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Vista total com RS-10 |
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Cubo dianteiro |
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Detalhamento do aro dianteiro |
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Efeito visual clean entre roda e garfo |
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Vista da roda dianteira |
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Detalhamento do cubo traseiro e cassete |
Embora estivesse muito satisfeito com a configuração da GT Rave, resolvi substituir rodas completas, incluindo cassete e corrente. As novas rodas são da Shimano, modelo RS-10, de 16 e 20 raios. Na roda traseira anterior, havia colocado um cassete de 7 velocidades, mesmo que o cubo Shimano RSX fosse para 8 ou 9 velocidades. Isto pq os shifters shimano 105 de down tub são para 7 velocidades, e não abriria mão deles forma alguma. Para mim, speed desta época tem mais representação com sua época pq possuir este tipo de trocador. E mesmo que fossem trocadas todas as peças da bicicleta, não trocaria para STI ou Ergopowers, como já usei no passado. O uso desta bicicleta é restrito a passeios, pequenas viagens, ou quem sabe um Audax, mas de forma alguma optaria por shifters velozes pq não acredito que a bicicleta e seu uso fizessem disto uma necessidade. Ainda poderia dizer que esta intenção de substituir peças antigas por modernas, como destas rodas, seria apenas estética, já que o uso faria dela sempre um rendimento aquém da sua categoria. Não é a bicicleta, que fique claro... o ciclista que tem utilizado ela é que deixa a desejar. Diria que esta GT Rave, embora mais pesada que a TREK 2000, último modelo moderno de speed que possui, ainda assim é mais "Rave" do que a TREK. Não tenho dúvidas nenhuma com relação a isto. A GT Rave é uma voadora por natureza, marcadora de sua época, como outras belas naves inesquecíveis de CR-MO da década de 80-90.
Sobre as rodas, algumas considerações que julgo importante... possivelmente deixarei de usar esta bicicleta nos passeios noturnos, devido a sua nova configuração. Estas rodas, embora mais belas, rápidas, estilosas, acabam também por deixar a bicicleta frágil. Um buraco no escuro, e fim de passeio.
As fotos foram feitas em branco e preto para que fosse valorizado um sentimento de nostalgia. Se as rodas são novas, o frame da bike, o qual é possuidor de um espírito, como já disse antes, acaba por definir realmente que é a consumidora de km... sim, esta é a GT Rave, se me lembro bem, do ano de 1996, uma devoradora de km da década de 90. Da mesma forma que um homem é aquilo que há dentro de si, e não aquilo que veste... a bicicleta é o quadro, e não sua configuração de peças. E por esta e por outras que fico a pensar, temeroso da realidade de que as old school da velocidade estão desaparecendo, sendo substituidas por máquinas sem espírito, sem valores, totalmente substituíveis e descartáveis. Outra concepção de vida, de pensamento... que aqui é ridicularizada, mas no primeiro mundo venerada por um percentual tão grande quanto de interessados por produtos novos.
Ainda no caminho da substituição de peças, trocarei guidão, maçanetas de freio, ferraduras e possivelmente os pedais. Ainda não tenho nada definido, apenas levanto a possibilidade para valorizar esta bicicleta... pois confiável ela sempre será, afinal falamos de uma bike de Cr-Mo.
Roberto Furtado