segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Novas rodas para a GT Rave

Vista total com RS-10

Cubo dianteiro

Detalhamento do aro dianteiro

Efeito visual clean entre roda e garfo

Vista da roda dianteira

Detalhamento do cubo traseiro e cassete
Embora estivesse muito satisfeito com a configuração da GT Rave, resolvi substituir rodas completas, incluindo cassete e corrente. As novas rodas são da Shimano, modelo RS-10, de 16 e 20 raios. Na roda traseira anterior, havia colocado um cassete de 7 velocidades, mesmo que o cubo Shimano RSX fosse para 8 ou 9 velocidades. Isto pq os shifters shimano 105 de down tub são para 7 velocidades, e não abriria mão deles forma alguma. Para mim, speed desta época tem mais representação com sua época pq possuir este tipo de trocador. E mesmo que fossem trocadas todas as peças da bicicleta, não trocaria para STI ou Ergopowers, como já usei no passado. O uso desta bicicleta é restrito a passeios, pequenas viagens, ou quem sabe um Audax, mas de forma alguma optaria por shifters velozes pq não acredito que a bicicleta e seu uso fizessem disto uma necessidade. Ainda poderia dizer que esta intenção de substituir peças antigas por modernas, como destas rodas, seria apenas estética, já que o uso faria dela sempre um rendimento aquém da sua categoria. Não é a bicicleta, que fique claro... o ciclista que tem utilizado ela é que deixa a desejar. Diria que esta GT Rave, embora mais pesada que a TREK 2000, último modelo moderno de speed que possui, ainda assim é mais "Rave" do que a TREK. Não tenho dúvidas nenhuma com relação a isto. A GT Rave é uma voadora por natureza, marcadora de sua época, como outras belas naves inesquecíveis de CR-MO da década de 80-90. 
Sobre as rodas, algumas considerações que julgo importante... possivelmente deixarei de usar esta bicicleta nos passeios noturnos, devido a sua nova configuração. Estas rodas, embora mais belas, rápidas, estilosas, acabam também por deixar a bicicleta frágil. Um buraco no escuro, e fim de passeio. 
As fotos foram feitas em branco e preto para que fosse valorizado um sentimento de nostalgia. Se as rodas são novas, o frame da bike, o qual é possuidor de um espírito, como já disse antes, acaba por definir realmente que é a consumidora de km... sim, esta é a GT Rave, se me lembro bem, do ano de 1996, uma devoradora de km da década de 90. Da mesma forma que um homem é aquilo que há dentro de si, e não aquilo que veste... a bicicleta é o quadro, e não sua configuração de peças. E por esta e por outras que fico a pensar, temeroso da realidade de que as old school da velocidade estão desaparecendo, sendo substituidas por máquinas sem espírito, sem valores, totalmente substituíveis e descartáveis. Outra concepção de vida, de pensamento... que aqui é ridicularizada, mas no primeiro mundo venerada por um percentual tão grande quanto de interessados por produtos novos.
Ainda no caminho da substituição de peças, trocarei guidão, maçanetas de freio, ferraduras e possivelmente os pedais. Ainda não tenho nada definido, apenas levanto a possibilidade para valorizar esta bicicleta... pois confiável ela sempre será, afinal falamos de uma bike de Cr-Mo.

Roberto Furtado

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Patrocínios, apoios, etc

Muitos já perceberam que o Bikes do Andarilho cresceu muito... de 2008 para cá muito mudou, melhorou. E muito há para melhorar, tenho fé que muito vai ocorrer ainda. Após um ano estatisticas descobri que blog tem muitos leitores, alguns não são nem brasileiros, causando ainda mais etranheza em função de nossa língua portuguesa ser tão pouco difundida no mundo. Contudo sabemos que a linguagem bicicleta é universal, e é dela que surgem visitantes de outras localidades. Para dar continuidade ao muitos assuntos, testes, sobretudo para materiais novos, preciso ter apoio financeiro. Este é um sonho que tenho, poder dar ênfase a materiais atuais também. É restritivo o assunto referente a materiais novos quando analisamos o custo destes para postagens periódicas e frequentes. Então tomei esta iniciativa de buscar ajuda para poder realizar estes projetos de uso., e assim comentar. Em resposta a isto, encontrei fora do meio ciclístico patrocínios. Entendo que no assunto bicicleta, o apoio não pode ser simbólico, mas sim expressivo. Afinal, os leitores potencialmente consumidores do tipo de material é muito maior neste segmento. Posso adiantar que o blog já tem dois apoiadores, com uma chance de de fechar com um terceiro. Os links destes apoiadores terão serão ainda colocados aqui no blog com destaque especial. Todos os três são de fora do segmento ciclístico. Até o momento, procurei duas lojas do ramo, uma delas bem grande aqui em Porto Alegre, e não houve resposta positiva. Então no segmento ciclístico, esta em aberto um apoio para um comerciante de mente aberta e capaz de ajudar. Lembrando que sou fotógrafo, e posso ser bastante útil com  fotos a empresa que ajudar. Isto faria parte do pacote! Estudo outras possibilidades, todas com direito a divulgação. Quem quiser ajudar, pode ajudar divulgando...
Lembrando que este não é meu trabalho, não vivo disto... disto faço meu lazer, e aqui compartilho com todos. Ajudar ao blog, significa oportunizar novos assuntos gratuitos, questionamentos, divulgação da idéia bicicleta de ser. Alguns diriam que sou louco, mas acredito que de alguma forma é preciso começar. E ser louco é acreditar que as coisas devem ser melhores? Então neste caso, sim... devo ser louco!
Obrigado a todos.

Roberto Furtado

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pneus Kenda Kwest na GT Corrado



Como havia citado outro dia, as semelhanças de rodado entre a GT Corrado e a GT Outpost me levaram a trocar a configuração da GT Corrado. Optei desta forma pq acredito que a GT Outpost esta mais adaptada para carga, estrada acidentada e tal. Também pq a GT Corrado possui quadro mais leve, e a redução da medida de pneus favoreceria este ponto, fazendo a escolha ainda mais coerente. Não me preocupo muito com isto, mas tento dar lógica as mudanças. Fiz um passeio de 25 km na sexta feira, e gostei bastante da nova configuração. É claro que ficou muito mais dura a bicicleta, pois o pneu é um "amortecedor" simples, capaz de eliminar ou reduzir a maioria das irregularidades pequenas e médias do pavimento. Pneus não podem ser comparados aos atuais amortecedores de qualidade, como fox, rock shox e manitou (ou outros), no entanto sabe-se que bikes tipo speed não possuem pneus ou amortecedores, fazendo assim a fama de bikes "duras". Tudo isto é muito questionável e sou capaz de afirmar que configurações melhoradas e quadros de qualidade são capazes de minimizar os piores desconfortos. Haverá loucos e preferência para tudo... a exemplo meu e de outros lunáticos admiradores de bikes de Cr-Mo, como somos vistos nas lojas na atualidade. O fato é que a alteração realizada na Corrado fora de pneus 26 x 1.95 para medidas 26 x 1.5, redução de aproximadamente 25% de medida, e possivelmente muito maior de capacidade volumétrica em ar. Existem diversas considerações a fazer com relação a estas mudanças, no entanto para não ficar extenso, resolvi citar algumas das mudanças. A alteração resultou em prós e contras, listados abaixo:

Prós
- melhor rendimento da bike;
- melhoria na manobrabilidade;
- arrancadas e retomadas mais rápidas;
- redução de peso;
- design mais urbano e clean.

Contras
- alteração da configuração do velocímetro;
- encurtamento da relação de marcha final;
- fragilidade em relação aos grande efeitos do pavimento;
- perda de conforto; 
- redução de aderência e frenagem.

Como sempre, estas considerações tem caráter pessoal, não comercial e servem apenas como forma de opinião a interessados na mudança. Recomendo que estudem bem toda alteração para evitar frustrações ou surpresas.

Roberto Furtado

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Giant Allegre para restauração...

Acabamento é o forte!


Inconfundível marca da Giant



Passa cabos de inox!

Detalhe de acabamento do garfo


Para não perder o ritmo, sigo na busca de materiais "old School", aqueles que dão muito trabalho, mas 100% de satisfação. Este Giant Alegree é praticamente idêntico ao que passei ao amigo Fabio, me parece que até o tamanho é o mesmo. O que chama atenção neste quadro é o acabamento e o peso. Pensando agora quando olhei as fotos no PC, percebi que este se difere daquele outro no cachimbo do downtube e top tube, onde estes são unidos por cordão de solda. No outro modelo, talvez sensivelmente mais antigo, havia sistema de cachimbo mesmo. Acho o outro mais bonito até... lembra mais a década das bikes voadoras. Claro que o final é o mesmo... um resultado sempre belo, perfeito, alinhado e altamente esportivo. Receio que alguns quadros de alumínio não cheguem as pés deste no quesito peso, tampouco no conforto. As roscas estão perfeitas, não há sequer um porém... e não montar este seria um crime! No entanto estou sem tempo e sabe lá quando poderei mexer neste brinquedo. Mesmo que a decisão seja de "incertezas", achei importante postar as fotos deste aqui, pois não são lá muito comuns os Allegre. O irmão mais modesto do Allegre é o perigre, se me recordo bem. 

Roberto Furtado

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

UAF 150 km 30.01.2011

Roberto Furtado 17.01.2010
Estão abertas as inscrições para o UAF de 150 km. Esta prova é diferente de um Audax, acredito que seja bastante voltada aos ciclistas mais experientes. Existe uma velocidade média a ser cumprida, além de uma série de outras exigências que estão disponíveis através de links no site da SAC.
Inscrições e demais informações: UAF 150 KM

Roberto Furtado

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bicicleta x alagamentos

www.bbc.co.uk
Com tantos alagamentos, logo se vê o caos formado nas cidades brasileiras atingidas. Exceto pelas tragédias lamentáveis que estão ocorrendo como extremo a estes problemas, a citar Nova Friburgo e Teresópolis, no RJ, onde não é possível nem mesmo transitar, a solução de muitos pedestres e motoristas tem sido optar pelo uso da bike. Tal questão é preocupante, pq muitas vezes, após as enxurradas, são levantadas tampas de bueiros e abertos buracos que poderiam causar acidentes. Um ciclista ao pedalar em água turva não percebe um bueiro, podendo sofrer um acidente com um mínimo de danos. Cortes e hematomas são o mínimo que pode ocorrer em casos como este. Sem contar que a pele fica em contato direto com esta água imunda, que pode portar doenças diversas. Sei que é difícil contornar tal situação, mas o melhor e não sair de casa nestes momentos onde o caos é ocorrente. Para quem não pode aguardar, faço o reforço de cautela... e também não esqueça que cubos, movimento central e o freehub ficam comprometidos após rodar com água no interior. É necessário desmontar para limpar e lubrificar novamente, sob pena de perder precocemente o material. Para os amantes dos tubos de aço, atenção para não ficar água dentro dos tubos... a corrosão é cruel!

Roberto Furtado

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Câmbio traseiro Shimano SLX

Roberto Furtado

O amigo Raul foi fazer um passeio na Argentina, e quando voltou me trouxe este câmbio traseiro de presente de natal... O câmbio traseiro é um shimano SLX, de gaiola média (medium cage). Deu para perceber que a foto ficou meio artística, sugestiva de que talvez a peça em questão deva ser instalada em uma bicicleta que dê emoções fortes, ou assim deveria ser. A superfície plana de um caibro de seção 30 x 30 cm, centenário, envelhecido pelo tempo, indica uma relação de natureza e bike. Talvez seja somente um devaneio, oriundo de sonhador, como entre tantos outros que aqui passam. Acabei ficando com certezas que trazem dúvidas... agora devo usar este presente, mas onde usar? Raul acabou criando um "problema", pois vou ter que montar outra bicicleta. E agora Raul? rsrsrsrsrsrs 
Em meio a brincadeiras, a verdadeira certeza, de que tenho um amigo capaz de me presentear com algo tão bacana e belo. 
Como é belo este SLX, diria que pela primeira vez um sucessor supera seu antecessor em visual. O SLX definitivamente é mais bonito que o LX. Ou Será que na verdade o LX teve uma atenção especial depois de tantos anos quase igual em conceito?
 Seja como for, ocorreram diversas mudanças, inclusive no sistema de acionamento de mudanças, peso, visual num todo. O design ficou muito mais agressivo...

Roberto Furtado

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Chuva de pedra!



Estava ansioso pelo passeio noturno desta quarta feira, dia 5 de janeiro, porém por volta das 16:30 começou a chover. Fui para a janela observar e torcer para que fosse uma chuva leve, e percebi que começaram a cair pedras de gelo. Logo mais, eram pedras do tamanho de bolinhas de gude. Corri para a rua para guardar o carro, pois tive receio que marcasse a pintura ou a lata. Choveu forte por pelo menos 40 minutos. Fazia muito tempo que não via tanta chuva. Trovejou bastante também. Com esta chuva, a não ser que abra o tempo em seguida, fica cancelado meu passeio. Fiquei pensando que foi muito azar... tempo ruim nesta segunda, na quarta também... agora falta apenas chover na sexta para não ter passeio noturno na semana. 

Roberto Furtado

Nova configuração de pneus...

Estou alterando o uso dos pneus... acabei acahando que os pneus da GT Outpost verde estariam demasiadamente grandes para o uso que normalmente tenho dado para ela. Instalei os Kenda Contact 26 x 1.95, os mesmos que já tinha na GT Corrado. No entanto, achei que ambas ficaram muito parecidas, pois ambas são GT de Cr-Mo tamanho 20". Com isto, estou inclinado a aplicar os Kenda Kwest de medida 26 x 1.5 ou 26 x 1.25, acreditando que a primeira opção seja mais interessante pq não deixaria bike tão dura e sucetível a perfurações nos pneus. A GT outpost ficou muito boa em ambas opções de pneu, apenas achei que se tratava de esforço extra para pedalar, além de consumir um pneu que seria mais adequado ao pavimento fofo ou "lamoso". Tenho tido predileção por este Kenda Contact, ele fura menos, roda muito bem, deixa a bike macia, e ainda é excelente na aderência de pisos molhados. 
Vou trocar os pneus da GT Corrado, e tentarei fazer fotos de ambas lado a lado, ou apenas um comparativo para demonstrar as diferenças. A GT Corrado seria mais para passeios no asfalto mesmo, quando muito um chão batido sem barro ou areia solta.
Embora o pneu seja um acessório que pareça não ter tanta importância quanto um cambio traseiro, afirmo que tenho percebido muito tais diferenças. Estou usando Kenda como marca preferida, e tenho tido boas impressões dos pneus dentro das propostas definidas. 

Roberto Furtado

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Tempo de pedal...

Com o calor e alguma estabilidade do clima, surgem idéias de pedal para finais de semana. Alguns pensam em pegar o carro e ir até algum lugar tranquilo, e neste pedalar, outros pensam em ir de biccicleta mesmo. Fazendo da estrada seu passeio, e o destino é meramente um marco que define o fim do passeio. Existem estes dois perfis de ciclistas, penso que o primeiro é bastante coerente, mantendo-se um menor período de tempo na rodovia, o que talvez pudesse ser prudente, já que os motoristas estão completamente loucos. Infelizmente, penso que pertenço ao segundo grupo, onde a estrada é a minha forma de contemplar a natureza, de viver ambientes distantes, refletir na vida enquanto aperto os pedais com os pés. O calor é garantia de prós e contras, pois se não há trégua do sol, há alguma segurança para não passar frio. Diferente dos invernos rigorosos aqui do RS. Como tudo que existe, nos contras aparecem os mosquitos ao entardecer, a sede, e a dificuldade para tocar o ritmo alto, ou ainda para trocar um pneu furado. Haja paciência e resistência para suportar tanto calor... mas afinal, se o ciclista não é um ser destemido, determinado, quem será? Viagens de média distãncia são bastante viáveis, sobretudo a noite. Uma esticada até a praia, uns 120 km, nada demais... Saíndo a meia noite, chega-se as 6 horas da manhã, bem tranquilo, até! E lembro também que é um horário que geralmente o vento é menor, muito bom para quem ruma contra o litoral, afinal, contra nordestão não há perna que aguente. Por outro lado, pedalar a noite faz perder a graça... não há cenário, quase como estar numa ergométrica de academia, sem cenário, apenas espaço para reflexões. E que reflexões seriam estas? Seriam reflexões de um sonhador Andarilho, munido de um bicicleta, esperança e desejo de paz. Um excelente verão de pedal, um excelente 2011.

Roberto Furtado