Com o calor e alguma estabilidade do clima, surgem idéias de pedal para finais de semana. Alguns pensam em pegar o carro e ir até algum lugar tranquilo, e neste pedalar, outros pensam em ir de biccicleta mesmo. Fazendo da estrada seu passeio, e o destino é meramente um marco que define o fim do passeio. Existem estes dois perfis de ciclistas, penso que o primeiro é bastante coerente, mantendo-se um menor período de tempo na rodovia, o que talvez pudesse ser prudente, já que os motoristas estão completamente loucos. Infelizmente, penso que pertenço ao segundo grupo, onde a estrada é a minha forma de contemplar a natureza, de viver ambientes distantes, refletir na vida enquanto aperto os pedais com os pés. O calor é garantia de prós e contras, pois se não há trégua do sol, há alguma segurança para não passar frio. Diferente dos invernos rigorosos aqui do RS. Como tudo que existe, nos contras aparecem os mosquitos ao entardecer, a sede, e a dificuldade para tocar o ritmo alto, ou ainda para trocar um pneu furado. Haja paciência e resistência para suportar tanto calor... mas afinal, se o ciclista não é um ser destemido, determinado, quem será? Viagens de média distãncia são bastante viáveis, sobretudo a noite. Uma esticada até a praia, uns 120 km, nada demais... Saíndo a meia noite, chega-se as 6 horas da manhã, bem tranquilo, até! E lembro também que é um horário que geralmente o vento é menor, muito bom para quem ruma contra o litoral, afinal, contra nordestão não há perna que aguente. Por outro lado, pedalar a noite faz perder a graça... não há cenário, quase como estar numa ergométrica de academia, sem cenário, apenas espaço para reflexões. E que reflexões seriam estas? Seriam reflexões de um sonhador Andarilho, munido de um bicicleta, esperança e desejo de paz. Um excelente verão de pedal, um excelente 2011.
Roberto Furtado
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