segunda-feira, 20 de julho de 2015

Mais uma bike pra comentar... Giant Prodigy - Parte 01


Pedevela Exage 400 LX apresenta os sinais do tempo... mais de 20 anos!

Os freios cantilever receberam sapatas de freios novas, XTR. Muita eficiência agora...

Agilidade e precisão nos STI Deore LX de 24V.

Simplicidade nos aros e pneus, mas conforto e bom desempenho ao rodar pela cidade. 

Pintura apresentava marcas de uso, mas ainda com boa qualidade e resistência ao tempo.

Embora estivesse com garfo original, substituímos por um garfo com espiga mais longa para utilizar caixa aheadset std.

O que é a Giant Prodigy?
       
           Bom, acho que podemos dizer que é uma bike com multi perfil... Com rodas 700, a Prodigy é uma bike de uso diversificado. Se aplica bem o cicloturismo, pode ser usada com muita qualidade e segurança em mobilidade urbana e, ainda, se o destino for os maus caminhos esburacados de uma estrada de chão, poderá se aventurar, pois aceita pneus grandes como os 700 x 42C. O modelo em questão é uma velha guerreira de atribuição Fitness de acordo com o fabricante, contudo, como disse acima, se trata de uma bicicleta capaz de superar bons obstáculos e confiável em qualquer jornada ciclística. Comprei esta bicicleta com alguns poucos detalhes necessitando de atenção. Já não possuía os cubos originais e trocadores originais, também lhe faltava o selim da época e o pedevela do lado esquerdo esta trocado por um ching ling. Contudo, o valor foi relativamente atraente e algumas peças possuía em meu estoque de garimpo depois de anos desta prática de criticar e resgatar o passado. Me apaixonei tanto pela bicicleta que decidi ficar com ela... e tentei deixar a mesma com componentes de época. Sabemos que esta é uma tarefa praticamente impossível, mas deu pra sentir um pouco a travessia dos tempos. E surpreende ver uma bike destas com pintura original e com desempenho tão bom quanto algumas modernas. A geometria é espetacular! 

Os componentes

          Embora esta e outras bicicletas possuam mais de 20 anos, encontram-se frequentemente componentes de época circulando em vias das grandes cidades. Geralmente, tais componentes estão "embarcados" em bicicletas antigas. As vezes vc consegue propor ao dono, um valor ou troca de componente para fins de um estoque para o momento futuro; outras vezes é a salvação de um grupo completo em uma velha bike no lixão; ou nas listas e classificados vc encontra alguém se desfazendo de algo pq utilizou um moderno! Se encontra alguma coisa em bicicletarias velhas... hoje é difícil, mas no passado foi assim. Alguns profissionais da bike são especialistas nisto, tal como o amigo Antônio Adi, frequentemente são encontrados em feiras e exposições das antigas. 
Esta Giant Prodigy possuía um grupo Exage com versões do 400 e 500 LX, era comum na época encontrar um cambio dianteiro 400 e um traseiro 500 na mesma bicicleta, de fábrica. Os câmbios ainda eram originais... bem como freios e pedevela. Infelizmente, o lado direito do pedevela sofreu alguns tipo de problema, possivelmente de rosca espanada e foi substituído por um qualquer. Então, consegui o braço esquerdo exatamente igual, mas este tipo de sucesso é raro! As coroas originais deste modelo possuem 50, 40 e 30 dentes, fabricadas em aço. Coloquei rodas com cubos shimano RSX (para 8 ou 9 velocidades), cujo desenho é o mesmo dos originais Shimano Exage. Os aros são novos, mas se parecem com os de época. O cassete de 8V é novo... e fico triste pq esta difícil de conseguir um como eu gostaria, mas logo chegamos lá. Os trocadores são Deore LX, de 24V, perfeitos em funcionamento, mas ligeiramente mais novos que os originais desta bicicleta, que possivelmente se parecem com Exage Country e 400LX. Há informações faltantes ou até mesmo incorretas na internet... então precisar o modelo é uma tarefa de pesquisa, muito com base na verificação de bicicletas originais de mesmo modelo e ano. O problema é que esta não é uma bike tão comum assim...
Pra não deixar passar em branco... certa vez fiz uma observação sobre os câmbios exage, de alguns modelos, cujo braço de acionamento do câmbio é uma peça separada do corpo e articulado com molejo. Tal dispositivo deixa muitos ciclistas curiosos e questionando a finalidade, aproveitando que o cambio traseiro em questão é com este tipo de construção, explico mais uma vez. O acionamento dos botões do rapid fire (as alavancas), geralmente possuem curso capaz de recolher o cabo de forma a trocar mais de uma vez a marcha em único acionamento. Com o dedo polegar acionando a alavanca até o fundo, sobe-se até três marchas de única vez. Isto pode desencadear um esforço súbito do sistema devido ao excesso de carga, então a mola no sistema serve para controlar o limite aplicado no cabo. Isto traz longevidade aos ajustes do câmbio, também protege o sistema. As situações foram superadas na atualidade de outra forma... e não podemos esquecer, não é necessário que um câmbio dure tanto assim. E quem duvida disto comparando ou afirmando que peças tops são tão resistentes quanto as antigas... pergunte para quem competia e agora trabalha como manutenção de bikes. Este biker dos anos 90 vai ter a resposta pra vc... sei pq já conversei com alguns com este posicionamento. 

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