segunda-feira, 31 de agosto de 2009

REGULAMENTO – 9º DESAFIO DE MONTAIN BIKE 2009



REGULAMENTO – 9º DESAFIO DE MONTAIN BIKE 2009
DE PRESIDENTE PRUDENTE A PRESIDENTE EPITÁCIO
13 de setembro de 2009.

O Desafio de Bike consiste em um passeio de bike com saída de Presidente Prudente no Centro Olímpico (SEMEPP), no dia 13 de setembro de 2009 ás 5:30 hs, deslocando-se por estrada de terra até a cidade de Presidente Epitácio.
No passeio os ciclistas se deslocarão em grupo, sendo que, em nenhum momento se caracterizará em uma competição entre os participantes.
O percurso de aproximadamente 110 km terá o apoio da Policia Militar nas cidades envolvidas, Ambulância com Médico, Ônibus e caminhões para os ciclistas que se cansarem e não querem continuar pedalando.
Nas cidades de Presidente Bernardes, Santo Anastácio, Piquerobi, Presidente Venceslau, Caiuá haverá distribuição de frutas, cereais, iogurte, bolachas e água a vontade aos participantes.
Todos os inscritos receberão uma camiseta exclusiva do passeio de uso obrigatório durante todo o evento.
Na chegada em Presidente Epitácio haverá um almoço gratuito com churrasco e refrigerante para todos os inscritos.

Obrigação para participar do 9º Desafio de Mountain Bike:
- Pagarem a inscrição no valor de R$ 65,00 (sessenta e cinco Reais), por pessoa;
- Estar em condições físicas necessárias para participar do evento, declarando que não possuem nenhuma incapacidade física ou inaptidão;
- Quem tiver alergia a picadas de insetos deverá levar seu antialérgico;
- Portar equipamento de segurança para a pratica de ciclismo como o capacete que é de uso obrigatório e luvas, calçado e bermudas apropriadas;
- Estar com uma bike em perfeitas condições de uso para suportar o percurso, levando pelo menos uma câmara de ar para substituição caso seja necessário;
- Levar água para consumo, suficiente para pedalar 20 km;
- Usar a camiseta durante todo o evento;
- Os menores de idade deverão ter a ficha de autorização assinada pelos pais ou responsável e nomear quem será o responsável pelo menor durante o passeio;
- Ter conduta esportiva, cooperando com os companheiros e respeitando os membros da organização;
- Respeitar a legislação de transito durante o percurso que estará aberto ao trânsito;

A organização oferecerá aos inscritos:
- Camiseta própria para o ciclismo exclusiva do evento;
- Almoço com refrigerante já incluso no valor da inscrição a todos os participantes;
- Apoio com ambulância, médico, ônibus e caminhão durante todo o percurso;
- Distribuição nos pontos de parada de frutas, iogurte, bolachas, cereais e água a vontade para todos; (Pontos de parada: Pres. Bernardes, Sto Anastácio, Piquerobi, Pres. Venceslau, Caiuá e Parque Figueiral em Pres. Epitácio;
- Caminhão e ônibus para retorno a Presidente Prudente;
- Almoço para os convidados dos participantes ao valor de R$ 15,00 (Quinze Reais por pessoa);
- Apoio mecânico para pequenos consertos que não necessitem troca de peças;
- Troféu de participação a todos os inscritos;

Informações e Inscrição: Bike Point – (18) 3908-5665

Aumentando a espiga do garfo - TREK 820


Adepto de uma bike mais confortável, e com padrão para longo passeios e maior visibilidade, elaborei a substituição da suspensão por um garfo rígido de Cr-Mo com espiga longa. Para esta tarefa, necessitei obter uma garfo rígido em boas condições, cortando-o no meio do espaço entre a caixa de direção inferior e superior, afim de realizar a soldagem entre este espaço. Optei por esta forma pq acredito que os esforços de flexão sejam menores entre dois pontos sem qualquer grau de liberdade no sentido da barra, minimizando forças que poderiam fadigar a solda, bem como a bucha de reforço. Após o corte no local estabelecido foi necessário substituir o cano cortado (pedaço cortado com 7 cm e rosca na face superior), por cano de mesmo diâmetro interno e externo, mantendo caracteristicas originais e facilitando o processo de recolocação. Uma bucha com medida específica foi necessária para unir o cano original e o cano novo (agora com 22 cm). A bucha de reforço deve ser instalada inicialmente na espiga original, junto do garfo, e esta operação dever ser feita utilizando uma prensa hidráulica, para que entre com pequena "intereferência". Para que entre com interferência, não pode haver folga entre elas. Com a bucha no lugar, insere-se o novo cano, cuidando para que a bucha não escorregue juntamente. A bucha deve ter cerca de 4 cm para cada lado, garantindo estabilidade total na volta da solda. O cano novo e o velho não devem se tocar, devem ficar afastados por cerca de 3 mm, possibilitando a união em solda das 3 peças. Após o processo de soldagem, deve-se remover os excessos de solda para que assentamento da caixa inferior seja viável, passando pela união de solda. Depois de tudo, mandei pintar na cor que achei ser a correta para o modelo feito, e ficou parecido em tom de cor com a cor que a bicicleta possuia. Foram necessários a instalação 13 espaçadores de 10 mm... isto mesmo! Foram 13 espaçadores para preencher o espaço para aperto além da altura da mesa. Depois desta instalação, rodei aproximadamente 60 km, e aprovei a posição, altura e dirigibilidade da bike. O conforto aumentou em relação as medidas originais, e também percebi que os meus olhos ficaram em altura superior, permitindo maior visisibilidade do trânsito ao meu redor. Esta já é a terceira ou quarta vez que realizo esta "proeza" com soldagem, e fiquei bastante satisteito e seguro do trabalho. Recomendo a alteração somente por pessoas experientes e que compreendem as ciências envolvidas, pois um trabalho mal feito pode acabar em sério acidente.

Bicicleta: Trek 820 2008 CR-Mo steel high tensile
Garfo utilizado: GT talera 98 Cr-Mo 4130 (com fixação para bagageiro dianteiro)

Roberto Furtado

domingo, 30 de agosto de 2009

Vento negro...

O vento negro é o temor da terra... o pior pesadelo do ciclista. Imagine estar pedalando em um passeio longo, na estrada, em um Audax, e deparar-se com uma tormenta de grandes proporções. O descampado é o que há de pior...objetos arremessados a grandes velocidades, como o tornado que arrasou Águas Claras e Morro Grande. No dia seguinte a este incidente triste do tempo, passei por lá de carro e presenciei cenas que jamais gostaria de ter visto, especialmente como ciclista. Infelizmente, estava sem máquina fotográfica e não fiz nenhuma foto para lembrar. Duas cenas que vi e que fiquei aterrorizado foram de um pavilhão de metal totalmente destruído, e de muitas folhas de zinco enroladas nos arames das cercas. Impressionante eram estas telhas de zinco enroladas no fio farpado como se fossem fitas. Imagine a velocidade com que vieram...lâminas de zinco em alta velocidade. Cortariam um ser humano com facilidade, como se fosse a faca na mão de Deus. Foi triste e é perigoso demais um episódio destes. O que tranquiliza é que ainda são raros estes fenômenos por aqui. A paz do campo se tornou terror sobre nossa terra gaúcha e querida. Sou amante desta terra, como filho grato pela beleza. Não por governantes, mas pela terra linda que é. Abaixo uma imagem de uma tormenta sobre o mar, apenas para ilustrar a falta da foto que não fiz. E logo abaixo, segue a letra da música Vento Negro, de Fogaça, interpretada por vários bons cantores, como Vitor Ramil, Kleiton e Kledir, tradicionais de nossa terrinha.


Vento Negro

Onde a terra começar
Vento Negro gente eu sou
Onde a terra terminar
Vento negro eu sou

Quem me ouve vai contar
Quero luta, guerra não
Erguer bandeira sem matar
Vento Negro é furacão

Tua vida o tempo
A trilha o sol
Um vento forte se erguerá
Arrastando o que houver no chão

Vento negro, campo afora
Vai correr
Quem vai embora tem que saber
É viração

Dos montes, vales que venci
No coração da mata virgem
Meu canto, eu sei, há de se ouvir
Em todo o meu país

Não creio em paz sem divisão
De tanto amor que eu espalhei
Em cada céu em cada chão
Minha alma lá deixei


Composição: José Alberto Fogaça

Post: Roberto Furtado

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Gt transeo... híbrida?


A GT foi uma grande marca nos anos 80 e 90, e acabou cercada de mitos e histórias sobre sua extinção. Ironicamente uma "avalanche" de GT's falsas tomou conta dos mercado mundial. Qualquer bicicletaria possuia um quadro GT de aluminum para vender, logicamente falsos, uma vez que a marca não vendia frames separadamente. De qualidade duvidosa, porém de belo acabamento, a falsificação entrou com tudo de forma impiedosa e desonesta. Abalou-se a grande marca. Durante um tempo falou-se de uma ação da grande marca, que teria sido vendida a um novo grupo, e que este exigiu seu direito contra os falsificadores. Com isto, surgiram as derivações... falsificações com uma terceira letra, como , GTS, GTI, GTW, GTK, dentre outras tantas vistas no mercado brasileiro. Com a terceira letra, tornou-se fácil identificar as diferenças entre elas, e na verdade estas deixaram de ser falsificações para meras cópias. Usando o mesmo desenho tradicional da GT, o triplo triângulo, as demais marcas afirmam uma qualidade e conquistam o consumidor, que não pode comprar uma GT legítima, mas compra uma "quase" igual. No fim isto é meio pessoal, e cada um sabe avaliar a qualidade que pretende possuir, bem como outras decisões sobre a própria vida. Falem mal ou falem bem... verdade seja dita que não vi um quadro copiado quebrado, mas já vi alguns bem desalhinhados, como se fossem um erro de gabaritagem, o que é tão grave quanto qualquer outra falta de qualidade.
A GT ressurgiu e se recuperou como grande marca que era, e tem se espalhado novamente com conceitos tão inovadores quanto o próprio "triple triangle" na data do seu surgimento (década de 80).De 2000 para cá, a GT, vem se mostrado uma grande marca e fazendo jus ao nome tradicional de bike esportiva, incluindo seus segmentos extensivos ao lazer. Bikes específicas para cada modalidade, e todas elas possuem uma trunfo sobre outras marcas, mostrando a superioridade tecnológica. Dispositivos como o conhecido I-drive nas bikes full, e baixo peso em diversos modelos, além da geometria extremamente esportiva das road bikes. Estes destaques despertam a atenção para o consumidor da atualidade, muito exigente... pedindo um conjunto de qualidade com valor competitivo. Uma difícil meta para o fabricante, mas que tem atingido muitos ciclistas no momento da decisão. Uma febre atual é a GT transeo... lançada logo depois da GT nomad moderna, vem fazendo admiradores na Europa, e pouco a pouco invade a América Latina. Realmente, trata-se de um projeto bastante específico ao cicloturismo de vias limpas, e é ótima opção para uso urbano. Uma bicicleta muito ágil que se apresenta em 5 versões, sendo as primeiras com freios a discos hidráulicos e suspensão hidráulica com trava de guidão. A GT transeo usa aros 700, explicando um dos motivos de ser tão ágil, porém com pneus de medida 700 x 38, realçando o conforto prometido na geometria. Uma pedida para um Audax, um passeio longo, a jornada de trabalho ou qualquer motivo do cotidiano. A GT transeo é uma bike e tanto, definitivamente, veio para agradar. Resta saber quanto tempo vai levar para haver um importador forte no Brasil. Sim, poucos comerciantes possuem "alguns" modelos... Hoje, a GT esta distante de quase todos no Brasil. É um sonho de bike!

Roberto Furtado

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Rohloff



Embora seja uma material extremamente difícil de ser encontrado aqui na américa latina, não achei que fosse motivo deixar de falar a respeito. Mesmo que eu nunca tenha tido oportunidade de usar um destes, sinto que o material se trata um produto seríssimo e de alto nível. Um conhecido usa um destes há tempos, e fala muito bem, especialmente na durabilidade. A construção é digna de engenheiros que perderam muitas horas. o aprimoramento não deve nada em relação as caixas de câmbio mais complexas de automóveis.

Site do fabricante:
http://www.rohloff.de/en/products/speedhub/

No mínimo... espetacular!

Roberto Furtado

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Peugeot Turismo 3 - Woman Bike





A peugeot Turismo tem sido apontada por alguns ciclistas brasileiros como uma das primeiras destinadas ao touring que apareceu por aqui. Na década de 70, uma bike com caracteristicas marcadas e específicas para ciclistas com intenção de viagens curtas. Possuia de fábrica, bagageiro traseiro, esperas para bagageiro dianteiro, uma ótima ergonomia, pneus finos e resistentes para estrada (semelhantes aos pneus 700 x 40 c em largura, e alavanca de marchas para pinhão de 3 velocidades. Pequenos detalhes que mostravam a capacidade e intenção do projeto. Hoje, mais de 30 anos depois... a moda do touring começa a brilhar no Brasil, e as vezes encontra-se um biker disposto ao restauro. Depois de muito garimpo, consegui com meu amigo Antônio, uma peça idêntica a da foto, porém totalmente danificada. Farei um antes e depois, justamente para provar o que é possível fazer quando estamos dispostos, e como pode ser boa uma bike de 30 anos atrás.

Roberto Furtado

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Reafirmando a era frame builder...




Peguei três fotos na rede para colocar de exemplo... nenhuma das três fui o autor, apenas peguei para exemplificar. Como já dito em outro post, a era frame builder esta "bombando" lá fora. Nós, de fora! Quem sabe se a gente não se habilita, afinal de contas, gente talentosa para isto existe aqui no País do futebol. O problema talvez seja exatamente isto... somos o País do Futebol, embora eu nem me agrade disto. Enquanto a bola rola no campo, sigo sonhando aqui... como seria ter uma single speed de alto nível, ou uma fixa de cair o queixo? Uma hora chego lá...
Enquanto isto, sonhemos e admiremos as bikes feitas pelos gringos.

Aproveitando o tópico da personalização em bikes... Estes caras tem muita coisa pra personalizar... pena que o Brazilzão fica devendo.

http://www.bobjacksoncycles.co.uk/

Roberto Furtado

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fixed bike... mais uma no capricho!


Achei mais esta fixed bike de alto nível... não achei o autor da obra, mas se alguém souber, informe para eu dar os créditos. É difícil imaginar uma bike azul com detalhamentos em laranja e que fique bonita, mas esta ficou. A noção do idealizador é grande... note os detalhes. E não esqueça que esta é mais uma rica peça em Cr-Mo, distante do mundo dos mortais alumimaníacos.

Roberto Furtado

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Mais fôlego na sua relação...

Shimano FC-M440 26-36-48T

Uma bike com relação urbana tem suas vantagens. Um pedevela cuja menor coroa é de 22 dentes, garante uma ótima combinação para subidas íngrimes, mesmo quando é necessário arrancar na subida. O problema é que geralmente as demais coroas são combinadas e padronizadas, citando o exemplo de 22, 32, 42 dentes. Com 42 dentes na coroa maior, nem mesmo um peão (pinha ou cassete) cuja a menor relação com 11 ou 10 dentes (geralmente 11 dentes), consegue oferecer uma opção boa para velocidades altas. Em descidas fortes, a mais de 50 km nem preciso dizer que as pobres pernas do ciclista não aguentam o giro alto, imagine a velocidades superiores como 60, 70 e quem sabe 80 km por hora das grandes e longas descidas. Em alguns lugares é desnecessário ter relação mais longa, mas aqui no RS, bem como outros locais com grandes descidas, a relação longa é tão necessária como ter um bom jogo de freios, sendo um pouco exagerado. Sim, descer uma grande ladeira com relação 42 x 11 é confiar apenas no equilibrio. Pedalar em descidas, mesmo que suavemente, representa melhor equilibrio, e consequentemente mais segurança ao biker. Esta afirmação é baseada em experiências próprias, mas cito sabendo que outros ciclistas experientes pensam parecido. Um pedevela reduzido é uma ótima opção para trilhas, onde o "torque" é mais interessante. Também é interessante aos novatos, pois a relação curta otimiza a pequena força dos iniciantes, oferecendo bons resultados em subidas. Em trajetos urbanos, ciclistas acostumados, devem usar relação um pouco mais longa, tais como as seguintes combinações:

- pedevela 24-34-44
- pedevela 26-36-46
- pedevela 28-38-48


Outras combinações podem ser ótimas. Algumas vezes, estes pedevelas possuem opção de troca de relação, oferecendo outras opções de combinação. O ciclista experiente sabe como prefere.
Uma das relações que mais gostei foi do pedevela 28-38-48T, onde pude escolher um cassete de 12-28T (escalonamento de 1 a 3 dentes entre extremos).
A combinação de relação, bem como o uso correto das mesmas, é uma tarefa que merece estudo dos bikers mais envolvidos. Escolhendo bem, consegue-se ótimos desempenhos em qualquer opção de trajeto.

Roberto Furtado

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A era Frame Builder


O tempo corre e o tudo relacionado a tecnologia dos materiais toma uma ascendência que as vezes parece ferir a compreensão. É difícil usar um equipamento, hoje definido como material de ponta, e amanhã conhecer um produto superior, necessitando nova adaptação. As bikes vem evoluindo muito, aqueles que nasceram para as bikes em meados de 90, como eu, passam a ficar surpresos com o avanço e opções disponíveis na atualidade. Claro que o Brasil, embora seja apontado como País do futuro (não sei do que), sempre chega atrasado em questões esportivas de qualquer natureza. O foco deste post é o surgimento de tantos habilidosos "personalizadores" de bikes, fabricantes artesanais, chamados de frame builder. Ao estilho ferreiro refinado, o frame builder, é um artista espetacular. Fazer a estrutura que suportará um homem, sobre rodas, e pura energia otimizada... e por fim, torná-la tão bonita, é algo para especialista. A sensibilidade do frame builder é o grande trunfo, além de possui conhecimento, habilidade e recurso, antecipar a estética final também torna este profissional especial. Infelizmente ainda não tive oprtunidade de conhecer um artista assim aqui em Porto Alegre. Sei que existem bikers que fazem alguns trabalhos, mas de forma completa e verdadeiramente reconhecida no mercado, desconheço. No exterior, esta atividade e profissão virou febre. Já é possível achar tantos em tantos locais do planeta. Talvez a grande responsável por isto seja a internet, que permite a interação de distantes locais, trazendo o novo a toda localidade.
Talvez um dia, aqui em Porto Alegre, surja um profissional tão bom quanto este que fez a bike da foto acima, uma fixed bike de alto nível.
Roberto Furtado

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um novo mundo... de bike e sustentabilidade.

Os tempos mudaram, na verdade, os tempos sempre mudam... as tendências surgem, e com elas novos artistas e pensadores são formados. Uma combinação da relação tempo e homem, evolução e necessidade. O homem segue seus instintos, e sempre me pergunto aonde esta o limite, se estes podem ter um fim. Definitivamente, o homem corre contra o tempo... é uma corrida estranha. Deve o homem correr na frente, criar suas máscaras e artimanhas para superar seus problemas. Hoje, o homem corre na frente para que sua maneira de coexistir com o planeta, seja uma forma estável e sustentável. Empresas de grande porte investem milhões em novas tecnologias, e usam também este aspecto como marketing para conquistar o consumidor, aumentando vendas de produtos e serviços. Em meio a esta corrida contra o tempo, surgem os ciclistas... exibem sua forma de viver e de habitar um espaço, sustentando sua saúde e coerente interação com o meio. Alguns dirão que assim já fazem a mais de 40 anos, ou que seus avós assim já faziam. E verdade é que de tempos em tempos, alguns conceitos ciclam entre gerações parecendo que o mundo seja realmente redondo. Forma-se a confusão que atrapalha o homem, e depois a mesma turbulência de pensamentos oferece uma solução. Este é fato comprovado na vida de pensadores, bater de frente com o problema e logo mais solucionar. O homem tem feito isto há muito tempo. E hoje, na contagem regressiva de salvar o planeta, vive ele dentro de "aquário", como peixe que esta em água suja. Sim, o planeta esta sujo... a quem portar dúvida, que vá até a boca do arroio dilúvio, aqui em Porto Alegre. Nas histórias de moleque de meu avô, velho que muito amei, havia uma... esta, lembrava ele que tainhas saltavam próximo ao fim do arroio, por volta da década de 20. Hoje, seria mais fácil ver "fezes" saltando sobre as escadarias do dilúvio. Sem receio de ofender nada e nem ninguém, digo, é tanta merda no pobre diluvio, que receio não existir mais água. Do extremo vem a esperança pq muitos se mobilizam com choque. E graças a esta poluição, que hoje presenciamos algumas mudanças, ainda muito graduais e em pequena escala, mas onde há começo, há esperança. Tomara que meu filho, que ainda não nasceu, possa ver as ditas tainhas no dilúvio, como meu avô viu, ainda quando moleque. Para mim, resta a esperança de ser biker e acreditar, tomar minhas pequenas precauções, como usar menos o carro, optar por um combustível e carro menos poluente, dentre outros pequenos detalhes que talvez... talvez, nos salvarão.
Roberto Furtado

domingo, 2 de agosto de 2009

Pneus... aderência, uso correto e aplicação

Já faz algum tempo que tenho observado alguns pneus, controlando desgaste, e comportamentos do desempenho relativos ao desenho e tipo de borracha dos mesmos. É curioso que pneus (ou peneus), sejam tão caros no mundo das bikes, pois em tempos atuais vendem-se grandes quantidades de pneus de alta qualidade, fator principal que deveria reduzir custos dos mesmos. Tecnicamente não importa o valor, mas sim o resultado. O valor apenas dificulta a pesquisa, e estudo que nós (bikers) fazemos sobre os materiais que usamos. A marca que mais tem me trazido satisfação no momento, devido a grande linha de modelos, desenho e finalidades diversas, sem dúvida é a Kenda. A Kenda fabrica pneus que podem ser encontrados aqui no Brasil com grande facilidade, de modelos que giram em 20 reais a 200 reais (devem ser encontrados modelos mais caros do que isto). Vi alguns pneus que deixaram a desejar, mesmo nesta faixa de valor, no entanto, sabe-se que parte disto deve-se a uma espectativa de biker um pouco mais maduro no conhecimento (que modéstia). Usei pneus de aro 700 para hibridas, a pneus de mtb 26" para terra e também 26" para pista, variando modelos em passeios curtos e longos, e de média, adorei. Alguns são macios e aderentes, outros duráveis... o mais importante é sabermos o que buscamos no pneu. Para rodar todo dia, no asfalto, recomenda-se pneus mistos, pois furam menos que os pneus tipo slick desenvolvidos para pista. Muitos ciclistas usam pneus slick para longas distâncias, e é lógico que o caminho parece menor, mas a finalidade de um pneu de pista, é uma prova, alto desempenho. Pneus mistos, ou pneus cujo o desenho é segmentado de pequena distância entre garras, desenvolvem boa velocidade média com esforço moderado, fazendo biker rodar bem sem perder a qualidade e o conforto. Pneus slick, geralmente usam muita pressão, especialmente os finos, possuem menos material, e consequentemente são mais duros e normalmente furam mais. Lembrando que pneus que usam pressão maior são submetidos aos perfurantes encontrados no pavimento. Se o pneu esta menos cheio, a chance de furar pelo perfurante é menor. Também é verdade que ficam mais sucetíveis as tais mordidas de cobra, efeito resultante da prensa entre aro e pneu, danificando a câmara de ar. Também é verdade que pneus duros exigem mais do quadro... transmitem ao quadro mais vibrações e impactos bruscos, e podem ser facilitadores da conhecida fadiga nos quadros de aluminio. Pneus muito "grossos", como os modelos de MTB 26 x 2.2 ou maiores, são bons sob o aspecto de absorver melhor os impactos, porém são pesados para distâncias maiores. Pneus grandes tem sua finalidade, são necessários ao downhill, ao freeride, e a outras modalidades onde há necessidade de controlar a bike sem a preocupação de arrastar o peso do pneu. Imagine um touring sobre a areia fofa com pneus 1.5 x 26, impossível! Devemos usar o pneu correto para a modalidade correta, tirando o máximo do proveito do material. Pneu é um item de valor, altamente específico, não precisamos usar um pneu de 100 reais para passear no bairro. Usar a recomendaçao de pressão do fabricante, minimiza outros problemas. Um amigo, durante um passeio longo, usava pneu e aro para 65 psi, mas achou que não teria problema aplicar perto de 80 psi, para que desta forma a bike desenvolvesse mais... mas acabou estourando pneu e aro. Sim, o aro munido de sulco para indicar desgaste, também acabou sendo o ponto de baixa resistência com a grande pressão. Na realidade, um problema pelo uso de excesso de pressão. E olhe que a bike era uma top de linha de grande marca. Outro problema pelo qual já passei, é o de baixa pressão. Rodar com baixa pressão, por distâncias longas, gera uma fadiga na parede lateral do pneu. É comum um pneu rasgar-se após este tipo de uso, especialmente quando é submetido a uma pressão ao redor do limite. Baixa pressão também é prejudicial. Um pneu de qualidade garante a aplicação para qual foi projetado. Certa vez usei um par de pneus Tioga 26 x 2.1 mtb, blue dragon e yellow kirin, excelentes. Macios, aderentes e leves, porém desgastavam-se extremamente rápidos sobre o asfalto... uso indevido! Perdi o pneu traseiro com menos de 700 km. Portanto o importante é dar o uso correto, siga a recomendação do fabricante, e desfrute integralmente do desempenho que o pneu oferece. Sobre pneu, dava pra falar muito ainda... é muito assunto para um único item. talvez mais pra frente eu escreva sobre isto. rsrsrsrs

Roberto Furtado

Sobre o brevet 1000

Estou acompanhando de longe o brevet 1000, e quando fico a pensar nos colegas que fizeram a prova não posso deixar de ficar comovido. Uma prova de 1000 km é a confirmação de grandeza e capacidade que pouquíssimos ciclistas conseguem realizar. Teremos os que tentarão, grandes de intenção... tentar é uma crença verdadeira do vencedor. Talvez eu esteja dando muita ênfase aos que não conseguiriam, mas não esqueça que estes são vencedores por terem ambiocionado e tentado. Definitivamente, um brevet de 1000 km (ou de 1200 km ) é a prova iroman do ciclista de longa distância. Gostaria de estar presente pessoalmente, mesmo que esteja coração, pois um desejo é de apertar a mão de cada um e parabenizar pela coragem e determinação. Uma prova de 1000 km ou qualquer outra de imensa distãncia é para poucos... poucos farão isto, e poucos desejarão isto! Prova substancial de que o coração é o maior e mais importante orgão humano na busca dos seus sonhos. Pudera eu ser assim... quem sabe um dia?!?! Quem sabe...
Parabéns aos colegas por esta "mágica" empreitada, e parabéns aos que oportunizaram esta aventura.

Roberto Furtado