O ano realmente esta terminando... ao que parece, tudo vai muito melhor do que muitos diziam. Por outro lado, há tanto o que mudar. A insegurança no trânsito é uma questão a ser pensada, a ser modificada. Na última quarta feira, retornava do meu momento de acampamento quando cheguei a Porto Alegre, tarde da noite, e os carros nas ruas voavam. Tinha pressa de chegar em casa, mas minha velocidade na Avenida Teresópolis era de 60 km, algo que julgo muito rápido para vias urbanas. O mais interessante é que fui ultrapassado por diversos veículos enquanto realizava este trajeto de retorno. Praticamente, era eu o único motorista andando "devagar" nas ruas. Não importava ano e estado do automóvel, ao passar por mim, era sempre muito rápido. A gente fica observando estas questões como um extraterrestre, pq nos vemos sozinhos, falando em um idioma que muitos parecem não entender. E se naquele momento um pedestre atravessasse a rua? Como seria possível parar o automóvel se estavam estes a supostos 80 ou 90 km/h. Era realmente necessária aquela velocidade? Parece que as pessoas perderam algo que é tão vital quanto o hábito de se alimentar... zelar pelo próprio corpo. Se as pessoas agem desta forma, como será possível que elas convivam em sociedade, zelando pela integridade física dos demais cidadãos. Na sinaleira, automóvel ao lado, uma família inteira... deveria ter umas 7 pessoas dentro do carro. Vi que havia crianças no compartimento daquela caminhonete Ipanema. Ninguém pensa, mas o risco da roleta russa mora diariamente nas ruas do trânsito caótico de Porto Alegre, também de outras grandes cidades. Já nem falo das finas que nós ciclistas levamos quando pedalamos pelas ruas... parece que esta muito pior nos últimos dias. Enquanto isto, os ciclistas regem o próprio ritmo, como em um pedal com subida. O corpo administra a velocidade que julga viável ao homem. A bicicleta, mesmo quando em provas, oferece um grande desempenho, mas muito abaixo do risco de realizar dezenas de vítimas em única vez. A imagem é meramente ilustrativa, sem relação com o texto, apenas achei interessante pq ela demonstra o esforço do ciclista para subir uma grande ladeira. Ao fundo, muita vida, céu, e sol... cenário ideal. E meu acampamento, foi soilitário, mas divertido, mas um dia para lembrar.
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