Recebi algumas mensagens por email, e acabei impulsionado a escrever mais uma vez sobre este assunto. Vejo que alguns colegas nomeiam a bicicleta de acordo com o uso que dão para ela, justificado pela escolha de componentes que muda um pouco o comportamento e desempenho desta bike. Não dá pra dizer que é exatamente errado chamar uma bike de híbrida, mas diante disto faço refletir sobre a palavra para ver se esta fica adequada ao termo que desejamos aplicar. Note que híbrido é uma palavra que determina uma mistura de duas situações originais. Na natureza, quando falamos de um ser híbrido, queremos dizer que houve o cruzamento entre duas espécies diferentes, distintas. A hibridização entre espécies, geralmente ocorre em espécies de um mesmo gênero. Isto para nós, bikers, pouco importa, estou mesmo é "teorizando" sobre um conceito que se criou e se insiste em usar para um estilo de bicicleta que possui caracteristicas muito próprias. Assim, poderíamos dizer que as bikes de aro 700, cuja a estrutura se parece com uma MTB mais delicada, é uma nova "espécie" de bicicleta, sem ser uma hídrida. A mistura de duas bikes poderia até existir, no caso de uma geometria específica para MTB com aros 700. No entanto, uma bike que nasce e foi projetada para um tipo específico de desempenho, não é uma híbrida.Também não é uma híbrida a bicicleta MTB que usa pneus finos... a MTB de pneus finos (ex: 26 x 1.25) é na verdade apenas uma MTB de pneus finos, uma MTB para asfalto, para ter maior rendimento. A speed geralmente não aceita pneus maiores que 700 x 28, por isto também não seria uma "híbrida" simplesmente pq ganha guidão reto e trocadores de MTB. No exterior é comum algumas marcas lançarem bikes speed de "guiadores retos" (guidão reto), e nem por isto são nomeadas de híbridas. Podemos concluir a questão de não existir a tal hibridização, a não ser pelo projetista... se ele usar alguma metodologia de ambas para obter uma bike que fique entre ambas. Se formos analisar, veremos que a bike de touring ou de commuted, ou seja lá como ela for chamada, e seja um projeto com possível aceitação de pneus de 700 x 40, saberemos que se trata de uma bike de projeto nascido apenas em cima de um conceito básico para bicicletas. Duas rodas, visando conforto, leveza, agilidade, etc... características específicas para uma bike de uso ágil e urbano. É um assunto que gera muita polêmica, e sempre vão aparecer grupos extremos para defender as versões. Vai ter gente que vai dizer que muda só as rodas, outro vai dizer que muda o centro de gravidade, outro a proporção de elevação da frente com a traseira, etc.
Já que a bicicleta que levantou a questão de hibrida é uma GT Transeo, fui direto ao site do fabricante para ver como ele denomina esta bicicleta.
Dentre os modelos que usam aros de medidas 700, existem 3 categorias para a GT bicycles: Road; Fitness/commuter; confort/cruiser.
A GT Transeo fica nesta categoria do meio, sendo uma bike commuter (viajante no sentido de bicicleta). Só que uma bike cruiser tem certa semelhança em conceito de palavra. Acho que agora entendo de onde vem estas confusões... seja lá quem criou ou divulgou uma bike "híbrida", acabou por fazer a maior confusão de todas. Enquanto eu fico mais confuso... ao estilo quanto mais estudo, menos sei, sigo pedalando e experimentando as minhas queridas bikes. As bikes do Andarilho...
ps: só não chame a minha Transeo de speed e nem de MTB! rsrssrsrs
Roberto Furtado
E no caso da minha MTB Caloi 24, que adaptei freios a disco e rodas 700 com pneus 700x28, posso chamar de híbrida??
ResponderExcluirrsrsrsrs E aí Fabio?
ResponderExcluirCara, acho que o brinquedo sendo teu, podes chamar até de avião...
Tava falando com um amigo a respeito, e ele acha que levo esta questão a um nível técnico demais. Na verdade eu acho que a bike é aquilo que o fabricante idealizou... mas que as geometrias mudam, mudam sim!
Um abraço