quarta-feira, 30 de junho de 2010

Audax 400 km...

O título desta postagem foi feito com reticências pq nada melhor para explicar algo que seria a continuidade de uma jornada. Sim, é a busca de uma resposta frente a dúvida de conseguir ou não devorar "singelos" 400 km. Como se parecesse tão simples como escrever, lembro que 400 km é como ir de Porto Alegre a Rosário do Sul, para quem portar dúvida. De carro dá umas 5 horas de viagem (estou falando de quem anda de acordo com a legislação brasileira). Acho até que fica fácil de entender pq se anda tanto tempo de carro e não chega nunca. Agora, se não percebes, te digo que é quase um tapa na cara. Putz... cara, é km que não acaba mais. Não é brincadeira! Vamos bater palmas de pé para este ciclistas, especialmente para as meninas, pq isto aí é pedalar feito bicho, noite adentro, dia afora, sem estresse e num ritmo seguro que confirme a chegada dentro do prazo. Um dia, quem sabe um dia, eu faça uma destas... pq não acho que é para qualquer um. É para super ciclistas...

Roberto Furtado

terça-feira, 29 de junho de 2010

Bicicleta, tecnologia e desorganização mental... mais uma vez sobre isto!

Vivendo sempre no passado, se tratando de tecnologia, o Brasilzão sempre atrás em investimentos específicos. Neste caso, a bicicleta, não é nenhuma exclusividade. Chega aqui em bicicletas, o mesmo que chega em outros esportes esquecidos com a ajuda do descaso e da falta de interesse, e neste momento uma breve ajuda da copa de futebol. Bicicletas invadiriam as ruas, pq brasileiros adoram pedalar... e o fato se comprova pela alegria de viver e ser. Coisa de povo alegre, quase bobo, que ri a toa. Sim, somos assim, e por isto temos tão pouco. Se vendessem mais carros do que hoje, talvez não haveriam onde colocar os de amanhã ou seria pq nossa economia não comportaria? Eu não sei! Não me parece que brasileiros compram carros pq nasceram gostando de carros, acho que brasileiros compram carros pq há uma cultura forte em cima da propriedade de um carro. E pq não fizeram isto com bicicletas? Não sei! Acho que vai ter quem diga: "As bicicletas invadiram os supermercados, bem baratas e acessíveis... coisa bem boa!" Sim, vai ter quem diga isto! E é "brochante", pq na verdade, quem diz isto não entende coisa nenhuma... ou nunca pegou uma bicicleta ruim destas para fazer 10 km que fosse. E para uma surpresa maior, que lhe fosse emprestada uma bicicleta de boa qualidade, com trocadores shimano, frame alinhado, bem simples e de excelente qualidade, só para que o visual não distoasse tanto. Ainda desta forma apareceria um gênio, de olhar brilhante, e reforçaria... "mas esta bicicleta é bem mais cara do que aquelas do supermercado!"
E daí eu me pergunto, pq tanta tecnologia e facilidade para construir verdadeiras naves sobre rodas raiadas, se ocorrem gênios espalhados para todo lado? Bom, deve ser para empregar em veículos automotores, pq as bicicletas brasileiras... bom, estas são bem econõmicas, não custam quase nada!

Roberto Furtado

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A bicicleta e a copa do mundo de futebol...

Em minha mesa de trabalho, cumprindo com a rotina diária, e em plena copa de futebol, recebo entre todo tipo de emails convites para pedalar. Fico olhando o que dizem e pensando no que isto representa... falo desta oportunidade de pedalar durante os jogos do Brasil. Onde o país inteiro acaba parado, traduzindo uma paz sem igual nas ruas da enlouquecida POA (Porto Alegre). Ainda me poupando pelas complicações do joelho, e preferindo praticar passeios curtos ou onde sou único responsável pelo meu ritmo, me coloco em espírito na presença dos conhecidos e amigos que ficam a festejar uma copa do mundo. A festa é pela paz nas ruas, e não pelo futebol. Como já disse antes, não sou nem um pouco entusiasta do futebol, embora admire o evento reconhecendo o que ele significa na íntegra. O significado desta grande festa esta muito além do que vem sendo divulgada pela mídia, e pelo comportamento das pessoas. A copa do mundo é uma confraternização festiva, onde um tapa nas costas ou um cumprimento ao adversário deveria ser retribuido com um sorriso verdadeiro. Muito diferente daquele que apareceu em toda TV, realizado ao Técnico Parreira pelo Técnico Francês... sim aquele "asno" em forma de pessoa. Ora, se um técnico vai de encontro gratuito para cumprimentar o adversário, deveria ele ser respondido de forma igual, afinal falamos de esporte, e não de guerra. E por falar em guerra, até acordos são mais honrados em uma guerra do que neste tempos atuais do futebol, onde alguém simplesmente suspende um patrocínio por desentendimentos entre clubes. Agora pensemos juntos, se numa festa as pessoas se comportam desta forma, o que esperar delas nas ruas de uma cidade, munidas de um volante de automóvel. Não há como pensar diferente, o terror é eminente e sempre a solta, quando ciclistas vão para as ruas, disputar frestas com motoristas sem educação, sem visão... em vias despreparadas para ambas as categorias. O futebol com milhares de cifras, onde me parecem não serem merecedores de patrocínios, e ciclistas sem vias para ir e vir, do trabalho ou no passeio. Enquanto uns pagam muito e recebem pouco em troca (ciclistas pagadores de impostos), outros... muitas vezes nem sequer honram os impostos, e recebem muito mais por isto. O direito de ligar a televisão e ver o mesmo jogo de futebol simultaneamente em 12 dos canais da TV aberta, ou algo muito próximo disto. E não falo que não deveria ser assim, mas se há 80 em medida, pq não então os 8, como diz o ditado... pq em bicicleta, não chegamos nem a "um"... que é igual a lugar algum!
Enquanto as coisas ficam como sempre, talvez até piores com o passar dos meses, devido a progressividade dos problemas de trânsito, ciclistas sonham felizes, passeando em poucos jogos do Brasil, durante raro momento, de 4 em 4 anos.

Roberto Furtado

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O renascimento de uma Trek 470 - 2ª Parte




Enfim, chegamos ao momento final de uma jornada... renasceu um clássico da década de 90, fabricada em Cr-Mo, e que em versão especial não tão comum, possuia 21 velocidades. Isto mesmo... a Trek 470 foi fabricada em duas versões, uma com 14 velocidades, e outra com 21 velocidades de coroas reduzidas, ovais, conhecidas por biopace. O biopace é um paradigma, e não se tem certeza de sua eficácia, embora seja a shimano afirmadora deste conceito. A versão de 21 velocidades era uma proposta para enfrentar subidas, provas longas com grandes diferenças de altura. A cor vermelha ficou bastante próxima da original, mas sabemos que original, somente uma vez. Sempre que me perguntam a respeito dos adesivos, respondo que não acredito que a colocação destes torne a bicicleta mais original. Acredito que diversas ações que buscam a originalidade, como a pintura idêntica e a colocação de adesivos, bem como qualquer outra para indicar originalidade, acabam por entregando pontos conquistados na reconstrução. Isto pq não se consegue pintar igual, não se consegue adesivar igual, não se conseguem nem peças iguais, e aos olhos de quem entende, acaba em restauração frustrada. Então se falamos em original, sabemos que se trata de uma bicicleta que nunca teve peças substituidas ou pintura refeita, seja qual for o estado da mesma. A configuração... cubos shimano exage, freios shimano exage com maçanetas tektro, trocadores de downtube shimano, cambio traseiro shimano exage; cambio dianteiro shimano sora braze-on, movimento central shimano un-26, pedevela triplo exage reduzido (48-38-28T), cassete shimano exage, mesa em Cr-Mo, guidão em alumínio, lâminas em aluminio, raios inox, pneus cheng shin tire 700 x 20 C, canote de selim zoom polido, selim velo road, fita de guidão velo (branca). Exceto pelo cambio dianteiro sora, e pelas maçanetas de freio tektro, canote, selim e caixa de direção, que são produtos novos, o restante é inteiramente da época em excelente condições de conservação. Uma curiosidade e um problema da época, assim considero, é a altura do guidão. Na atualidade o conceito speed evolui para uma geometria sloop e com isto ergueu-se o guidão. Nas antigas, como a Trek 470 esta posição do guidão geralmente se concentra 10 cm abaixo da altura do selim. O que no meu entendimento é uma questão esportiva, que não busca conforto. E isto deveria ser resolvido. Para resolver ou amenizar este tópico, garimpei um garfo exatamente igual, original de um mesmo modelo porém de espiga com maior comprimento. Com isto a caixa de direção elevou-se permitindo que a inserção mínima do avanço fosse elevada sem prejudicar a segurança do ciclista. Também consegui este avanço que é igual ao original, porém possui angulação positiva, para fins de mais uma elevação. Com estas pequenas modificações que não comprometem a qualidade do material, e não distoam da época (recursos disponíveis na época), consegui obter uma melhor posição tornando a bike mais confortável. Conhecedor de Trek desta geração, acredito que a bike ficará muito confortável. Ainda sim, por ser de Cr-Mo, a Trek 470 é uma absorvedora de variações do pavimento, aumentando ainda mais o conforto do ciclista. Considero este um de meus melhores trabalhos, e que teve dificuldades que exigiram paciência, dentre algumas o garimpo de componentes.

Curiosidades... depois de quase tudo montado, levei a bicicleta sendo empurrada até a casa do amigo Tchaka. A distância é de algumas quadras, leva uns 10 minutos a pé... e no trajeto não era pequeno o número de pessoas que ficavam a olhar a bike. Ela ficou estonteante, ou pelo menos diferente do que as pessoas estão acostumadas a ver por aí, nestas ruas de uma Porto Alegre. Também é necessário ressaltar que pesei a bicicleta, em uma balança imprecisa, ficando seu peso total em 9 kg. Fiquei imaginando se fossem tomadas medidas que reduziriam seu peso sensivelmente, como cortar o excedente de canote, retirar ou substituir parafusos, cortar excente de cabo, alterar componentes por semelhantes mais leves. Isto sem falar que a bike é montada com rodas de 36 furos. Imagine tudo isto em cima deste conjunto que já esta leve por natureza simples, e teremos uma esportiva de Cr-Mo com peso que deveria girar em 8 kg, pelos meus cálculos um tanto quanto brutos.

Com relação as fotos, gostaria de ter feito fotos melhores, porém ando meio sem tempo para fazer as mesmas. Queria ter levado a bicicleta em um parque, onde normalmente tenho realizado as fotos, porém o clima não ajuda, e quando ajuda não tenho o tempo disponível. Por hora ficam estas imagens, e talvez adiante eu as refaça.

Regulagem/Lubrificação: Carlos Horn (Tchaka)
Garimpo/Montagem/Texto/Fotos: Roberto Furtado (Andarilho)

Colecionando bikes 1990-1999

Após muitos garimpos, reformas e reconstruções, acabei me tornando um maníaco por bikes da época que justamente prefiro, da década de 90. A marca que adotei como preferência foi a GT. Não que seja melhor que Trek, por assim exemplificar, mas pq de alguma forma as coisas foram acontecendo para que desta forma eu ficasse. Então adotei algumas bikes como "fixas", as bikes que não pretendo me desfazer, e desta forma constituir minha coleção. Bikes que descrevem uma relação, uma união estável. Seriam estas as portadoras do meu coração! rsrsrsrsrs A famosa GT Corrado de tantos posts e aventuras, a GT outpost recentemente adiquirida do amigo Carlos Polesello, uma GT Rave, uma GT LTS 4000 full suspension (e full 4130) , me faltando ainda um sonho de consumo que é uma GT raríssima... uma aro 700 original que ainda não vi no Brasil. As demais são bikes flutuantes que devem ser compradas, arrumadas, experimentadas e vendidas. Não tenho intenção alguma em me casar com bikes desta atual geração. Nenhum motivo contra, também nenhum motivo a favor, apenas preferência e casualidade entre as coisas que acontecem nesta vida. Sem qualquer pretenção de ser bairrista, já sendo, no bom sentido em bicicletas.
Uma hora destas, quando todas estiverem como quero, então fotografarei as meninas juntas, para exibir-me, e também alegrar os amigos.

Roberto Furtado

terça-feira, 22 de junho de 2010

Audax 400 km de Porto Alegre - dias 10 e 11 de Julho

Então é lançada a contagem regressiva dos 400 km da SA (Sociedade Audax de Ciclismo). Eu queria imaginar um motivo para alguém não participar... e no meu caso isto é bastante claro, já que não completei os 300 km devido a problemas conhecidos. Penso que para aqueles que completaram os 300 km, manter um treino razoável nos finais de semana, perfazendo uns 200 km não seja algo tão complicado. Um exemplo prático seria escolher um destino a 100 km, ir até este e repousar para retorno no dia seguinte, enfrentando os mesmos 100 km na volta. Durante a semana é complicado, quem trabalha cedo no dia seguinte fica meio limitado em horário... sem falar que o grau de agitação depois de muito exercício, requer um repouso até o momento do sono se apresentar. Geralmente fico tão ligado depois de uma boa pedalada, que não consigo dormir nas próximas 2 ou 3 horas... acabo virando o controle da TV pelo avesso, e não me chega o sono nunca.
Então acho que o caso de treinar durante os finais de semana é bastante válido... preparem-se, não deixem o corpo esfriar.

Roberto Furtado

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Onde iremos acabar? Sem bicicleta e sem dinheiro... com carro na garagem!

Hoje escrevo algo que não é exatamente bicicleta, embora ela seja citada aqui. A verdade é que vivemos uma época bastante difícil, dura em termos de ciclo de economia, dinheiro que parece ter desaparecido do mercado. Suspeitam pessoas do ano de troca política, relacionado também ao período onde iniciara a crise de 2008. Não sei ao certo, não sou político, tampouco ligado a economia... apenas corro atrás do trabalho para manter-me nestes momentos árduos de pilas escassos. Me parece que o governo esta "sacaneando" o povo... assim parece quando diz que vai tudo a mil maravilhas, mas percebo o problema de um povo sem dinheiro para gastar, ao contrário do período antes da crise. Houve época que vendi muito, fácil, e desta forma devolvia o valor ao seu ciclo, jogando devolta ao sistema através de consumos próprios. Agora não mais...
Penso que houve uma grande migração de profissionais de serviços para áreas de venda, e também um grande excesso de consumo de veículos e de eletrodomésticos. A venda facilitada nos segmentos citados, garante a compra de um novo carro, de venda e sobrevivência de mais um mês para o fabricante. E o valor que o novo proprietário teria para gastar em diversos segmentos, passa ao fabricante e ao governo, em diversos meses consecutivos, de forma impiedosa... até que este seja confiscado por falta de pagamento, ou até que fique quite. Por longos 60 meses o proprietário do novo carro, paga por um veículo que vai ficando velho, desatualizado e depreciado, até que no momento da quitação esta valendo algo em torno de pouco mais da metade do mesmo novo. Sem falar que a facilidade custará o valor de 60% mais que um carro novo a vista... variando ainda de caso para caso, onde se sabe de exemplos piores.
Mesmo assim, com uma enxurrada de carros novos aparentemente vendidos pelo belo momento econômico que o governos insiste em afirmar, lixos veiculares se acumulam pela cidade, necessitando de coisas variadas que podem prejudicar o meio ambiente, como a pintura de carros que colidiram. Sim, o excesso de carros aumenta a chance de carros colididos, necessitando mais serviços de funilaria, fumaça de tinta que se espalha pelo ar, pelo chão, na água das estufas de pintura... e que acaba em nossos rios. Não quero ser extenso, mas precisaria de dezenas de páginas para manifestar minha forma de pensar, nos problemas, nas soluções, nas mentiras ditas ao povo... nas mentiras sustentadas pela mídia. Ao invés disto, aqui, todos os dias, escrevo sobre bikes, coisas que acredito e gosto, mantendo aberta a forma de pensar sobre bicicletas... bicicletas que não sofrem qualquer estímulo por parte do governo, que não polui, que não aumenta o colesterol, que não transforma carros em máquinas de matar, etc... Pense cada um como quiser, mas vou continuar a pensar desta forma até o momento em que me for provado que estou errado. Se o post foge da proposta, me desculpe, mas um desabafo, de vez em quando é preciso.

Roberto Furtado

Trek 850 - pintura nova, peças novas... uma nova bike!

Antes da reforma...

Depois da Reforma!

Mesa original...

Mesa nova com adaptador de espiga fabricada em torneiro!

Antes da "trocagem" e pintura...

Definitivamente melhor e novo!

Detalhes tão importantes para um ciclista...

Mais detalhes importantes para um ciclista...

Outros detalhes importantes para ciclistas (antifurto de selim)

Espirituosa... cara de "di corrida"!

Se tratando de uma bela e rara bici na atualidade, e de ciclistas que estão "se lixando" para o peso das bikes, o bom humor é apenas uma das exigências para quem reforma e ama estas maravilhosas máquinas extintas pelo conceito da atualidade. Como todos sabem, bicicletas de Cr-Mo tendem a durar mais que os fabricantes, deixando de ser um negócio tão viável quando e se comparado ao alumínio.
Este ano Raul fez uma excelente aquisição, conseguiu comprar uma TREK 850 do tamanho que ele queria. Bicicletas grandes já são raras de encontrar, uma bicicleta de qualidade então, faz o novo proprietário um grande sortudo. Raul deu algumas voltas na bike e alguns dias depois se apresentou um problema bastante comum em bikes antigas. Um raio de inox da roda traseira teria se rompido em uma curva. Isto é bastante característico em bikes com idade ou em bicicletas que andaram muito tempo com algum raio folgado, como já descrevi aqui no blog em outras oportunidades. Com isto, Raul aceitou uma recomendação, a de reformar a velha 850. Em casa, desmontei a TREk 850, guardando as poucas peças que aproveitaríamos novamente nela, e uma listagem de novas peças fora feita, enquanto o quadro ia para pintura. Ela recebeu a mesma suspensão, uma rock shox quadra 21, o mesmo canote e selim, assim como os freios e cambio dianteiro. O restante foi inteiramente novo, tudo shimano alívio, exceto por cubos deore... aros novos wtb, raios, etc Tudo novinho para ser uma bike com a caracteristica de uma bike nova com um frame de qualidade, que só um Cr-Mo true temper pode ser.
O amigo e mecãnico Tchaka botou as mãos no material e começou a montagem, terminando o trabalho dois dias depois. O resultado é o novo brinquedo do Raul, com cara nova, discreta, porém bela. Notável é a aparência imposta pelos tubos finos e longos, deixando-a delgada... muito elegante. As soldas e acabamentos logo afirmam a qualidade que não é suspeita alguma para conhecedores destes belos projetos da década de 90. Enfim, Raul experimenta algo que descrevo como "plenitude ciclística" com cifras muito abaixo das irmãs atuais da TREK 850. Como já possui uma trek 850, imagino que esta será a preferida do Raul, entre suas 4 magrelas. Sim, ele também esta se transformando em um "demente ciclístico", acumula bicicletas ao contrário de posses da atual síndrome da exposição urbana... lixos veiculares aprimorados, chamados de automóveis. Isto já é uma outra história... no amanhã sempre tem um pouquinho mais.

Fotos e projeto: Raul Grossi
Montagem: Carlos Horn (Tchaka)
Texto: Roberto Furtado

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Por onde andam Os Estrangeiros?

Saber por onde andam Os Estrangeiros nunca é exato, pois a dupla anda sem um rumo determinado. Quando digo rumo, falo de coordenada geográfica, pq aonde querem ir, isto eles sabem. Talvez a maior das certezas destes dois andarilhos sejam o que gostam de fazer e os sonhos que tem de conhecer tudo que encontram pelo caminho.
A mente aberta é uma virtude, como já expliquei no post que fiz sobre estes... Os Estrangeiros. Tanta curiosidade sobre eles me brota diariamente, pq sempre penso no que eles estariam trabalhando ou vivendo. Carinho é a palavra mais certa do que sinto por eles, amigos que estão distantes pelo mapa, mas pertinho... em nossos corações, em nossas reflexões, comentários, em tudo que nos faz lembrar deles. No meu caso, penso neles diversas vezes por semana, especialmente por existir uma ponte espiritual nisto que eles estão construindo. Eles dizem que fui um dos maiores incentivadores, mas eu acho mais justo pensar que apenas reforcei... "façam o que o coração pede!O tempo não volta, e o arrependimento de coisas que não fizemos bate a porta... pede pra morar." Arrependimento é sentimento que não tem cura, a solução tem espaço temporal exato. Usem-no! Foi isto que disse a eles, e parece que levaram a sério. Estes dias encontraram outro irmão de viagem, um ciclista com mesma idade que eu, mesmos sonhos, talvez. Sempre é tempo para sonhar, para buscar...Encerro este post sem saber exatamente onde andam Os Estrangeiros, mas reafirmo que um dos lugares onde poderiam ser encontrados, é dentro do meu coração, por gratidão, amizade, admiração. Quer saber pq ? Bom, leia um dos últimos trabalhos deles, e entenda.
Um grande abraço aos Estrangeiros e continuem assim... especiais.
Roberto Furtado

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desistindo da série Audax 2010

Depois de muito pensar, conversar com amigos, acabei tomando a decisão de abortar a missão de realizar o Audax 300 km de Santa Cruz do Sul... e com isto encerrar o sonho de realizar a série de 2010. O limite de estar com um certo despreparo é a incerteza do sucesso... e uma segunda falhada seria desmotivante para mim. É verdade que a cabeça manda no corpo, mas o corpo não vai tão bem, e talvez isto seja uma mensagem afirmando que a cabeça não esta preparada. Devo esperar então para a abertura da série de 2011. Enquanto isto, penso em outras investidas pessoais, talvez um cicloturismo ao redor da lagoa dos patos, como já havia muito pensado desde o início deste ano, e baseado no post feito no sia anterior. A gente sabe que uma grande parte de tudo que fazemos, em parte é organização e preparo, e outra parcela fica por conta de sorte. Então segue o giro da roda para novos horizontes até 2011. E se por um lado não farei as provas, por outro poderei estar lá para registrar.
Obrigado aos amigos incentivadores.
Um abraço
Roberto Furtado

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Audax 300 km 12.06.2010 - fotos

Bom, para não haver mais atraso na passagem das imagens, atraso que eu mesmo tenho causado, resolvi postar as imagens editadas no Picasa. Então todos tem acesso, e qualquer dúvida ou maior necessidade peço que conversem com a Ninki. As fotos do Audax 300 KM 12.06.2010 no Picasa estão com um bom tamanho, mas as fotos originais são obviamente maiores, e estarão em posse da Ninki nos próximos dias.
Obrigado a todos pela oportunidade de registrar, e parabéns mais uma vez.
Roberto Furtado

Lagoa dos Patos - Um pouquinho da região costeira do RS

Dentre os lugares que conheci, e confesso que não foram muitos, mas suficiente para entender as riquezas e belezas, acredito que a Lagoa dos Patos é um dos mais belos lugares do Brasil. É a maior Lagoa do Brasil, possui uma importância sem igual para a Navegação local abastencendo cidades importantes como Porto Alegre e região metropolitana, e também Pelotas e Rio Grande. Rio Grande, um dos Portos mais vitais a distribuição por exportação e importação deste País. Por este manacial são exportadas nossas sementes, nossos carros, nossas máquinas, nossos calçados, nossas riquezas produzidas com suor, a nossa marca. Marca de um gado de qualidade, grãos que alimentam outros países e geram impostos e estabilidade econômica (não é mérito do governo). Não é intenção diminuir qualquer outra região, pelo contrário, estou a reforçar algo que conheço, e desta forma faço a minha parte com pontinha do País no qual vivo. A pesca também é explorada nestas água, e inclusive parte do camarão consumido por brasileiros vem destas águas. Verdade que hoje a conscientização vem transformando a produção em números mais concretos, justamente em função de assuntos como a pressão de pesca, e coisas que nós bikers não entendemos muito, falando de forma geral. Tenho alguns amigos bastante envolvidos, em segmentos como IBAMA, e Ministério da Agricultura, e desta forma em conversas pude saber um pouco mais. Este nosso mar doce é incrível, a largura entre as margens impede de se ver o outro lado, e sugere justamente de que seja um mar. Um mar doce... que as vezes até salga um pouquinho, devido a ligação que tem com o mar. Justamente por esta oportunidade de alteração de salinidade é que o camarão entra em fase larval na lagoa e se desenvolve. Assim acontece com outras espécies. Existem diversos ideais sobre a lagoa, uns querem somente proteger, outros explorar, mas o fato é que as belezas naturais atraem turistas, despertam curiosos. Muitos naufrágios já ocorreram nesta lagoa, mistérios, lendas, etc.
Nesta estreita faixa de terra entre a lagoa e o mar, estão localizados municípios como Palmares do Sul, Mostardas, Tavares, e São José do Norte, nesta ordem de norte a sul. Na região que é estreita, mas longa, a agropecuária resiste... resiste as dificuldades de uma rodovia abandonada e problemas econômicos pelo desinteresse dos Governos. O município de São José do Norte é conhecido como a terra da cebola. Sempre via as plantações de cebola quando passava por ali., são visíveis da estrada. É em São José do Norte que estão localizados os molhes do lado norte da barra, conhecida como a Barra de Rio Grande. E no lado sul da Barra estão os molhes do Cassino, balneário pertencente a Rio Grande. Os molhes da barra estão sendo aumentados, para que desta forma a navegação seja melhorada. Estão sendo relizados projetos que devem melhorar a economia local, assim se espera.
Embora seja a Rodovia RST-101 abandonada, possuindo trechos muito prejudicados (nas proximidades de Mostardas), o baixo movimento indica um excelente local para pedalar. Menos carros, menos possibilidades de problemas ao pedalar por uma rodovia. Locais abunantes para camping free, nas cidades existem opções de camping com infraestrutura... mas isto se você quiser se aventurar em um pedal de duzentos e tantos km (quase 300 km).

Roberto Furtado

terça-feira, 15 de junho de 2010

Sobre os problemas no "joelho"

Fui ao médico para avaliar o problema da dor que já descrevi aqui no blog, a mesma que me fez abandonar os 300 km. Se confirmou a síndrome do trato iliotibial, que não é nada grave, porém causa muito desconforto. A solução é a reeducação do pedal, alongamentos... no momento farei um tratamento de 7 dias com um anti-inflamatório e estou pronto para uma nova jornada.
Agora é só por em prática e sair pedalando.

Roberto Furtado

A GT Rave no uso...


Estava olhando e fazendo uma limpeza nos arquivos pendentes do blog e me deparei com um post que acabou não saindo na data desejada. Me perdi e deixei passar. Logo depois que fiz post da GT Rave fiz alguns passeios breves com ela e me diverti bastante. Tanto que entendi que esta seria um dos extremos que já tive, onde a bike além de rápida e clássica da década de 90, é bastante "selvagem". Sim, a pequena distância entre eixos denuncia esta caracteristica e exige atenção e cuidado do ciclista. Por outro lado, este caracteristica é a mesma que responde por uma bike de sprint muito veloz. Claro que não nas mãos do cidadão aqui, que tá mais para sedentário do que outra coisa, embora esteja mais magro agora do que nas fotos. A GT Rave é uma bike insubstituível, não sei se já andei em outra com este desempenho... a Trek de mesma época, porém em alumínio, se me recordo bem, não era tão rápida quanto esta. Talvez as atuais sejam mais rápidas, mas também são delicadas... não são feitas para durarem 15 anos, como esta velha jovem GT de asfalto.

Fotos: Raul Grossi
Devaneio: Roberto Furtado

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Novo "carrega compras" do Raul








Na busca por uma bike mais completa e apta para realização de tarefas como ir as compras de supermercado, e justamente tentando evitar o carro, o amigo Raul encontrou este equipamento que já esta instalado em sua bike, como aparece nas fotos. O dispositivo é como um alforge aramado, e permite ser rapidamente compactado, como aparece parcialmente dobrado em uma das fotos. O melhor de tudo é que não faz barulho, fica bem firme... palavras do próprio Raul, que ficou bastante satisfeito. Imagine sair para fazer um pedal e no fim deste passeio passar no supermercado para trazer o que precisar. Logicamente não trará um "bujão" de gás, mas a vida tem que ser simplificada e não complicada, quando o assunto é bicicletas.
Um ponto que me chamou a atenção sendo vantagem em relação a alforges tradicionais... alforges chamam atenção, espertalhões curiosos podem ir olhar no interior dos alforges, já os "aramados compactáveis" passam quase despercebidos, sugerindo uma simplicidade que pode fazer o ciclista escapar de uma surpresa. No fim a gente esta sempre preso aos medos, justamente pq este mundão é desonesto.
O material não existe no Brasil, foi trazido de fora, e o valor do produto é até simbólico perto do frete que se cobra em função do volume. Coisas que não entendemos... se é tão caro para trazer, e tão útil, pq as distribuidoras de bicicletas não possuem estes materiais? A resposta é simples... o mercado brasileiro é pobre. Pobre de intenções, pobre de coragem, pobre de idéias... a velho história de sempre. E diante disto, podemos apenas esperar que o caos do trânsito automotivo se efetive para que as bicicletas ganhem valor.

Fotos: Raul Grossi
Texto: Roberto Furtado

domingo, 13 de junho de 2010

Concluído o Audax 300 km SA em Porto Alegre

Claudio voando...

Momento de reenergizar forças, já pertinho de POA.

Alguns formaram grupos sólidos.

Alguns pedalaram sozinhos nesta longa estrada.

Nathália e Bagatini aproveitando o passeio.

Klaus em sua reclinada de bamboo!

Depois da descida tem subida, ou vice-versa.

Sem dúvida alguma, foi um final de semana de ansiedade... em plena confusão entre a previsão do tempo realizada por meros mortais, e a definição climática imposta pelos deuses, houve receio e medo de que a chuva pudesse eliminar o sonho de muitos ciclistas. Durante a noite em Porto Alegre choveu... e choveu bastante. As 4 horas da manhã me acordei com a chuva e comecei a pensar nos colegas. Custei a pegar no sono novamente, mas acordei definitivamente as 6:40 para ir fazer as fotos. Enquanto eu estava no conforto da cama, os amigos pedalaram... e no fim é isto que faz deles grandes, tanto que sentarão, um dia, ao lado de netos ou jovens de seu convívio e contarão a história em sua versão. Nenhuma história será igual a outra, pois somos todos diferentes, o observador ou vivente é sempre o diferencial da história descrita. Agora o que podemos descrever como igual em todas as histórias, serão alegria, cansaço e o entusiasmo de uma próxima oportunidade.
Tomei café sem pressa, saí de casa e peguei a estrada... refazendo o trajeto invertido, e desta forma faria as fotos dos colegas na ordem dos mais adiantados em relação aos tempos. Para minha surpresa encontrei o primeiro, sozinho, as 8:40, já saído do último PC e rumando rápido para a BR-290. Fiquei meio surpreso, pq o clima não ajudava muito e é difícil manter médias altas com pouca visibilidade, mas Claudio dos Santos Silveira vinha em firme ritmo, e finalizou a prova com tempo bem próximo de 12 horas. Os tempos oficiais serão informados pela Sociedade Audax, portanto peço que confirmem quando for emitida a tabela de tempos. Os ciclistas seguintes estavam quase chegando no último pc, por volta das 9 horas da manhã. Depois não vi mais ninguém por um longo trajeto, apareciam pouco a pouco já nas proximidades de São Jerônimo e General Câmara, na sequência nas imediações de Santo Amaro. No PC localizado no pesque pague panorama, estavam alguns em repouso e alimentação/hidratação, e restavam poucos para chegar ali. Fiz fotos até 6 km antes deste PC, quilometragem aproximada de 109 km, e fui retornando, fazendo fotos ficando atento aos colegas e ao celular. Retornei para casa e comecei a olhar as imagens, fiquei bastante satisfeito com o resultado e lembrando como é viver uma experiência destas. Gostaria de frisar mais uma vez, a merecida valorização do voluntários que passaram a noite acordados e permaneceram acordados até o fim da prova. Muitos ficaram mais de 24 horas acordados apenas para tornar viável o sonho de pedalar de amigos. No papel de fotógrafo fiquei com a melhor parte, fiz fotos e fiquei no máximo 5-6 horas na estrada, a km total no odo do meu carro, apenas 260 km, muito menos que os ciclistas e demais voluntários fizeram.
Antes que alguém sugira... a primeira foto, do ciclista Claudio dos Santos da Silveira, não é photoshop. O ciclista focado em fundo borrado é técnica fotográfica. Fiz apenas uma foto assim pq o conceito não é bem o da proposta, embora fique sugestivo que o ciclista esteja bem rápido. É verdade que ele estava, mas não tanto assim para produzir o efeito. O efeito é gerado apenas por uma combinação de velocidades certas.
Parabéns e obrigado a todos.

Texto e fotos: Roberto Furtado

Últimas informações do Audax 300 km de Porto Alegre

As últimas informações... para quem estava curioso sobre o Audax. Nossos amigos cliclistas em sua maioria já finalizaram a prova. Faltando apenas uma hora para o térmico, se aproximam do DC Navegantes os últimos. Estão pertinho... devem chegar em tempo inferior ao limite. A maioria vai completar a prova, poucos desistiram.
Já estou preparando a postagem, breve relato de voluntário Fotógrafo, as fotos ficaram bonitas. Como sempre, não temos fotos de todos, pois no momento da realização das mesmas nem todos os ciclistas estão rodando... as vezes param para ir ao banheiro ou tomar água, e como sou sozinho para realizar as mesmas acabo deixando passar alguns. Mesmo assim, as fotos realizadas ficaram muito boas. Serão passadas a SA em sua totalidade, e algumas poucas colocarei aqui, diretamente no blog.
Roberto Furtado

sábado, 12 de junho de 2010

Sobre o Layout do Blog e questões relacionadas

Alguns "blogueiros" preferem não comentar as alterações que realizam no blog, porém tenho percebido alguns problemas no cotidiano do blog e venho tentando resolver estes. Para mim que não sou entendido, pois pertenço a geração onde computador era coisa de banco ou de grandes empresas. É notável que a gente se adapte com boa velocidade, mas é sabido também a velocidade de absorção de informação é muito maior nas gerações onde o computador foi mais presente, como os nascidos no fim da década de 80 em diante. A aparência do blog me preocupa muito, e alguns amigos até pressionam para estas mudanças... acreditam que devem ocorrer logo, aproveitando a boa visitação. Eu penso de maneira menos comercial, embora reconheça que funcione realmente desta forma. Acredito no blog como um sistema de livre arbítrio, onde escrevo e coloco minhas sensações, conhecimentos, experiências com as 50 e poucas bicicletas que já passaram em minhas mãos. Não é tanto, mas já é suficiente para compreender e aprender uma érie de coisas, especialmente sobre conforto, mecânica e objetividade da bicicleta. Aproveito sempre para interagir com os colegas, pq sei que muitos passam as mesmas dificuldades e alegrias, além de usar o tempo que sobra para pedalar, quando possível.
Voltando ao assunto de layout, receio que ele fique poluído em aparência, e também que perca a questão confortável para leitura. Por isto fiz uma pequena mudança em modelo, aumentando linhas do texto e valorizando as imagens. Se quiser, esteja a vontade para me escrever, sua sugestão é um presente.

Roberto Furtado

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O blog é uma história... é como uma viagem de bicicleta!

Estava aqui a refletir, coisa que fazia sempre, quando não tinha muito trabalho. Pensei na caminhada com o blog e nos posts que já fiz, inclusive a respeito dos que fiz e não lembro mais. Chega um ponto em que a gente começa a passar ou a escrever coisas repetidas, pq a confusão entre o velho e o novo se mistura com o perfil de insisitir nos assuntos que julgamos importantes. Comparo a história do blog, hoje com mais de 350 posts, com uma viagem de bicicleta. Durante uma viagem de bicicleta, nosso humor se transforma diversas vezes, e isto é normal, pq entre tantos momentos sempre haverão reflexões e lembranças. Por onde passamos, percebemos algo em uma imagem ou lembramos de algo que tenha quase nenhuma relação que alguém nos disse um dia. Palavras, momentos e imagens, ou combinação destas podem ser uma chave para desenterrar pensamentos esquecidos. Nestes estão nossos amores, nossos humores, nossa raiva ou alegria, mas eu acho que a gente deve tentar desenterrar somente as coisas boas, e "concretar" por cima tudo que for ruim. Talvez o que seja ruim, acabe por ser esquecido, como algum post deste blog, mesmo que não seja ruim. Se o que é bom também esquecemos, então o que é ruim até podemos esquecer, depende de nós. Todo mundo tem sua história, e durante uma trajetória não estamos livres do acaso indesejado, por isto devemos sempre fazer tudo certinho, pq a consciência tranquila é o melhor dos pensamentos... é o que nos dá conforto, a facilidade de dormir. A bicicleta segue seu papel em nossas histórias. O blog também, em minhas histórias e nas histórias dos meus amigos. E quem sabe daqui a 20 anos, se eu aguentar escrever e se tu aguentar a este ler, possamos lembrar juntos algo que hoje é pura mágica e torna nossas vidas mais coloridas, realçando momentos desejados. Pense nisto...

Roberto Furtado

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Trek 800 remontada... bike simples, bike boa, para um proprietário feliz!







Esta Trek 800 foi comprada e reformada para um amigo. Na tentativa de montar uma boa bike, com quadro de aço Cr-Mo, escolhemos a opção e avaliamos os recursos para investimento. O resultado foi uma bike bastante funcional, que roda muito bem, confortável e confiável. O problema é que a bike acabou ficando pequena para ele, embora estivesse perto do limite de medida. O tamanho do quadro é 19,5 polegadas, havia ainda etiqueta da trek, porém ficou na mesma altura da abraçadeira do novo câmbio e foi removida. Foram usadas diversas peças novas, como as presentes na lista abaixo:
- trocadores EF-50 7 V;
- freios originais da GT agressor;
- cambio traseiro shimano acera;
- cambio dianteiro shimano altus;
- caixa de direção chin haur;
- pneus kenda kontact;
- pedais;
- suspensão sr suntour;
- guidão aço promax;
- mesa zoom;
- manoplas velo;
- movimento central VP (rolamentados);
O restante do material foi avaliado e lubrificado pelo Tchaka. Esta em perfeita regulagem. Oferecemos aos demais colegas, e damos até garantia para sustentar a qualidade da bike. Garantia de 6 meses estaria de bom tamanho para reforçar o bom estado do materia. Ele aguarda a venda desta para nova aquisição.
Contatos podem ser feitos diretamente comigo, no telefone e email informado no blog.
Roberto Furtado

Contagem regressiva para o Audax 300 km "dos namorados"

Segue a contagem regressiva do Audax 300 km dos namorados... sim, dos namorados pq ele larga no sábado, dia dos namorados. Embora tenha sido um acidente a escolha da data, por assim dizer, já que não houve intenção desta para colidir o dia enamorado com a prova, o Audax 300 km promete. No sábado devo ir na largada, e no domingo farei umas fotos na estrada. Ainda em recuperação do joelho, ficarei só acompanhando... este que será a 2ª etapa daqueles que buscam chegar nos maiores desafios. Os 1000 km vem chegando...
Boa prova a todos.
Um abraço
Roberto Furtado

terça-feira, 8 de junho de 2010

Voluntário entusiasta... sonhador ao pé da estrada!

Ser voluntário de um Audax é uma tarefa de grande emoção. Quando se vive um Audax (fiz três 200 km e um 300km, falhei num outro 300 km), a gente sabe que é um belo desafio, e quanto isto representa para o ciclista e para nós mesmos, os voluntários. Voluntário é um nome estranho, pq de maneira geral sugere gratuidade, mas o voluntário recebe algo em troca... recebe alegria e reconhecimento. Nem sempre funciona assim, é claro, mas em muitas vezes sim. E nestas oportunidades é que se tem a recompensa de estar ajudando. Muitos dos ciclistas são nossos amigos, e se não são... acabam virando. Esta é a mágica do Audax, a integração de uma família ciclística que parece pequena, mas que move uma comunidade formada por diversos perfis profissionais... do mais simples trabalho, ao mais reconhecido, sendo um pouco injusto pq existem estas diferenças. Diferenças das quais não acredito, mas presencio e reconheço. Diferenças que os homens reforçam com ações como cotas reservadas em universidades pela cor de pele, e outras formas reconhecidas de se praticar preconceito legal. Não entraria nesta questão se não fosse apenas para explicar que sou um vivente que acredita num mundo justo, sem diferenças, sem razões para nos diferenciar. E vejo no Audax um momento para quebrar esta tensão superficial social, vejo num audax pessoas diferentes, mas iguais. Solidárias, coerentes, sonhadoras e esforçadas. Pensando assim, me encho de entusiasmo, e fico ali na beira da estrada na espera da passagem de um ciclista da prova... louco para torcer, incentivar o colega, mas contido pelo regulamento da prova, onde posso apenas fiscalizar e garantir a segurança do participante. E no papel de fotógrafo eternizar o momento deste outro vivente que é como eu, e sente felicidade por ter uma magrela e a liberdade temporária.
Roberto Furtado

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Vento do Destino - por Andarilho

A maioria dos amigos que me acompanha nesta jornada "escreverina" sabe que faço pq gosto. Minha intenção sempre é me manter próximo daqueles que se parecem comigo na forma de pensar, de viver, de observar os valores da vida. Muitos devem gostar, outros nem tanto, mas não espero agradar a todos, pq isto me faria ser comum, e comum não sou e nem quero ser. Acho que ciclistas são pessoas especiais pq conseguem ter uma ótica própria. A sensibilidade é maior em uns, e outros são capazes de apreciar... ou então, tanto faz, não faz diferença se a gente não se incomodar. No fim vale a pena apenas ser feliz, fazer coisas que gosta, caminhar por aí, sentir o vento, tomar um chimarrão. Cada um com suas manias e bobagens... chama-se livre arbítrio. Nos foi dado no dia em que nascemos, e até hoje não conseguiram colocar preço nisto, e espero que assim fique. Há tempos escrevo crônicas, contos, poemas, relatos, etc. E é possível que num futuro faça uma coleção destes para publicar. Não decidi ainda pq espero um amadurecimento interior. Então gostaria de compartilhar aqui. É pequeno, é simples, mas ajuda na reflexão... Passe o link se quiser, mas não desconsidere autoria, caso contrário seria mais um em milhares perdidos na rede, sem devida autoria.
Vento do destino
Ontem, vento veio e soprou a manhã. Uma folha de árvore, seca e curva, correu a rua... dançou em frente a minha janela. No encontro entre dois muros, girou e girou, como se ali houvesse um pequeno cone de vento. Linda e indescritível mágica do vento sobre uma simples folha seca... resto de um ser inanimado, agora movimentando-se como se houvesse vida. Quando atingiu o topo do muro, escapou do turbilhão, sendo carregada por outra corrente... de vista a perdi! Novas folhas vieram, repetindo a cena em frente a minha janela, mas curiosamente, nenhuma delas dançou como a primeira, nenhuma delas fez dezenas de giros sobre o eixo do turbilhão, que somente percebi pela folha. Folhas e pessoas, talvez sejam comparáveis, algumas são comuns e sempre passam, outras... deixam saudade! O cone de vento, só pode ser visto quando a folha interagiu com ele... talvez este tenha sido o que chamam de destino, neste caso, da folha. Pessoas também são assim, precisam de interação e oportunidades. O cone de vento, com toda certeza, estará lá... mas sem a folha seca, jamais será visto, relacionada dependência! Hoje, nem brisa faz... o cone de vento não esta, tampouco a folha seca. Incrivelmente e estranhamente, distintos, combinam entre si... aguardam um novo encontro de vento, como namorados do tempo!

Roberto Furtado

Dor no joelho persiste após repouso

No último passeio que fiz, já passados 15 dias do Audax dos voluntários, retornou a dor em um dos joelhos. Pesquisando na internet sobre as possíveis causas, descobri que existem diversas possibilidades que atingem ciclistas. O jeito agora seria procurar um especialista para precisar o problema e a gravidade. Acredito que o problema seja a tal Sindrome do trato iliotibial, devido as caracteristicas do problema. Uma das causas, apontam diversas sites onde pesquisei, seria a intensidade de um exercício, também relacionada com a falta de alongamentos. Durante o excessivo exercício, ocorre a resposta inflamatória do fáscia, que é um "tecido" de revestimento do músculo, promovendo o desconforto. Sabe-se que ninguém deve se auto medicar, por isto a exemplo próprio e infeliz oportunidade, procurarei um especialista para resolver o problema.
Roberto Furtado

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Espectativas climáticas para o Audax 300 km do dia 12 de Junho 2010

Então... estava aqui a refletir sobre o Audax do próximo dia 12 de junho, e percebi que maio foi um mês muito ruim para aqueles que buscavam seu preparo. Foi um mês intercalado de frio leve, chuva, muita umidade, e vento. As vezes quando não havia chuva, havia vento. Não lembro bem de como era maio nos outros anos, mas acho que este de 2010 deixou a desejar para nós ciclistas. Andei tão pouco que mesmo que quisesse arriscar o A.300 km teria o mesmo pressentimento da minha última investida, na qual me faltaram 70 e poucos km para completar, devido aos problemas já relatados em outros posts. Agora, dia 02 de junho, é lançada a contagem regressiva de 10 dias, e para quem fez o tema de casa, simplesmente será fácil. Minha intuição diz que o dia será de tempo seco, poucas nuvens e frio moderado a intenso, e um ventinho que entra por volta das 15:30 já perto do fim da prova. Já fui me fazendo passar por um guru do clima. Com antepassados indígenas, assim descobriu minha querida mãe, que uma tataravó era índia... bom, e o que os amigos têm com isto? Olha, se tenho um sanguezinho de índio, então pode ser que minha previsão esteja na direção certa, e os amigos farão uma espetacular prova. E eu sempre pensava quando era criança, pq todo mundo me perguntava se ia chover... no fim, penso que era pq quase sempre acertava, então tornara-se um hábito perguntar a quem normalmente acertava. E me lembro que as vezes até diziam: "mas como não vai chover hoje com este céu preto?" Eu simplesmente rebatia... "Hoje não!" Sabendo que a chuva seria para o dia seguinte.
Agora você pode acreditar, ou não, se assim preferir... mas tem coisas que são instintivas, pássaros e libélulas fogem da chuva que ainda não chegou, talvez um DNA índio possa dizer alguma coisa também.
Lancemos a sorte no vento... fiquem com a "força"!
Roberto Furtado

terça-feira, 1 de junho de 2010

O renascimento de uma Trek 470 - 1ª parte

Alguns amigos já perceberam que faço algum mistério quando realizo uma reconstrução. Gostaria que todos vissem isto como uma atitude saudável, pq na verdade faço apenas para causar uma curiosidade saudável. Quem gosta destas bikes antigas, sempre que tem oportunidade, quer ficar examinando detalhes de uma empreitada como esta. A verdade é que peguei a bike hoje a tarde, e não tive tempo de levar ela até um lugar onde prefiro fotografar. O cenário tem um efeito importante, de não chamar a atenção, e por incrível que pareça, sempre tem alguma coisa que destoa nas fotos que faço em casa ou na casa de minha mãe. Pode ser um vaso de plantas, ou uma escada, uma grade, sempre tem uma porcaria que aparece nas fotos, poluindo-a. Então decidi sempre fazer as fotos em outro lugar, no Parque Marinha, ou em alguma praça que não tenha algum "contaminante" para a foto. Prometo que vou tentar não me demorar muito com as fotos... e o post também vou fazer com bastante detalhes, pois assim não deixo tantas perguntas.
Para dar uma "frestinha" do que vem pela frente, segue a foto dos trocadores, onde se vê também a frente da bike, vermelho metálico com alumínio polido, inox, cromados e niquelados.
Roberto Furtado

Dificuldades relacionadas a bagageiros

Estou estudando a colocação de bagageiros em uma de minhas bicicletas. A intenção seria de colocar alforges na traseira e um sistema de carga para a dianteira, já que a bicicleta em questão aceita inclusive bagageiro dianteiro. Procurei diversas opções em bagageiros traseiros, e no mercado brasileiro encontrei somente bagageiros frágeis (carga abaixo de 25 kg), fabricados em alumínio, ou para finalidades que não correspondem a alforges. Toda vez que penso em algo novo, chego sempre a mesma conclusão, quanto a pobreza de variedade de modelos.
As vezes fico pesquisando listas de distribuidoras, já que tenho acesso a estas, e a dececpção é quase sempre uma certeza. Geralmente os modelos mais adequados a função não chegam ao Brasil, o que obriga o ciclista a buscar materiais no exterior ou fabricar o seu acessório (ou modificar).
Já tinha algum tempo que eu pensava no assunto bagageiro, e agora decidi por adaptar um. Possivelmente pegarei um de aço e neste farei as adaptações. Já tenho algumas idéias, e depois colocarei aqui para visualização. Só não posso prometer uma data, pq tenho trabalhado mais, e tenho tido pouco tempo para me dedicar as brincadeiras ciclisticas. No modelo acima, ou próximo disto, pensei em adicionar uma barra que permite o uso de alforges. Só não podemos esquecer de medir o bagageiro a modificar antes da adaptação, pq ele precisa ter uma altura determinada, e um posicionamento que permita o calcanhar não bater no alforge no movimento cíclico. Considerações de um biker andarilho...
Roberto Furtado