Reflexões sobre a qualificação profissional. Baseado em
perguntas que escuto o tempo todo.
Amigo
começa uma conversa com amigo fotógrafo...
- “Cara,
tu fotografa aniversário de criança?”
Fotógrafo responde:
- “Não,
aniversário de criança não faço mais! Faço só fotografia esportiva e comercial!”
Amigo
questiona...
- “Pq tu
não fotografa aniversário de criança? Não dá dinheiro?”
Fotógrafo
responde:
- “Dá
pra tirar um dinheiro sim, aliás, é onde mais dá pra ganhar um dinheiro! Dá pra
fazer volume de trabalho, com valor legal... dá pra ganhar uma grana sim! Eu não
faço aniversário de criança pq acredito na especialização de um profissional! Você
compra feijão na farmácia? Você conserta o carro na lavagem de automóveis?”
Amigo
pensa... e pergunta:
- “Mas
fotografia esportiva não é a mesma coisa que fotografar criança, estão sempre
em movimento? Imagem não é foto sempre do mesmo jeito?”
Fotógrafo
responde:
- “Supositório
é igual a analgésico? Ambos são encontrados na farmácia!”
Fim de conversa... moral da
história. Fazer de tudo um pouco, todos fazem. Quem faz qualquer coisa, sempre
faz qualquer coisa de um jeito satisfatório ou quase bom, se tanto. Quem se
especializa em algo, nunca vai estar no mesmo nível de quem faz qualquer coisa.
A diferença pode ser na quantidade, na qualidade, no efeito ou forma do
resultado. Quem sabe, muitas vezes vai lá e faz em 10 minutos; quem dá um
jeito, leva o dia inteiro e faz mais ou menos. Na fotografia, na oficina de
bicicletas, na publicidade, na sapataria, na construção civil... todo mundo
pode fazer um pouquinho do que o outro faz, mas o trabalho nunca vai ficar
igual ao do profissional que se dedicou para o aperfeiçoamento de uma
determinada área.
Não faço foto
de moda, não faço foto de criança, não faço casamento, nem aniversário do vovô! Agradeço
sempre as indicações e lembranças, mas desta forma justifico os trabalhos que
neguei. Não faço pq não estou preparado para tais tipos de trabalho, me preparo
para outros trabalhos que certamente não podem ser realizados por qualquer um. Não
se trata de seleção de trabalho por nível, classe social, aparência, etc! Escolhi
justamente as áreas menos valorizadas do mercado, me identifico com certos
segmentos e acredito na qualificação. Elaborei o diálogo com base em vivências
pessoais ao longo deste trabalho.
Felipe, vou deixar pra quem quiser realizar o experimento e posteriormente informar aos colegas... hehehehe
ResponderExcluirAcho que o Roberto vai mudar de profissão logo..... vai para o CQC.... kkkkkkkkkkk
ResponderExcluirCarlos, acho que vou é me mudar mesmo... vou aceitar o convite de um amigo, e trabalhar com fotografia em Los Angeles. Brabo é deixar tudo pra trás... Vou aguentar no osso mais um pouco.
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