A temporada 2014 começou muito bem para o ultraciclista de Santos, Claudio Clarindo. Neste domingo (16), ele garantiu o importante vice-campeonato nas 24 Horas de Sebring, na Flórida, Estados Unidos. Numa disputa acirrada com o canadense Dallas Morris, ele pedalou nada menos que 460,2 milhas (740,6 km).
A disputa, com largada e chegada no Autódromo de Sebring, valeu como abertura da Copa do Mundo de 24h, realizada pela UMCA, entidade responsável pelo campeonato mundial de ultraciclismo. A diferença para o vencedor foi de incríveis 5,9 km, com o atleta do Canadá completando 463,9 milhas, ou 746,5 km.
O resultado foi muito comemorado pelo brasileiro, que se prepara para enfrentar, pela quinta vez, a Race Across America – RAAM, a maior disputa de ultraciclismo do Mundo, com quase 5 mil km, da Costa Oeste à Leste, em junho, também nos Estados Unidos, querendo ser top 5 do Mundo. “Foi uma grande vitória para mim. O Dallas é um dos maiores ciclistas do Mundo, vencedor da Race Across West”, festejou.
“Realmente, foi por pouco, muito pouco. Menos de seis km. Ele me marcou a prova inteira. Pedalamos juntos 500 km e depois ele fez a fuga. Achei que não ia render, que ele ia parar para comer, alongar. Foi surreal chegar com uma diferença tão pequena em 24 horas, mas pedalei forte, fiz o meu melhor”, acrescentou o ciclista patrocinado por por Garmin, Shimano, Specialized, Volvo, Oakley e Prefeitura de Santos.
Para ele, o momento mais crítico foi o início e o preparo psicológico, a vivência de quatro participações na RAAM, foi essencial para seguir adiante e alcançar o resultado. “Estávamos em quatro ciclistas, incluindo o Marko Baloh, renomado na RAAM, com uma vitória, um alemão, e o Dallas. Pedalávamos a 45 km, com ritmo alucinante nos 200 primeiros km. No 250 cheguei a vomitar de tanto esforço que fiz. Naquele momento senti minha corrida indo embora, mas consegui colocar a mente no lugar e voltar”, lembrou.
Clarindo também ficou satisfeito com sua preparação e ressaltou o fundamental apoio do amigo e mestre de taekwondo, Fábio Goulart (ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana/1991), que atualmente mora na Florida. “Eu só realizei uma parada de quatro minutos, com nove horas de prova. Depois disso, foi non stop, pedal em tempo integral”, relatou.
“Mais uma vez todos me perguntaram como um brasileiro figura entre os tops do Mundo. E respondia, com muito treino e dedicação. São anos de estrada”, destacou Clarindo. “Mas nessa prova quem fez a diferença foi o Fábio. Me passava comida, via as parcias durante as 24 horas. Devo esse segundo lugar a ele”, agradeceu o ciclista.
Fonte texto e imagem: 4.2 produtora - Assessoria de imprensa de Cláudio Clarindo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário será aprovado em breve. Obrigado. Andarilho