sexta-feira, 29 de abril de 2011

Enquanto...

Revista Bicicleta nº 005
 Enquanto minha vez de pedalar não chega, fico aqui trabalhando no PC e tentando facilitar as coisas para a mente que quer se libertar deste momento obrigatório de repouso. A gente não acredita que precise ficar parado por causa de uma queda de bicicleta, até que acontece e você recebe a notícia ruim. Hoje estou com menos dores, e fico feliz por isto, pq talvez seja realmente a proximidade da solução. Na quarta feira fui na saída do passeio, e meu desejo era de subir na magrela e pedalar com os amigos. Não dá ainda! Na segunda feira tenho reconsulta, e sei que a recuperação esta dentro da espectativa, e pela frente terei algumas sessões de fisioterapia, e dpois musculação localizada para reforçar o ombro. Acredito que em menos de um mês esteja pedalando novamente. Hoje recebi um lote de Revistas Bicicleta, destinadas para participantes do Audax 300 km, e para o Desafio 85 km. Fiquei aqui folhando uma revista, e em cada imagem bonita, tal como em uma das edições, uma aventura pelo Deserto do Atacama, viajei diretamente para o local. Cara, para quem curte imagens como eu... e para quem curte bicicleta, imagens como estas são sonho. Tem muito tempo que sonho em pedalar neste deserto, quem sabe um dia, bem planejado... sonhar faz parte, e tornar em realidade também. 
Neste domingo, dia da prova do Desafio, tentarei realizar minhas primeiras fotos depois do acidente. Espero fazer algo próximo do que desejo, embora saiba que posicionar a câmera na altura do rosto ainda seja dolorido. O braço direito é justamente o danificado, que faz o click e quem leva máquina na altura do olho. Tem que ter paciência... enquanto isto, roda pra frente. Aproveita-se o que tem.
Roberto Furtado

terça-feira, 26 de abril de 2011

Desafio 85 km em 1º de Maio - SAC 2011



Somente a pouco fiquei sabendo que seria realizado um Desafio pela SAC. Então faço uma chamada agora para os colegas que desejam fazer uma prova de baixa km. A prova terá 30 km de estrada de chão, e 55 km de asfalto, totalizando 85 km.O desafio sempre é uma excelente oportunidade de pedalar, de fazer uma prévia para um Audax. Sem falar que são encontrados colegas com mesma afinidade, e com isto amizades de pedal são formadas nestes eventos. Para quem nunca fez, para quem esta treinando, para quem tem curiosidade... Um desafio é o evento perfeito. Já vi muito Audaxioso nascer de desafios e passeios longos. Esta km não é somente viável, é muito positiva pq se aprende muito sem se desgastar. O desafio é quase um passeio, se fosse por seu regulamento e limite de tempo semelhante a um Audax. Tempo... extremamente viável! Recomendo! Acho que vou dar uma passada lá e fazer umas fotos de quem estiver pedalando. Achei a foto do flyer em desacordo com a proposta, mas a gente sabe que não se trata de uma prova de XC, mas sim um offroad leve. De qualquer forma, imagino que somente MTBs e "híbridas" possam realizar o trajeto. Entrou na estrada de chão, e já complica para speeds.

Roberto Furtado

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Peças old school... Novas? Garimpo!


cambio dianteiro STX 31.8mm
Cambio dianteiro deore LX 28.6mm
cambio dianteiro XTR 28.6mm
pedais welgo para pedaleiras

Encontrar peças old school é tarefa difícil. Hoje, distante a mais de 10-15 anos da década de 90, estas estão escassas. Quando achamos, temos obrigação de comprar. Num garimpo de estoque de uma loja antiga, encontrei algumas peças. Logicamente não foi barato, pois peças antigas e novas... só estavam na loja pq não estava com preço de barbada. A questão é se estamos prontos para desembolsar cifras altas por peças antigas, e teoricamente ultrapassadas. Sabemos que peças shimano da década de 90, além de compatíveis com as atuais, funcionam perfeitamente. Para ser sincero, não vejo grandes diferenças entre um XTR antigo e um novo, considerando por exemplo o desempenho de cambios dianteiros, ou de peças cuja tecnologia não se alterou.
Hoje comprei também, um trocador ergopower Campy Mirage, estado de novo... rodou 50 km. Este vou guardar para um projeto do futuro, carta na manga, um Bernardi que precisei estacionar após uma tentativa de remover o movimento central.
Para provar que tais peças existem, fotografei alguns cambios dianteiros que encontrei na loja que os possuia.
Cambios dianteiros com braçadeira de 28,6 mm, perfeitos para quadros de cr-mo da época. Agora resta saber quando encontrei outras peças, para que desta forma seja montado um conjunto. Quando achei estas peças, quase desatei a chorar, de emocionado em alegria que fiquei. Encontrar peças old school é definitivamente baseado em sangue, suor, e lágrimas. De ombro danificado, sigo na caminhada... old shool, cr-mo, marcas que não existem mais, e a crença de que na década de 90 era tudo mais bonito, tudo tinha mais sentimento.

Roberto Furtado

Video promocional da RAAM de 2008


Lamento que video seja encontrado somente em inglês, pois tenho certeza de que muitas das informações passadas e valiosas sejam de pouco entendimento de muitos, me incluindo nesta. A RAAM, Race Across America, é uma prova tradicional. Já escrevi a respeito aqui. Para mim, da mesma forma que o Audax, é uma das provas mais bonitas que existe. Longa distância mesmo... daquelas que leva a exaustão e emoção seu participante. Bem legal... 

Roberto Furtado

domingo, 24 de abril de 2011

Um gigante de 300 km se aproxima!


Horas contadas no relógio, espera angustiante, dependente do clima, da saúde, da animação, do número de inscritos e tantos outros fatores. O gigante se aproxima, e agora já não é um mero gigante. O gigante que se aproxima é de 300 km. Talvez para tantos, algo fácil, mas para isto é preciso ter corpo e alma alinhados. O universo é teu, mas para isto, precisa acreditar. Os sonhos, os desafios, podem ser alcançados, mas é preciso fé. Nesta fé pode estar a chave que garante as últimas gotas de energia e resistência que teu corpo dispoe para que possas concluir a prova. E o que é esta prova de 300 km? Quem é este gigante? Pq ele quer a vitória? A vitória todos querem, e somente um em dois a terão... entre você e o gigante, apenas um vencerá. O gigante é uma máquina de avaliar. Ele vai deixar você chegar se merecer, e vai permitir que você chegue se assim ficar provado que podes. Eu acredito nisto... no olhar de muitos, dá para estimar quem vai conseguir. Pq basicamente isto depende de confiança, de fé, de treino, de saber pedalar. Estar entrelaçado com a bicicleta é fundamental. Os metros que ganhas dependem da forma que você aproveita a inércia, na forma que corta o vento, na otimização da pedalada. Tudo isto é preciso para vencer o gigante, mas o gigante não é mau! O gigante é seu lado bom conflitando com suas dúvidas, receios, medos, etc. O gigante é dentro de você! Se você pode, possivelmente acredita, e se acredita, acaba conseguindo. Tenha fé, mas tenha coragem para derrubar o gigante medo que tem dentro de você! E não se esqueça, esta é uma prova para ser feita com amor... o amor que existe em você, te fortalece. Não é religião, é fé! Fé em fazer bem aquilo que amas... Força, pois no dia 14 de maio chega o teu gigante de 300 km! Como estou sendo motivado a não realizar a prova devido ao tombo, então é possível que eu seja teu anjo da guarda, fotógrafo, fiscal. Estarei lá contigo, de qualquer maneira!

Roberto Furtado

sábado, 23 de abril de 2011

O Andarilho volta a escrever...

Embora seja contra indicado, voltei a digitar com a mão direita. Ainda com limitações, devido a dor quando exerço alguns movimentos, mas já consigo escrever. Imagino que dentro de alguns dias esteja escovando os dentes com mão direita novamente. A gente não imagina como é difícil perder parte da autonomia. Este período de reflexão pode parecer despropositado, mas estou aprenendo muito com isto. O crescimento interior depende disto, mesmo que seja desejável que nunca ninguém se machuque, vejo parte positiva na questão. De fato, somos o que vivemos, seremos o que vivenciamos. Esta pequena melhora no meu ombro, me mostra que estou disposto a derrubar o gigante, embora seja desacreditado por tantos, os tantos amigos que me querem bem. Espero que eles tenham razão, pq queria muito fazer o 300 km. De qualquer forma estou feliz, pq aos poucos estou voltando a ativa, e sei que alguns esperavam por isto. Fico grato por esta condição de melhora e de apoio.

Roberto Furtado

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um pouco de Shimano XTR... bem old school, para quem gosta!

XTR Catálogo
Na velha caminhada do garimpo, encontrei mais uma peça... e assim vou seguindo a estrada. Talvez um dia eu consiga reunir o grupo. Não é fácil, mas a gente vai levando. Garimpar peças com 8,10, 15 anos, vai sendo cada vez mais difícil. Encontrei este site que mostra as peças XTR da década de 90 em diante. Isto ajuda, pq no garimpo é preciso que os olhos estejam treinados, e desta forma possamos localizar peças com apenas uma olhar sobre um balcão de loja. Ainda existem peças por aí... requer: paciência, tempo e dinheiro. Sim, se gasta muito... Pq o que esta bom, acaba custando mais. Vrou raridade, pegou preço!
Para quem estiver disposto a perder horas na busca das "peças perdidas" no tempo, seria muito bom visitar o site em questão. Estou a curtas passadas, mas já tenho pedevela, cambio traseiro, cambio dianteiro, e movimento central. Falta muito? Falta... mas quem acredita, sempre alcança!

Roberto Furtado

Dia do Planeta Terra - Dia 22 de Abril

Bom, vai ter gente se perguntando o pq de um anfíbio em cima da Terra. Um corpo dágua saudável possui muitos animais, inclusive anfíbios. Antes de ser ciclista, fotógrafo, entre outras atividades e responsabilidades, afirmo que sou ambientalista. Nasci com esta admiração pela vida selvagem, o que me faz procurar por lugares isolados as vezes. Uma de minhas maiores alegrias é estar em ambiente extremamente natural. Quanto mais intocável, mellhor! Sou ambientalista, mas não sou extremista... pq acredito que o verdadeiro ambientalista extremista seria hipócrita simplesmente por se permitir viver. Degradamos tantas relações naturais do planeta, diariamente, que esquecemos incidentes que parecem simbólicos, tal como pisar numa formiga. A questão é muitíssimo mais complexa do que pintam... e a resposta que possa dar frente a insistência da vida, diria que é "a natureza dá um jeito!" Não seria posssível sem esta caracteristica, e mesmo assim, centenas de espécies se terminam por ano. Em parte há uma questão natural, em outra, a doença humana esta favorecendo isto. E poderia citar inúmeros casos a respeito, como queimadas, como a pesca de arrasto, como o excesso de lixo que acaba em nossos manaciais, etc. E tem gente que acha que jardim bem cuidado é natureza... e afirmo que não, é apenas ilusão. O surgimento desordenado de fauna e flora em qualquer região, até mesmo num terreno baldio, isto sim é natureza. A mão do homem apenas detona, influencia acontecimentos especiais, onde poderia encerrar e começar uma espécie. Como isto funciona? Acredito que por mais especialista que seja um biólogo, entendo que nem mesmo ele consiga definir. A vida é química, dá química surge a física, dá combinação delas surgem outras ciências, e logo temos tanto quanto podemos imaginar. A água que resulta da lavagem do seu carro contem tantas substâcias nocivas que seria difícil precisar a quantia... o que não podemos evitar, melhoremos, e o que podemos, façamos! Comece com seus hábitos! A industria pesqueira Brasileira já apresenta problemas em decorrência da redução de pescado. De quem é a culpa? Não culpemos... que tal começar com pequenas atitudes? Pensemos melhor quando compramos algo, se a embalagem é problema, daremos o destino correto a elas. Jogar celular estragado no lixo não pode... pesquise!

Roberto Furtado

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paris Roubaix... inspirações ciclísticas para o Audax


Enviado pelo colega Zeca Larratea, este bonito video do you tube com certeza é fonte de inspiração para ciclistas, especialmente para os lesionados. Ontem a noite, durante a janta comentei com minha esposa que tinha intenção de fazer o Audax 300 km da SAC que ocorrerá no dia 14 de maio, e que seria um presente especial de aniversário. Contudo, minha esposa acredita que eu ainda não esteja bem para tal na data em questão. Mesmo que o Audax 200 km tenha sido recente, e desta forma tenha provado que o corpo esta em dia, acredita ela que eu não tenha talvez força no braço, ou que perca o preparo até lá. É de desejo meu realizar a prova, mas fica a pergunta mesmo... será que o corpo aguenta? Em circunstâncias normais, já recuperado da lesão do ano passado, agora me "pinta" este tombo que me traz angústias audaxianas. Se por um lado o tombo trouxe uma complicação para o ombro, por outro lado trouxe também força "espiritual" para derrubar o giagante de 300 km. E talvez o resultado não seja como se espera, mas muito provavelmente esta força seja capaz de passar a perna no gigante e desta forma eternizar mais uma batalha pessoal vencida. Sabemos bem que o corpo precisa estar em sincronia com a mente, mas sabemos muito bem que a mente é mais forte que o corpo, e que talvez esta capacidade seja sugestão para o corpo. E para aqueles que pensam em algo superior, uma força maior, como uns chamam de Deus, outros Zeus, etc, diria haver razão em sentimentos não materiais, pq se o gigante é figura representativa de um Audax, como não haver algo que nos motivo, e sintonize frente ao invencível gigante. Devaneios de um sonhador, talvez... mas a forma como enxergas a vida pode tornar o gigante menor, ou apenas vencível! Roda pra frente, deixa rolar, gira roda meu filho! Se o sonho fica para o mês de Maio de 2011 ou para 2012, isto não importa. O que realmente importa é que não deixes de sonhar, pq é isto que move o coração de um ciclista.

Roberto Furtado

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Este é louco ou muito bom! Inspired Bicycles - Danny MacAskill


Repasso o video... o cara é não somente louco, mas também extremamente competente. Vai até conseguir...
Acho que em toda forma de pensar bicicleta, tal como esta, ou como cicloturismo, ou mais simples que ela seja, sempre surgirá um que faz a diferença. Este, vai fazer com que você se sinta estimulado a tentar o máximo. E talvez esta seja a idéia do Audax, dos ciclistas de longa distância, e daqueles que apenas buscam a superação. Se há limitação, há também o sentimento de ir atrás, de ultrapasssar limites, de fazer algo que muito diriam ser impossível. E nem é tanto, as vezes parece, mas se a gente tentar, tentar, tentar, logo percebe que a distância do objetivo vai diminuindo. Talvez para Danny, a distância ficou bem pequena... mas ainda sim, penso que ele desejasse algo mais. Veja o video... prestigie a capacidade do cara!

Roberto Furtado

Feriadão... chocolate que nada, pedal!

Galeria de der-knoe
Passeando no flickr, achei esta foto onde aparece uma campainha em formato de coelho, apliquei aqui para ilustrar. Não tem relação alguma, exceto o feriado de páscoa e o guidão da magrela. O feriado da páscoa pode ser para alguns a oportunidade de se empanturrar com guloseimas, para outros, finalidade religiosa, e para ciclistas de prontidão a oportunidade esperada para pegar a estrada. Para 4 dias já é possível montar um planejamento interessante de cicloviagem. Dá tranquilo para fazer uns 500 km, entre ida e volta, sair a rumo e conhecer as estradas que de carro não se vê nada. Estes 250 km são bem tranquilos de fazer, e dá para chegar em locais distantes. Considerando Porto Alegre como ponto de partida, existem diversas opções onde se faz um belo passeio e acrescenta muito o currículo ciclístico.
Algumas sugestões, partindo de Porto Alegre, médias:

Antônio Prado = 186 km
Balneário Pinhal  = 110 km
Caxias do Sul = 131 km
Gramado = 130 km
Pelotas = 270 km

Tramandaí = 130 km
Torres = 200 km

Pense nisto... imagine, pedalar sem rumo. Talvez sem objetivo seja ainda mais divertido. Se o clima ajudar, não existe limite para um Andarilho sobre rodas. Desejo a todos, um excelente feriado.

Roberto Furtado

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para a cabeça não se perder... repensando em projetos!

Hoje acordei otimista, ainda que a dor esteja companheira, não me deixei desanimar. Amo bicicleta, e nesta filosofia de vida é possível que fique até o fim. Tanta coisa ruim nesta vida, coisas que não podemos mudar, tal como a violência que o homem gera, e não vejo pq não tentar combater estes problemas pensando em bicicleta. Como escrevi outra vez em Bicicleta e Máquina Fotográfica , acredito realmente que a bicicleta cure muitos dos males, assim como a imagem certa promovida pela máquina fotografica seja da mesma forma uma "espada" do bem. E talvez nestas considerações que eu deva buscar a energia para minha recuperação. Com mais ou menos 10 dias do incidente tombo que gerou temporária limitação, começo a acreditar na minha recuperação. Como não estou podendo pedalar, pois isto seria um risco a mim e a outras pessoas, tentarei me focar naquilo que posso fazer agora. Repensar em projetos esquecidos no fundo da gaveta, resolver problemas, criar alternativas de otimização, de segurança, de durabilidade, e outros assuntos em bicicleta. Sábado pensei na longtail, hoje novamente, talvez a insistência de pensamento seja uma energia que vaga em favor deste projeto. Se bicicleta é também mágica, então talvez estas "intuições" sejam para me focar e quem sabe concluir algo. Algo que é esperado não somente por mim, mas por outros tantos que acompanharam os tópicos relacionados.
 Se o braço direito esta em repouso... uso o esquerdo para digitar, mesmo com dificuldade. E se isto parece sacrifício para alguns, para mim é esperança! Agradeço por todas as mensagens através do blog e email. 
Parabéns a vocês por tal iniciativa, pois eu sou apenas um ciclista da vez (tombo da vez), mas vocês tem o que acho de mais bonito, a humanização verdadeira!

Um abraço e roda pra frente...

Roberto Furtado

terça-feira, 12 de abril de 2011

Tombo no ciclista... Andarilho em off!


Gostaria de poder escrever tudo que estou pensando, mas estou com o braço direito imobilizado pelos próximos 20 dias. Talvez mais! Durante um passeio, encontrei pelo caminho a distração... e nela escondia-se um olho de gato de sinalização da via. Naquele instante foi tudo tão rapido, verdadeiramente rápido! E nesta sucessão de acontecimentos repentinos, estava também a invisibilidade do guidão, que acabou não sendo mais encontrado por minhas mãos, e logicamente fui ao chão. Estava a cerca de 27 km/h, velocidade de cruzeiro, já tinha feito 65 km e não estava cansado. Na ordem desconhecida do tombo até a imobilidade total, queimei o cotovelo no asfalto, bati violentamente com o ombro no chão, ganhei um ovo de respeito na canela esquerda, e algumas escoriações mais leves. O resultado foi pressentido por fortes dores, mas a vida de Andarilho sobre a bike guardava uma destas. Talvez, apenas para alertar amigos, talvez destino. A constatação por especialistas, descrita como rompimento dos ligamentos da clavícula, luxação tipo 3, onde são rompidos completamente. Dentre as recomendações a instalação de um grampo que atravessaria a clavícula e seria fixada na escápula. Na segunda opção, apenas tipóia e cuidados redobrados para repouso do braço. Hoje dormi muito mal... não consigo trabalhar direito e sei que os próximos dias serão difíceis. O trabalho bate a porta, mas não posso realiza-lo. Coisas da vida! Então justifico minha ausência, contrariado, mas lembrando que no dia seguinte mora a esperança, a paciência e os desejos de pedalar nas ruas e nas linhas deste blog. Se sentirão a falta, fico feliz... é pq sei que fiz um blog que dá muitas alegrias.
Um abraço e até daqui a pouco!

Roberto Furtado

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Restaurando mais uma GT Outpost - Antes!













Embora tenha procurado, não encontrei em qualquer lugar do quadro e garfo o ano de fabricação desta bicicleta. A bicicleta pertencia a um amigo, e como ele partiu para uma bike nova, vendeu-me esta velha GT de tamanho 18. A bicicleta estava bastante depreciada, de forma que ninguém a usava a mais de 3 anos... Quando fui buscar, na garagem do prédio estava esta bela bike, de pneus murchos, rachados, raios enferrujados, denunciando talvez ainda sua originalidade. A tristeza que tenho quando vejo uma bike assim, se transforma em alegria quando chego a conclusão. Quando ela se torna perfeita aos olhos de curiosos e admiradores da marca, entendo que o tempo a investir valeu cada minuto. Começo a perder a contagem das bikes que já recuperei da extinção... imagino quantas acabaram em lixão, em reciclagem por não apresentarem mais as condições de recuperação. Nem todas estão com o quadro perfeito, algumas estão amassadas, e o custo as vezes não viabiliza arrumar. Bike de tubo amassado não tem volta... não fica igual, para raros casos, existe exceção. Aqui, como se apresenta nas fotos, um quadro perfeito... sem corrosão funda, sem fissuras, roscas em perfeito estado, baixo nível de ferrugem interna, muito boa mesmo! Até mesmo o suporte gancheira do cambio traseiro esta alinhado. Não foi uma bike muito usada, mas não foi bem tratada. O ideal seria pintar esta guerreira, e remontar com peças da época. A pergunta que fica é se há como restaurar com peças da época, pq não sabe-se o ano exato (acredito que 94/96) e tais peças não são mais encontradas. O garimpo seria a úncia forma de reconstruir esta relíquia. Verificando meu estoque pessoal de peças, encontrei algumas da época, cubos, cambios, trocadores, e até cantilevers em bom estado. Faltaria o pedevela, que não é nada fácil encontrar igual ao grupo que possuo, ou pelo menos algo semelhante. O interessante da reconstrução é exatamente isto. O planejamento exige medidas alternativas, onde a solução esta sempre atrás de um pequeno contratempo. E isto dá mais sabor ao término do projeto. O que pode dar alguma certeza de sucesso é a dedicação. Nesta, perderei horas... incluindo dirigir o carro para levar, buscar, pensando nas peças, avaliando se as mesmas estão em condições, etc. Tempo... é o maior investimento neste projeto. Ao fim, o custo também é elevado. E alguém perguntaria se valeria a pena reformar algo assim, onde uma nova fica apenas duas ou três centenas de reais adiante. E a resposta que posso dar é forma de perguntas: Quanto custa uma bike de Cr-Mo? Onde comprar? Pq deixar algo bom ser reciclado, quando sabemos que pode funcionar por mais uns 10-20 anos?
Por fim, fiz diversas fotos para demonstrar o real estado do material, e desta forma permitir a comparação do antes e depois. Agora... se vão dias no processo. Mãos a obra!

Roberto Furtado

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Compatibilidade entre freios

Tipo 1

Tipo 2

Alguns anos atrás, quando o vbrake começou a ser inserido no mercado, substituindo o cantilever, houveram problemas de incompatibildiade dos freios. Na manutenção, o ciclista se via obrigado a substituir parte do conjunto de peças, e neste momento ele apredia o problema de combinar sistemas diferentes. Maçanetas de freio (brake levers) e os atuadores (pinças, ferraduras, cantilevers, vbrakes, etc) possuem diferenças de curso e distanciamento. Embora não sejam detalhados ou conhecidos em uma linguagem que possibilite a diferenciação, aqui chamaremos de tipo 1 e tipo 2, sendo basicamente os dois sistemas de maçanetas de freio existentes no mercado:

Tipo 1 - para cantilever e ferraduras de speed;
Tipo 2 - para vbrake e pinças de acionamento mecânico.

Embora muitas pessoas pensem que o cantilever morreu, isto não é exatamente verdade, pois estes continuam sendo fabricados pela shimano e outras marcas com aplicação no ciclocross e de versões mais "hard" do cicloturismo de aros 700. A combinação de maçanetas entre os tipos resulta na sensação de curso longo e leve para maçanetas do tipo 1 em vbrakes ou discos mecânicos. E para Tipo 2 com cantilever ou ferraduras, ocasiona a rigidez do ato de frenagem, tornando este menos eficientes. Em ambos os casos haverá a alteração de efeito e estranhamento no momento de frenagem, ficando um pouco perigoso quando o ciclista é surpreendido por um qualquer motivo que seja, frente a um obstáculo, e colocando-se a acionar os freios subitamente. Para caso do tipo 1 com vbrake, pode ocorrer o bloqueio total das rodas e com isto a perda de controle, oportunizando a queda. No segundo caso, tipo 2 com cantilever, pode ocorrer o fenômeno invertido, ficando a atuação sobre a maçaneta insuficiente para garantir a frenagem em tempo e distância necessários. Qualquer que seja a combinação, ocorrerá alguma perda. Por isto é importante cominar adequadamente. Para bikes speed munidas de ferraduras, deverá ser aplicado o sistema tipo 1, inevitavelmente.
Estas diferenças se devem a ponto de fixação do cabo em relação ao eixo de alavanca da maçaneta. Algumas maçanetas possuem os dois sistemas, onde há opção de trocar a fixação (cabeça) do cabo de aço. Em outros casos, o sistema é marcado, mas é preciso abrir o encaixe com uma broca. Operação que recomendo somente aos mais hábeis, pois poderia este provocar o dano na maçaneta de freio que é de extremamente importância. Siga a recomendação do fabricante, mas se pensares em alterações, buscando sua bike ideal, informe-se sobre estas diferenças. 

Referência: shimano - catálogo 2010

Roberto Furtado

domingo, 3 de abril de 2011

Bicicleta para esposa de um amigo...






Kenda Kwest 100 PSI

Um amigo me pediu para achar uma boa opção de bicicleta para esposa. Nas exigências, nada tão comum... algo confortável, bonito, funcional e com valor acessível. Deveria ser a bicicleta feminina ou se masculina, de tamanho baixo, viabilizando subir e descer na bicicleta sem problemas com o top tube. Depois de pesquisar, efetuei a ligação e encomendei uma GT Agressor, modelo 3.0, tamanho "S". Com a bike em mãos, fui direto para as primeiras necessidades. Troquei o selim por um mais macio, e os pneus coloquei slick. O selim é um velo, mesma marca do original, porém com revestimento mais macio. Os pneus escolhidos foram kenda kwest para 100 psi. Não houve motivo especial para escolher esta versão, exceto pq nesta versão seriam 100% de cor preta, sem as faixas laterais que normalmente são encontradas em azul, amarelo e vermelho também. Os raios foram substituidos por pretos, de inox, apenas por questão estética preferencial do proprietário. As alterações pararam por aí, ficando restante interiramente original. A GT Agressor é uma bicicleta simples de boa qualidade. De arrancada na versão 3.0 é possuidora de um grupo mesclado simples, mas bastante funcional. Minha maior preocupação seria para o conforto, e por isto caímos no modelo com tamanho S, favorecendo a ergonomia na bike, pois ela seria mais curta, ideal para iniciantes.
Nas vantagem que vejo na bike, fica especial a questão estética e funcionalidade. Trata-se de uma escelente opção, considerando-se que uma equivalente em valor, de origem nacional, não corresponde ao mesmo nível de qualidade. De se esperar já era a questão, pois é inegável que GT é ainda uma grande marca, mesmo que na atualidade seja fabricada na china, como tantas outras grandes marcas. Também é inegável que a china produza muitos produtos de 1ª linha.

Roberto Furtado