Parque Eólico de Tramandaí |
Um estranho pássaro... |
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Parque Eólico de Osório |
Na semana do Meio Ambiente me esforcei para reunir imagens que pudessem combinar com o tema, sem que deixasse de parecer real com relação as intenções e as necessidades. Achei muito fraca, toda e qualquer atitude da prefeitura ou das próprias empresas que buscam explorar sua imagem vinculada com o tema preservação, conscientização e qualquer assunto relacionado ao meio ambiente. Acho estranho que tudo pareça, ainda, de "mentirinha"! Quantos são os bem intencionados, empenhados em verter benefícios para o meio ambiente. Não estaríamos fazendo favor, estaríamos cuidado de nós mesmos, mas o que se vê é o descaso diário, onde as pessoas perdem o foco do que realmente interessa. Pensam que ao jogar pipocas para pombos "urbanos", ter um cachorro em casa, ou plantar uma árvore não nativa, estariam a beneficiar o meio, pq estas questões teriam relação com a vida. Enganam-se... engano-me, enganam-te! Todo dia... a ilusão parece uma droga que é mais dissiminada que o Crack, como dizem ser o maior problema da humanidade atual. Penso que realmente estaremos perdidos se o foco não for ajustado. Enquanto vendemos e compramos carros, celulares, e tudo que possui efeitos diretos sobre o meio em que habitamos, empresas e o governos brincam de fazer campanhas de preservação para o meio, buscando apenas uma melhor imagem do que elas mesmas degradam com nossa ajuda. Compramos, compramos, compramos... e junto deste verbo, praticamos também, jogamos fora, jogamos fora, jogamos fora na mesma igualdade. Ontem peguei o maldito carro, enchi o tanque com alcool e fui passear com a esposa, fomos até o litoral, conversamos, fizemos fotos, refletimos. Cheguei a perguntar a ela se deveríamos mesmo ter um filho, já que não temos esperança de mudanças favoráveis ao meio que vivemos. Ela teve dúvidas... temos dúvidas! Devemos submeter nosso futuro filhote a estas condições tão desfavoráveis? Já que ainda não foi concebido, talvez que fique como esta... O assunto é confuso! Estou aqui a expor nossa intimidade, nossos medos e receios, baseado em reflexões que fizemos durante a semana do Meio Ambiente. Justamente na semana que tudo deveria ser diferente, apenas presenciamos o cotidiano, de modos errados, bem humanizados, do tipo onde devemos nos preocupar apenas com nosso próprio indivíduo. Egoísmo... palavra feia, real, cruel! Estamos trocando água boa, árvores, vida por eletrônicos, doenças, fumaça, mas tudo com muito conforto. Como é bom ficar em casa, descansando enquanto o mundo acaba. Facilidades em favor do conforto momentâneo. E nem mesmo questionamos se podemos ou não mudar o fim que é quase certo.O que fazer? Não sei... mas sei que brincar de iludir-se não levará a nada.
Reuni algumas poucas fotos para ilustrar temas bem relacionados com a semana do Meio Ambiente, mas ainda desta forma achei meu texto tão distante do que queria... mas me resta apenas angustiar-me, por não ter atingido minha meta fotográfica para esta semana que foi pura desilusão. Gostaria de afirmar que uso o alcool em meu carro pq acredito no combustível como opção menos prejudicial ao meio. É combustível produzido, e não de extração. Sei que aqui em Porto Alegre, o Alcool rende menos km/litro nesta época do ano, sei que meu bolso sente mais... sei tudo isto, mas a consciência menos conflitada me garante algum sossego. Já que não posso ficar sem o carro, que ele seja menos problemático as questões que sinto serem importantes para o meio ambiente. E se eu estiver errado, bom, pelo menos foi de intenções verdadeiras... as vezes, a ignorância é a única saída. Não nos preocupemos demais, talvez seja excesso da minha mente, talvez seja inútil temer o futuro. Confesso que não sei por onde começar.
Os cataventos representam a energia limpa, o pássaro a liberdade, e a estrada um caminho para algum lugar, talvez onde exista esperança. Uma cidade repleta de bicicletas, uma cidade idealista inviável, mas sonhar é muito bom. As vezes, traz até solução...
Obs: o texto original troquei por este, pois achei ser mais honesto com o momento atual. Desculpem-me se a franqueza é dolorida, mas preciso fazer minha parte.
Roberto Furtado
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