Durante uma prova de Audax ocorrem diversas "curiosidades". De manias ou técnicas, ou ainda casualidades decorrentes desta interação ou intenção de participação, surgem histórias ou fatos inesquecíveis. Nem toda história é possível tornar pública, e nomes nem pensar em citar. Constrangimentos não estariam nos propósitos de um Audax e testemunhas viventes. É o tipo de coisa que é para ser contada pelo próprio autor. Algumas destas acompanham voluntários, acompanhantes, colegas ciclistas, todos calados... É um universo a parte, pq pessoas normais, em dado dia, se reunem e resolvem arriscar tudo na contagem regressiva de consumir km. Alguns nervosos, outros confiantes, outros são surpreendidos pelo fracasso, ou pela vitória. Na verdade o que importa é a interação e a superação pessoal. Alguns não sabem lidar com a vitória, outros não sabem lidar com a derrota, outros ficam bravos por tolices, e outros nem dão bola a barbáries. Coisa de gente cansada, preocupada, concentrada... uns ficam surdos, outros mudos, alguns até cegos ficam. Estranho, não? De uma coisa sabemos, parece a corrida maluca, tem bicicleta em tudo que é formato e material... do carbono ao bambu, sem desmerecer ou valorizar qualquer destes. Uns pedalam de pés pra cima, outros de pernas dobradas, outros parecem não ter técnica alguma, outros são metódicos ao extremo. Uns conversam, outros tem cara fechada, uns suspiram, outros seguem sem expressar nenhum cansaço... Também tem uns que reclamam de tudo, outros não estão nem aí! Cada bicho com sua mania, cada vivente com sua alegria, realizações e frustrações de um dura prova ciclística.
Roberto Furtado
Roberto Furtado
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