Depois de refletir e de me concentrar, saí para a rua e comecei a caminhar... foi quando um pé de vento chegou me batendo no rosto o que seria a vida. Na hora senti a energia, o momento. Pensei que todos os dias vivemos por um amanhã que é totalmente incerto, e que só nos traz ansiedade e preocupação. A caminho de casa, liguei o rádio do carro e fiquei ali, procurando uma estação para o meu momento de reflexão. Nos 15 km de trajeto da aula até a casinha, fiquei naquele blackout, tempo espiritual, tentando achar respostas para coisas que fazemos diariamente, e que não tem o menor sentido. A gente passa uma vida pensando no dia seguinte, tão preocupados, que esquecemos de viver o presente... geralmente pressionados por pessoas e pelo sistema que sobrevive a aspereza do cotidiano, bem pobre de coração e de intenções. É... esta é a vida da cidade de pedra, este é o sistema do qual somos dependentes e falidos. Falidos de amor, falidos de valores, falidos de respeito, falidos de criatividade genuína e bondosa, e falidos de liberdade. A gente é assim, mas a gente só quer viver. Ter a oportunidade de respirar alguma emoção, como tudo que gostamos de ver e sentir, pulsar no ritmo do coração. A gente não sabe, e muitos entre “a gente” nunca vão aprender, alguns aprendem cedo, outros fácil, e outros passam trabalho para aprender. Todos no seu tempo, pq a gente tenta, mas a gente gosta de conseguir, pq a gente... ama viver!
Roberto Furtado
Roberto Furtado
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