Começando bem pelo começo a história de
algo que é muito mais do que bicicleta.
O mais interessante da bicicleta é o que ela representa e a trajetória das pessoas ao longo de sua existência. Isto é um sentido verdadeiro para uma bicicleta. Bicicletas não são nada sem a existência das pessoas. Tenho lido muita coisa a respeito de reconstruções e restaurações. Minha mãe, uma restauradora de livros, não praticante no momento atual, me diz que devemos manter o estado mais original possível. Eu concordo plenamente... para tudo existe um segredo, a leitura entre linhas que ando refletindo nos últimos tempos. Reflexões são importantes, pois sem estas, nada se torna novidade, nada “cicla”, nada se cria...
O mais interessante da bicicleta é o que ela representa e a trajetória das pessoas ao longo de sua existência. Isto é um sentido verdadeiro para uma bicicleta. Bicicletas não são nada sem a existência das pessoas. Tenho lido muita coisa a respeito de reconstruções e restaurações. Minha mãe, uma restauradora de livros, não praticante no momento atual, me diz que devemos manter o estado mais original possível. Eu concordo plenamente... para tudo existe um segredo, a leitura entre linhas que ando refletindo nos últimos tempos. Reflexões são importantes, pois sem estas, nada se torna novidade, nada “cicla”, nada se cria...
Sabe-se que originalidade combina
perfeitamente com manter a sujeira em seu lugar original, pintura com ferrugem,
e peças desgastadas. Isto também me deixa frustrado, pq eu odeio ver uma
bicicleta que atravessou o tempo em estado que sugere o fim. Isto pode parecer
perfeito para alguns, mas para mim a bicicleta que chegou ao final, ou que se
apresenta com detalhes da nitidez do uso, se mostra um estado presente de
relaxamento. Se você guarda a bicicleta desta forma para simplesmente
demonstrar em um museu, isto é válido, no entanto, se você usa ela desta
forma... vejo um relaxamento e desprezo. Bicicletas precisam ser cuidadas,
amadas! Elas representam uma máquina poderosa de transporte, de solução, de
alegria, de inteligência humana. Afinal, para que existe uma bicicleta se não
for para trazer um benefício para quem a possui?
Bicicletas que estão desgastadas, feias,
em um estado morto vivo, não têm a mesma potencialidade de uso como uma
bicicleta nova ou devidamente reformada. Hoje, estamos trabalhando nesta bicicleta
com intuito de reconstituir uma história. Esta bicicleta que deve ser de 1978
pertenceu ao meu sogro, depois foi parar nas mãos do tio de minha esposa, e
hoje ela esta comigo. Motivo da revitalização? Colocar a mesma na sala como
objeto histórico e de decoração.
O
que vai ser feito? Foi
inteiramente desmontada, teve sua pintura original e ferrugens removidas, e foi
repintada (mesma cor). O que penso sobre
este projeto? Eu e minha esposa pensamos que utilizar a mesma com objeto de
decoração em nossa sala é um ato de valorizar parte da história que a bicicleta
viveu. Meu sogro, passeava na praia com as filhas nesta bicicleta. Com elas,
uma na garupa, e outra no top tube, levava o material e ia pescar. Uma pena não
existir tal fotografia, pois isto seria ótimo para expressar no presente. O que
descreve-se é um afastamento de aproximadamente 30 anos. Esta história não é
suficientemente boa para justificar a revitalização de uma bicicleta? Talvez a
fidelidade em restauração não seja possível, talvez quase... e muito
provavelmente mais justificável do que manter a bicicleta "velha" em
caráter original para que ela fosse um ícone da nostalgia abandonada ao fundo
de uma garagem. Propósitos e propostas... todos temos, todos o idealizamos, e
fazemos do em torno o que achamos necessário, viável, e justo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será aprovado em breve. Obrigado. Andarilho