domingo, 2 de agosto de 2009

Pneus... aderência, uso correto e aplicação

Já faz algum tempo que tenho observado alguns pneus, controlando desgaste, e comportamentos do desempenho relativos ao desenho e tipo de borracha dos mesmos. É curioso que pneus (ou peneus), sejam tão caros no mundo das bikes, pois em tempos atuais vendem-se grandes quantidades de pneus de alta qualidade, fator principal que deveria reduzir custos dos mesmos. Tecnicamente não importa o valor, mas sim o resultado. O valor apenas dificulta a pesquisa, e estudo que nós (bikers) fazemos sobre os materiais que usamos. A marca que mais tem me trazido satisfação no momento, devido a grande linha de modelos, desenho e finalidades diversas, sem dúvida é a Kenda. A Kenda fabrica pneus que podem ser encontrados aqui no Brasil com grande facilidade, de modelos que giram em 20 reais a 200 reais (devem ser encontrados modelos mais caros do que isto). Vi alguns pneus que deixaram a desejar, mesmo nesta faixa de valor, no entanto, sabe-se que parte disto deve-se a uma espectativa de biker um pouco mais maduro no conhecimento (que modéstia). Usei pneus de aro 700 para hibridas, a pneus de mtb 26" para terra e também 26" para pista, variando modelos em passeios curtos e longos, e de média, adorei. Alguns são macios e aderentes, outros duráveis... o mais importante é sabermos o que buscamos no pneu. Para rodar todo dia, no asfalto, recomenda-se pneus mistos, pois furam menos que os pneus tipo slick desenvolvidos para pista. Muitos ciclistas usam pneus slick para longas distâncias, e é lógico que o caminho parece menor, mas a finalidade de um pneu de pista, é uma prova, alto desempenho. Pneus mistos, ou pneus cujo o desenho é segmentado de pequena distância entre garras, desenvolvem boa velocidade média com esforço moderado, fazendo biker rodar bem sem perder a qualidade e o conforto. Pneus slick, geralmente usam muita pressão, especialmente os finos, possuem menos material, e consequentemente são mais duros e normalmente furam mais. Lembrando que pneus que usam pressão maior são submetidos aos perfurantes encontrados no pavimento. Se o pneu esta menos cheio, a chance de furar pelo perfurante é menor. Também é verdade que ficam mais sucetíveis as tais mordidas de cobra, efeito resultante da prensa entre aro e pneu, danificando a câmara de ar. Também é verdade que pneus duros exigem mais do quadro... transmitem ao quadro mais vibrações e impactos bruscos, e podem ser facilitadores da conhecida fadiga nos quadros de aluminio. Pneus muito "grossos", como os modelos de MTB 26 x 2.2 ou maiores, são bons sob o aspecto de absorver melhor os impactos, porém são pesados para distâncias maiores. Pneus grandes tem sua finalidade, são necessários ao downhill, ao freeride, e a outras modalidades onde há necessidade de controlar a bike sem a preocupação de arrastar o peso do pneu. Imagine um touring sobre a areia fofa com pneus 1.5 x 26, impossível! Devemos usar o pneu correto para a modalidade correta, tirando o máximo do proveito do material. Pneu é um item de valor, altamente específico, não precisamos usar um pneu de 100 reais para passear no bairro. Usar a recomendaçao de pressão do fabricante, minimiza outros problemas. Um amigo, durante um passeio longo, usava pneu e aro para 65 psi, mas achou que não teria problema aplicar perto de 80 psi, para que desta forma a bike desenvolvesse mais... mas acabou estourando pneu e aro. Sim, o aro munido de sulco para indicar desgaste, também acabou sendo o ponto de baixa resistência com a grande pressão. Na realidade, um problema pelo uso de excesso de pressão. E olhe que a bike era uma top de linha de grande marca. Outro problema pelo qual já passei, é o de baixa pressão. Rodar com baixa pressão, por distâncias longas, gera uma fadiga na parede lateral do pneu. É comum um pneu rasgar-se após este tipo de uso, especialmente quando é submetido a uma pressão ao redor do limite. Baixa pressão também é prejudicial. Um pneu de qualidade garante a aplicação para qual foi projetado. Certa vez usei um par de pneus Tioga 26 x 2.1 mtb, blue dragon e yellow kirin, excelentes. Macios, aderentes e leves, porém desgastavam-se extremamente rápidos sobre o asfalto... uso indevido! Perdi o pneu traseiro com menos de 700 km. Portanto o importante é dar o uso correto, siga a recomendação do fabricante, e desfrute integralmente do desempenho que o pneu oferece. Sobre pneu, dava pra falar muito ainda... é muito assunto para um único item. talvez mais pra frente eu escreva sobre isto. rsrsrsrs

Roberto Furtado

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