Por algum motivo que ainda não identifiquei, somos todos voadores. Alguns tornam-se literalmente voadores, outros, parecidos comigo, são sonhadores, e voam muitas vezes calados olhando para uma janela. O que alimenta as almas é a esperança, expectativa de alternativa, uma mudança no estado emocional que desejamos. Esta é uma possível resposta para o que acredito ser pivô das nossas exibições voadoras. No wikipedia encontrei uma simples forma de conceituar o ato de se desprender do chão: "O voo é a ação de voar, aerodinamicamente, utilizando sustentação, ou aeroestaticamente, utilizando flutualidade. Pode ser mecânico (no caso das aeronaves) ou biológico (animais que podem voar, tais como muitas espécies de insetos, morcegos e pássaros." Não é atribuído ao homem a possibilidade de voar sem o uso de máquinas ou aparelhos. Contudo, esquece-se que o fato de estarmos sentados observado algo, nos emocionando, pode ser muito parecido com o que temos de perda de contato com o solo. Em dadas emoções, e dependendo da sensibilidade de cada um, o voo sonhado é tão emocionante quando o voo vivido fisicamente. Nossas limitações não podem ser tão pesadas assim a ponto de nos deixar com os pés no chão, não há ditadura no mundo que possa contra isto! Já no mundo físico, as experiências podem ser grandiosas... elas levam terceiros ao voo coletivo, quando observadas. No downhill e no bmx, realmente os pneus saem do chão, até que me pergunto se realmente não fomos feitos para voar. Talvez esta seja a evolução do homem, onde um alguém que não lembro o nome, disse que o ser humano vai ser uma combinação de máquina e animal no futuro. Não vejo problema, exceto se nos tornamos fatalmente frágeis na ausência de um parafuso. Parafuso que não pertence ao sentido figurado, como alguns imaginariam para as cabeças dos mais audaciosos. Na maratona de MTB, vi em dada descida de chão batido com cascalho, ciclistas descerem rápido como poucos animais habilidosos poderiam. Se aquilo não é voar, então já nem sei qual o verdadeiro sentido de perder os pés do chão. Ao menor descuido e seria óbvio o risco... de muitas escoriações, a ossos quebrados, talvez com a perda da vida. Assim já vi no ciclismo de circuito a estradas, onde os tombos renderam a perda de dentes, clavículas, fraturas expostas e por diante com a imaginação do dano físico. Mesmo assim, sonhamos, e muitas vezes tentamos por em prática nossos esboços mentais sobre o voo. Toda vez em que alguém me pergunta se já fiz downhill, digo que não. Fisicamente isto é uma verdade, mentalmente um equívoco. Eu voei muitas vezes nas caronas de bicicletas que saíram vários metros do chão, e em alguns momentos perdi até a noção do tempo, pq estava em choque. Colega que leva colega na carona, nem desconfia, mas traz um valor experimental para terceiros... nem imagina! No fim, realmente, somos todos voadores, bastando que saibamos um gostinho de pedalar e que deixemos a mente viajar nas bikes que saem do chão. Somos sonhadores, somos voadores. Um abraço a todos os voadores de coração. Sejam bem vindos a uma nova realidade...
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