na bike. Parece que ele gostou. A tarde, depois que fui aos correios, estiquei até um caixa automático para tirar uns pilas, e logicamente com a GT. A dor no joelho apareceu de novo, e nem forcei, coisas chatas da vida.
A bike tá definitivamente aprovada...
Roberto Furtado

Nexus + Thumbshifter

Na corrida evolutiva de conceitos nem tão modernos, mas funcionais, a shimano vem tendo este sistema cada vez mais implantado em bikes de touring, e até em road bikes. A instalação deste cub permite que a aparência da bike fique quase igual a de uma fixa ou single speed, com a opção de múltiplas velocidades. Na foto acima aparece o trocador, uma versão modernizada do conceito thumbshifter, onde a bike fica com um aspecto clean. Tipo menos é mais...

O modelo em questão é de 7 velocidades, embora exista da shimano de 8 velocidades, e de outras marcas com até 14 velocidades, se não me engano. Dentro do cubo estão as marchas escondidas da poeira, do barro e da perda da lubrificação, e exposto as condições ambientais permanecem a coroa e um único pinhão, que no momento de instalação pode ser escolhido em duas opções que acompanham o kit. Só fico pensando, se tiver que abrir isto aí... onde será feito, já que aqui em Porto Alegre quase não se vê o material, e o despreparo é quase total para reparar.
Já ia me esquecendo... alguns modelos já possuem o mesmo sistema contrapedal, bem melhorado, o que livra o ciclista de cabos e da poluição visual da bike.

Roberto Furtado

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os próximos passos... 3ª parte!

Além da GT Full dr Cr-Mo, e da remontagem da GT oupost verde, tenho repensado em reconstruir uma outra speed. Esta outra speed é uma Giant modelo Allegre. A giant aplicava neste modelo tubos de Cr-Mo butted, bastante delgada era também leve. Não possuia esperas para bagageiro ou paralamas, pq era específica para provas onde todo peso devia ser descartado. Proposta totalmente race de asfalto! Até me lembro na época em que eu era guri, que as bikes mais rápidas eram estas... bikes curtas de Cr-Mo de alto nível, excelente acabamento (eram cachimbadas). Traziam muito da tradição Européia em ciclismo, com a vitalidade e renovação americana. Era muito difícil ter uma bike destas na época, embora hoje seja possível ver bikes destas literalmente rolando entre ferros velhos, sem pintura original, muitas vezes com danos que exigem conhecimento e experiência para recuperar. Este frame encontrei em uma loja aqui em Porto Alegre, estava montada com peças que não eram mais originais... e depois de uma pesquisa descobri que o modelo deste ano vinha com um grupo campagnolo que provavelmente se perdeu no tempo. Me lembro de uma destas nova, lá por 1994, onde entrei na loja e dei de cara com uma bicicleta de cor dourada fosca, aros pretos, muito linda! Naquele tempo meus recursos em bikes não me permitiam chegar neste nível de bike com facilidade, então tinha que ter uma de cada vez para poder ter. As vezes colocava a bike para venda, mas quando conseguia os pilas a bike desejada já estava vendida. Coisas de uma década de 90, onde nada era tão disponível. Uma pena que grupos campagnolo sejam mais raros de se encontrar por aqui, sobretudo usados em bom estado, pois esta seria também merecedora de restauração. Me contentarei em vela rodar, devidamente pintada, revigorada, salva da extinção por mais algum tempo. A trek 470 salvou-se, acho que encontrei um dono muito legal para ela...
Vamos aos novos projetos.

A foto é meramente ilustrativa, sendo de outro ano e com isto possuindo alguns detalhes diferentes. Retirei a imagem do The Recyclery.

Roberto Furtado

domingo, 8 de agosto de 2010

Os próximos passos... 2ª parte!

Outro projeto adormecido, mas que devo colocar a mão nos próximos dias é a GT LTS 4000, comprada do amigo Raphael Loureiro, do RJ. A foto da bicicleta inteira retirei do forum pedal, onde ele postou as fotos da mesma, quando resolveu vender o quadro. O quadro me interessava muito, pois é inteiramente em Cr-Mo, exceto pelo articulado do amortecedor traseiro, que aparece na foto em aluminio polido. Tenho a suspa dianteira para ele, uma Judy 4, com regulagem de altura e retorno, além de trava. Na traseira será utilizada a suspa original, também rock shox, de curso modesto, mas com alguma opção de regulagem que ainda não verifiquei. Nesta bike preciso fazer algumas alterações... pretendo colocar disco na traseira, vou também reparar um risco no chain tube. Originalmente ela vinha com vbrakes... mas prefiro usar discos nesta, inclusive já os tenho. O cambio traseiro comprei esta semana no mercado livre, um XTR usado, de ano 2003, suponho. Do mesmo ano de um pedevela novo que consegui aqui em Porto Alegre, também XTR. O restante ainda não sei... como na outra bike, as decisões virão com as oportunidades do vento, oferecidas pelo tempo. Nesta pretendo fazer um passo a passo, mesmo que demore um pouco. Vou registrar tudo, como se fosse o renascimento de uma full, uma agressiva bike da década de 90. Lomba abaixo, esta não deve deixar a desejar em nada em relação as modernas, exceto pelo trabalho de copiar o solo, tal como a I-Drive que ainda não vendi.

Roberto Furtado

Pai... e a bicicleta?

Falar de pai é complicado, a gente passa a vida querendo ser como ele, e também tentando criar as maiores espectativas. Achamos que o pai deve ser um super heroi! E pai é... Pai que é pai sempre tem uma história para contar, uma bobagem que fizemos quando pequenos, ou uma história tipo cair de um avião na selva e lutar com jacarés, já transformado num Tarzan muito melhorado, muito mais forte. Coisas que um pai conta, simplesmente para interagir com o filho, criar ilusões saudáveis, parecer muito mais do que outros humanos. Felicidades de quem tem um ou teve, pq a vida nem sempre foi 100% boa a todos, e alguns infelizmente não tiveram esta oportunidade. Tem pai que vai ao céu cedo, tem pai que some no mundo, tem de tudo... E se por um lado acontce isto com o pai de alguém, muitas vezes aparece um pai substituto, que as vezes é tio, vizinho, vô, amigo do pai, etc. Pq todo mundo sabe como é importante ser pai e ter pai. Uma das coisas mais importantes do mundo, para pessoas como eu, foi aprender a andar de bicicleta, e lá estão estas figuras paternas representativas para nos ensinar. Em alguns passeios eu cobrava de meu pai que levasse minha bici, pq as férias sem a magrela era difícil. Então surgia a pergunta: "Pai, e a bici?" E lá dava jeito de colocar a bici no fusca, santa dificuldade de colocar uma monareta num fuca. No fim dava tudo certo, e la bici ia junto.
Sou grato por ter meu pai junto de mim, e lembro-vos que dia dos pais é todos os dias... e é por isto que tento ser presente na vida de meus pais diariamente. Hoje deixo meu agradecimento e felicitações ao meu pai, e aos pais dos amigos. E que sejamos bons pais como imaginamos que devemos ser.

Roberto Furtado

sábado, 7 de agosto de 2010

Os próximos passos... 1ª parte

Nesta primeira semana de agosto conclui a GT vermelha, com ela pretendo ir ao supermercado, padaria, e até algumas investidas mais diastantes. Ela me dará noções quanto a detalhes importantes, talvez mudanças para investir na GT outpost que comprei do amigo Carlos Polesello. Ontem a tarde, aproveitando uma oportunidade de usar a tal GT com cestinha e bagageiro, fui a uma loja na azenha, onde sabia que ainda havia um par de thumbshifter deore XT de 6 velocidades. Como fazia tempo, achei que talvez não estivessem mais lá... mas por sorte estavam. Paguei 59 reais nestes trocadores, novos, esquecidos e desmerecidos por seu tipo de proposta. Antes que alguém pergunte, eram realmente os últimos... insisti para saber se havia mais algum no estoque. Infelizmente não! Estas peças são raras na atualidade, especialmente aqui no Brasil. No velobase, achei algumas peças... o site tem suas tendências totalmente vintage. A foto não fiz, retirei do site deles, apenas para facilitar a identificação. Os trocadores que comprei são semelhantes a estes, porém são XT, sensivelmente superiores, de acordo com o próprio fabricante. Com aquele sentimento que é único, especial de quando encontramos algo raro que nos dá muita satisfação, acabei fuçando nos trocadores e descobri que eles servem para 6 ou 7 velocidades, em sistema indexado, é óbvio. Depois na internet, encontrei algumas informações sobre estes, que existem em opções de 6 ou 7 velocidades, ou 7 ou 8 velocidades. Era de se estranhar que XT não houvesse opção para 24V, já que na década de 90 surgiram estas combinações de 24 velocidades.
Estes trocadores deore XT devem sem instalados nesta GT outpost verde, juntamente com outras peças da época, e me falta a certeza do freio apenas. Ainda não sei se usarei um cantilever da época, um cantilever moderno, ou um vbrake. Devo amadurecer a idéia um pouco antes de iniciar o projeto. Esta bike será minha bike de sair por aí... viagens pequenas, etc. Será uma bike leve e funcional, segura! Por isto a GT bike pra toda hora tem importância neste momento, pq será ela quem me dirá como a GT verde será. A única certeza é que ela será totalmente rígida, possuirá algum tipo de compartimento de carga dianteiro e traseiro, possivelmente paralamas farão o complemento, e o restante será definido como o vento, pelo tempo.

Roberto Furtado

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bicicleta para toda hora! A GT de Cr-Mo, revitalizada!




Quando comecei a montar a GT das fotografias e do título, pensei que ela seria uma extensão do projeto "bike de padaria". Para quem lembra, a bike de padaria era uma Nishiki Manitoba que recebeu guidão e mesa elevados, e também componentes de acordo com a proposta, simples e funcionais. É verdade que o menos é mais... a gente nota no pedalar, que a simplicidade é também qualidade. Serenidade, praticidade e uma bike modesta, resulta em passeios tranquilos em uma cidade que pulsa contra o pedestre e o ciclista. Em carros, as pessoas parecem estar mais protegidas de assaltos ou furtos, e neste caso, a bicicleta simples pode levar vantagem. Pequei na cor escolhida para bicicleta, se o assunto for discrição, mas acho que o uso de bagageiro e cestinho deve "humildizar" a aparência ressaltada pela pintura chamativa. Também não dá pra ser humilde demais, pois mesmo o conceito "menos é mais" tem seus limites. Houve um tempo em que tentei andar em algo mais simples, mas um simples que já não havia qualidade, como as bikes de supermercado ou velharias sem qualidade do passado, e descobri uma valiosa lição... menos é mais em coisa boa. Em coisa ruim, menos é sempre menos... Já dizia meu avô: "Beto, vai botar coisa boa em cima de coisa ruim? Não faz não..." E ele tinha toda razão. Então se for para colocar coisa boa e simples em cima de frame de qualidade, faço! Se for para colocar coisa boa e simples em cima de frame ruim, passo a vez!
Voltando ao assunto do bagageiro, coloquei ele bem para trás e um pouco altinho para viabilizar o uso de um alforge pequeno, que me permite ir ao supermercado. Desta forma os calcanhares não encostam no alforge. Fiz um pequeno teste, fui até o bairro Azenha para buscar umas peças e realizar o trabalho de correio, e aproveitei para fazer um pequeno exercício. Gostei bastante de algumas coisas, da dinâmica da bicicleta, da capacidade de carga, do silêncio ao rodar. Até que se encontre um dono para ela, ou até que eu consiga remontar a GT outpost verde, sigo usando la bici para tarefas urbanas.
A sequência, a GT recem montada pelo amigo e necânico Tchaka, funciona perfeitamente. Um relógio preciso foi a sua descrição para qualificar o funcionamento do conjunto... e o conforto, por conclusão de ambos, é de uma bike urbana, feita para andar nas vias, com a visão na altura do que interessa em primeiro plano, a segurança. Mais uma vez, meus agradecimentos ao amigo Tchaka.

Montagem e regulagem: Carlos Horn (Tchaka)
Projeto, fotos e texto: Roberto Furtado (Andarilho)

Bicicletário

Algumas evidências são a contestação de que somos atrasados, pelo menos ciclisticamente falando. Tem algum tempo, acho que pelo menos 10 anos que observo a questão de ter onde deixar a bicicleta. Quando estudava na PUCRS, entrei em 1999, já havia um bicicletário a céu aberto. Mesmo que ficasse a bike no tempo, já achei o máximo, pq a maioria dos lugares não tem sequer um cano onde dê para acorrentar a bike. Acorrentar já é outro problema... No exterior não é raro de ver um lugar próprio para deixar a bicicleta, como na foto acima, de algum lugar na China. Não precisa nem acorrentar! Aqui em Porto Alegre, não tem nada pago ou gratuito que se assemelhe ao exemplo da foto. Como vai ser incentivado o uso de bicicleta se não há onde deixar a mesma? Além do mais os espaços nas vias não são respeitados. Pq haveria no povo a mudança e aceitação da possibilidade de usar a bicicleta para ir vir(em funções diferentes)? Então concluímos que não temos bicicletários, que as vias não são adequadas e a legislação não é respeitada, e para finalizar... os 99,9% das bicicletas fabricadas no Brasil não servem para dar conforto e segurança nesta proposta de deslocamento. Este é o Brasil da bicicleta... grande produtor de bicicletas. Um Brasil que fabrica lixo e deixa o lixo no tempo, possivelmente para decompor mais rapidamente... levando a bicicleta num ciclo de reciclagem, até que o comprador desista na segunda bicicleta. Pq ele chega a conclusão que bicicleta é porcaria... e vai sustentando empresas de ônibus a bagatela de passagem a 2,45 reais, e nos micro ônibus (lotação) a 3,65 reais. Se eu estiver errado no valor, me corrijam, pq não pego ônibus nunca... vou de bike quando posso, e o carro é minha realidade. As vezes prefiro ir a pé... só ando de ônibus em último caso. E a mídia, a cidade, o Brasil da produção de lixo e problemas, seguem no "baile", convencendo as pessoas, e dando motivos para ninguem ter bicicleta. Não gosto de ficar falando a respeito dos problemas relacionados a bicicleta, tento apenas difundir idéias para que as coisas melhorem no mundo da bike. Para mim seria muito mais divertido escrever sobre peças novas, fotografar as reformas, etc. Prometo que o próximo post vai ser mais divertido...

Roberto Furtado

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cicloturismo em busca de liberdade... só mais um devaneio!

Sentei em frente ao PC e abri uma pasta de minhas músicas preferidas. Aquelas que escuto quando o trabalho permite. Em laterna dos afogados dos paralamas do sucesso, e refletindo em imagens que me vem a cabeça, na estrada em algum lugar. Imaginando a alegria que deve ser um vivente ciclista sair a rumo, sem pensar em dinheiro, nas contas para pagar no fim do mês, nem data para voltar. Até que alguém chega e diz que tu é um híbrido de hippie... e tu ali, pasmo, prestando atenção na abordagem, sem concordar ou discordar, apenas querendo saber pq, este alguém te diz uma palavra solta no espaço... "liberdade"! Este é o maior dilema vivido e que os hippies de alguma forma conseguiram aproximação com o verdadeiro teor da palavra "free". É... talvez nem tudo seja tão simples, pq adoecemos e precisamos do maldito dinheiro, mas será que a gente não adoece por causa dele? Ao bah que me permite ser um gaúcho da cidade de pedra, anseio montar no meu cavalo de aço (de preferência de Cr-Mo) e sair por aí, conhecendo os bordos deste Estado tão bonito que é o RS, em seguida o Uruguai, Argentina, Chile... e sabe lá onde acabaria ou fincaria os pés.
O importante mesmo é que a gente sabe o que gostaria de ser, e que uma música qualquer, como a citada antes, nos leva a algum lugar, nem que seja apenas um sonho de gaveta, como descreve a inserção da prática, de Amyr Klink. Ao som de Kleiton e Kledir, como outros tanto preferem, ou Ramil, em sóbrios e belos devaneios sobre a lagoa e loucos de cara... Lisboa ou Van soria dentre outros tantos sonhadores que despencam em sonhos de ritmo que amenizam ou salientam a dor de ser ou não ser livre. Reflita... vá ouvir Olinto no IPA, acho que vale muito a pena.
Desculpe o devaneio... não sei ser de outro jeito!

Roberto Furtado

Cicloturismo com Antônio Olinto

Olinto e Adriane no parque de Abruzzo (Apeninos - Itália)

No próximo dia 10 de Agosto, Antônio Olinto, um cicloturista experiente, falará sobre projetos futuros e de suas aventuras realizadas no exterior. No site do cicloturista estão disponíveis imagens destas aventuras por países distantes, como Índia, EUA, Itália, como aparece na foto. Também são encontradas obras de valor especial aos bikers que gostariam de um dia realizar aventuras como Olinto fez e faz. Acredito que esta será um oportunidade sem igual aos sonhadores sobre rodas e pedais, talvez este seja o empurrãozinho que muitos precisam para começar uma aventura. Mais informações no site da Sociedade Audax.
Uma frase de Amyr Klink, autor de Cem dias entre céu e mar, pode ser a melhor tradução de um começo:"Porque um dia é preciso parar de sonhar, tiras os planos das gavetas, e de algum modo começar!"
Aliás, este livro é outro marco em minha vida... foi quando eu parei e pensei na vida, e percebi que algumas coisas estão erradas em nossa sociedade. Não vem ao caso no momento, então espero ver os amigos dia 10 de agosto no auditório CDL do IPA, na Rua Dona Leonor, nº 340, Bairro Rio Branco, Porto Alegre, ás 19:20 hs.

Foto: retirada do site de Olinto
Texto: Roberto Furtado

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O funil do Audax... os 600 km!

Hoje me resta apenas esperar pelo próximo ano, quando imagino estar devidamente recuperado da lesão que consegui fazer na tentativa de completar o Audax 300 km. Infelizmente foi um ano onde pedalei pouco, devido a trabalho e ao clima, e estar preparado é a primeira metade para completar um Audax, acompanhado de equilibrio emocional relativo a segunda metade. Não importando os motivos do meu fracasso, por assim dizer. Vem chegando mais uma prova, e não dá pra dizer que este Audax não é um funil. Tenho certeza de que muitos dos participantes conseguirão, mas também acredito que seja pq muitos outros já ficaram para trás. Um funil! A bravura não é mais garantia para o sucesso, pq agora nos 600 km, isto já passa a ser um esforço além do humano. Sim, acho que estes homens e mulheres, na verdade são ETs. Somente alguém que já não é deste planeta aguenta pedalar com frio, as vezes chuva, com um ralo repouso. Minha admiração fica aqui impressa, para que estes não esqueçam que durante a prova serão lembrados. E talvez isto seja um reforçador para que consigam obter este "status" ciclístico, mesmo que seja apenas para eles mesmos. Engana-se quem acredita que todos são capazes... não são! Definitivamente, estes de agora, dos 600 km, são nossos super heróis. Uns com trajes masculinos, outros com trajes femininos, e meu voto vai para as meninas. Embora sejam delicadas e totalmente femininas, nao deixam a desejar em nada, mesmo quando comparadas aos melhores rapazes do esporte. Amém!

Roberto Furtado

Ser contra carros não resolve nada! 2ª parte

Após o post sobre ser contra carros não resolve nada, resolvi prosseguir, mantendo clara minha posição sobre a bicicleta e o carro. Cada um coloca um peso diferente sobre o uso da bicicleta, mas hoje, em minhas duas atividades profissionais, não tenho como abrir mão do carro. Precisaria mudar muito, possivelmente inclusive de endereço, pois resido a aproximados 18 km do cento de POA. Fico me imaginando carregando uma mochila com material fotográfico e um netbook por 18 km até chegar no local onde devo fotografar. A mochila deve pesar uns 5 kg. Também penso que o material todo é muito delicado, e certamente não resistiria a um tombo. Então note que cada um possui uma realidade, da qual muitas vezes é dependente do veículo. Também lembro que em emergências o carro é uma necessidade, onde Taxi também é carro aqui na terra do Nunca. Diante a estas poucas referências, insisto que a resposta de uma vida melhor e mais simples esta em criar espaço para as bicicletas, e não recusar espaço para os carros. Ganhar respeito de motoristas e do sistema exige reciprocidade...
Nunca vamos conseguir nada com radicalismos... Toda forma radical sempre é mal vista, mal recebida, inaceitável, e só gera antipatia. Então se quisermos o respeito para ciclistas, precisamos nos fazer respeitar, tendo atitudes sensatas, parando em sinais, andando na pista da direita e em conformidade com a legislação. Mesmo que isto pareça difícil, e um grande peso para nós... lembremos que muitos ciclistas humildes e também ignorantes (não relacionados os adjetivos) andam contra mão, na pista da direita, ou em alta velocidade sobre as calçadas, e ainda existem os que não respeitam as faixas de pedestre (mesmo que sem querer).
Sou um grande incentivador da bicicleta, mas acredito que só conseguiremos espaço, mostrando inteligência e maturidade nos veículos de comunicação. E a conduta pesa muito, para quem estiver ouvindo algo a respeito na TV ou Rádio, pode já ter passado um episódio com um ciclista que trafegava na contra mão, a exemplificar.
Para finalizar o post do dia... ainda recebi por email nesta data, me perguntando se eu era a favor de bicicletas. Ora, e o que parece? Depois de quase 400 posts... ainda há esta dúvida? Eu adoro estar aqui, devaneiando sobre bicicletas, amigos e coisas de ciclista, mas acredito que deve haver um peso para tudo. Devemos ver a vida com os olhos do lado oposto da rua, justamente para não prejudicar ninguém... inclusive colegas. A palavra que resume tudo é igualdade.

Roberto Furtado

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ser contra carros não resolve nada!

Bom dia pessoal! Hoje estava lendo um material sobre o caos no trânsito, assunto que tem me interessado por demais, e haviam depoimentos de algumas pessoas. Casualmente conhecia uma destas pessoas que contribuiram para formar reflexão sobre este que tem sido um problema mortal para as grandes cidades. Queria dizer que conheço um pouco da vida deste cidadão que contribuiu de forma negativa para o assunto em questão, e que não vou citar nomes pq sempre tem alguém que conhece alguém. Também não vou citar onde foi que li, pq isto facilitaria a identificação e o resultado seria o mesmo. Não quero ofender e tampouco promover alguém que absolutamente não merece tal atenção. O cidadão em questão relata todos os problemas dos carros, faz gosto por provar que carros não servem para nada, blábláblá... até então acho que cada um tem sua posição, mas sabemos que não existe economia sem trânsito, pq sem vias ou rodovias, não tem transporte de alimento, nem produção, nem coisa alguma. O carro é uma necessidade da atualidade, e pensar que a expulsão deste resolveria algo seria imaturidade. O cidadão em questão é meio insatisfeito (mal sucedido), e acredito que seja por isto que ele não tenha veículo, e não opção. Não ter carro não é problema, o problema é não ter e colocar um peso emocional distorcido para embalar fatos e preferências, de modo a tornar quem tem carro num bandido. Acredito que alguns devem ter lido o que cito. Caso não, também nem importa, já que o criminoso automóvel é discutido em tudo quanto é lugar. E deste posicionamento há um excedente de contribuições. Comunismo e radicalismo estão fora de minhas preferências ecológicas e econômicas. Vamos pensar um pouquinho, vamos parar de apenas ler o que é escrito! Vamos colocar em prática, coisas realmente práticas! Viáveis!
Bom, é apenas minha posição sobre fatos que ocorrem no mundo ciclístico urbano.

Roberto Furtado