Por onde começar? Falar de uma prova que ocorreu em dois dias tem muita informação, e obviamente não haverá como descrever tudo. As impressões, como sempre neste blog, são pessoais. Acredito que este tipo de "oportunidade" de prova seja uma das mais belas experiências vividas por um ciclista, também para aqueles que estão conectados a eles. Estar junto deles, destes fenomenais cidadãos, é uma oportunidade de reviver dias de pedaladas que ficaram para trás. Desde de abril do ano de 2011 que não faço um Audax, mas sempre carrego todas as experiências de 200 e 300 km, únicas distâncias que realizei até hoje. Final de semana sem chuva no mês de Julho, era praticamente uma certeza de que o frio seria grande. No Sábado estive na estrada, mas fui liberado pela SAC para voltar para casa... chegando em casa descobri que estava com febre. Acordei no Domingo, as 4:30 da manhã pensando nos ciclistas, café rapidinho, e fui pra estrada. Encontrei o primeiro grupo passado do Vale verde, já haviam subido e descido a grande lomba!
Durante a madrugada muitos ciclistas desistiram, creio que esperado para uma madrugada que bateu 0ºC de elevada umidade. A sensação térmica era de temperatura negativa. O gigante trapaceou os ciclistas com frio intenso, mesmo assim, muitos foram mais fortes. Atrasados de maneira geral, firmes, confiantes, quase todos os ciclistas que enfrentaram a madrugada chegaram ao DC Navegantes em tempo de terem seus certificados homologados. Depois de cumprir meu dever de fotógrafo da SAC, voltei para Porto Alegre com dois colegas desistentes na carona. Cheguei em casa e certifiquei que estava com febre alta... 39,1 graus! O gigante é tão traiçoeiro que tenta derrubar até mesmo os envolvidos na prova. Como sempre digo, acredite em você mesmo, mesmo que esteja tudo conspirando contra, e você consegue! Roda pra frente...
Roberto Furtado
Sucinto e direto, ótimo relato.
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