quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Na recuperação de freios cantilever

Fixadores de sapata de freio cantilever

Quando o assunto é freio, e na lembrança vem experiências com freios Cantilever, muita gente torce o nariz. É verdade que o pulo entre estes e um Vbrake, a mudança de qualidade em pontos diversos acabou por esmagar qualquer intenção de manter este tipo de freio da década de 90. Embora sejam ainda fabricados pela Shimano e por outras marcas, sobretudo as "customizadoras", os freios tipo cantilever deixam um legado. Foi um início que separou estes das antigas ferraduras, mesmo aquelas de boa qualidade, conhecidas na década de 70 e 80. Sim, aquelas que podíamos ver em bikes de corrida da época, que hoje julgo uma verdadeira porqueira... não tinha qualquer ajuste de paralelismo em relação ao aro, e acavam deixando qualquer um "de cara" com a regulagem ineficiente. Posicionamentos sobre cada sistema de frenagem realmente são um tanto quanto pessoais, e unicamente não é permitido que deixem de freiar, apenas. Esta é a função. Acho que existe um meio termo em tudo que vivemos. De tudo que exprimentei em freios de bicicleta, ficam destaques para os Vbrakes e freios a disco, sem desmerecer freios internos como os atuais da shimano, que devem ser uma verdadeira maravilha. Estes que cito são aqueles que possuem 8 velocidades e freio internos num cubo que é verdadeira maravilha da tecnologia ciclistica, deixando um ar extremamente limpo nas bikes. Antes de falar sobre a recuperação dos freios cantilever, quis me posicionar, criar o entendimento que tenho sobre os freios, pq senão poderia passar a impressão de que os acho melhores que um Vbrake, o que não é verdade. Apenas acho que os freios símbolo de uma década, a última do século 20, são realmente os cantilever. Foi destes que se evoluiu para chegar no vbrake atual, talvez nestes é que tenham justamente um espaço entre o Vbrake atual e o cantilever atual.
A cerca de dois anos atrás, ganhei de um amigo um jogo de freios cantilever STX novinhos... apenas estavam sem as sapatas. Nem riscos possuiam! Depois, em um garimpo, encontrei uns cantilever altus, nos quais faltavam inclusive os fixadores da sapata de freio. O garimpo tem muito disto, encontra-se parte de um material, as vezes justamente o motivo do abandono, e depois é preciso correr atrás do restante. Pq sou muito insistente, consegui fixadores novos, e nestes via a solução para terminar a restauração de um jogo de freios cantilever. Por vezes esquecemos quanto trabalho temos quando buscamos este tipo de restauro e intenção de viver bicicleta. Alguém no passeio me perguntou, onde estava aquelas bicicletas novas que eu tinha, referindo-se a GT Idrive e a GT Transeo. Sem muito tempo para responder, apenas respondi que estariam em casa, mas na verdade prefiro estas que consideram velharias, como muitos já perceberam. "Ah, mas porquê?" Bom, os motivos estão nas páginas deste blog, e depois me apoio no melhor argumento do mundo... "Cada louco com a sua mania!"
Na GT outpost coloquei o cantilever moderno, este usado em bikes de ciclocross. Em uma outra reconstrução estou colocando cantilever, e ainda tenho outro jogo que pretendo acertar bem em qual projeto vou encaixar. Não é fácil encontrar peças em bom estado. Alguns tem molas cansadas, outros faltam peças, outros desgastes que não viabilizam a utilização, e outras questões como alteração de sistema de maçaneta de freio.
O conjunto em que aparece na foto, é justamente o que permite prender e ajustar a sapata de freio no braço do cantilever, e desta forma permitir a frenagem correta. A diferença entre estes, ou a ineficiência para fixar a sapata na posição escolhida é que traz má qualidade nas frenagens. Também é importante salientar que as sapatas devem ser de boa qualidade, estas encontradas nas bicicletarias, geralmente tem baixa qualidade. Garimpar peças para cantilever é uma "novela". 

Roberto Furtado

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