quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Expectativas para a Interbike 2014


A Interbike sempre surpreende no assunto novidade... nesta grande feira é possível ver antecipadamente tudo que se vê no Brasil e mais um leque de infinitas possibilidades que raramente chegam por aqui. É verdade que muito dos projetos americanos são tentativas de inserir uma novidade no mercado, mas se por um lado alguns dos projetos não entram no sistema, por outro é evidente que alguns são vindos de lá. 
No ano passado quando estive na feira, fiz alguns contatos... dentre eles esta um profissional do mercado americano, da bicicleta, que prefere se manter anônimo para que as pessoas não pensem que ele esta apenas sugerindo sua própria marca. Este passarinho me contou que a perspectivas para 2014 e 2015 são melhores e maiores. Acredita ele que o número de expositores deve aumentar sensivelmente, mas que as surpresas serão ligadas aos lançamentos. Diz ele que desde 2006 percebe que o aumento de novidades é exponencial e que devido sua influência, soube de projetos novos que devem ser apresentados ao mercado americano ainda em 2014. "As pessoas não percebem que a novidade esta presente a não ser que você faça um grande evento de lançamento! Contudo, alguns tipos de produto chamam atenção do público facilmente, sem esforço, caso deste projeto da Kovit, onde a própria estrutura da bicicleta é um gritante diferencial!"
Nosso informante citou a fatbike como uma repetição de sucesso no mercado de 2013 e com novas alternativas de modelos de pneu para este conceito. Também sobre novos materiais e tendências de uso destes materiais, indicou que as rodas 29" e 650B devem se manter com exclusividade de prioridade sobre os aspecto de medidas, mas apontou tecnologias para este segmento, exemplificando pneus conceito dos quais não soube exatamente de que se tratava. Creio que ele esteja falando deste pneus sem câmara. Sobre as elétricas afirmou que estão em crescente demanda e geração de novos projetos. Quando consultado sobre as E-MTBs, não esboçou grande aposta, embora seja inegável que um público específico vai simpatizar com este conceito. Por fim, comentou sobre uma forte procura nos Estados Unidos sobre bicicletas para cicloturismo: "As pessoas estão mudando seu estilo de vida, a bicicleta esta ingressando progressivamente na vida das pessoas e o cicloturismo esta caindo no gosto de pessoas de todas as idades."
Não é preciso ser um especialista de mercado para observar que o mercado brasileiro precisa ser trabalhado, como nunca foi! Há limites de investimentos, também impostos elevados, também dificuldades da burocracia para trazer o novo. Somos tão despreparados que não sabemos como lidar como os produtos oriundos da China e países da Ásia. O mercado americano consome produto chinês tanto quanto o brasileiro... na verdade muito mais, mas eles se mantem estáticos sobre os demais países por um motivo forte. O americano sabe fazer negócios... ele gira muito capital, ele compra china de montão, mas ele também detém patentes, direitos e boas proporções de negócio. No Brasil não se faz isto... se aposta na sobrevivência junto do sócio governo que não ajuda em nada e pra pior só dificulta. Projetos extraordinários nunca sairão do papel no Brasil... são tantos entraves que isto se torna impraticável. Tem empresa brasileira que foi sediar em outro país para conseguir tirar os pés do chão. A política econômica ligada a bicicleta é burrinha... visa apenas manter a estabilidade de algumas poucas empresas que não apostam no crescimento. Preferem ficar "mamando" no mercado, mantendo-se estagnadas no rendimento, mas garantidas contra novas iniciativas.
Para a bicicleta crescer no Brasil... bom, vai precisar popularizar a bicicleta, criar iniciativas de valorização do uso da mesma, e isto vai gerar outras melhorias, tal como redução de veículos no trânsito. Agora se vc acha que para manter a economia é preciso valorizar apenas o automóvel como objeto de venda para cada brasileiro, então não vai ter nenhum tipo de solução. O trânsito não vai comportar, a economia também não e a bicicleta vai continuar sendo um brinquedinho dos poderosos do mercado. 

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