segunda-feira, 27 de julho de 2015

Pedal Ekonova Adventure Bike 2015 - edição Feliz 2015






Trilha exclusiva para bikes!
          Uma experiência em grupo... um grande grupo! Mais de 400 ciclistas reuniram-se no Parque Municipal de Feliz para percorrer uma das três opções de trajeto ofertados pela Ekonova. Fabiano e Cristiane, mais uma vez, ofereceram ótimo roteiro de entretenimento especializado.
Embora a previsão do tempo para o domingo fosse de dia de sol ou até parcialmente nublado, o dia amanheceu com aquela garoa fina que todos conhecem... aquela chuvinha fina que começa e não tem hora para acabar. E chuviscou o tempo todo pela manhã, mas ao que parece, poucos se incomodaram com aquele clima. Eles queriam mesmo era pedalar. O bom humor contagiante é algo que alimenta um evento desta natureza, uma confraternização exemplar. Raros são os esportes com tal espírito de aventura e coleguismo.
De fato, chuvisco e neblina não é algo que se vê muitas vezes na vida... ou seria a chuva tão fininha que de longe parecia uma neblina. Pouco importa... estava perfeito, mesmo com toda lama!
A Ekonova marca a história das pessoas... Os cliques que fiz até hoje, também. O trabalho em equipe, em parcerias, da prefeitura, do Bikes do Andarilho, da Ekonova, também da Hart's natural  e Itati água mineral... tudo isto montou um pequeno sistema que garantiu com eficiência a diversão destes ciclistas. Ciclistas... nossos amigos. Nos chamam pelo nome, pelo apelido, sorriso no rosto, abraço fraternal... é amizade, motivada pela bicicleta, mas simples e pura amizade. Mais uma vez, tal estranha estrutura, antiga criação do homem, atravessa os tempos e se faz moderna, agora para entreter, fazendo sentido como otimizadora de energia humana, veiculadora das relações humanas.

Ekonova em Feliz - lote 01

Ekonova em Feliz - lote 02

A bicicleta da competição... e a assessoria de imprensa no Brasil

Lucas Bertol, Carlos Barbosa, 2014.
          Antes que as pedras sejam arremessadas em nossa direção, começo explicando que a culpa não é dos profissionais da mídia especializada. Se trata, evidentemente, da falta de investimentos na assessoria de imprensa nos esportes da bicicleta no Brasil. Isto transparece facilmente quando vc vê um grande evento competitivo da bicicleta em realização... ao término, todas as informações básicas deveriam ser divulgadas em não mais que 30 minutos. Ou seja, desceu o último atleta do downhill, a lista de classificação dos 10 melhores deveria ser publicada em meia hora. Todos os os organizadores acham que isto não é necessário, mas a realidade no exterior é diferente. Exceto quando há dados extras para calcular, como nas questões de pontuação para conferir, devem ser rapidamente publicados tais resultados. Quem já esteve acompanhando estes grandes espetáculos sabe que isto é uma realidade. 

Assessoria de imprensa... 
             
         Algumas pessoas me perguntam pq não fazemos assessoria de imprensa... e em primeiro lugar faço uma comparação sobre isto. Um mecânico de automóveis especializado em sistema de alimentação de motores de combustão interna, poderia fazer o trabalho de um mecânico eletricista de automóveis? Sim, poderia, em muitos casos... mas ele faria com tanta segurança? Não, pq ele não esta acostumado, não tem a experiência que o primeiro tem com injeção de alimentação de motores. Isto explica a questão... mas algumas pessoas dizem: "ah, mas vc escreve!" Bom, deveria ser papel e capacidade de qualquer profissional saber escrever um mínimo. Um repórter fotográfico é um jornalista e, toda informação que ele passar ao jornalista responsável pela produção jornalística deve ter o maior número de informações que puder ser passada. Se é relevante, o repórter fotográfico, deve entregar juntamente com as imagens, informações anotadas sobre o assunto. No Brasil há poucos profissionais com a qualidade necessária sobre este assunto... Assessores de imprensa de alto nível, conheço em duas empresas do jornalismo especializado. Já tive o prazer de acompanhar, como espectador, o trabalho da Bike Magazine Press e da Seppia Geração de Conteúdo. Responde pela BM Press o jornalista Marcos Adami, antigo no meio, apaixonado pelo ciclismo e mantenedor da mídia online Bike Magazine; A jornalista Dani Prandi, trabalha junto com Marcos, assim executam um dos mais belos trabalhos na geração de conteúdo da competição vistos no Brasil. Carlos Ghiraldelli representa a Seppia, que faz um trabalho em competições, mas também atua fortemente no setor comercial da bicicleta, sendo presença garantida em todas as feiras do comércio e indústria da bicicleta. 
Estes profissionais são especializados na geração de conteúdo de eventos que envolvem a bicicleta. O trabalho sempre é feito em equipe... um gera assunto, outro anota as informações do fato, outro fotografa, grava, etc. É um trabalho de equipe e, gerir e escolher uma equipe é atribuição da função de assessor de imprensa. 
Portanto, quando vejo atletas reclamando que as informações não foram divulgadas com qualidade, significa que não estão chamando profissionais para realizar estas funções. Estão pagando pessoas não capazes, não habilitadas e muitas vezes, semi analfabetas para realizar o trabalho de um jornalista. E quando falo em semi analfabeto, cito exemplos sem nomes... tem pessoas que não sabem nem mesmo tempo verbal e estão se auto afirmando "assessor de imprensa"! Pode? Pode... tenho visto, todo mundo esta observando isto no Brasil. 
              Fico por aqui, parabenizando os colegas que continuam fazendo o trabalho, em meio a este mercado que não valoriza estes profissionais da imprensa. Repórteres, cinematográficos ou fotográficos, assessores de imprensa, diagramadores, repórteres entrevistadores, todos possuem funções especializadas que merecem atenção e respeito, pois esta é a única forma de criar uma cultura da bicicleta conhecedora e valorizadora da bicicleta. As revistas, jornais e mídias online precisam ter qualidade para o crescimento da bicicleta brasileira. Agradecimentos a Revista Bicicleta por absorver meu trabalho e por acreditar nestes ideais verdadeiros. 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Pedal Ekonova Adventure Bike - edição da cidade de Feliz 2015


     Vamos lá então... Galera, Bikes do Andarilho convida juntamente com a Ekonova e a Prefeitura de Feliz para o Pedal Adventure Bike Ekonova em Feliz. Com três opções de trajetos, oportunidades para todos os gostos e preparos! Detalhamentos no endereço https://www.facebook.com/events/127406997591551/
A cobertura fotográfica fica a cargo deste que vos escreve... publicações no Bikes do Andarilho e Revista Bicicleta. Coleção de fotos no formato de sempre... formato "tentamos fotografar todo mundo!" 
Segue informações dos organizadores... e nos vemos por lá!

Mais uma bike pra comentar... Giant Prodigy - Parte 01


Pedevela Exage 400 LX apresenta os sinais do tempo... mais de 20 anos!

Os freios cantilever receberam sapatas de freios novas, XTR. Muita eficiência agora...

Agilidade e precisão nos STI Deore LX de 24V.

Simplicidade nos aros e pneus, mas conforto e bom desempenho ao rodar pela cidade. 

Pintura apresentava marcas de uso, mas ainda com boa qualidade e resistência ao tempo.

Embora estivesse com garfo original, substituímos por um garfo com espiga mais longa para utilizar caixa aheadset std.

O que é a Giant Prodigy?
       
           Bom, acho que podemos dizer que é uma bike com multi perfil... Com rodas 700, a Prodigy é uma bike de uso diversificado. Se aplica bem o cicloturismo, pode ser usada com muita qualidade e segurança em mobilidade urbana e, ainda, se o destino for os maus caminhos esburacados de uma estrada de chão, poderá se aventurar, pois aceita pneus grandes como os 700 x 42C. O modelo em questão é uma velha guerreira de atribuição Fitness de acordo com o fabricante, contudo, como disse acima, se trata de uma bicicleta capaz de superar bons obstáculos e confiável em qualquer jornada ciclística. Comprei esta bicicleta com alguns poucos detalhes necessitando de atenção. Já não possuía os cubos originais e trocadores originais, também lhe faltava o selim da época e o pedevela do lado esquerdo esta trocado por um ching ling. Contudo, o valor foi relativamente atraente e algumas peças possuía em meu estoque de garimpo depois de anos desta prática de criticar e resgatar o passado. Me apaixonei tanto pela bicicleta que decidi ficar com ela... e tentei deixar a mesma com componentes de época. Sabemos que esta é uma tarefa praticamente impossível, mas deu pra sentir um pouco a travessia dos tempos. E surpreende ver uma bike destas com pintura original e com desempenho tão bom quanto algumas modernas. A geometria é espetacular! 

Os componentes

          Embora esta e outras bicicletas possuam mais de 20 anos, encontram-se frequentemente componentes de época circulando em vias das grandes cidades. Geralmente, tais componentes estão "embarcados" em bicicletas antigas. As vezes vc consegue propor ao dono, um valor ou troca de componente para fins de um estoque para o momento futuro; outras vezes é a salvação de um grupo completo em uma velha bike no lixão; ou nas listas e classificados vc encontra alguém se desfazendo de algo pq utilizou um moderno! Se encontra alguma coisa em bicicletarias velhas... hoje é difícil, mas no passado foi assim. Alguns profissionais da bike são especialistas nisto, tal como o amigo Antônio Adi, frequentemente são encontrados em feiras e exposições das antigas. 
Esta Giant Prodigy possuía um grupo Exage com versões do 400 e 500 LX, era comum na época encontrar um cambio dianteiro 400 e um traseiro 500 na mesma bicicleta, de fábrica. Os câmbios ainda eram originais... bem como freios e pedevela. Infelizmente, o lado direito do pedevela sofreu alguns tipo de problema, possivelmente de rosca espanada e foi substituído por um qualquer. Então, consegui o braço esquerdo exatamente igual, mas este tipo de sucesso é raro! As coroas originais deste modelo possuem 50, 40 e 30 dentes, fabricadas em aço. Coloquei rodas com cubos shimano RSX (para 8 ou 9 velocidades), cujo desenho é o mesmo dos originais Shimano Exage. Os aros são novos, mas se parecem com os de época. O cassete de 8V é novo... e fico triste pq esta difícil de conseguir um como eu gostaria, mas logo chegamos lá. Os trocadores são Deore LX, de 24V, perfeitos em funcionamento, mas ligeiramente mais novos que os originais desta bicicleta, que possivelmente se parecem com Exage Country e 400LX. Há informações faltantes ou até mesmo incorretas na internet... então precisar o modelo é uma tarefa de pesquisa, muito com base na verificação de bicicletas originais de mesmo modelo e ano. O problema é que esta não é uma bike tão comum assim...
Pra não deixar passar em branco... certa vez fiz uma observação sobre os câmbios exage, de alguns modelos, cujo braço de acionamento do câmbio é uma peça separada do corpo e articulado com molejo. Tal dispositivo deixa muitos ciclistas curiosos e questionando a finalidade, aproveitando que o cambio traseiro em questão é com este tipo de construção, explico mais uma vez. O acionamento dos botões do rapid fire (as alavancas), geralmente possuem curso capaz de recolher o cabo de forma a trocar mais de uma vez a marcha em único acionamento. Com o dedo polegar acionando a alavanca até o fundo, sobe-se até três marchas de única vez. Isto pode desencadear um esforço súbito do sistema devido ao excesso de carga, então a mola no sistema serve para controlar o limite aplicado no cabo. Isto traz longevidade aos ajustes do câmbio, também protege o sistema. As situações foram superadas na atualidade de outra forma... e não podemos esquecer, não é necessário que um câmbio dure tanto assim. E quem duvida disto comparando ou afirmando que peças tops são tão resistentes quanto as antigas... pergunte para quem competia e agora trabalha como manutenção de bikes. Este biker dos anos 90 vai ter a resposta pra vc... sei pq já conversei com alguns com este posicionamento. 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A revolução do garfo amortecido...

Foto: Roberto Furtado / Bikes do Andarilho.com

Foto: Roberto Furtado / Bikes do Andarilho.com
           Há tempos que o homem busca por uma boa alternativa para obter conforto na bicicleta. Assim foi nos automóveis e assim é nas bicicletas. Certa vez, tive uma GT I-Drive 1.0, com garfo amortecido e balança traseira também amortecida com sistema de ar óleo, ambos da Fox. Isto foi em 2006 e sei que aquela qualidade tem um elevado valor, mas como não ter um valor elevado sem a popularização. E acho que o grande segredo da bicicleta esta guardado sem chaves e na frente dos olhos de todos... precisamos de uma popularização eficiente em bicicletas. Isto pode acontecer a qualquer momento, bastando que certos conceitos e modelos caiam no gosto do consumidor. Na década de 90, acredito que a suspensão mais popular de todas fosse esta que aparece nas imagens. Altamente eficiente na época... uma verdadeira porcaria se comparada aos materiais dos dias de hoje. Mesmo não sendo nada de bom em relação a atualidade, foi uma "ponte" importante para o presente. Com 20 anos, a Rock Shox em questão foi um marco na história dos garfos amortecidos... com 40 mm de curso, isto era uma revolução naquele tempo. Hoje é raro encontrar uma suspa com curso inferior a 80 mm, e nem estamos falando da qualidade. Hoje, vc passa por cima de uma oscilação e ela é absorvida, naquele tempo vc tinha apenas uma redução no impacto. E se comparar um garfo rígido a esta história, então a questão fica muito mais relevante. E nem estamos falando de garfos rígidos fabricados em alumínio... pq como todos sabem, alumínio não absorve quase nada de impacto. O que é mais curioso sobre estas suspas de época é que elas era ainda fabricadas para freios cantilever, com apoio de conduíte como aparece nas imagens. Hoje, sobre bikes novas, vou dizer que prefiro as mesmas amortecidas com a melhor suspensão que houver dentro de uma faixa de valor viável... mas sobre bikes antigas, não tenho dúvida alguma de que prefiro os velhos e bons garfos de Cr-Mo, principalmente os que possuem curvatura. 

Vou explorar mais este assunto...

sábado, 11 de julho de 2015

Entre o velho e o novo... fico com os dois!

Giant Sedona ATX series, ano 1994. Foto: Roberto Furtado / Bikes do Andarilho.com

Frame de Giant Atx, ano 2014. Foto: Roberto Furtado / Bikes do Andarilho.com
                   Há muitas opiniões quando o assunto é a tecnologia da bicicleta... eu mesmo, sou um fanático pela década de 90, a qual chamei muitas vezes de "a década de ouro da bicicleta". Há muitas escolhas e motivos para tais... "bicicletas são um elo estreito entre o homem e sua liberdade". Não há ciclista que discorde disto. Por muito tempo, vivi e usei bicicletas da marca GT, comprei duas novas nos anos 90. Uma delas foi a pé de boi da marca, uma GT Outpost, com grupo shimano altus e sis; a outra foi uma GT Karakoram, que era uma bicicleta de nível intermediário com grupo deore LX. Não sei onde a gente teria chegado se não fosse estas bicicletas, pois elas foram realmente uma escola importante sobre os anos 90. E sei que a conquista da bicicleta tem forte relação com este período. Ultimamente despertei pela bicicleta da marca Giant, pois em oportunidades me envolvi de forma desprendida com esta grande marca. Estou ligado a ela no momento por uma questão de uso... de verdade. Sei que a marca é muito elementar no que diz respeito a qualidade construtiva e já pude me inclinar sobre a preferência entre o atual e o passado. Escolho o passado, pois realmente me identifico com o passado pelo tipo de material utilizado em bicicletas. Contudo, não dá pra dar as costas a era atual por causa do material utilizado. É tecnológico? Sim! É bonito? Nem tanto como no passado! São fortes e bem elaboradas, mas o conforto tem suas vantagens e desvantagens. A velha história de sempre... é mais duro, mas é mais leve de maneira geral. Preferências são pessoais... e quando a delicadeza construtiva, a imagem das duas acima responde bem que classe é uma questão de época quando o assunto é estética! Nada contra o presente, pelo contrário... estamos em um momento ímpar da tecnologia. E ao meu ver, em pouco tempo teremos uma nova revolução construtiva sobre bicicletas. Nem alumínio, nem poliméricos, possivelmente aço... de alta qualidade, com novidades em técnicas construtivas. Assim são os ciclos de evolução com os materiais... o mais apto do momento, supera os demais. A era do carbono não deve passar do que já vimos... menos ainda os plásticos. O alumínio esta perdendo força para os aços em bicicletas não competitivas, prova disto foi a Interbike 2014, que em relação a 2013 já apresentou um crescimento estrondoso. Agora é aguardar... entre velho e novo? Fico com os dois, que fique claro! Eles se complementam...

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Em avaliação... Guidão Butterfly

Foto: Roberto Furtado

Foto: Roberto Furtado

Foto: Roberto Furtado
                   Havia muito tempo que eu queria testar este modelo de guidão. O butterfly é um guidão bem diferente de qualquer proposta tradicional, possuindo um apelo de reposicionamento e versatilidade na condução da bicicleta. A proposta dele é oferecer mais posições para segurar o guidão. Vale dizer que isto é muito pessoal... e vai ter ciclista que não se acerta, assim como os próprios modelos originais. Farei alguns apontamentos sobre os primeiros usos... mas somente uma longa utilização poderia determinar detalhes bem "estreitos" desta peça importante.


Versatilidade de posições e aplicação

                     O guidão butterfly possui três diferentes "pegadas". Nenhuma delas se aproxima de uma posição de guidão original, tipo rise, drop, reto, etc, pois esta versão de guidão oferece o deslocamento do eixo central do guidão. Utilizando a mesma mesa (suporte de guidão) se avalia facilmente que o guidão butterfly fica "adiantado ou atrasado" sobre a mesa. A diferença pode chegar por volta de 80 mm de recuo para trás e/ou de "adiantamento" (para frente) dependendo do modelo e fabricante do guidão. Também é notável que a altura do guidão se altera em relação ao modelo reto, ficando mais baixo que o original quando colocado na posição de bar end, e a barra adiantada ficará mais alta. Este artifício pode ser utilizado para corrigir algum posicionamento, ou mesmo pelo bike fiter. Para cicloturistas, ou mesmo para entusiastas, igualmente para ciclistas da mobilidade, torna-se uma opção de valor sobre o conforto. Há vantagens e desvantagens, mas de maneira geral se observa bons adjetivos. As posições não são nada esportivas... então fica claro que é um modelo para entusiastas. E sabe-se que o maior público consumidor em termos de volume de vendas esta ligado ao perfil de entusiasta. Possuir três posições distintas em um guidão pode ser um diferencial, inclusive para fixar acessórios, tais como faróis, suportes de celular e outros transportáveis necessários ao alcance das mãos.


Bar end

                    Na função "bar end" podemos dizer que há qualidade de igual forma se compararmos esta opção ao guidão com acessório bar end que foi posteriormente instalado como opcional. A vantagem no butterfly sobre os bar ends tradicionais, fica sobre a terminação logo acima, que devido ao formato do guidão, elimina completamente as pontas que podem ser perigosas no caso das quedas ou até mesmo a pedestres. Os pedestres que por infelicidade atravessarem a trajetória do ciclista, de forma acidental, inevitavelmente serão atingidos pela primeira parte da bicicleta que surge na trajetória. Esta parte do guidão com bar ends torna-se o primeiro contato da colisão entre bicicleta e pedestre. Mesmo que seja um acidente, alguns detalhes pequenos podem ser observados. Devem ser evitados alguns modelos de bar ends, sobretudo os mais antigos, pois algumas destes acessórios podem ser são extremamente danosos aos pedestres. Tal situação inexiste no butterfly, pois sendo continuado e curvo, eliminam-se as pontas nas extremidades. As terminações do guidão estão para dentro! Este fi um grande atributo do butterfly em termos de praticidade e segurança.


Maçanetas de freio... segurança?

                   É difícil saber o que cada um gosta de usar e como se sente em relação a segurança dos freios e posições de guidão, mas acredito que a maioria dos ciclistas se sinta muito mais confortável sobre segurança quando as maçanetas de freio se posicionam de forma paralela ao guidão. Para caso de guidão drop, de bicicletas road, se sabe que foram desenvolvidos para desempenho de estradeiras, por isto possuem um capítulo a parte sobre posição e não serão considerados aqui. Contudo, de fato, guiadores retos ou tipo rise são mais adequados a este comparativo por se aproximarem do quesito segurança. Me parece que o guidão reto se mostrou mais seguro que o butterfly pela questão da posição bem defensiva que permanece o ciclista. De qualquer forma, ainda sendo um guidão reto na posição principal (aquela que permanecem os manetes e trocadores), a mesma versatilidade do butterfly, impede afastamento das maçanetas de freio em relação a mesa... e isto poderia trazer mais estabilidade. Algumas pessoas referenciam-se sobre esta questão com o comprimento do guidão que se assemelha a largura dos ombros. É mais complexo do que isto, mas é importante destacar este limite do butterfly. 

Aço ou Alumínio

                É interessante chegar mais uma vez neste tema sobre materiais... mas afinal, como não chegar aqui se a questão é justamente sobre as bicicletas e componentes? Procurei pensar muito a respeito do modelo e qual seria a melhor alternativa para dentre as opções do mercado. Nós sabemos que produtos com elevado valor agregado carregam consigo grandes atributos, mas sinceramente não compreendo o fato de um guidão butterfly custar 400 reais. Não há justificativa para um guidão de conceito voltado para cicloturismo ou passeio custar mais do 200 reais. Pode ser uma questão de baixa rotatividade de um tipo de produto ainda... mas não será ao custo de 400 reais que ele se tornará popular nas vias de um país. Por isto, resolvi procurar por um modelo cuja característica fosse baixo valor final, mas também que fosse de aço... e explico. O design do guidão butterfly possui uma característica muito peculiar, cujo resultado se estende até o conforto sobre terrenos acidentados ou com potencial elevado de vibrações sobre o guidão. Ao segurar no guidão, o ciclista coloca seu peso e apoio sobre uma parte muito importante da bicicleta. Ao longo da bicicleta, as energias promovidas pela trepidação vão se distribuindo, dissipando-se ao longo do tubo! Até que as energias propagadas possam chegar as manoplas ou região de pegada principal do guidão butterfly, ocorre o efeito de dispersão destes transmitidos pela roda através do pavimento. Sabe-se, de longa data, que bicicletas de aço ou cromoly (cromo + molibdênio) são representantes do conforto nos campos da flexão, torção e vibrações, tanto que justamente este segundo material é utilizado na fabricação de molas automotivas, devido as propriedades exclusivas. Neste caso, assim como em muitos outros, o aço e suas ligas, levam grande vantagem quando o assunto é absorver vibrações. O alumínio é sem dúvidas o elemento indispensável na indústria da bicicleta... e cabe lembrar que ele é muito mais importante na elaboração de bikes de elevado nível técnico com finalidades competitivas (ou alguns tipos de recreativas), do que propriamente na fabricação de guidão e outros itens da bicicleta de cicloturismo. É como atacar uma mosca com uma bazuca... é como pensar em gramas reduzidas no guidão para uma bicicleta que carregará dezenas de quilos extras em bagagem. E ao custo do prejuízo de conforto.
Aparentemente, a peça testada é fabricada com um aço do tipo SAE 1020 ou SAE 1008, com acabamento cromado e tubo com costura (visível internamente). O valor deste guidão, comprado na internet em loja de SP, foi de 60 reais + despesas de envio. A peça em questão esta em teste em uma bicicleta Giant Sedona ATX series de 1994, fixada em mesa de cromo. Permanece a peça em teste por algum período, testada nas ruas de Porto Alegre.
Agradecimentos aos apoiadores deste blog de crítica especializada em bicicletas. 

domingo, 5 de julho de 2015

XCM de Candelária 2015




            A sétima etapa do campeonato gaúcho de MTB aconteceu neste domingo em Candelária e recebeu os ciclistas com a temperatura de 4ºC. Embora estivesse bastante frio, os ciclistas mais fortes do RS marcaram presença no evento. O trajeto com muitas pedras foi considerado, pelos ciclistas, como de alto grau técnico. A grande revelação foi na categoria Elite, com Fábio Garcia Lima, que pedalou forte durante toda competição. Fábio alcançou o lugar mais alto do pódio da Elite e, feliz com resultado ele disse em algumas palavras : "Consegui esta vitória com quase 38 anos de idade! Nada mal!" 
Com estrutura elogiada pelos competidores, a etapa foi apontada como uma das provas de andamento mais tranquilo, embora de difícil superação. Alguns tombos foram registrados, mas em provas de elevado nível técnico, e velocidade, tais ocorrências são comuns. Os socorristas foram ágeis nos atendimentos quando necessários. 
Com relação as paisagens... O tempo seco ajudou muito e o trajeto ofertou altitude e visão de mata nativa e propriedades ruais. O roteiro passou ao lado do Aqueduto de Candelária, patrimônio histórico da cidade, construído em 1870. O local possui um pequeno "museu", onde o visitante paga apenas dois reais para visitar o local que no passado foi um moinho ligado a diversas finalidades econômicas dos séculos 19 e 20. Um passeio pela região é a pedida imperdível... 

Imagens do XCM de Candelária 2015