segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Farol na bike... prende aonde?




       Quanto mais inquieta é a mente, mais ela busca por alternativas! Isto é algo que se aprende desde cedo... e vamos dizer que nos leva ao exercício diário de soluções para problemas ou obstáculos corriqueiros. Quando reconstruí esta Giant Sedona, da década de 90, modelo 760 ATX series, não imaginei que a decisão por manter o sistema de freio cantilever pudesse se tornar um obstáculo. Coloquei um cantilever moderno e a eficiência me agradou muito, pq estes novos modelos são realmente tecnológicos e trazem consigo a bagagem de solução dos velhos modelos. Então quem quer manter trocadores integrados as maçanetas de freio, daqueles antigos, justamente para sistema cantilever, pode simplesmente comprar freios modernos e assim ter a compatibilidade. Contudo, foram justamente os freios cantilever que me trouxeram alguma queima de cabeça para resolver onde colocar o farol. O cabo em "Y" (aquele Y de ponta cabeça), justamente se fixava junto furo de fixação do farol. O parafuso apenas, poderia ser colocado ali, mas o farol se projeta para frente e pegaria no cabo. Isto me levou a pensar em outros motivos pelos quais o vbrake nasceu... veja a importância de pensar nos motivos da construção mecânica. Sem ter como prender o farol nesta bicicleta, pq no guidão uso a bolsa de guidão... me lembrei deste velho booster que se usava em bicicletas como alternativa de resistência aos esforços da frenagem. Aliás, eu questiono este motivo até hoje... contudo, agora torna-se um alternativa bem interessante. O booster pode ser usado como suporte de farol, e isto serve não apenas aos garfos rígidos, mas também aos garfos amortecidos que não possuem furação para paralamas em seu arco de união (chamam de brake arch). O booster se parece muito com brake arch de alguns modelos antigos de suspensão de bicicleta, mas ele tem uma construção mais leve e delicada, também plana, justamente para fixar nos pivôs de freio vbrake ou cantilever. Então, como demonstro nas imagens, utilizei o booster para fixar o farol do cubo dínamo. Ao que parece, na minha escolha, o farol se posicionou um pouco mais baixo que o local onde deveria ser colocado originalmente, mas também se projetou para frente, o que permite uma boa eficiência no direcionamento. Quando a posição levemente lateral, acredito que não teve nenhum ônus. Tenho a impressão que no local original não ficaria bem também pela bolsa de guidão... mas seria o caso de averiguar se isto realmente tornou-se solução para estes casos. De qualquer forma, tudo que encontro de solução para os ciclistas, compartilho, pois sei que muitos são os modelos de componentes e bicicletas que deixam a desejar sobre uma alternativa de instalação de utilidades. 


Complemento informativo - postagem anterior
       
          Estou testando dois modelos de cubo dínamo, ambos da shimano... e em bicicletas diferentes, com e sem disco de freio. Aos poucos vou fazendo considerações importantes sobre instalação e uso. Por este motivo, coloquei o link da postagem anterior contendo imagens e outras informações desta avaliação de longo prazo. Faço meus agradecimentos à Camptrail Bike Shop, empresa que forneceu estes componentes para teste.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cicloturismo no sul do Brasil... Um roteiro fotográfico de bicicleta!






            Organizar uma trip de bicicleta não é uma tarefa fácil... demanda tempo para pensar em tudo! Há coisas para se preocupar, quando, onde e se deve parar! As belezas de um lugar, de alguma forma, estão afastadas da civilização. Quanto mais nos distanciamos dos grandes centros, mais ficamos deslumbrados com o tamanho da Terra. Não sou um grande viajante, até pq isto exige tempo suficiente para deixar o trabalho de lado, valendo também para outros compromissos da vida. Tenho aprendido a repensar minhas escolhas... a projetar novas escolhas e construir uma pedalada de cada vez. Acho que todo mundo é assim... aprende, depois de um tempo, que é preciso ver e querer mais da vida. Estou tentando fazer isto... e tenho visto que menos é mais no que diz respeito à simplicidade das escolhas. Tenho um contato muito forte com o litoral... esta faixa de terra que marca o continente em relação aos oceanos. Mergulhei neste ambiente muito cedo e para mim é até difícil de saber se nasci gostando disto ou se aprendi a gostar... não tenho lembranças anteriores a infância com o mar. Quando comecei a desenhar um roteiro de cicloturismo que tivesse este cenário como palco, pensei que deveria realçar o que temos no ambiente e quais carências deveriam ser abordadas. Hoje, penso que não devemos ter mais nenhuma estrutura construída em toda orla... basta o que já temos, e fique o ser humano satisfeito com o que há! De outra forma, colocaremos a perder a vida selvagem e o próprio cenário, que acredite ou não, é único! Muitos são os aventureiros que partiram de Torres (RS) e rumaram ao Chuí (RS), extremos afastados por pouco mais de 700 km, dependendo da rota escolhida. Meu desejo é partir do extremo norte da costa do RS e partir ao extremo sul, desenhando um roteiro por esta costa gaúcha. A novidade não esta no trajeto, pois sei que muitos andarilhos e ciclistas, também jipeiros e outros aventureiros, fizeram esta jornada. Como fotojornalista, sei de trabalhos assim já executados, mas para conhecer bem é preciso ir mais que uma vez... e isto eu já fiz, talvez, algumas dezenas de vezes. Sei onde o litoral estreita e onde a duna sobe, sei onde o vento deita a areia, sei onde descansam os naufrágios e suas histórias, conheço muitos animais da região. Alguns fenômenos também são do meu conhecimento... pra que eu soubesse mais seria preciso morar ou utilizar do trajeto diariamente. Este é um litoral cemitério de navios... centenas de naufrágios, com histórias, algumas colocaram o Brasil em situação de risco. Este será um trabalho que quando estiver pronto, estará... será breve! Muitas imagens, algumas histórias, lendas, curiosidades, muito riqueza. Sei que este será um trabalho como poucos que farei na vida, pq não tenho conhecimento em outro ambiente como tenho neste. E é baseado neste entendimento que afirmo a grandeza do projeto e as diferenças de qualquer outro que possa se assemelhar. Será inédito por isto... assim, vc vai entender como este será um roteiro de viajantes, neste caso, direcionado aos cicloturistas que desejam fazer uma viagem não superior a 15 dias, com potencial de execução em uma semana ou menos.
Pra não perder nada... acompanha aí, garanto imagens lindas e exclusivas. Roda pra frente...

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Audax 200 km + Desafio 90 km = Sociedade Audax de Ciclismo












          
           Bem vindos ao dia seguinte... espero que muitos de vcs, participantes, estejam cansados, felizes e orgulhosos. Para quem investiu no desafio 90 pq esta começando, parabenizo! É realmente um grande desafio para quem começa... mas acima de tudo é lutar pela causa bicicleta se fazer presente em um evento que dá visibilidade nas estradas. Vimos gente nova, vimos bicicletas simples e bicicletas top... vimos um ciclista com necessidades especiais subir grande ladeiras! 
É difícil dizer o que foi mais legal... estes eventos da SAC sempre são incríveis, as pessoas fazem isto! Pra conhecer é preciso participar... ciclistas, voluntários, colaboradores, etc, todos em um grande evento de confraternização da bicicleta. Show de roda... E as imagens estão no link abaixo. Muito obrigado e, até a próxima.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Critical Mass september 2016









                   A Massa Crítica de setembro de 2016... aconteceu na maior paz, excelente energia! Os sinais da interação estavam espalhados, mas dentro de um coletivo unido. O objetivo é o de sempre... o alvo, as ruas ocupadas por centenas de bicicletas... rodas girando, faróis, campainhas, "cantorias", vibração por onde passou! Se me perguntarem se quero outra cidade... sim, quero políticos que nos representem de verdade, quero ação coletiva para uma mobilidade coerente, quero que as pessoas se respeitem mesmo quando discordam! É preciso ouvir quem pedala ao lado... volta e meia, troca o parceiro, muda o conjunto de conversa. Alguém me ajudou a subir na mureta do túnel... esqueci o nome, mas lembro do rosto. Certo que é meu amigo agora... mais um! A gente conhece tanta gente legal com a bicicleta... esta é a ferramente transformadora. A gestão de Porto Alegre não respeita os cidadãos... é um absurdo maior que outro, seja este vivente um ciclista, pedestre ou motorista. Pouca gente se agrada... se é minoria, mal esta! Tem gente que se ofende, não aceita crítica, não aceita pergunta, não aceita negativa! Crítica é algo que adverte sobre uma divergência ou diferença, não necessariamente é ruim, mas exige pensamento. Quem não pensa, acaba parando no tempo, não percebe os sinais... sinais importantes a construção de soluções para problemas que crescem! Sabe o trânsito? Então... problema que cresce, dia e noite, eram centenas, agora são milhões de automóveis! Carros grandes que trafegam apenas com o motorista... pra levar um documento que poderia ir por bike courier. É estranho, né? 
Uma obra milionária que levou anos para ser construída... então sai na capa do jornal. "Túnel da Anita Garibaldi é enfim liberado...", se faz uma crítica de chamada... entra na matéria e não se fala em problema algum. Projeto entregue as pressas, aos pés da eleição para prefeitura! Parece que ficou bom... mas vai lá ver! Dá impressão que se passar dois ônibus juntos, um no sentido contrário do outro, parece que não vai passar... então, travessia de pedestre e ciclista, esquece! As pessoas foram lá, fizeram um barulho! Tinha um agente de trânsito pedalando junto, em serviço, cantando " bicicleta, um carro a menos!". Estamos no caminho... temos força, estamos com a razão, temos o melhor veículo. O combustível é abundante e perfeito... são abraços e sorrisos! Isto, não pode ser parado... isto é a energia que move o mundo!

domingo, 2 de outubro de 2016

Cubos geradores... Para um caminho iluminado!

Cubos tipo geradores (cubo dínamo), dianteiros, fabricados pela Shimano. Versões sem e com opção para disco. 
               Embora estejamos no ápice tecnológico da bicicleta e assim se entende quando observamos o acelerado investimento e produção de componentes e bicicletas, nota-se que levou muito tempo para que este tipo de recurso aparecesse aqui no Brasil. Muitos foram os ciclistas que conheci que pagaram centenas (ou milhares) de reais para ter geradores de energia em suas bicicletas, buscando o fim das pilhas e baterias para trafegar em suas bicicletas durante à noite. O valor dos cubos geradores no exterior não é alto, mas atravessadores traziam de fora do Brasil e colocavam margens exorbitantes justamente pela exclusividade. Uma prática que acontece até hoje, mas aos poucos vai mudando pelo cerco que o fisco dá nas operações de compra e venda pela internet de produtos vindos do exterior, e também nas alfândegas.
            Muitas vezes  abordei tecnologia, mas creio que este seja um dos assuntos que despertem muitos interessados. Precisando dos materiais para fotografar e estudar antes do teste, falei com o Tiago Lumertz, da Camptrail Bike Shop, em Novo Hamburgo. Tiago, a quem sou muito grato, sempre esteve aberto e me ajudou muitas vezes... por isto, procurei por ele para disponibilizar as peças e assim prosseguir neste trabalho de informação que certamente ajuda ciclistas nas escolhas. Sei da existência de outros fabricantes destes cubos tipo dínamo, porém me assusto ao saber os valores através de pesquisas rápidas de internet e bike shops físicas. Diante da situação de pouca variedade e elevado valor deste tipo de material, penso que a alternativa seja falar do que é mais facilmente encontrado e com valores atraentes. Muitos devem pensar que estes acessórios "custam mais de 1000 reais!", mas a verdade é que estão na casa dos 350-600 reais nos modelos mais simples, como estes que vc vê. Aliás, no Brasil, me parece que chegam as lojas pelo caminho oficial da Shimano, apenas estes dois modelos. É preciso ter certeza disto e como não consegui descobrir com exatidão, deixo esta advertência de que pode haver mais algum modelo. A importância, evidentemente, fica para fins de garantia e algum tipo de reposição. No Brasil ainda é muito difícil ver esta preocupação sendo atendida como deveria, mas no exterior você encontra reparos e componentes para substituição. De outra forma, estas peças seriam totalmente seladas, pois não é desejável que entre umidade no interior do gerador. Construir uma peça hermética seria uma boa forma de evitar isto, mas a reparação seria impossível, então, justifica-se a necessidade de ser reparável e de haver peças no mercado. E nem estamos entrando na questão que sendo uma peça de valor agregado maior, cabe manutenção e reparo. 

Modelos da abordagem e características
          
           Os modelos de cubos geradores são  DH-3D32-QR e DH-3N31-QR, da Shimano. Ambos destacam suas propostas por acabamento... onde aquele que tem opção para freio a disco, recebeu um bonito acabamento no corpo de alumínio, ficando esta brilho do polido. O outro modelo, exclusivo para freios cujo o sistema é a compressão do aro por sapatas de frenagem, possui acabamento pintado cinza. Ambos, com a blocagem mais simples da shimano, neste caso, em aço, cromada. O peso dos cubos é elevado... me pergunto se o peso destes componentes adicionados dos faróis, pesaria mais ou menos que os cubos tradicionais adicionados de um sistema de farol a bateria com iluminação compatível. Todo teste crítico precisa de observações verdadeiras... e hoje vemos diversos canais realizando testes extremamente simples, aos quais deixam os ciclistas ainda com mais dúvidas, ao invés de saná-las. Por este motivo, estou fazendo observações importantes que certamente ajudarão os colegas na decisão de aquisição destas peças. Estou testando o modelo DH-3N31-QR por mais de 60 dias, bastante uso, inclusive durante o dia. Acho que uma vez que o consumo de pilhas inexista, não preciso me preocupar com desligar o farol no período iluminado pelo dia, até pq estou tentando avaliar se isto poderia ser um motivo que aumenta a segurança nas ruas de Porto Alegre. Creio que sim... mas o tempo vai confirmar. É preciso de experiências para garantir isto...


Se comenta a dificuldade na obtenção de raios para montagem em alguns tamanhos de rodas, justamente devido a alteração do diâmetro dos cubos. É preciso estar atento na hora de escolher raios e aros, justamente por esta limitação dimensional do recurso. Acontece o mesmo nos cubos com marchas internas. 

Modelo mais simples do mercado esta sendo encontrado com valor de até 350 reais, mas é preciso procurar muito!

Dispositivo de encaixe dos fios é excelente... permite o uso de qualquer marca ou rápidos reparos na fiação.

Faróis de LED são uma opção para alta luminosidade, em vantagem de que raramente queimam estes faróis.
          Ao rodar a roda com a mão não se percebe a resistência do cubo... no entanto, com a roda removida da bicicleta, vc sente uma resistência ao girar o eixo, sugerindo alguma perda de energia de tração, mesmo que mínima. Eu achei pouca informação sobre isto, mas o que fiquei sabendo que esta resistência é desprezível. Acredito que seja significativa em competições, mas em uso recreativo ou de mobilidade, me parece uma preocupação sem sentido. As escolhas são muito pessoais... eu, por exemplo, andava sem paciência para ficar carregando pilhas (recarregáveis ou baterias) para enfim manter a luz do caminho da bicicleta. O cubo gerador veio em bom momento... para cooperar com a minha paciência. E pilhas tradicionais eu não uso... já basta que no equipamento fotográfico não consigo, muitas vezes, escapar de produzir tal lixo. 
Em primeiro momento posso dizer que o teste esta indo bem... por hora, a shimano, como era de se esperar, não deixa a desejar em nada neste equipamento. Ele é de fácil instalação e quando os fios se desconectam junto da roda por qualquer motivo que seja torna-se relativamente fácil de reconectá-los. No próximo passo farei algumas colocações sobre o uso e também adicionarei informações novas, que estou descobrindo aos poucos. Em primeiro momento, posso dizer que estou satisfeito e otimista com esta ideia.