Onde ninguém fala por todos... um alguém tenta fazer, mesmo que seja despreparado. É notável, que na ausência de um representante, sempre surja um ou dois, talvez três entendidos que estão sempre a disposição de falar por todos. Logicamente, como em muitas oportunidades, estes tomam a frente pq sabem que na ausência de alguém, a brecha é amiga da oportunidade, ou seriam sinônimas? Muitas vezes tentei me posicionar no papel de ciclista, fotógrafo, repórter... a face da mídia, que deve ser indiferente, sem tendências ou bandeira. Na verdade, a bandeira já é erguida... a bandeira aqui é branca, e seu símbolo uma bicicleta em silhueta. Idealismo, surreal? Não, talvez, possivelmente nestas condições atuais da bicicleta para com a sociedade. A exemplo de Porto Alegre... estamos "xxxxxxx e mal pagos"! Por muito tempo evitei usar palavras grosseiras, de baixo vocabulário, ofensivas quando direcionadas! Tirem as crianças da sala, pois elas não podem ler ou ouvir isto aqui... Contudo, cá entre nós, nossas crianças estão ouvido e dizendo isto diariamente entre os amiguinhos de colégio. Dizem da expressão cotidiana, a tal banalização! Se me vem na cabeça um motivo para não escrever isto, penso em mil outros motivos para escrever e até ofender aos acomodados, onde me incluo até este momento. Que "xxxxx" é esta que estamos permitindo? O brinquedo ideal das crianças é o videogame, consentimento dos pais que entendem que a violência urbana extrapolou qualquer limite. A pedra maldita esta solta... de cada dez mendigos, seis deles fazem uso comum! Que isto? A cidade luta contra coisas que nem sabe o que são, e a bicicleta é vista de maneiras diminutivas... coisa de pobre, maloqueiro, chinelo! Não posso sair de casa de bicicleta sem ser rotulado um "merda"! Que é isto?
Não temos lider, não temos um conselho ponderado, não temos nem mesmo um direito de exercer a cidadania, pois a ciclovia da Ipiranga é incompleta, ridícula e uma ferramenta para acalmar os ânimos! Que xxxxx é esta onde guris ignorantes pregam a bicicleta, dizem qualquer porcaria e se dizem representantes de uma classe ciclística que pensa ser ativa, mas não passa farsa! Não sabem o que dizem, desconhecem o código de trânsito e outras obrigações, pensando que são apenas direitos que foram esquecidos. A Prefeitura, a EPTC de Porto Alegre, escutam estes bobalhões afirmando depois que os ciclistas foram escutados. Será que não percebem que são usados para uma farsa política? Fico revoltado que isto continue acontecendo, e vocês achando bonitinho...
Porquê não vou lá? Acho que existem diversos tipos de perfis... e não me sinto preparado para ir. Desconheço muito de leis, desconheço direitos, me falta tempo! E acredito que meu papel como ciclista esteja exercitando diariamente, quando dirijo meu carro e passo por ciclistas, quando pedalo, quando fotografo eventos que incentivam o uso da bicicleta, quando escrevo neste blog mais uma palavra que reanime o espírito da bicicleta. A mobilidade urbana esta ameaçada... ameaçada por ignorância, por elementos negativos dentro da comunidade ciclística, por estes mesmos elementos que não sabem se comportar como cidadãos e pedestres... e aliás, eles não vem a diferença entre ciclista e pedestre. Para eles, isto não existe... então, como podem compartilhar uma via com carros, pessoas, animais, etc?
O desabafo de alguém que acredita na mobilidade urbana, mas vê esta ameaçada por falta de conhecimento, falta de coragem, descaso dos orgãos governamentais. Estou errado? Queres apostar como ninguém vai levar esta porcaria até o fim? Todo mundo só quer ler coisas bonitinhas, alegrinhas, coloridas... é triste isto!
Roberto Furtado
Roberto, concordo com voce quando diz respeito à regulamentação que deve haver por parte dos nossos governos diferenciando pedestres / ciclistas / motocicletes / automóveis
ResponderExcluirMas acho que não será esta a solução do problema: na minha visão a causa raiz de todo este stress e falta de respeito mútuo entre estes quatro "grupos" é a educação que o brasileiro recebe desde o berço. Somos ensinados desde pequenos a "conquistar o nosso espaço" e não a "respeitar o espaço do próximo".
Não que nossos pais estejam errados na educação que nos transmitem, porque se apenas respeitarmos o espaço dos outros somos constantemente passados pra trás pela famosa "lei de Gerson".
Acredito que há uma solução possível para uma convivência mais pacífica no transito das grandes cidades, mas infelizmente isto depende de uma educação de base, coisa que nossos políticos não estão muito interessados...
Abraços
João Veloso
Roberto, concordo com voce quando diz respeito à regulamentação que deve haver por parte dos nossos governos diferenciando pedestres / ciclistas / motocicletes / automóveis
ResponderExcluirMas acho que não será esta a solução do problema: na minha visão a causa raiz de todo este stress e falta de respeito mútuo entre estes quatro "grupos" é a educação que o brasileiro recebe desde o berço. Somos ensinados desde pequenos a "conquistar o nosso espaço" e não a "respeitar o espaço do próximo".
Não que nossos pais estejam errados na educação que nos transmitem, porque se apenas respeitarmos o espaço dos outros somos constantemente passados pra trás pela famosa "lei de Gerson".
Acredito que há uma solução possível para uma convivência mais pacífica no transito das grandes cidades, mas infelizmente isto depende de uma educação de base, coisa que nossos políticos não estão muito interessados...
Abraços
João Veloso
João
ResponderExcluirObrigado... e acredito no mesmo! Educação! E os políticos estão tão preocupados quanto a prefeitura sobre a ciclovia da Ipiranga aqui de Porto Alegre.
Acho importante jogarmos o sal nos olhos de quem pensa que somos tolos. Podemos até ser, mas sabemos que estão nos fazendo de bobos. Pior é desconhecer o fato... como vejo diariamente por aqui.