sábado, 30 de outubro de 2010

Choveu no passeio noturno de sexta feira... 29.10.2010

Nesta última sexta feira, de acordo com a tradição, saímos no passeio do POABikers... a origem é o ecoposto ao lado da zero hora. Antes de me deslocar para lá, liguei para o Raul e perguntei o que ele achava do tempo. Respondeu que em um site de previsão não marcava chuva, e com isto decidimos pelo pedal. Pela Ipiranga sentido centro bairro, perto da PUCRS, começou um chuvisco leve. Fomos até o fim da Ipiranga e logo começou a chover. Mais alguns minutos e já chovia suficiente para não ser possível andar ligeiro, pois o pneu slick parece jogar mais água para cima do que os demais modelos de pneu. O grupo se dissipou, e Raul e eu paramos no posto de gasolina para ele retirar as lanternas do guidão. Guardou-as para evitar estragar, embora elas sejam vedadas. Duas coisas refleti neste passeio, sobre os frequentes erros da climatologia, e na ausência de paralamas na minha bicicleta. Se a previsão estivesse correta, não teríamos saído... pq o mínimo é sujar a bicicleta, perder a lubrificação das correntes. Estar molhado não é exatamente o problema, mas se soubesse não teria ido.
A questão dos paralamas vou repensar. Já tive bicicleta com paralamas e gostei muito. Claro que não é tão bonito, nem tão leve, nem tão silencioso, mas também não é tão molhado de sujeira. A roda joga aquela água suja do pavimento que acaba por manchar a camiseta, bermuda, meias, e tudo mais que for de tecido.
Conclusões sem importância de um ciclista qualquer...

Roberto Furtado

Bicicleta e máquina fotográfica... armas da paz!

Imagem publicitária, campanha Braskem, fotografia Roberto Furtado.

Com a certeza de que este será um dos posts mais importantes que escrevo, peço que leia com atenção e reflita. Se puder, contamine outros... cada migalha é vitória quando o assunto é paz! Não vou estender muito pq isto poderia fazer com que você deixasse pra depois, e talvez esquecesse.
O homem em sua história, por dinheiro, poder, e outros interesses promoveu guerras, brigas, e intrigas. É notável que um homem no poder consiga mover montanhas munido de força para comandar um exército de homens. Estranho que este poder normalmente seja usado para beneficio próprio, nunca vejo poderosos clamando por ajuda ao povo, de forma gratuita, sem pensar em qualquer crédito. Sempre há relação com uma recompensa, seja atribuida por terceiros, ou simplesmente imposta por ele. Gosto de escrever, gosto de bicicleta, e gosto de fotografia... e acima de tudo, amo as pessoas que tenho no círculo que compreende a minha vida. As armas que tenho não ferem pessoas, são baseadas em palavras, em imagens, em dizeres, e até em protestos, sejam amistosos ou não, mas de toda forma, sempre são inofensivos pq não colocam ninguém em perigo. Gostaria de ter poder para "reformar" o mundo, não acredito que fosse possível arrumá-lo, mas acredito em grandes melhorias por conta de contaminar o mundo com atitudes, com ações da palavra e do feito. Realmente gostaria que as pessoas fossem melhores, que agissem como se não estivessem sozinhas na rua. Me baseio nisto quando penso que hoje, ao ir para o trabalho, outro ônibus quase me derrubou de novo. Um ônibus que trafegava na Eduardo Prado, com prefixo 2457, se me recordo bem. Foi no mesmo local da outra vez... um pouquinho antes. Não espero que isto aconteça de novo, nem darei chance para tal, pq poderei participar de uma estatística que não me interessa. Minha citação é um exemplo de "desimportância" da vida humana por outro ser humano. Isto é egoismo, desrespeito, possivelmente falta de caráter. Tem muito tempo que penso que a bicicleta se tornara um ícone da minha vida, um adjetivo do meu perfil. Vejo-a como um qualidade, como alguém que cita em seu currículo o conhecimento de linguas estrangeiras ou outra qualificação mais técnica. Sim, vejo sim... ser ciclista neste mundo, acaba de ser em minhas conclusões, a ligação entre crença e o planeta, por uma vida mais honesta com os demais. Pensei muitas vezes que dar exemplo é uma forma de contaminar as pessoas. Temos que ter esta consciência... então a bicicleta é uma forma de coexistir e de manifestar um estilo de vida. A máquina fotográfica em sua popularização (digitais de bolso) tem sido outra forma de manifestar uma participação. Como a fotografia pode fazer isto? Para mim é simples... o registro de tudo que é belo, ou de tudo que é protesto, acaba por receber uma atenção especial. Agora, vos escrevo... e muitos estão a ler, e desta forma penso contaminar a tantos quantos forem possíveis contagiar. Se estou aqui todos os dias, ou quase, pregando bicicleta que é uma forma extremamente justa e coerente de se deslocar, e você passa por aqui e concorda ou discorda, acabei por ter sucesso. Você refletiu, você concluiu seus próprios princípios, e acabou tendo novas atitudes. Tenho fé de que você é do bem... caso contrário não estaria refletindo bicicletas. A bicicleta é um gesto generoso... penso assim!
A bicicleta é uma poderosa arma... a máquina fotográfica também, e a tua forma de pensar e o poder de manipulação destas também. Se há alguma coisa que faz sentido nesta vida, para mim é o bem... a paz, a amizade, a gratuidade. Sejamos soldados da paz, sejamos ciclistas, sejamos fotógrafos! Pode ser um devaneio, mas este devaneio pode até salvar uma vida. Se você lembrar que na rua esta pedalando o filho do seu irmão, tenho certeza de que vai zelar mais pela vida dele através de outro ciclista. Contaminemos as pessoas com este sentimento, pq alguém sempre é importante para outro alguém.

Roberto Furtado

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Contagem regressiva para o Audax 200 km de Porto Alegre

Então pessoal... é começada a contagem regressiva do Audax 200 km de Porto Alegre. Para sorte de tantos, esta é uma oportunidade que permite o ciclista começar o ano de 2011 com o brevet para para realizar a prova de 300 km. Para quem considera a opção de fazer este e o Audax 200 km de Março, é inegável que um currículo mais completo em termos de participação em provas Audax garantam o sucesso. A vida é um oceano de acontecimentos, as oportunidades quando lançadas trazem novas vivências, e com estas conhecemos amigos, aprendemos sobre o limite do corpo, sobre o vento, sobre pedalar com economia de energia, e outras tantas coisas relacionadas ao Audax. Queria dizer de coração que invejo os que participarão... pq gostaria de participar se tivesse o preparo para tal. Como ainda me recupero da lesão na perna direita, não arriscaria tantos km, embora acreditasse no sucesso. Penso que tudo tem seu tempo e lugar, e minha hora chegará, assim como tantos pensam em sua religião, fé, e crenças... como queiram. Minha fé na bicicleta me diz que não há como viver sem ela, e a tua participação nesta prova me diz que a alegria da chegada, garantirá lembranças. É exatamente para lembrar que guardamos as medalhinhas, as fotos, e os comentários dos amigos. Boa sorte a todos, e um excelente pedal de paz, alegrias e amigos.

Roberto Furtado

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Cowparade e bicicleta

Na sequência... Eu, a obra de arte bovina e a bicicleta em que fiz o passeio
Aqui em Porto Alegre, semelhante aos demais lugares do mundo onde foram realizados os eventos do Cowparade, o sentimento é de alegria e curiosidade. Ontem, ao final da tarde, na aglomeração para a saída do passeio de bicicletas, resolvi fazer uma foto. A amiga e colega biker Sirlei Ninki me fotografou junto da obra que se encontra em frente ao momumento do Expedicionário. Para minha surpresa, esta não sofreu vandalismo, embora estivesse em lugar público. Seria um sonho saber que as pessoas num todo, respeitariam não somente obras de arte, mas também monumentos e bicicletas. Deixar a bicicleta sem corrente em locais de acesso comum é garantia de furto, se estiver presa, talvez... e penso que o mesmo ocorresse com as vaquinhas decoradas, se houvesse como levar a mesma. Se fossem soltas, possivelmente algum sumiço ocorreria. Se é que isto já não ocorreu e foi abafado. A ações comunitárias ou atitudes do bem que buscam atingir a comunidade, seja grandes ou pequenas, deveriam ser preservadas. Penso que todos deveriam proteger as vaquinhas contra vandalismo, e isto poderia ser um ato extensivo a bicicletas que se encontram estacionadas nas ruas. É até difícil afirmar e qualificar as vantagens de uma população que anda mais de bicicleta... você livra a rua de parte dos carros, melhora a qualidade do ar, diminui acidentes, promove vida mais saudável reduzindo problemas de superlotação nos hospitais, dentre outros que talvez nem pudessemos compreender. As vaquinhas do Cowparade servem pelo menos para reflexão... agora me diz o que dá pra pensar de pessoas que passam por elas e nem sequer compreendem sua presença ali. O descaso é... muito possívelmente, ausência de algo bom no interior. Como esperar boas ações, boa conduta, qualquer coisa positiva de alguém que vandaliza ou simplesmente ignora o momento como este? A reflexão sobre o bem e o mal parece tão distante de uma vaca fabricada em fibra de vidro e decorada por alguém criativo, tanto quanto pedalar, mas no fundo... tudo se confunde. As pessoas são as mesmas, mas as atitudes são tão variadas. Porto Alegre precisa mais de algumas ações como esta, de forma combinada com alguma forma de fazer refletir o caráter, valorizar o que há de bom nas pessoas, e extinguir o que há de ruim. Pequenas ações, grandes vantagens... uma gentileza aqui, gera uma gentileza ali, e por fim do ciclo, alguém será genti com você. Acredite em Cowparade, em bicicleta e em boas ações!
Sobre a bicicleta da foto... não tenho novas considerações, apenas de que esta se mostrando excelente para tarefas como padaria, supermercado, correios ou ferragem.

http://www.cowparade.com.br

Roberto Furtado

2 Anos de Blog


Hoje, o bikes do Andarilho completa 2 anos... depois de muitas postagens e devaneios, olha-se para trás e se percebe uma pequena estrada com cerca de 500 postagens e mais de 21.000 visitas IPs diferentes e mais de 36.000 visualizações (o contador  foi ativado a 10 meses atrás). Através de indicações, o Bikes do Andarilho ficou entre os blogs mais visitados do segmento ciclistico. Esta estrada é o resultado da combinação da relação entre biker que escreve e biker que lê, unidos pela paixão da bicicleta. Não posso deixar de ressaltar que este blogão não existiria sem você, leitor e amigo biker. Houveram amizades criadas onde o blog foi "padrinho", idéias surgiram a partir de bobagens que aqui foram registradas. Certos casos são os reforçadores da necessidade de existência deste blog. E se eu não tivesse outras tantas tarefas, dedicaria mais ainda meu tempo para este blog. Em janeiro de 2010 percebi que não havia muito tempo em dia algum para pensar ou escrever bike. Foi um mês de trabalho e tarefas, e poucas postagens fiz. Um dia recebi uma ligação de um colega, perguntando pq eu estaria parando de escrever. Expliquei a falta de tempo.
Durante o Audax 200 km do dia 07 de março deste ano, conheci outro colega leitor, comentou que achara estranho a redução de postagens. No fim percebemos que somos importantes na vida dos amigos e dos colegas, mesmo que a distância e de forma invisível. De hoje em diante, até onde eu puder ou tiver tempo, me comprometo em escrever, viajar e sonhar, trazendo assuntos interessantes ou simplesmente descontraindo quem lê este, pq entendo esta importância. Fico agradecido a todos, em especial aos amigos que perderam horas lendo as postagens deste andarilho sonhador e que de alguma forma, se indentificam com a bicicleta e com a busca de um mundo melhor. Parabéns a todos nós... e que muitas alegrias sempre venham por este blog. Agradeço de coração por esta cumplicidade na caminhada do blog.

Um grande abraço
Roberto Furtado

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Alterações no blog

Caros amigos
Estou providenciando algumas alterações para melhorar o blog. De tempos em tempos realizo algumas, desta vez estou promovendo alterações maiores. Durante estas alterações poderão ocorrer alguns pequenos problemas que gradualmente serão reparados. Peço apenas um pouco de paciência, pois isto tudo é novidade para mim e acaba sendo uma escola cada vez que mexo em algo. A parte boa é que se aprende alguma coisa diferente de bicicleta e fotografia, e também teremos um design diferente para este e para o blog que mantenho sobre fotografias. Uma das minhas preocupações é que a alteração de domínio, acabou por consumir nossa lista de blogs. Terei que refazer, lembrando de algumas, mas é possível que esqueça uma ou outra. Se alguém quiser acrescentar algum, basta enviar uma mensagem para o email. Aproveito a oportunidade para pedir que divulguem o novo domínio, onde agora é apenas .com
Um abraço e obrigado

Roberto Furtado

Cargueira de uso pessoal... opção de vida?

Imagem retirada do cargocycling.org - ahearne
Parece que os dias tem passado mais depressa quando o assunto é bicicleta. No mundo, exceto no Brasil e outros países de mentalidade de terceiro mundo, as tendências por uma vida em cima da bicicleta tem contaminado não somente esportistas, mas pessoas normais. Estas mudanças graduais tem sido demonstradas em salões e feiras onde o assunto é bicicleta... bicicleta que tem capricho que carro não recebe. Pintura feita a mão, polimento que exige atenção especial, instalação de acessórios que personalizam (customizam) bicicletas, e bagageiros especiais. Sim, bagageiros especiais que viabilizam carregar tudo que precisar para uma jornada normal de trabalho. Ora, se o executivo precisa levar uma maleta... use o bagageiro! Se for fazer compras, ali coloca tudo que precisar. Daria pra arriscar, que em casa de pessoas centradas e organizadas, não seria necessário carregar ali mais do que realmente precisa, tendo uma visão minimalista. E é interessante como as coisas se cruzam, assim se percebe quando surgem palavras como minimalista, ecologia, saúde e paz espiritual. Quando pedalo, quase esqueço que 80% dos motoristas parecem perder o caráter ao volante... ou apenas demonstram este. Vai saber...
Apenas constato a falta de caráter quando as normas são verdadeiramente infringidas, e me mesmo que você peça a este que tenha cuidado... o resultado é o silêncio, ou um palavrão, como ouvi de um bundão motorista no outro dia. A gente se perde neste trânsito... e penso que este é um problema sem solução se não houver extremismo de fiscalização. E se ainda penso em andar de bicicleta, acredito que realmente é pq sou não apenas viciado em bicicleta, mas acredito na proposta, e tenho caráter. Afirmativa pouco modesta, mas quando o assunto é caráter, ninguém deveria se preocupar com excessos. 
E enquanto o trânsito pulsa lá fora, faz suas vítimas e montanhas de processos administrativos, nós aqui, ficamos a sonhar com um Brasil um pouquinho melhor... mais justo, especialmente aos ciclistas. Somente assim a bicicleta deste tópico poderia virar realidade, ser reconhecida, e desejada por um número maior de "nós", como eu, como você!
Tenha um excelente dia!
Um abraço

Roberto Furtado

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A lanterna que virou farol de bike... fotos!

Trust Fire modelo F16

Presa no guidão entre mesa e trocador

Adaptador de guidão Fenix

Fotografando para aparecer junto

Proporcionalidade
Como prometi, fiz algumas fotos da laterna adaptada ao guidão. Penso em fazer algumas fotos no uso... durante este uso, a noite, comprovando a eficiência entre ligado e desligado. A iluminação é notável! Adaptei a lanterna na GT Corrado pq é a bike que tenho usado mais nos passeios noturnos, inclusive por possuir pneus mais largos, que a tornam mais segura em condições das ruas de Porto Alegre, sobretudo a noite. Tenho visto outros colegas usando esta laterna como opção, também tenho visto outros modelos com grande capacidade de iluminação... algumas com recurso de lente, o que altera o focamento desta luz, concentrando ou dissipando-a, ao gosto do usuário. Seja qual for, estes modelos tem dado um banho de bike nos modelos produzidos especificamente (sem citar marcas).

Roberto Furtado

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bagageiro - 1ª parte

Bagageiro em Cr-Mo (imagem retirada do rivbike.com)
                                
Ainda na arrastada tarefa da elaboração da GT Outpost, sigo nas reflexões e na difícil execução desta operação. Sobre o bagageiro, vai ter quem diga para comprar pronto, mas penso que algo desenvolvido especialmente para finalidade, com suas medidas escolhidas, acaba por ser um resultado mais especial.  O chamado customizado. A gente não deve esquecer que gostar de algo, traz dificuldades agregadas, e o gostinho vem valorizado pelo desafio. Quero um bagageiro simples, feito em aço, delicado em aparência, mas forte, capaz de suportar uma criança grande como carga (apenas uma referência). Não que vá efetivamente usar para carregar uma criança ou uma carga semelhante, mas para fugir de efeitos conhecidos como a fadiga. Os alforges que ainda não tenho, já sei quais usarei. Possivelmente a altura do bagageiro terá alguma regulagem de altura, e logicamente terá também algum recurso de ajuste na fixação de mover este para trás e para frente, possibilitando solução fácil para bikes curtas, onde o calcanhar poderia pegar no alforge. Tem muita coisa para pensar, não é tarefa das mais fáceis, mas como disse antes, a dificuldade coloca um gostinho especial nesta investida. Esta semana vou definir algo, nem que seja um protótipo parcial... algo que me dê diretrizes mais concretas, talvez fruto de testes. 
Tinha uma idéia de fazer um cicloturismo rápido... algo com uns 800 km no total, para no máximo 10 dias. Isto seria para março de 2011, já que não tenho o material como gostaria, e também preciso me programar em função de trabalho e outras questões ligadas a disponibilidade de tempo. 
O bagageiro da foto, embora de Cr-Mo, achei-o um pouco reforçado demais... mas é isto aí mesmo. Pretendo usar barras mais finas e maciças, este da foto me parece ter sido construído com tubos.
Este tema deve se estender por aqui... pq acredito que tenha muitas considerações para levantar devido ao tipo de uso, e pobreza de materiais disponíveis no Brasil. 

Roberto Furtado

sábado, 23 de outubro de 2010

O preço da arte em bicicletas!

A relação da customização e da arte característica em um frame builder é muito próxima. A discrição ou o oposto disto no assunto ciclístico, acaba se tornando parte da preferência do ciclista. A bike acima é bastante sóbria em termos de design e construção, porém é evidente de que se trata de uma peça quase única. Não dá pra afirmar que é única pq este fabricante promete fabricar em linha este modelo, mas é lógico que toda biccileta feita a mão e no tal capricho, jamais será igual a sua irmã produzida no dia seguinte. O mais engraçado disto tudo é que o preço elevado de customizações e de exclusividades é proporcional a qualidade na maioria dos casos. O valor pode ser alto, mas a atenção oferecida ao interessado também é... longe e diferente das produções em massa, sobretudo as atuais, onde o relaxamento tem sido mais que evidente em frames atuais, especialmente os de alumínio de custo popular. Mesmo com a automação, muito tem se deixado passar em qualidade. Se você paga 800 reais em uma bicicleta nacional, sob o ponto de vista de quem esta lhe vendendo, é quase merecedor de todo ônus que poderá vir junto deste novo produto. No exemplo clássico, uma bicicleta que tem rodas cruzadas (olhando-se por trás), nem adianta reclamar... por 800 reais, tens o que tens, e aproveite. Já neste brinquedo acima... reclame, será atendido, e se duvidar, ainda vai ter alguém querendo saber 6 meses depois se você ficou realmente satisfeito. Conclui o bom entendedor que algo que custa bem, tem seus méritos, inclusive de suporte, aos quais são atribuidas qualidades do material paralelamente. Quem vende algo de boa qualidade, importa-se sobre ser bem ou mal falado... e ganha sempre o proprietário. O preço é este, mas você tem atenção especial. E engana-se o mais leigo dos ciclistas que confundir o objeto de desejo da foto, com uma ceci... cara de ceci, acabamento de 1º mundo, coração de leão. A virtude ciclistica... sem dúvidas, ainda não pertece ao Brasil. 
E sobre curiosidades da bike acima, fabricada pela Signal Bicycles, fica o registro de montagens personalizadas com selim brooks, Cr-Mo da melhor "estirpe", paralamas bem presos (sem a clássica bateção), bagageiros fortes e bem desenhados, um conjunto bonito, acabamento comprovado em cordão de solda contínuo, caixa de direção da melhor qualidade, dentre outros caprichos que apenas 0,001% dos ciclistas brasileiros entenderiam.

Roberto Furtado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre investir em bicicletas... customização e aproveitamento

Estilo na união dos tubos

Mais detalhes sobre as uniões

Reforçando estilo na mesa e guidão

Alta qualidade no acabamento e nas peças

Disco hidráulico e garfo rígido... investimento e estilo

Quando chegamos neste assunto, acredito estar falando de um grupo a parte de ciclistas. Acho que pedalar em algo que se compra pronto é mais simples, menos doloroso financeiramente, e tem mais chances do ciclista não se importar na hora de trocar sua bike. Minha concepção sobre bicicletas mudou muito, desde que entrei no mundo das rodas raiadas... e hoje penso que talvez possa atribuir este fato a intensa vivência com bicicletas e com a oportunidade de saber que existe algo mais em cada lugar do planeta que respira bicicleta. A internet promove esta interação, este desprendimento... viajamos de algum lugar onde não se encontra nada, e passamos a pairar sobre lugares que existem verdadeiras maravilhas. Como esta que aparece nas fotos. Retirei as mesmas deste endereço que aparece no canto inferior direito das mesmas, direitos autorais respeitados, propaganda gratuita, coisas de quem admira estes brinquedos de adulto. Hoje tenho uma grande preocupação, aos 34 anos de vida, ainda me considero jovem. No entanto, quando penso que tenho mais uns 50 anos pela frente, se tanto, poderei pedalar só mais 40-50 anos... esta é uma preocupação. A vida é realmente curta, e privar-se de ter bicicletas para jogar pilas em uma poupança e um dia viajar por aí, ou poder ter um carro melhor (diz-se melhor para carros mais caros, no entanto discordo desta forma consumista), acho que seria um desperdício no meu caso... pedalar muito mais é preciso. E sobre uma customizada, melhor. Frescura, talvez... mas o que importa mais do que aquilo que gostamos? Ao meu ver, se para sermos felizes precisamos ter algo, se "atingível" for, então aproveite. Afinal de contas, vivemos nesta grande jaula, cidade de concreto lidando com pessoas sem educação no cotidiano, simplesmente para podermos garantir o sustento. Se customização é frescura, excesso, desperdício, então outras tantas incontáveis coisas também! Agora, pedalar em uma bike como esta das fotos, traz um prazer maior, simplesmente pq você sente a qualidade do material na forma de aparência, isto não tenha dúvidas. E a resposta é bem simples... se alguém chegar até você e disser que aparência e qualidade não andam juntas, diria que seria o customizador um louco para gastar 3 ou 4 vezes o valor de um frame normal em cima de um frame ruim. Com certeza, se um trabalho assim fora feito, significa que a bike ficará espetacular. Infelizmente, para muito poucos...

Roberto Furtado

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Na recuperação de freios cantilever

Fixadores de sapata de freio cantilever

Quando o assunto é freio, e na lembrança vem experiências com freios Cantilever, muita gente torce o nariz. É verdade que o pulo entre estes e um Vbrake, a mudança de qualidade em pontos diversos acabou por esmagar qualquer intenção de manter este tipo de freio da década de 90. Embora sejam ainda fabricados pela Shimano e por outras marcas, sobretudo as "customizadoras", os freios tipo cantilever deixam um legado. Foi um início que separou estes das antigas ferraduras, mesmo aquelas de boa qualidade, conhecidas na década de 70 e 80. Sim, aquelas que podíamos ver em bikes de corrida da época, que hoje julgo uma verdadeira porqueira... não tinha qualquer ajuste de paralelismo em relação ao aro, e acavam deixando qualquer um "de cara" com a regulagem ineficiente. Posicionamentos sobre cada sistema de frenagem realmente são um tanto quanto pessoais, e unicamente não é permitido que deixem de freiar, apenas. Esta é a função. Acho que existe um meio termo em tudo que vivemos. De tudo que exprimentei em freios de bicicleta, ficam destaques para os Vbrakes e freios a disco, sem desmerecer freios internos como os atuais da shimano, que devem ser uma verdadeira maravilha. Estes que cito são aqueles que possuem 8 velocidades e freio internos num cubo que é verdadeira maravilha da tecnologia ciclistica, deixando um ar extremamente limpo nas bikes. Antes de falar sobre a recuperação dos freios cantilever, quis me posicionar, criar o entendimento que tenho sobre os freios, pq senão poderia passar a impressão de que os acho melhores que um Vbrake, o que não é verdade. Apenas acho que os freios símbolo de uma década, a última do século 20, são realmente os cantilever. Foi destes que se evoluiu para chegar no vbrake atual, talvez nestes é que tenham justamente um espaço entre o Vbrake atual e o cantilever atual.
A cerca de dois anos atrás, ganhei de um amigo um jogo de freios cantilever STX novinhos... apenas estavam sem as sapatas. Nem riscos possuiam! Depois, em um garimpo, encontrei uns cantilever altus, nos quais faltavam inclusive os fixadores da sapata de freio. O garimpo tem muito disto, encontra-se parte de um material, as vezes justamente o motivo do abandono, e depois é preciso correr atrás do restante. Pq sou muito insistente, consegui fixadores novos, e nestes via a solução para terminar a restauração de um jogo de freios cantilever. Por vezes esquecemos quanto trabalho temos quando buscamos este tipo de restauro e intenção de viver bicicleta. Alguém no passeio me perguntou, onde estava aquelas bicicletas novas que eu tinha, referindo-se a GT Idrive e a GT Transeo. Sem muito tempo para responder, apenas respondi que estariam em casa, mas na verdade prefiro estas que consideram velharias, como muitos já perceberam. "Ah, mas porquê?" Bom, os motivos estão nas páginas deste blog, e depois me apoio no melhor argumento do mundo... "Cada louco com a sua mania!"
Na GT outpost coloquei o cantilever moderno, este usado em bikes de ciclocross. Em uma outra reconstrução estou colocando cantilever, e ainda tenho outro jogo que pretendo acertar bem em qual projeto vou encaixar. Não é fácil encontrar peças em bom estado. Alguns tem molas cansadas, outros faltam peças, outros desgastes que não viabilizam a utilização, e outras questões como alteração de sistema de maçaneta de freio.
O conjunto em que aparece na foto, é justamente o que permite prender e ajustar a sapata de freio no braço do cantilever, e desta forma permitir a frenagem correta. A diferença entre estes, ou a ineficiência para fixar a sapata na posição escolhida é que traz má qualidade nas frenagens. Também é importante salientar que as sapatas devem ser de boa qualidade, estas encontradas nas bicicletarias, geralmente tem baixa qualidade. Garimpar peças para cantilever é uma "novela". 

Roberto Furtado

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Projetos que não chegam aqui... faça você mesmo!

Tem algum tempo que escrevo aqui, e que persigo coisas como uma bike ideal. Na vida a gente tenta levar a sério alguma coisa de lazer, além do trabalho. Muitos não se importam, mas vejo outros como eu, que fazem de suas atividades de lazer, quase um trabalho. A dedicação é importante para que os resultados sejam alcançados... penso assim sempre. E no Brasil o estímulo no assunto bicicleta chega ser inexistente, e a teimosia faz parte daqueles que acreditam naquilo que realmente gostam. No meu caso, a bicicleta tem esta importância. É muito difícil manter-me superficialmente, e nem gostaria de saber quanto mais investiria tempo e dinheiro se tivesse verbas para acrescentar nos meus sonhos e projetos. Talvez fabricasse da maneira que acredito, talvez não... somente o momento diria. Na caminhada de tantas coisas relacionadas a bicicleta, que sempre me levam ao "faça você mesmo", acabo determinando e convencendo de que fazer por conta é preciso. Nos garimpos virtuais da rede, a gente se deslumbra com projetos verdadeiros e centrados como este da foto no alto, do Peter White Cycles , frame builder de qualidade. Isto não existe aqui, pelo menos não ainda. Existem pessoas que se ensaiam nestas tarefas, mas aos olhos dos exigentes, isto não passaria.
Não penso em fazer uma bicicleta de extremidade a extremidade, mas penso que considerar um quadro de boa qualidade e partir dele seria muito coerente e passível de sucesso na intenção. O quadro acima já possui bagageiro integrado. O que resolve metade dos problemas para cicloturistas, onde um deles é um bagageiro decente! Como fazer isto... olha, acredito que um mínimo de conhecimento o idealizador deva ter. Respirar bicicleta, estar neste meio, entre outros que conhecem estas práticas, isto seria um caminho a percorrer. Saber como garimpar um bom quadro de Cr-Mo, o que usar para fazer um bagageiro, onde soldar, onde pintar, etc. O sucesso definitivamente faz parte dos insistentes... ninguém nasce sabendo, tem que batalhar mesmo!
O projeto da foto é apenas uma referência em qualidade, não estou citando que este fabricante tem uma história assim... na verdade desconheço esta história. O que conheço, mesmo a distância, é a qualidade com que ele produz seu "artefato". Considero este uma obra rara no mundo, e logicamente inexistente no Brasil. Existem outros... existem, mas usei este de exemplo pelo bagageiro integrado ao quadro.
E de tudo isto, posso concluir aquilo que a mais de ano penso... dá pra ser mais feliz com um quadro de garimpo, montado com peças novas, tudo ao gosto teu, do que comprar pronto um pacote. Aprenda, vale a pena!
Roberto Furtado

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Incrições do Audax 200 km de Porto Alegre - brevet para 2011

Para não deixar a oportunidade escapar por falta de informação, as inscrições para a prova de 200 km a ser realizada no dia 02 de Novembro estão próximas do fim. Para maiores informações visite o blog da Sociedade Audax de Ciclismo. Acredito que a prova seja uma das melhores, devido a possibilidade de estabilidade climática. Lá no site da SAC já constam alguns inscritos, algo que acho muito interessante entre organizadores, pq é possivel ver quem pretende fazer a prova, e contar com colegas para quem sabe fazer a prova em parceria. Amizade e coleguismo... é tudo! A bicicleta é uma maravilhosa ferramenta!

Sociedade Audax de Ciclismo

Roberto Furtado

Uma speed vintage...

O amigo Ewerton tinha comprado esta bike, e depois até deixamos no Tchaka para ser feita uma geral na bike. Quando ele fez uma proposta para ficar com a minha full (GT Idrive), perguntando se poderia incluir esta relíquia no negócio, disse a ele que sim... Acabei ficando responsável por esta Vintage que traz no canote a indicação do ano de fabricação, neste caso, 1978, primeiro semestre. Então a pergunta é o que fazer com uma speed feminina da década de 70. Como fora comentado no outro tópico, o proprietário anterior trocou os aros por estes vzan 27" que aparecem nas fotos, cometeu um erro. Nada irreversível, e também é importante lembrar que cada um faz como acha que fica melhor, pq ter um material original para deixar guardado na garagem, não faz o menor sentido. Neste último sábado, depois de trabalhar, voltei a casa de minha mãe e comecei estudar as possibilidades. Troquei estas rodas que vinham nela por rodas que tinha aqui, em excelente estado. As novas rodas 700C possuem aros em cor de aluminio, algo muito mais próximo da realidade deste velha e veloz bike. Os raios agora são de inox, mesma marca que acompanham as bicicletas da GT. Os cubos são promax polidos, e a pinha coloquei de 6 velocidades, aumentando uma velocidade em relação ao original. Desta forma aumenta-se a combinação de velocidades, e também alonga-se a relação, já que a menor da pinha é menor que a original. A pergunta que muitos devem estar pensando em fazer, seria a respeito das dimensões e compatibilidades entre rodas. Estranhamente, embora sempre envolvido com estas maravilhas, nunca havia pensado a respeito... a diferença entre rodas é pequena. O diâmetro de rodas tem apenas um cm de diferença, aproximadamente, e no raio isto significa cerca de meio cm... necessita de ajuste das sapatas de freios, mas não é necessários trocar a ferradura. Estou pensando que se ela ficasse como esta, talvez jamais utilizasse. Em casa comentei com a esposa, e ela ficou curiosa, até me fez entender que andaria nesta, despertando em mim a esperança de um dia vê-la passear de bike comigo. Pensando nisto, creio que tenha que reformular a configuração de guidão. Acho que um guidão ao estilo destas bikes da mesma geração, como naquelas que a versão era semelhante, porém destinada ao passeio. Um guidão mais alto, que traria mais conforto e comodidade, especialmente ao frenar. O problema todo é que tem faltado tempo para garimpar peças, procurar por serviços de reparação, e perder horas na oficina. Este não é o único projeto que se arrasta... lembrando da single speed,da full, e de outras tantas que não vejo a hora de acabar.

Roberto Furtado

sábado, 16 de outubro de 2010

Farol improvisado, melhor que industrializado!

O maior do problemas do pedal noturno é a visibilidade. Nos passeios noturnos realizados na cidade é possível trafegar sem maiores problemas, utilizando a iluminação que provem de edificações e da iluminação pública das vias. Ficando apenas a desejar a questão de ser visto por automóveis. Ciclista sem iluminação pode ser alvo de acidente, pois muitos ficam quase invisíveis aos olhos de condutores de veículos maiores e rápidos. Por isto o pisca traseiro é muito importante, pq o ciclista não tem como controlar o movimento quem segue no mesmo sentido e direção (que passa por ele). Na cidade podemos dizer que apenas luzes indicadoras ou sinalizadoras são suficientes para dar segurança ao ciclista, mas quando estamos em maior velocidade, sobretudo em descidas, a melhor visibilidade do pavimento deve ser prioridade.  Na estrada a situação se agrava, primeiro pq a escuridão é predominante, e depois pq os carros que vem em sentido contrário lhe pregam peças no entendimento quando o cérebro tenta "decifrar" o pavimento. Esta intuição realizada pelo cérebro dá outro assunto no qual não me aventuro... contudo acho muito interessante. Sobre faróis de bike, hoje, o que se tem no mercado geralmente é caro, ou não tem qualidade. Quando planejei o Audax 300 km, o qual acabei por fracassar, sabia que necessitaria de um jogo com boa iluminação. A sugestão veio do amigo Raul... que me emprestou um laterna Trust Fire para adaptar no guidão, com abraçadeiras metálicas comuns. Fiz a prova no periíodo da noite em perfeita segurança. A lanterna usada como farol é tão forte, que alguns carros dão sinal de luz, pedindo para reduzir. Um melhor posicionamento melhora este problema para quem trafega no sentido contrário. Posteriormente, ganhei do Raul um farol destes, e em seguida ganhei um suporte de laterna para guidão. Confesso que a laterna é inúmras vezes melhor que um farol tradicional de bicicletas, e somente fica a desejar um bom suporte para colocar esta no guidão da bike. Mesmo assim, a idéia supera a opção de laterna tradicional para bicicletas. Além do mais, a laterna usa uma bateria específica, recarregável, tem boa duração, e já me serviu inclusive nas pescarias. Com certeza, se tratando de bem material, fora o melhor presente que ganhei de um amigo, tamanha satisfação que tenho com o produto. 
Logo mais faço mais um post, e coloco as fotos da lanterna presa na bike. Agradecimentos ao amigo Raul.

Roberto Furtado

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mochila com banqueta - Abu Garcia

Neste hábito que tenho de pesquisar na internet... comecei a garimpar idéias e modos para viajar com a bike. Estou pensando em fazer um post sobre reboques (trailer bikes) para carregar toda tralha, tal como barraca e acessórios necessários a cicloviagem mais ligada a natureza. A viagem que sonho fazer é mais para chegar em lugares inacessíveis, onde o carro não chega, ou chega a pau e corda. Nesta pesquisa, me deparei com uma mochila da abu garcia, que já possui uma banqueta integrada. Na curiosidade de ver pessoalmente, comprei uma mochila destas, um pouco diferente da foto. Me parece a da foto um pouco maior, ou pouco diferente na distribuição de bolsos. Também é verde a que comprei... até estranhei abu garcia na cor preta, pq geralmente estes acessórios da marca são verdes. Em casa avaliei, a banqueta é boa para sentar, confortável. O assento é forrado, e ao colocar a mochila nas costas não percebi nada que pudesse virar desconforto durante o trajeto. Para quem desconhece a sueca Abu Garcia, trata-se de uma marca que fabrica materiais de pesca, de alto nível... acessórios como a mochila em questão são secundários, pois o forte deles são focados em carretilhas, molinetes e varas (dentro outros específicos a pesca). Embora o assunto não seja exatamente bicicleta, achei muito interessante colocar aqui, pois é bem ligado ao eco turismo, mesmo que de um único dia, como em caminhadas em parques e reservas. 
Aprovei... vou tentar fazer umas fotos legais para demonstrar melhor o material. 

Roberto Furtado

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vida de bicicleta...


Durante um passeio no litoral, encontrei uma casa destroçada, abandonada. O vento deve ter derrubado a casa que ja deveria estar abandonada. Nada de especial, apenas uma casa velha. A curiosidade estava em alguns pertences que ficaram vi... não mexi em nada, justamente para ver no futuro, como estariam estes destroços. O lugar é longe, e deve ficar como esta nos próximos anos. Quem sabe dá pra saber uma progressão do tempo sobre uma bicicleta. Ao céu aberto, a menos de 400 metros do mar, a maresia deve ser determinante no fim da vida desta magrela. E a reflexão traz conclusões e dúvidas, pq alguém abandono tudo, até mesmo uma magrela, que alguma alegria trouxe um dia. Esta é a resposta que nunca terei, mas penso que alguma razão há, talvez morte, talvez descaso, talvez fim de um período de fartura, uma nova vida, muitas são as possibildiades. Enquanto isto, a magrela abandonada, segue sua vidinha no tempo, até sua extinção. 

Foto e Devaneio: Roberto Furtado

sábado, 9 de outubro de 2010

Bar ends, espigas altas... mais opções para se posicionar na bike!

Exemplo de mais opções de posicionamento.
Foi durante um passeio muito longo que percebi a real necessidade usar outras posições para as mãos. A experiência vem como tempo e a rotina de pedalar. E me lembro que em 1997 quando parei de pedalar, fui motivado justamente por isto. Tinha muitas dores nas costas e pescoço, e naquele tempo pedalava mais em speed. A mudança de posição para mãos, altera também posição de ombros, braços, e das costas. Com estas alterações de posição são aliviadas outras partes do corpo, como pescoço, abdômem e até a posição no selim se altera. O desconforto em qualquer parte do corpo pode ter alguma relação com o uso de bar ends, e se há dúvidas nisto, pense que alguém com dor nas costas, pode estar tenso e transferindo estas tensões ou má distribuições de peso para pés ou pernas. Tudo tem ligação, alguma relação... quem pedala um pouquinho mais do que esta acostumado, já sente estes sintomas. Ciclistas de longas distâncias, participantes de provas como Audax, ou outras tradicionais e distantes, sabem que uma pequena inclinação, ou uma girada no pulso faz toda diferença. Foi por causa disto que adotei o alongamento de espiga aheadset, possível de ver em algumas de minhas bicicletas. Ao exemplo da GT corrado, que deve ter uns 15 espaçadores, no mínimo. Com esta quantidade de espaçadores, acabei obtendo uma altura maior, o que me traz muito conforto para enfrentar os km de um audax 200. Algumas alterações são opções industrializadas, encontradas nas lojas, mas outras, como o alongamento de espiga, acabam sendo frutos de oficina, de um torneiro mecânico. O que considero realmente importante, é que o ciclista se sinta bem ao pedalar. Fico a pensar que as bicicletas encontradas nos grandes mercados vendem verdadeiras máquinas de frustração... por uma quantia irrisória, matam o sonho de um possível ciclísta. Com espiga sem recurso, material sem qualidade, queimam a oportunidade de manter alguém num esporte saudável não somente ao praticante, mas a toda sociedade. A reflexão sobre estes e outros problemas deveria ser debatida nas listas que frequentei ou frequento, e confesso que parte de minha frustração com as listas brasileiras, são justamente atribuídas a falta de qualidade de temas, e de foco coerente destas. Então fica neste tópico, uma dica de verdadeira abordagem... de algo que realmente interessa.

Roberto Furtado

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"Bar ends" com algo mais!

Estou pensando em dar atenção especial a um tipo de acessório que considero bastante importante. E durante algumas pesquisas encontrei este modelo da Token, dentro de cada um deles tem um jogo de ferramentas semelhantes a um canivete. Ambos podem ser trocados de lugar, e já funcionam como tampa do próprio bar end. Gostei bastante do modelo, e me ficou uma única dúvida que viraria crítica se fosse confirmado. Não fariam barulho durante o passeio em um piso irregular? Se a resposta for sim e o ruído próximo de um chocalho, bom, neste caso seriam descartados. Mesmo assim a idéia é bastante interessante. A primeira coisa que pensei quando vi isto, é que seria uma ótima maneira de guardar também um documento ou talvez até um trocado para passeios.

Roberto Furtado

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Na continuidade do projeto single speed - Bacini

Embora esteja eu me convencendo de que uma single speed tenha pouca finalidade quando o uso é para a cidade de Porto Alegre, estou disposto a prosseguir, para que desta forma algum uso me traga mais conclusões a respeito. Esta semana deixei no Tchaka, um conjunto para montar um par de rodas, com eixos de porca (sem blocagens), e desta forma atribuir o uso próximo da proposta. Penso que um single speed, bem como uma fixa (fixie, fixed) possuem uso e finalidade semelhantes... onde a simplicidade ganha por evitar olhos de ladrões de bikes e peças. A fixa considero um problema, contudo mais tradicional ao espírito e da relação do surgimento desta proposta. Pedalar sem parar, acredito que não seja o que procuro, pq a inércia é importante para aproveitamento do esforço realizado nas subidas... ladeira abaixo, considero uma recompensa, que nas fixas se perde um pouco. Acho que se força muito as pernas, e não haveria motivo para tal nesta cidade, grande e com tantas subidas e descidas. O quadro da bacini mostrei tempos atrás ,aqui e fiz algumas considerações aqui e neste outro aqui iniciei o tópico da bike!
Novamente, estou em curso, e com isto o tempo esta escasso. Se possível colocarei as fotos das rodas montadas com algumas observações, e depois as fotos da conclusão.
Ainda tenho uma série de projetos em andamento, mas com a falta de tempo vem a demora na conclusão de tantos. Dentre os projetos estão uma Peugeot, uma Giant, a GT LTS, a GT Outpost que esta quase pronta... dentre outras maravilhas de Cr-Mo e aço.

Roberto Furtado

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Specialized Hardrock pronta... fotos!

Vissão do conjunto de relação 7 x 3

Detalhe da gancheira traseira característico da marca

Mais detalhes...

Vista inteira - quadro pequeno com aro 26" ficou parecido com 29" na proporção
Depois de separar as últimas peças para a montagem da specialized hardrock 1993 de tamanho 15,5", levei a o material ao Tchaka e pronta estava magrela apenas dois dias depois. Parece que tudo casou perfeitamente, e não houveram supresas na montagem. O pedevela ficou posicionado perfeitamente, a altura do guidão ficou muito boa também. Acho que agora será por conta da prática. Minha cunhada já esta com a bicicleta, e eu estava a ensinar noções báscias sobre trocas de marchas. A estética agradou bastante, deixava surpresa a todos que perguntavam de que ano ela seria. Para uma bicicleta, 17 anos podem parecer muito, porém é sabido que bikes de Cr-Mo não tem validade definida. Talvez dure mais que as tartarugas, pois o Cr-Mo esta perfeito, não apresenta corroção interna dos tubos, e isto seria o único problema que derrubaria um frame deste material. Fadiga seria outra opção, mas como não foi tão usada assim, e se trata de frame pequeno, possivelmente seu usuários passados pesassem pouco, o que sempre garantiu pouco trabalho por esta estrutura. Foram aplicadas peças simples e de ótima qualidade, trocadores shimano altus com cambio traseiro shimano alívio e dianteiro acera. Pensei  na precisão e certa agilidade nas trocas de marchas seriam pontos favoráveis a um iniciante. Eu mesmo tenho predileção por grupos relativamente simples com cambio traseiro um nível melhor, desta forma a bike esta sempre um passo a frente de seu grupo. A relação, por se tratar de alguém que tem ainda uma porção de coisas a aprender, entendo que quanto menos marchas melhor, desde que não faltasse a megarange, que garante subidas mais confortáveis. A escolha foi por 21 velocidades com pedevela reduzido de 22-32-42 dentes. Um fato curioso para esta bike... como ela é de tamanho pequeno, a relação de proporção em tamanho para frame e pneu dá uma impressão de se tratar de uma aro 29". Os olhos se enganam...
Bom, imagino agora que minha cunhada fará muitos passeios, viverá grandes alegrias, quem sabe provas de Audax como ela mesma diz em suas brincadeiras. Afinal, o limite pode estar apenas em nossas mentes, e se a mente crê, o corpo realiza! Ou quase, como no meu caso... rsrsrsrsrs

Roberto Furtado

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Garimpo... mais sobre!

Pedevela Dotek com coroas ovais
Câmbio traseiro exage 300 LX - visualização da mola de alívio
Câmbio traseiro com vista lateral - composição da foto detalhe
Mais um post sobre garimpo, um dos mairores prazeres que tenho quando o assunto é bicicleta. A atualidade, relacionada com o consumismo, gera sentimentos de substituição de bens materiais. Ninguém quer saber de peças antigas, exceto aqueles que compreendem o significado destas, de suas diferenças em relação as semelhantes e atuais peças. Um cambio exage 300 LX não é nenhum top de linha, no entando, a qualidade destes provavelmente supera a funcionalidade de um shimano alívio... e anda junto com durabilidade dos melhores atuais. É estranho entender que algo feito no passado, onde talvez tivesse menos tecnologia, pudesse superar os atuais com suas "destacadas" tecnologias. Quem vende algo que dura muito... logo adiante não venderá o mesmo produto, pois ele ainda funciona. Então a gente deixa pontos de fragilidade para que eles desgastem precocemente, assim venderemos outro daqui a seis meses. É um conceito capitalista, progressivo, um pouco egoísta, mas que permite a popularização dos produtos. E voltando ao assunto do garimpo, estes estavam em uma bicicleta que seria vendida. Uma velha bike, com peças guerreiras... fiz uma proposta de substituição de peças, e fora aceita. O que ofereci? Em troca do pedevela, ofereci um pedevela novo, porém simples da suntour. E na troca do cambio traseiro ofereci um shimano alívio, também novo. Uma oportunidade que reconheço, bem aceita pelo proprietário, que ficou feliz... acho que mais em me ajudar do que ter peças novas em uma bike que seria vendida.
As fotos fiz na oficina do Tchaka. Especiais agradecimentos a ele, por mais esta...

Roberto Furtado