quarta-feira, 31 de março de 2010

Nishiki Manitoba 1994 - versão "busca pão ali pra nós!"








Bom, parece agora que os projetos estão andando a todo vapor... na verdade não! Muitos destes projetos de reforma que venho descrevendo e detalhando aqui no blog estavam se arrastando há muito tempo. Alguns motivos me parecem claros, mas quem esta acompanhando a distância não percebe alguns problemas que o "aventureiro reformador de bicicletas" passa durante estes processos. Esta Nishiki Manitoba 1994 pertence a uma geração de bikes que julgo muito especial, estas bicicletas da década de 90 perteceram a uma época onde houve uma explosão de fabricação de bicicletas. Algumas grandes marcas nascidas antes ou durante a última década do século 20, fabricavam grandes bicicletas com a melhor das intenções. Mal sabiam eles que aquele período seria passageiro e conturbado, e que o consumismo sofreria tantas variações até a virada para o século 21. Sem saber disto, fabricaram bicicletas que podem ser encontradas até hoje em fundos de garagem, ou abandonadas em bicicletarias, ou até mesmo em lixões aguardando a reciclagem. Um crime deixar que uma peça de Cr-Mo termine no lixão de Fe para ser transformado muitas vezes em aço de obra, algo tão desqualificado se comparado ao Cromoly. Certo dia passeava eu pelas páginas do mercado livre e deparei com este quadro Nishiki, pedia o vendedor aproximadamente 120 reais para quadro e garfo originais, sem qualquer acessório. Resolvi fechar com ele e fui logo comprando este brinquedo... mandei pintar com pintura a pó (eletrostática) na cor prata. Depois começou uma novela que demorou meses para terminar. O maldito canote 26.2 mm não se encontrava em lugar algum aqui em Porto Alegre. Foi o causador de minha frustação com as lojas aqui de Porto Alegre, pq sempre que eu perguntava sobre este tipo de medida era praticamente desencorajado a procurar. O tratamento também não era bom... Me enchi desta história e comecei a procurar em outros Estados, em São Paulo encontrei relativamente fácil. A bicicleta recebeu o canote Zoom de medida supostamente impossível de se achar, e neste instalei o banco Velo Plush, priorizando o conforto. A intenção era fabricar uma bike "busca o pão ali pra nós" com excelente qualidade e conforto, mas sem custar muito e sem chamar a atenção de "afanadores" (estes que pegam as coisas da gente sem pedir). Coloquei rodas sem blocagens, pneus grandes, parafuso com porca pra fixar o canote de selim, desta foma a bike precisaria de chaves de boca para ser desmontada. Também coloquei um guidão alto, juntamente com uma mesa alta, que mesmo sendo um quadro com frente baixa, passou a ter altura suficiente para oferecer conforto. Um cambio traseiro novo e simples, shimano torney, bem como maçanetas de freio, vbrakes e movimento central shimano selado, novos! O restante das peças, como trocadores, cambio dianteiro, pedevela, mantive os da época... funcionam perfeitamente, mas não apresentam aquela cara de produto novo, que chama mais a atenção dos "afanadores". Levei para o amigo Tchaka, ele montou tudo e fui buscar... na volta pra casa vim me deliciando com a bike. Boa de andar, simples, perfeita para escapar de "afanadores"! Projeto 100% aprovado! Agora falta apenas escolher um bagageiro dianteiro ou traseiro, colocar paralamas, etc...

Texto e fotos: Roberto Furtado

Uma trek 850 gigante... nossa!







No sábado pela manhã, o amigo Raul foi passear... como todo ciclista, visitou uma loja de bicicletas aqui em Porto Alegre. Chegando lá, deparou-se com algo inesperado e fascinante. Encontrou diante de seus olhos uma TREk 850 no tamanho ultra grande, na medida 21,5 polegadas de centro a centro (do centro do movimento central até o centro do tubo superior). Tamanho perfeito para ele. Voltou pra casa e me ligou, entusiasmado... Convidou-me para olhar e quem sabe poderia comprar a maravilha se ela estivesse boa. Ainda com algumas peças da época, a Trek 850 apresentava um grupo em estado regular, e algumas das peças já haviam sido modernizadas pela substituição, entendida como necessária.
Fiquei curioso em saber como o cambio dianteiro não escapou de uma substituição, enquanto o traseiro escapou sem problemas da revisão, embora com pequena folga percebida ao manuseio de conhecedores. O fato é que Raul arrematou esta relíquia da década de 90, e agora é feliz proprietário desta. Já providenciou a aquisição de uma corrente e cassete, e disse que vai substituir a mesa de forma ao seu conforto. Quando vejo um brinquedo destes percebo que nem tudo esta perdido... as vezes estas jóias voltam ao mercado, e quem sabe se para pertecerem aos novos proprietários por mais 15-20 anos. Quem sabe?!?!!
Fotos: Raul Grossi
Texto: Roberto Furtado

terça-feira, 30 de março de 2010

Reconstruindo mais uma GT (de Cromoly) - 3ª parte

A GT de Cromoly esta quase pronta... por isto, resolvi postar algumas fotos de detalhes para visualização do projeto. Imagino que alguns amigos estejam curiosos, então seguem as primeiras imagens do projeto em fase final. Se a dúvida fica para o que falta... digo que faltam parafusos de inox, que colocarei no quadro para prender garrafa, bomba de quadro, bagageiro, dentre outras necessidade. Muitas fotos de uma única vez seria um desperdiçar um momento como este. Onde existem detalhes de sobra para apreciação em um modelo simples da década de 90. Note o cordão de solda, a fixação para bagageiros dianteiros e traseiros, bem como paralamas, também o logo em baixo relevo, a combinação deste azul com o cassete e a corrente reluzentes. Pequenos detalhes que fazem a diferença.





Possivelmente nesta quarta feira farei novas fotos para apresentação final deste projeto, devidamente concluido.
Fotos e texto: Roberto Furtado

sexta-feira, 26 de março de 2010

Fleche Velocio 02 de Abril - Sociedade Audax

Neste próximo dia 02 de abril (2010) ocorrerá uma boa prova e oportunidade de pedalar... o Fleche Velocio. Você pode saber mais sobre o estilo de prova no site da Sociedade Audax, organizadora desta prova:
http://sociedadeaudax.blogspot.com/2010/03/fleche-porto-alegre.html

Creio que eu seja voluntário neste evento também, pois estou me preparando mesmo para o Audax 300 km de junho de 2010. A prova que ocorre na sexta feira santa vai ser um belo treino, já sei de amigos que farão a mesma. Para saber mais, recomendo acessar a Sociedade Audax e os regulamentos.

Regulamento da ACP para o Flèche Velocio

Regulamento da Sociedade Audax de Ciclismo.

Postagem: Roberto Furtado

Reconstruindo mais uma GT (de Cromoly) - 2ª parte


Durante uma folguinha de trabalho meti a mão na GT... dei uma lixadinha no assento da caixa de direção, apenas para dar uma limpada e assentar a caixa sem muito esforço. Passei graxa por dentro do tubo, e coloquei a caixa de direção sem rosca. No seat tube fiz o mesmo procedimento, até que ficou liso e pode receber o canote sem excesso de esforço. Antes de colocar o canote de selim, passei graxa... bastante, aí ela vai escorrendo pra dentro, e mesmo que pegue chuva um dia, não corre o risco de grudar o canote no seat tube. Claro que um pouquinho de graxa vai dificultar a fixação, mas quando for para o uso mesmo, retira-se o canote e limpa-se com um pano. Ficará firme e não haverá corrosão. Qantas vezes já se viu canote grudado, um cuidado antes de colocar o canote, pode prevenir um problemão. Logo que possível vou começar a montar, acabei optando por um grupo alívio, e materiais de melhor qualidade. Ainda não optei por uma mesa o guidão, mas acho que será algo que oferecerá conforto. Quem busca este tipo de bike, quer fazer cicloturismo... e cicloturismo pede conforto.
A foto da caixa de direção não ficou muito boa, devo ter tremido na hora e não percebi, mas dá pra ter uma noção da caixa de direção e da bucha para adaptar mesa aheadset. Deixei em tamanho grande para pode ampliar e avaliar... é só clicar em cima da imagem. Note a perfeição do cordão de solda. Hoje faço mais um pouquinho...

Fotos e texto: Roberto Furtado

quinta-feira, 25 de março de 2010

Novo problema com peça VZAN!!!


No ano passado relatei um problema com um aro VZAN modelo Action... o problema com o aro Action foi minimizado com o comerciante do aro, que substitui o mesmo para mim. Embora a roda da frente com o novo aro não pudesse receber um pneu sem que muito esforço fosse empenhado, me dei por satisfeito na questão daquele episódio. Pensando que seria um problema isolado, recebi de outros colegas usuários deste mesmo aro, a reclamação sobre a dificuldade na hora de instalar o pneu. Um colega relatou o problema, indicando que o defeito seria do pneu, mas mostrei para ele que o mesmo pneu entrava num aro importado (Rígida) com as mãos, nem espátula era preciso, e ficava perfeito com a indicação de calibragem informada pelo fabricante Kenda. Pensei se tratar de um problema isolado com um dos modelos da VZAN, e acabei comprando um novo par de aros da marca. Muito bonitos em perfil e razoáveis em, acabamento... e o valor, muito convidativo e convincente. Então comecei a montar o aro em um cubo Fórmula, com raios de inox, tudo perfeito. Os aros foram colocados no centrador, e foram apertados até que não houvessem mais pulos e "danceios". Ontem a noite estava em casa, olhando para o par de rodas enquanto colocava as fitas para proteção da câmara. E percebi uma diferença entre os nípels, na rápida olhada, consegui perceber... levantei-me e peguei a roda que estava encostada contra uma parece branca. Levantei na altura dos olhos e não acreditei. O nípel saía para fora... como aparece nas fotos. Retirei a fita que já estava colocada, e percebi olhando a face interna do nípel que ele estava devidamente encaixado, porem a face externa apresentava-se saliente e desforme. Concluí, com a crítica que aprendi durante a faculdade de engenharia mecânica, que não houve controle de qualidade, e que no momento do aperto do nípel houve a falha. Portanto, entendo que houveram duas falhas... na execução de montagem do aro, e na revisão (controle de qualidade). O nípel se encontra firme e aceitou o ajuste feiro em gabarito, e não oferece risco, mas a apresentação do produto ficou totalmente comprometida. Diante a dois episódios acabo na certeza de que o produto do segmento não atinge comparação com produtos importados como WTB, DT Swiss, araya, ou seja qual for o modelo e marca de produto semelhante importado. Achei importante a postagem aqui, ps muitos amigos costumam visitar este blog e não queria que estes colegas ficassem desiludidos da mesma forma que fiquei.
Texto e fotos: Roberto Furtado

quarta-feira, 24 de março de 2010

Reconstruindo mais uma GT (de Cromoly) - 1ª parte

Bom, depois da desilusão da primeira pintura... o quadro recebeu novo jato de granalha e nova pintura. O processo precisou ser refeito do início, pq a pintura metálica é obtida com a composição de duas camadas de tinta a pó de cores diferentes. Primeiramente recebeu a base, na cor prata, e depois o verniz azul, que resulta na cor presente nas fotos. para aqueles que não leram o outro post, repito aqui. O quadro e garfo são frutos de garimpo em lojas... o amigo Antônio conseguiu o garfo de GT Outpost e o Amigo Tchaka forneceu o quadro. Ambos encontravam-se em ótimas condições, sem amassamentos ou riscos profundos, porém com a pintura completamente destruida. Para a pintura, o quadro recebeu a preparação que protegeria o pivô deslizante de vbrake, já que este é soldado no quadro, como na maioria dos quadros de Cr-Mo. Também houve preparação na rosca que recebe o movimento central e na face interna onde se acomoda a caixa de direção. A rosca da gancheira do cambio recebeu um parafuso. Tudo isto precisa ser desta forma para que a tinta a pó não se deposite nestas faces, o que poderia impedir ou danificar as peças ou as casas onde estas seriam instaladas. A tinta a pó é tão dura e resistente, que pode até danificar a rosca. Então finalmente busquei o quadro da pintura, e desta vez fiquei satisfeito. O quadro ficará muito interessante ao cicloturismo, embora eu não pretenda ficar com este... já tenho muita bicicleta, então estou fazendo por hobby mesmo. Digo ao cicloturismo pq este quadro e garfo possuem esperas para bagageiro traseiro, paralamas e bagageiro dianteiro. A caixa de direção será STD aheadset, aproveitando o bom comprimento da espiga. Possivelmente o garfo pertenceu a uma GT de tamanho 20 que recebeu uma suspensão, justificando o comprimento da espiga e a disponibilidade deste em uma oficina de bikes. Agora os assentamentos, pivôs e roscas serão conferidos e devidamente limpos... e seguidamente engraxados para receber as peças com qualidade. Também injetarei um pouco de óleo para dentro dos tubos, para que desta forma não ocorra corrosão interna destes. Ainda não decidi pelos componentes, mas é possível que seja um grupo alívio... talvez acera ou altus. Tenho receio de montar com grupo melhor e depois não encontrar um comprador disposto a pagar por este grupo. Logo mais posto a segunda etapa... onde serão colocadas as peças do quadro. O grupo ficará para uma terceira etapa, pois tem ainda bastante "pano pra manga" ou detalhe de bike para falar.

Texto, fotos e bobagens ciclísticas: Roberto Furtado

quinta-feira, 18 de março de 2010

GT Nomad para um amigo...


Um amigo perguntou o que poderia sugerir a um amigo dele em termos de bicicleta de uso urbano e estrada. Pedi para que me colocasse em contato direto com este amigo. Comecei a "investigar" a maneira e os interesses do amigo interessado em uma bike. Queria conforto e dinâmica... foi então que recomendei os modelos da GT com aros 700 e perfil de pneus acima de 34, pois estes seriam as opções com maior desempenho em relação ao conforto. O modelo sugerido acabou sendo a GT Nomad, conforme a foto que aparece acima. A sugestão acabou sendo aprovada para encomenda da bicicleta. Com a chegada da bike, levei ao Tchaka para montagem e ajuste... o resultado é este das fotos abaixo. O amigo ficou muito satisfeito, e segue realizando passeios em sua nova GT Nomad, talvez a única GT Nomad 2010 em Porto Alegre.
A Nomad 2010 chama muita atenção pelo acabamento e opção de conforto com desempenho. O quadro apresenta soldas continuas escamadas, e em ambos os lados a marca GT está em baixo relevo. Muito bonito! A bike conta com suspensão dianteira e de canote (de selim), além de um banco muito confortável e guidão com ajuste de altura e ângulação.


Texto e fotos: Roberto Furtado

quarta-feira, 17 de março de 2010

Desilusão na reforma de bikes

Hoje era pra ser o dia em que eu traria mais um quadro de bike para montar... Dias atrás, depois de arrumar com o Tchaka um quadro GT de MTB 26", deixei para pintura a cerca de uma semana. Pedi para pintar em azul, um metálico bem bonito. Cheguei na empresa de pintura e vi de longe que havia ficado bonito... o Cr-Mo é sensacional para repintura, fica perfeito parecendo que é a primeira pintura. Quando coloquei o quadro na luz, percebi diversas manchas. Ficou todo falhado no top tube. Putz, fiquei murcho na hora. Estava louco pra contar a novidade aqui no blog, ia fazer fotos antes da montagem. Precisei voltar de mãos abanando, deixei pra refazer. Busco na próxima semana e conta se ficar decente. Este é o problema da restauração... no que você depende de terceiros, pode ser um azar. Perde a viagem (no meu caso foi quase duas horas para ir e voltar), sem falar na desilusão. Coisas de quem se mete a refazer brinquedos velhos...
Roberto Furtado

Relato de Carlos Polesello - sobre Audax 200 / 2010

Antes der ler o relato do colega ciclista e amigo Carlos Polesello, gostaria que você levasse em conta as coisas mais importantes sobre este tipo de prova. Lembre-se que o Audax não é uma competição, mas sim uma prova de superação pessoal. Carlos já não é um garoto, mas de qualquer forma, sempre supera suas marcas, provando para ele mesmo que é capaz de realizar aquilo que deseja. Um Audax é uma prova mental, onde a mente cordena o corpo, como se ela soubesse que e o conjunto é capaz de algo que o corpo não acredita. Se tiver alguma dúvida disto que descrevo, então, talvez você não tenha feito um Audax. Longe de ser uma competição entre os participantes, reforço que Carlos, embora com idade superior a minha, atinge metas muito superiores as minhas. E talvez isto seja fruto não somente de capacidade física, mas sim mental como descrevo... a estratégia faz o ciclista Audaxioso. Que este colega seja uma referência muito positiva aos demais colegas.
Um abraço
Roberto Furtado
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Audax Randonneé 200 +200

Nem sabia se conseguiria fazer, mas fiz a inscrição para dois Audax seguidos. Um em 07/03 e outro em 14/03, ambos de 200 km. Para quem já me conhece sabe que não sou de “roer a corda”, mas não tinha a certeza que faria os dois. Fiz o primeiro em 07/03 com o tempo de 9:29 horas e cheguei no fim bem fisicamente. Resolvi seguir as dicas da fisioterapeuta que fez palestra no dia anterior ao Audax e acho que deu resultado. Na quarta-feira já tinha certeza que iria fazer o próximo, isto é, já estava me sentindo em condições. No domingo passado, 14/03, fui para o DC Navegantes, local de saída dos dois Audax bem tranqüilo e sempre pensando que se eu apresentasse alguma fadiga, era só dar uma pausa, pois sempre percorro os 200 km com no mínimo umas 3:30 horas de folga. Mas até para minha surpresa fiz este ultimo num tempo de 8:43 horas, quase uma hora menos que o outro. Eu sempre faço as paradas regulares e procuro me hidratar e me alimentar sempre do mesmo jeito, nunca deixando as paradas serem menores do que o necessário para “ganhar” tempo. Quem anda atrás de tempo – o que não é meu caso – tende a sair dos PC’s muito rapidamente, sem se alimentar ou hidratar suficientemente. Eu costumo fazer os Audax olhando todos os ciclistas, as bikes, os acessórios, equipamentos e vejo coisas que me deixa até curioso o modo de que se preparam para fazer o Audax. Quando troquei a MTB com pneu 1.25 por uma Speed para fazer Audax, fui muito bem pensado e convicto, não foi pela velocidade e sim pelo peso e relação de marchas mais longas. Claro que uma Bike Hibrida com aros 700 e pouco peso – sem amortecimento – é o caminho intermediário. Ainda vejo ciclistas pedalando um trator, isto é, uma MTB com pneus 2.0 ou mais, com um monte de peso agregado, suspensão, meia dúzia de caramanhola, meia dúzia de farol, (de dia), corrente super seca que se houve o barulho dela a mais de 100 metros. A menos que você ciclista seja um touro de canga (aqueles que puxavam os arados manuais na agricultura), um iron man, ou um mega atleta, ou um centauro (corpo de homem + cavalo e força de cavalo), desista desta idéia. Isso tudo no fim pesa um bocado, ainda mais se tiver vento lateral ou contra. Também vejo que a speed tá começando a ser a maioria preferida do pessoal, mesmo sendo o pessoal que faz em 11,12 ou 13 horas tem uma bela speed muita até de carbono. Talvez estes saibam do seu potencial de pedalada e não querem tornar a pedalada mais sofrível com uma bem confortável e pesada MTB. Bem, mas no fundo mesmo, não importa a Bike, se speed, hibrida, MTB, dupla, reclinada, pinha fixa, de ferro, aço, alumínio, cromo, carbono, com suspensão, rígida, com disco, aro 700, aro 26, pneus 1.0 ou 1.5 ou 2.0, o que importa mesmo é que cada um curta esta maravilha chamada bicicleta, e o Audax é o evento mais democrático para isso.

Por Carlos Polesello

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bikes do passado, restauração e história - 1ª parte

As vezes fico procurando na internet idéias e curiosidades sobre a restauração de bikes antigas. Este vício de restaurar é algo que se reafirma sempre que vejo o trabalho de algum restaurador. Hoje em dia, a corrida dos fabricantes por bikes de aluminio, carbono e outros materiais alternativos, praticamente inviabilizam restaurações de bikes desta geração para o futuro próximo. Restaurar uma bike de carbono é complexo, caro, e talvez sem propósito. A fadiga é uma realidade que impede o restauro. Nos quadros de carbono, a fadiga é invisível e provável, especiamente com o aumento de km das bikes. Uma bike de carbono não foi projetada para durar, embora durem bem alguns modelos. Ninguém faria uma bike de passeio em carbono, seria incoerente... uma bike de carbono é para prova. Aluminio se popularizou baseado neste mesmo pensamento, especialmente nos projetos da década de 90, onde houve o grande "Bum". O mesmo problema do carbono, de forma menos grave, sofre o aluminio. O aluminio pode ser soldável, ficando muito bom o reparo, se o restaurador souber o que faz. Já o carbono... não tenho esta fé, mas também pq alguém usaria um quadro de carbono para restauro. Afim de que possa uma bike ser usada novamente em mesmo propósito, sendo de carbono, quando estiver aquém do novo tempo, não será almejada como em sua época. Ontem haviam quadros de carbono com 1800 gramas, hoje com 1300 gramas, amanhã... quem sabe, 600-900 gramas. Um quadro de carbono antigo, já pesa mais que o mais leve dos quadros de Cr-Mo da atualidade. A evolução construtiva faz isto... determina os tempos e o peso do resultado, simplesmente aprimorando a tecnologia de construção. Definitivamente, restauração é para os velhos e bons quadros de aço e de Cr-Mo, e duvido alguém que discorde, exceto para restaurações de pendurar na parede... onde os velhos e leves quadros de carbono, se integram com a memória de seus proprietários, trazendo saudade e quase um passagem pelo túnel do tempo. Velhos e bons quadros de carbono, agora com 20 anos... alguns aposentados, outros descartados, histórias de bikes que viveram a vitórias em provas de ciclismo. Histórias que não voltam, mas serão lembradas por garotos que hoje são pais de família, profissionais responsáveis, sonhadores sobre duas rodas, acomodados em seu novo tempo.

Roberto Furtado

quinta-feira, 11 de março de 2010

O que temos pela frente?

Concluida a tarefa do Audax 200 km de 7 de Março, pensamos no próximo evento. Ainda serão definidos muitos dos detalhes da prova de 300 km, como Ninki me passou. Antes disto ela me disse que haveria um desafio... e fiquei entusiasmado com a notícia. Penso que uma prova de 120-150 seja um excelente treino ou avaliação para aqueles que farão a prova de 300 km. Estava lembrando dos 300 km que fiz no ano passado. Estava mais preparado fisicamente, mas sem a carga da experiência. Não adianta, cada prova é uma nova prova, e a úncia coisa que aprendemos com provas anteriores é administrar melhor o nosso corpo, nossa energia. Vou corrigir falhas do passado, e uma das minhas prioridades é beber mais líquido... acho que me hidratei pouco nos 300 km de 2009. Também pretendo melhorar meu tempo no percurso noturno, desta forma penso estar mais adiantado durante o dia, e não precisarei forçar tanto, reduzindo o desempenho no horário da tarde, que pode ser o pior. São tantas as considerações para as próximas provas, e as dúvidas existem. Será que vai? E o tempo vai ajudar? A bicicleta vai aguentar? Será que na semana que antecede a prova vou poder descansar um pouco? Logicamente muitas destas respostas o dia "D" é quem vai dar, mas refletir e formar uma estratégia defensiva de problemas, pode sim ajudar. Tomara...
Roberto Furtado

quarta-feira, 10 de março de 2010

Sobre as fotos do Audax 200 Km e execução das tarefas

Depois de receber alguns emails a respeito das fotos, resolvi tornar do conhecimento de todos a questão . Foi com prazer que fiz as fotos, e nesta nova oportunidade trabalhei em conjunto com a Sociedade Audax. Minha atuação foi voluntária, pq acredito no esporte e na fotografia para eternizar este momento. Para lembrança em alguns anos, tanto faz se impressa em papel ou salva em arquivo no futuro, o efeito será o mesmo, não terá preço! Sim, daqui a 20 anos, muitas destas fotos serão vistas e trarão boas lembranças. Lembranças de amigos, de um momento de superação, ou de reforço emocional que o Audax faz em nossas vidas. As fotos não devem ser comercializadas por terceiros, ou seja, só quem pode comercializar ou ceder as fotos é a Sociedade Audax, que fique claro. A utilização comercial das mesmas exige a liberação. Não é possível utilizar as imagens em Banners, flyers, ou qualquer tipo de propaganda sem a prévia autorização, seja qual for empresa ou finalidade comercial. Já para uso particular (não comercial), estão totalmente liberadas, sem galhos ou cerimônias. Aproveitem! Qualquer dúvida a respeito, contate a Ninki. Também achei importante salientar que cada voluntário deu sua contribuição, seja acompanhando ciclistas, fiscalizando e certificando que as normas sejam respeitadas, ou nos Postos de Controle e/ou Apoio, fazendo fotos, dando apoio moral, ou ainda garantindo a segurança. Pense bem como seria o Audax sem a gratuidade destas pessoas. Pra você estar lá, alguém se empenhou, estes estão na foto. Cansados e satisfeitos pela tarefa executada.
Um abraço a todos

Roberto Furtado

terça-feira, 9 de março de 2010

Audax 200 km 07.03.2010 (branco e preto)

Bom, inicio o tópico justificando o que chamará mais atenção. Desta forma consigo descrever as dificuldades de fotografar os amigos. No dia da prova, eu, Ninki e outros colegas brincávamos a respeito de eu ser um tremendo azarado para o dia perfeito da fotografia, aquele que o céu é azul, com fim de tarde amarelado... aquele dia perfeito, onde as cores ficam no lugar certo, quantidade de luz correta, etc. Nem tudo é como queremos, e por outro lado acho que o clima foi espetacular para quem pedalou, penso assim. Aproveitando que houve uma serração em parte das fotos realizadas pela manhã, e céu cinzento, aumentei o efeito retirando as cores das fotos. Buscando o efeito que normalmente não se conhece em fotos de estrada, e o resultado foi bonito. As fotos originais já estão em poder da Ninki, e ela fará uma triagem, e avaliação. Algumas fotos comprometem alguns ciclistas, pois os mesmos estão de certa forma infringindo um importante critério de segurança, trafegando lado a lado de outro companheiro, a esquerda da linha branca. Se me fiz entender bem, o fotógrafo esta ali para eternizar o momento especial, mas não tem como manipular a foto para que esta prova se confirme quanto ao ato imprudente e incoerente. Lamenta-se que as estradas brasileiras sejam tão precárias, e não há como fazer a prova de outra forma... a não ser que esta não seja realizada. Ou faz-se a prova evitando certos trechos do acostamento, ou não há como torná-la viável. Entendemos todos... ciclistas, organizadores, e voluntários. Fiquei muito feliz de presenciar a prova, e de ver a superação de alguns colegas. Confesso que estaria mais feliz pedalando, mas não esqueço que para que a prova seja viável, necessária é a presença de voluntários... muitos!
Retornando ao assunto das fotos originais, estas terão o colorido mantido, fiz desta forma aqui no "bikes do andarilho" pq desejei algo mais artístico, se é que os amigos me permitem a escolha. Optei por algumas fotos para demonstrar o carinho e a não preferência por este ou aquele ciclista, valorizando de verdade o momento fotográfico e as "curiosidades" do evento. Espero que o evento tenha sido satisfatório a todos... e da mesma forma, espero que as fotos que ainda serão publicadas atendam a espectativa. Ao meu ver, tirando a luz que não era ideal, tivemos momentos incríveis que descrevem o espírito Audax.
Com relação a um problema gastro intestinal que tive na segunda feira pela manhã, atribui ao pastel de carne que comi posto de conveniência do PC3, se mais alguém teve esta dúvida, reforço que me alimentei somente ali, neste dia. A transparência me deu força para tornar o fato do conhecimento de todos... afinal, estamos em casa. rsrsrsrs Poucos diriam ou escreveriam isto, é verdade!
Logo depois da Ponte móvel

Muita névoa no início da manhã


Pablo e Anderson de Tandem

Peter em sua single speed!!!

Srº Raul em sua reclinada

Antes do PC 2

Subida antes do PC 2

Regresso

Premiação

Um grande abraço e parabéns a todos.

Roberto Furtado

sábado, 6 de março de 2010

As Meninas do Audax

Estava conferindo a lista de inscritos e me deparei com um fato curioso. Contei na lista 11 (onze) mulheres inscritas. Sim, é um número notável... não lembro de ter visto a participação de tantas meninas em Audax. Acho isto muito legal, principalmente para quebrar os "achismos"! Muita pessoas acham que por ser um desafio difícil e longo, que isto seria um esporte masculino. Isto seria machismo... não sou machista e não apoio o pensamento, tampouco feminista, sou um pregador dos direitos exatamente iguais. Já tive a oportunidade de pedalar com algumas destas participantes em outras provas e afirmo que muitas delas deixam muitos barbados para trás, me incluindo nesta estatítica. Gostaria de dizer que a garotas são muito bem vindas, e que faço gosto desta participação... é necessária. Bom mesmo é se estas fossem em número próximo ao de rapazes. Quem sabe um dia?!?! Talvez...
PS: aproveitando o último contato antes da prova. Cuidem uns dos outros! Prestem atenção nos veículos e no pavimento.
Um abraço
Roberto Furtado

sexta-feira, 5 de março de 2010

Domingo de Audax 200 km 07.03.2010

O dia "D" se aproxima... contagem regressiva para a prova de 200 km vai iniciar o calendário audax para muitos ciclistas. Muitos inscritos, e outros tantos aguardando os últimos momentos. Acho que alguns pensam que o tempo pode mudar até lá, então deixam para confirmar a inscrição nos últimos instantes. Pode ser uma hipótese, mas seja qual for a resposta, tenho certeza que o desejo é o mesmo em todos os participantes. O momento é de muita ansiedade e a espera parece não ter fim. Acredito que o tempo seja favorável neste final de semana, não será quente como temíamos. Tenho certeza de que será uma grande prova. Vejos os amigos no sábado a tarde, e no domingo.
Não esqueçam dos itens indispensáveis!!!
Uma excelente prova a todos
Foto: Raul Grossi
Texto e edição de foto: Roberto Furtado

quarta-feira, 3 de março de 2010

Uma nova febre, um novo produto? Roda 29?


Já tem algum tempo que venho acompanhando a febre e deslumbramentos com as ditas rodas 29 (29er). No início realmente achei que se tratava de algo novo, e como acredito muito no diâmetro maior das rodas para aumento de desempenho da bike, logo fui com a "cara" da novidade. Pesquisando, me deparei com algumas informações que acreditei estarem equivocadas, mas fui em frente para ver até onde as informações iam se colidir e quem sabe confrontar-se. A questão toda é que resolveram criar uma bike MTB com medidas de aro já existentes. A novidade 29 er é uma versão do existente aro 700, com novidades em pneus maiores. Alguém escreveu na net, não lembro onde, dizendo que o ciclocross teria sumido por vez. E fiquei pensando que esta modalidade esta, na verdade, se transformando. Já vi até o tal sistema 29 er montado em bicicletas de garfo rígido... agora me perdoem se eu estiver errado, mas aro 29, com pneu off road, e garfo rígido, se isto não for um resquício do ciclocross, então não sei mais nada. É jogada mundial para superar um momento de crise, lançar um novo produto para que este desperte o interesse dos adormecidos e confortados ciclistas consumistas. Não estou dizendo que é ruim, tampouco que é tudo de bom ou apenas econômico. Estou afirmando que isto é a evolução das bikes e que talvez nem seja tão inovador como se vende. Aquilo que a 40 anos atrás (no mínimo) era chamado de ciclocross, foi alterado para algumas formas e modalidades de mtb, e agora recebe uma pitada de algo que traz mais ainda o passado. Fico na dúvida se um pneu não serve no lugar do outro, receio que sim... as medidas foram feitas de forma diferente, justamente para ocultar algo, assim como aro 650, que muito se parece com 26. Agora, 29 er com aparência de 700... e se for assim, logo logo poderemos usar rodas de bikes road em bikes de mtb. No fim tudo se aproxima, quase igual, quase mesma função... mesma diversão!
Roberto Furtado

terça-feira, 2 de março de 2010

PEDAL NOS CÂNIONS

Colegas, convido para mais uma ciclo-aventura.
Os bikers irão embarcados até a cidade de Cambará do Sul, na região dos Campos de Cima da Serra. Lá, após o desembarque, começará o pedal em estrada de chão batido até o Parque Nacional Aparados da Serra (em torno de 18 Km), com vista deslumbrante do Itaimbézinho (Cânion com 5,8 Km) - paisagens de tirar o fôlego - paredões com quase 1 Km de profundidade. Neste parque se faz duas trilhas, uma delas de bicicleta, é show. Depois os bikers descerão a “Estrada do Purgatório” até o município catarinense de Praia Grande, a cidade dos Cânions.
Quando: 13 de março (sábado)
Horário de saída: 5:30h
Local de Saída: Posto e Garagem Firenze, na Santana quase esq. Jerônimo de Ornellas. (estacionamento a R$ 10,00 para quem for de carro)Distância aproximada: 45 Km (chão batido).
Valor: R$ 97,00
O que está incluso: transporte, lanche, água e frutas, ingresso no parque.
Nível de dificuldade: intermediário (requer um mínimo de preparo físico do ciclista). Haverá algumas coxilhas (sobe e desce) e uma grande descida na 2ª parte do pedal (Estrada do Purgatório). O passeio será monitorado por rádio, com acompanhamento de bikers experientes. Leve sua bike revisada, principalmente freios.Indispensável o uso de capacete e luvas. Não deixe para fazer sua reserva na última hora, pois as vagas são limitadas. Reservas ou dúvidas com João Leite: 9942-6442 ou leite.jo@gmail.com

Mensagem recebida e copiada.
Roberto Furtado

segunda-feira, 1 de março de 2010

Últimas fotos da GT Idrive Marathon Elite








Bom, explico e justifico o título deste post... depois de muito procurar e esperar, consegui o quadro que muito queria. Comprei de um amigo do forum pedal, um quadro GT LTS 4000, quadro full suspension inteiramente fabricado em Cr-Mo. Sim, existe... O quadro GT LTS 4000 é do ano de 1998, não é um quadro moderno, mas alguns conhecem meu interesse pelo Cr-Mo e minha vida. Sou um entusiasta do material, e já não importam os motivos pelos quais este perdeu mercado. Importa é que para todo lunático exista uma lua, e creio que tenha achado a minha.
Gosto de bicicletas full, embora nunca tenha dado motivo real para ter este tipo e bicicleta, acreditando que a preferência do ciclista justifica seu sonho... e nada mais. Alias, discutir motivos e preferências num Brazilzão destes é estranho, incoerente, e injusto. Se até os políticos fazem o que bem entendem com o "guidão" do país, não haverá de ser meu uso para full suspensions que será uma afronta a lógica. Desta forma, com quadro "velho" novo, me sobra a bicicleta das fotos acima. Sim, esta GT Idrive perde seu uso para mim... e verdade que não a usei muito, talvez não tenha 700 km, rodados em alfalto. Sim, rodei somente em asfalto, fiz passeios urbanos. Vou vender a GT Idrive inteira ou somente o quadro, não me preocupa a forma, pois se o futuro proprietário quiser somente o quadro, já fico com as peças para colocar na LTS. Fiz as fotos pq achei que seria uma última oportunidade de acrescentar... uma bela bike, um belo projeto... infelizmente, raro no Brasil.
Roberto Furtado