sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Bike Expo 2012... Jamis 29" de Cr-Mo!

Jamis Dragon 29

Reynolds 520
Bem, o Andarilho vai virar profeta... ainda me lembro de anos atrás, quando frequentemente ouvia de comerciantes, vendedores, e ciclistas que o Cromoly jamais voltaria ao mercado. Explicava que se tratava de uma proposta diferente, para uma finalidade não competitiva, e então muita risada escutei como se estivesse passando por louco. Brincadeiras em meio a verdades, uns 6 anos atrás comentei sobre este retorno do material perfeito para espadas, faças, molas, e todo tipo de aplicabilidade onde o aço nobre pode ser empregado. A Jamis esta no Brasil, e dentro desta linha de excelente qualidade se apresenta um material que criou um impacto. Caminhando pelos corredores, percebi o forte emprego do Cr-Mo para bicicletas de passeio e mobilidade, a exemplo da Linus, da Tre3e e outras tantas que apresentaram em especial conceitos fixie e single. Muitos devem se perguntar pq uma fixie custa 2000-3000 reais. Respondo que capricho tem preço... muitas vezes, não estamos falando de uma fabricação em série de milhares na produção. Que as fixas invadiram o mercado ainda em 2011, isto foi percebido por todos... mas o que ninguém esperava é que alguma marca TOP fosse apresentar uma 29" de Cr-Mo de alto nível. Descrevo o produto para que os curiosos sejam alimentados... a Jamis Dragon 29 estava lá, paradinha ao lado de outros destaques da marca. Quando passei por ela foi bater o olho e perceber do que se tratava. Tubos delgados, que na pintura escura reduzia ainda mais a impressão sobre as dimensões dos tubos. Passei a mão sobre o cordão de solda... um tubo gelado, com solda fina como poucas. Cordão de solda organizado! Corri os olhos para as etiquetas, na junção do down tube com seat tube, em destaque amarelo assim "Reynolds 520". Para deixar ainda mais animados os adoradores do Cr-Mo, abaixo estava detalhado: Butted Frame Tubes. No capricho acentuado, componentes de qualidade. Suspa Manitou, freios hidráulicos Avid Elixir 3, e outros pequenos e importantes caprichos que o biker caprichoso sabe valorizar. Fico por aqui... sacudindo os comerciantes para que não confundam uma bike deste perfil com uma bike de Carbono ou Alumínio de baixo peso. Esta bicicleta é perfeita para cicloturistas, maratonistas eventuais, passeios, não que não possa ser usada em provas de grande relevância. Ela pode ser utilizada em provas, mas obviamente seu peso 1,5 ou 2,0 kg acima de um modelo TOP de competição pode ser visto como um prejuízo de desempenho. Contudo, não esqueçamos que esta que aparece nas imagens acima é uma bicicleta muito mais durável que uma de carbono... ela feita pra aguentar um tranco, que nem de longe o carbono suporta. As bikes de de Cr-Mo possuem equivalência do carbono no conforto, talvez sejam até mesmo superiores em função de uma diferença no projeto. Um conforto, que no alumínio jamais se viu! Um acabamento que jamais existira no alumínio! Um durabilidade que jamais existira no alumínio! É o Cr-Mo em todo sua força... a força de uma espada no formato de uma bicicleta! 

Texto e fotografia: Roberto Furtado

Um comentário:

  1. Essa resistência do Cromo a fadigas e quebras é uma grande diferença, a muitos anos atrás passei minha Mongoose de cromo pra frente e peguei uma GT de aluminio bem mais leve, nos tempos da GT original, não existia GTS, GTA e outras G.., ótima bike, nem dei importância ao fato da fadiga no alumínio que se acumula ao longo do tempo até chegar um ponto que trinca, pensei: to pegando uma bike quase top, nunca vai quebrar na minha mão afinal não salto rampas e nem faço DH, triste engano, após 6 anos de uso, treinando todos os dias no asfalto e fins de semana nas trilhas e estradões de terra, ele apresentou duas pequeníssimas trincas no down tube, na solda da caixa de direção, e é claro poderia trincar mais e em outros pontos também, resultado da fadiga do alumínio, em resumo: passei pra frente e peguei um Trek 930 de cromo de um amigo pra restaurar e ficar com ele, está ok até hoje.
    As vezes comparo a minha bike com a dos amigos e sinto vontade de ter um quadro mais leve, como esses de alumínio de 1,5Kg, mas logo penso na fadiga e na grande possibilidade de trincas.
    A gente se empolga com quadros e bikes leves e nos esquecemos que a verdade é que quem compete troca de quadro a cada um ano ou dois, as vezes tem uma bike mais forte pros treinos e uma mais leve só pras competições, pra nós que temos uma só bike pra treinos e passeios nos fins de semana uma bike ultra leve não dura muito tempo, dá fadiga rápido, o melhor material é o cromo, prova disso é a Dragon acima e recentemente a Trek relançou um modelo da série 800 só pra iniciantes e uso urbano.

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