No século onde é notável a batalha da ecologia com o progresso e a industrialização, brotam idéias e soluções para o bem da humanidade com parceria ao bem estar. Uma luta do bem contra o mal, ou outra forma de ver as diferenças. A bicicleta é tudo isto, e já é mais do que assunto batido. É a realidade de muitas pessoas... muita gente já começa a ir ao trabalho de bike, seja por questão econômica ou por estilo de vida. Ambas as opções, revertem saúde para este cidadão, optante do estilo de vida que escolheu. Pedalar é saúde, mas é também um bem estar, é uma forma sábia de se ver a vida. Pedalar é pensar nos outros... de carro, queimar O2 e substituir por CO2, é uma maneira egoísta de optar pelo conforto, e dizer que isto é mais importante do que o próximo. Na verdade não podemos acusar, simplesmente apontar, devemos fazer consciência coletiva. Tomar a frente e dar exemplo! Uma bike têm seus limites, principalmente com relação a carga. Não por causa do esforço, mas por espaço de carga. Trasportar qualquer coisa em mochilas é bem ruim, qualquer peso de 500 gramas se torna um sacrifício, mas não quando o peso estiver na bike. Para fazer diferença, a bike precisará ter 5, 7, 12 kg mais. Na bike, e quanto mais próximo do solo, a carga deixa de ter efeito expressivo no desempenho do ciclista quando o mesmo estiver em baixas velocidades e planos. Subidas são um problema sempre, com ou sem carga. É interessante tornar-se um ciclista, pois respeita-se mais uma porção de fatos ao nosso redor... o esforço e desgaste do carro, do papeleiro com seu carrinho, do joão pedreiro, do custo das coisas, etc. Depois que me tornei um ciclista, efetivo, perdi parte de minha preguiça, dei valor a detalhes, e desvalorizei algumas coisas comuns e estranhas do dia a dia.
Rodando de carro, percebi que é muito fácil fazer 20.000 km em 1 ano. Como é fácil queimar dinheiro e O2, como é fácil poluir! O Audax faz a gente pensar em muita coisa... é uma jornada de reflexão. Todos os pqs parecem ter resposta, e as vezes, também ficam sem resposta... depende sobre o que você reflete. Você pensa em tanta coisa, e tem oportunidade única para refletir e observar detalhes. Na estrada, vi muitos animais mortos rente ao acostamento. Percebi que todos foram mortos por atropelamentos ou pelo simples deslocamento brusco do ar. Sim, insetos e outros pequenos animais, haviam em quantidade mortos na estrada. Não bastasse que a faixa rodoviária é uma linha que corta um ambiente natural (já reparou quanta vida há logo depois do acostamento), ainda são milhares de metros quadrados onde nada vive, a não ser calor e restos de mortais dos veículos. Não estou sendo enfático extremista, apenas reflexivo, e acho que não tomamos as melhores escolhas... acho que a navegação e a linha ferroviária reduziriam grande parte dos acidentes, dos resíduos, e dos atropelamentos dos animais silvestres.
Em favor disto que chamamos de progresso são tantas as decepções vividas que só lembramos delas quando somos chocados com a perda de um familiar ou outro fato impactante. Acho que a bicicleta têm seus contras, especialmente se pensamos na agilidade para "queimar" entre dois pontos geográficos. Outro dia pensei a respeito, como entrar com a bike de vez na minha vida, e abandonar o carro (ou ônibus), e conclui que é quase impossível. Não posso... mas posso reduzir o número de oportunidades de usar um veículo poluente e causador de problemas, posso reduzir em mais de 30% do seu uso, e alterar esta estatística. Como seria o mundo 30% menos poluído, menos acidentado, menos agitado, mais vivo? Como seria?
Acho que esta resposta esta dentro de cada um... e cada um sabe quanto isto é um sacrifício e se faz sentido. Use sua razão, seu coração, pense! Precisamos viver a toda velocidade?
Roberto Furtado
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