A Justiça do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quinta-feira, que o bancário Ricardo Neis será submetido a júri popular por ter atropelado um grupo de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, em fevereiro de 2011.
Após avaliação de recurso da defesa, a maioria dos desembargadores decidiram diminuir o número de tentativas de homicídio: de 17 para 11. De acordo os magistrados, cinco pessoas se feriram porque foram atingidos por outras bicicletas, não pelo carro. A outra tentativa de homicídio retirada diz respeito a uma vítima que foi desqualificada do processo porque compareceu à Justiça ou à Polícia para prestar depoimento. A data do júri popular ainda não foi definida.
Relembre o atropelamento:
— Em 22 de fevereiro de 2011, por volta das 19h, um grupo de ciclistas que participava da Massa Crítica;
— celebração da bicicleta como meio de transporte;
— foi atingido por um Golf, na Rua José do Patrocínio, na área central de Porto Alegre;
— Oito deles foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) e liberados algumas horas depois.
— O motorista fugiu do local. O carro foi encontrado na madrugada de sábado, abandonado em um bairro da zona leste da Capital. O motorista foi identificado pela polícia como Ricardo Neis, funcionário do Banco Central;
— Na segunda-feira, 28 de fevereiro, Neis se apresentou à Polícia Civil e alegou legítima defesa dele e do seu filho de 15 anos;
— Em março de 2011, o Ministério Público (MP) denunciou Neis por 17 tentativas de homicídio triplamente qualificadas. Pela denúncia, ele responderia por crime praticado por motivo fútil, usando meio que resultou em perigo comum e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.
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