sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pensamentos em voz alta... de um ciclista Brasileiro

Entre tombos e resvalos, cair e insistir numa posição que sempre nos convence a voltar ao chão, parece estúpida teimosia. Carros, buracos, piso molhado, areião... que sempre tentam nos levar ao chão. Então, mesmo assim, insistimos! Penso sempre... Hei de ser forte suficiente ou então teimoso em demasia, para que assim veja a velocidade e o ruído do pneu, cantado baixo por Deus ao meu ouvido... "Voa meu filho!"
Roberto Furtado

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Larga na banguela...

Final de semana pela frente, e uma oportunidade breve de pedalar em Gramado. Não me convence muito a cidade, mas vou com minhas meninas correrinas... um prova de esposa e cunhada. Então pensei em voltar de bike, assim fazia um pré aquecimento para o Audax 300 km que se aproxima. Afinal, tenho tantos receios e dúvidas quanto ao meu preparo, que um teste cairia muito bem no momento. Lomba abaixo... um grande trecho é apenas descida, e depois, bom, depois de GT Transeo nada é impossível, até 150 km é tranquilo de devorar. Me assusta sempre é uma jornada superior a isto. Acho estranho quando lembro das provas do ano passado... dois Audax 200 que foram superados a duro sacrifício, e um Audax 300 km muito bem executado. Sim, incrivelmente, no km 285 do Audax 300 comentei com o Gelson que faria mais 100 km sem problemas. Depois destas experiências fiquei pensando que alguma coisa ajudou muito nos 300 km e outras coisas prejudicaram os 200 km. Vejo que era o dia certo, deu tudo certo, talvez uma boa alimentação, treino, confiança... sim, a mente acredita e o corpo de convence. Então este será o penúltimo finde de treino para os 300 km. O confessionário do andarilho, não poderia ter um título melhor. Depois de "gira roda, meu filho!", chega a vez de... "Larga na Banguela!" E assim quem sabe me convenço, ou a mais algum amigo, que insistência e confiança nos dão o prêmio maior, o da superação.
Roberto Furtado

sábado, 24 de abril de 2010

Reconstruindo mais uma GT (de Cromoly) - 4ª parte (fim)

Começo me desculpando, pois este post era para ter entrado no dia 22 de março, mas devido a diversos fatores precisei deixar de lado as fotos finais, também o término descritivo deste post. Por isto, embora esteja lendo somente hoje, considere a finalização do projeto para a data informada, e não para hoje. Hoje apenas limpamos e preparamos a bike para as fotos. Raul passou uma cera rápida e ficou atento para poeira deixada pelo pano. Segue o post detalhado...









Depois de alguns dias, chegamos ao fim de mais um projeto... A GT Oupost foi revitalizada, ressurgida das cinzas. Ao meu ver foi muito melhorada. Da versão original com trocadores simples indexados de 18 velocidades, surgiu o resultado das fotos de trocadores deore de 27 velocidades. Uma relação para asfalto das ruas de Porto Alegre, cidade que intimida pelas lombas, com subidas capazes de fazer muitos descer e empurrar suas bicicletas. Sim, tem muita lomba aqui que não se sobe, pelo menos não ciclistas mortais.
Na tarde da conclusão, Tchaka ligou e disse: "Roberto, a nave do grêmio esta pronta!" Bom, como não sou gremista e tampouco interessado em futebol, fui justificando a cor apenas por ter achado bonita. A Trek 470 mandei pintar de vermelho... então acredito que ele diga o mesmo, porém do inter. Não sei... rsrsrsrs De fato o futebol não me interessa, e tenho até um pouco de antipatia ao esporte mencionado. Não vem ao caso o motivo, mas aproveito pra dizer que o esporte tem gerado muita violência, escândalos com corrupção em resultados, etc. Me bastam os motivos e lamento por aqueles que idolatram o esporte. Fugi do assunto reconstrução da bike, voltemos.
A configuração da nave azul ficou assim:
- quadro e garfo GT Outpost;
- canote Zoom 26,8 mm;
- Guidão Zoom 25,4mm black;
- mesa Promax;
- selim Velo GT;
- cabos de câmbio GT;
- trocador dt/ts shimano SL-M530;
- cambio ts. shimano RD-M410;
- cambio dt. shimano FD-M412;
- mov. central shimanoBB-UN 26;
- cubos Fórmula cassete 9V;
- maçaneta freio vbrake promax;
- freio vbrake shimano BR-M422;
- cassete sunrace 9V;
- corrente vuelta F90 9V;
- aros Jalco double wall;
- pneus kenda kwest 26 x 1.5 black blue;
Coloquei a bike na balança e o peso aproximado foi de 11 kg.
A conclusão do projeto é logicamente muito satisfatória primeiramente pela estética da bicicleta que ficou muito boa, em seguida pela funcionalidade da mesma para cidade. Por último, foi recuperado um equipamento de deslocamento humano que não polui em nada e traz somente benefícios para o planeta num todo. Imagino que esta bicicleta esteja apta a desempenhar seu papel por mais 15 anos. Espero que este seja apenas um entre tantos projetos a finalizar. Gosto muito de fazer este tipo de trabalho, e a autonomia na escolha é algo que liberta o idealizador dos moldes, da vida urbana agitada, dos padrões atuais de bicicletas descartáveis e promove uma interação com pessoas de áreas tão diferentes. Fornecedores de peças (novas e usadas), prestadores de serviços, comerciantes de parafusos, etc. A bicicleta está disponível para interessados na compra. O link de venda esta abaixo juntamente com os links das etapas anteriores:
Especiais agradecimentos ao Tchaka e ao Raul. Ao Tchaka por montagem, ajuste... e paciência nas consultas. Também agradeço aos auxílios do Raul, bem como a cumplicidade para ajudar escolher componentes, sugerir e se fazer presente como amigo.
Montagem e Regulagem: Carlos Horn
Preparação para foto e consultoria: Raul Grossi
Projeto, fotos e texto: Roberto Furtado

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Caloi Cross Sport - reforma de uma old school made in Brazil 1

Alguns amigos sabem que sou um fanático por bicicletas da década de 90, aos leitores deste blog devaneio ciclístico isto tamém não é novidade. A novidade é que sou um fã das importadas, das grandes marcas. Nunca escrevi ou remontei uma Caloi, por motivos que já descrevi tantas vezes aqui no blog. O amigo Antônio me disse que teria um quadro e garfo de uma caloi de aro 700... inicialmente achei que estaria falando de uma Caloi 12, aquelas que vinham com peças Gipieme. Pra minha surpresa ele descrevera uma bike com pivôs de v-brake, que estaria sem tinta e adesivos originais... dada a idade da peça e mau estado de conservação. Mesmo assim pedi que ele me mostrasse a peça antes e vender. Com a peça em mãos, percebi que ele tinha razão, era uma das poucas bicicletas que a Caloi produziu em aço, específica para aro 700 e com o perfil que aceitaria grandes medidas de pneu. Um pneu 700 x 42 cairia muito bem ali, se no Brasil houvesse tal peça para comprar. Foi então que comprei do Antônio este novo desafio, e resolvi tentar refazer ele próximo de sua original configuração, porém com algumas peças da época e outras atuais e de melhor qualidade. Mandei pintar em epóxi na cor preta. As gancheiras dianteiras e traseiras trazem a inscrição Gipieme, e na abraçadeira de canote de selim apresenta-se a inscrição Caloi. Depois de muito pesquisar, descobri uma bicicleta igual a esta, já com péssimo estado de conservação, mas que ainda trazia os adesivos originais. No adesivo do top tube dizia "Cross Sport" e no down tube apenas Caloi, como tradicional era na época. O modelo era identificado no seat tube ou no down tube, sempre! A bicicleta era de 18 marchas, mas penso que de 18 para 21 marchas não mudam muito os valores de reconstrução, então parti direto para a idéia de trocadores de 21 velocidades. Arrumei algumas peças em meu estoque pessoal, dentre elas os freios cantilever da shimano, cubos shimano exage com núcleo de 7 velocidades. Separei também algumas peças novas, tais como um adaptador de espiga para medida de 21.1mm, mesa aheaset, guidão, pedevela, movimento central... procuro ainda por um cambio traseiro e um dianteiro. Creio que o trocador será um shimano de maçanetas de freio integradas, já com mostradores, coisa dos anos 90, pra variar. O quadro já retornou da pintura, e esta em fase de montagem. Ando meio atrapalhado no trabalho, por isto a montagem não será tão rápida, ou pelo menos não prometo.
Roberto Furtado

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Capacete com viseira by Sidnei Mazza






Quando vi o amigo Sidnei em um passeio com o capacete representado pelas fotos, percebi que haveria muito mais do que uma questão estética. Tratava-se de uma proteção!
É impressionante isto que chamamos de vida, e as pessoas que temos oportunidade de conhecer todos os dias... especialmente nesta maravilhosa cidade que chamamos de Porto Alegre. Embora seja eu um desiludido com a atual violência presenciada na querida terra natal, não posso deixar de dizer que os amigos fazem a diferença para que possa ser possível viver nesta metrópole. Voltando ao assunto do título, e ao autor da proeza bem sucedida, motivo desta postagem, confiro detalhes juntamente com os amigos que por aqui frequentemente passam. As imagens demonstram a forma de fixação da viseira no capacete. para melhor entendimento, explico o que me foi passado pelo amigo Sidnei. Sidnei estaria passeando de bicicleta pela cidade quando um inseto grande e não indetificado bateu próximo de sua vista. Então surgiu a idéia de colocar uma viseira que proporcionaria maior proteção ao rosto, evitando assim que o susto ou lesão pudesse colocar em risco a momentânea dirigibilidade na bicicleta. Sabemos que numa fração de segundos estamos em risco quando o assunto é pedalar pela cidade. No susto de um inseto batendo no olho, poderíamos perder rapidamente o rumo e batermos em um carro estacionado. Existe o risco...
Então este foi o motivo que fez Sidnei elaborar a instalação da viseira. Com a gentileza das fotos tiradas e cedidas pelo amigo, repasso a todos.
A confecção se justifica, mesmo que um semelhante exista, pois um capacete para ciclismo com viseira custa muito mais do que o valor investido no projeto. Encontrei algumas opções, porém todas elas com valor superior a 500 reais. A viseira que tem custo de 10 reais em lojas de motociclismo pode ser instalada em capacetes de qualquer valor, viabilizando a idéia protetiva da face do ciclista.
Fotografia e Projeto: Sidnei Mazza
Texto devaneio: Roberto Furtado

Um Audax 300 km para os voluntários... a vez do fotógrafo!

Então turma... depois de algumas conversas entre voluntários, e pensando na importância destes para os eventos Audax, foi idealizado uma extra Audax. Tal prova seria realizada para disponibilizar uma oportunidade para os voluntários que precisam e desejam alcançar o brevet, e que nas habituais datas estão participando na organização de provas onde os amigos tem a oportunidade de pedalar. Foi definida a data, em princípio, para o dia 14 de maio deste ano. Haverão poucas pessoas pedalando, creio que sejam menos de 20 participantes.
É definida a vez destes... dentre estes, eu, o fotógrafo. Desafiarei os belos 300 km para poder participar dos 400 km. Maiores informações podem ser obtidas com a Sociedade Audax.
Roberto Furtado

Novo projeto... single speed!

Dias atrás consegui um quadro com o amigo Tchaka, cheguei lá e ele havia guardado pra mim. Disse que lembrou de mim quando olhou pra sobra, numa limpa de depósito. Segundo o antigo proprietário do quadro, o quadro era uma Bacini, simples... pelo visto da década de 90. Me parece que o quadro é de aço, embora apresente um belo acabamento e fixações para bagageiro traseiro. O quadro era originalmente rosa, e depois passou verde metálico... esta bom, apesar de faltar o garfo e possuir um mínimo amassado no top tube (quase não se percebe). Com gancheiras na horizontal, entendi que este era perfeito para montar uma Single Speed (SS). Como sempre, quem guarda tem... tenho um garfinho de GT outpost guardado, e nele farei o aumento de espiga para sistema aheaset e conforto. Penso já na lista de materiais, e nela estão em vista:

- caixa de direção STD aheadset;

- espaçadores STD;

- canote de selim 26.0mm;

- selim ?;

- cubo dianteiro;

- cubo traseiro;

- engrenagem peão de 13-14 dentes;

- pedevela 42 dentes;

- freio e maçanetas para cantilever;

- pneus finos 26 x 1.25;

- aros vzan extreme;

- guidão ?;

Para uma single penso que isto já é uma porção de peças, mesmo assim acho que o quadro e a intenção da idéia vale o sacrifício. Assim que estiver com a pintura pronta, começarei a montar, sem prazo para terminar. Mesmo se tratando de bike simples, o custo e o tempo para montagem são detalhes que impedem a rápida finalização do projeto.

Roberto Furtado

terça-feira, 20 de abril de 2010

Peças Antigas - Garimpo

Procurar peças antigas para restauração das bikes antigas é uma excelente distração para aqueles que valorizam as bikes de Cr-Mo. Muitas vezes nos surpreendemos com o valor e a disponibilidade de certas peças. Peças fora de linha podem ser encontradas em todos os valores, simbólicos ou abusivos, por assim dizer. Dá pra ver das duas formas na internet. As vezes, em lojinhas e oficinas pequenas também encontramos este tipo de material. Também é comum ver bikes inteiras e originais em briques, porém não costumo visitar estes... Prefiro visitar as pequenas lojas. Em meu estoque pessoal, depois de alguns anos garimpando, não é rara a vez em que consigo recuperar uma bike antiga, ou peça antiga. Guardo até mesmo as pecinhas boas de cambios estragados, embora esteja ficando difícil de driblar a minha mãe, pois minha oficina fica na casa dela. rsrsrsrs
Dias atrás, navegando pelo mercado livre encontrei um cambio traseiro shimano GS200, peças simples, mas bastante funcional. Fechei o valor com o vendedor e recebi em casa... abri a caixa e lá estava o cambiozinho, como o vendedor descreveu. Possuindo algumas marcas, mas em excelente estado de conservação, em especial sem folgas e com a mola vigorosa. Tenho certeza de que este vai para a prateleira dos usados em bom estado de minha oficina, e logo que houver uma merecida aplicação, estará realizada a tarefa de estoque. Muita gente não acredita nestas coisas... guardar velharias, estocar coisas que não se usa mais. Já eu penso que o uso e a necessidade é que respondem por isto. Lamento mesmo é que muita coisa já não existe mais, em especial estas peças da década de 90, que me parecem muitas fortes e coerentes em design. Uma opção muito pessoal, mas também comercial... ou pensemos que as peças atuais são tão duravéis quanto um corte de cabelo, ou acreditemos que as velharias da década de 90, além de ecológicas são muito especiais ao bolso...
Roberto Furtado

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Projetos de reforma em andamento

Estou colocando alguns projetos em andamento... reformei as duas GT outpost (uma amarela e outra azul), aliás fiquei devendo o último post da azul, com vista inteira da bicicleta. Este post não foi esquecido, apenas não tive tempo para realizar a foto que preciso para finalizar.
Depois desta ainda estou por retomar alguns projetos... por isto vou listar os mesmos, e desta forma amenizo a ansiedade dos amigos curiosos.
Em diferentes fases de processo de reforma, tenho os seguintes modelos:

- Trek 470 1996;
- Trek 800 1997;
- Caloi Cross Sport (aro 700) não descobri o ano exato;
- Specialized Hard Rock 1995;
- Bacini (Single Speed) não descobri o ano;

Projetos aguardando peças, pintura, sem qualquer etapa iniciada:

- Peugeot Single Speed
- Peugeot Turismo 3
- Bernardi
- Giant Alegree
- GT Outpost 1994
- Trek 800 longtail

Estou pensando em pegar um dos modelos e fazer do início ao fim num processo passo a passo, inclusive ainda sem pintura. Desta forma dá pra ver como dá trabalho reformar uma bicicleta. rsrsrsrsrs
Roberto Furtado

segunda-feira, 12 de abril de 2010

7ª Volta Ciclística Internacional de Gravataí


14 de abril de 2010
- 1ª Etapa: Prova de estrada de Gravataí a Torres = 180 km
15 de abril de 2010
- 2ª Etapa: Prova de estrada de Torres a Cambará do Sul = 140 km
16 de abril de 2010
- 3ª Etapa: Prova de estrada de Cambará a Canela = 160 km
17 de abril de 2010
- 4ª Etapa: Prova de estrada de Canela a Gravataí = 110 km
18 de abril de 2010
- 5ª Etapa: Prova de estrada de Gravataí – Taquara – Rolante – Santo Antônio – Glorinha – Gravataí = 150 km
Acompanhando o site da FGC fiquei sabendo da prova que ocorrerá nestes próximos dias e que tem a maior importância não só no ranking brasileiro como também para seletiva para os atletas que participarão na Olimpiada de 2012.
Me chama a atenção é a quantidade de km percorridos em 5 etapas, cada etapa no dia seguinte, o que impede do atleta descansar. Não entendo o ciclismo neste porte e nível, pois minha ligação não é com provas válidas para ranking nacional e internacional. Embora tenha participado humildemente desta forma no passado. Espero que os participantes consigam realizar a prova sem lesões nestes 740 km. Não acho que seja difícil percorrer esta distância em 5 dias, acho que percorrer esta distãncia abaixo de "pau" é que é difícil. No entanto, entendo que estes ciclistas estarão preparados e que se sujeitarão a este tipo de evento. Sei que muits esperam por esta prova meses a fio...
Boa sorte a todos.
Roberto Furtado

domingo, 11 de abril de 2010

GT Rave - Ressurreição da velocidade 1

Já tem muito tempo que tentava remontar esta speed. Comprei ela nem me lembro quando, mas acredito que a uns 2 anos atrás. Entrei no mercado livre, e no anúncio informava o valor que na época pareceu bastante atraente. Tentei ampliar as péssimas fotos postadas pelo vendedor, e consegui ler o modelo da bicicleta. Vi que se tratava de uma Rave, e que estas eram fabricadas em Cr-Mo. Tive receio do quadro ser grande para mim, e de certa forma seria... especialmente nos atuais conceitos, onde as bikes de tamanho 18" parecem nanicas (apenas citando um tamanho). Mudaram a forma de medir, mudaram as geometrias, e nada é mais como na década de 90, onde acredito ter me encaixado. Fico sendo aquele um "homem fora do seu tempo", mas não me importo, pois sei exatamente do que gosto. Gosto destas magrelas... as magrelas fabricadas em Cr-Mo. Chegando em Canoas, encontrei o endereço do vendedor, pertinho da Universidade. Lá estava ela... praticamente doente, morta! Havia fita no guidão, mas não fazia diferença nenhuma, pois "maltrapilha" estava a dita. Tudo que possuia cromado, estava morto... ferrugem, até pelos olhos da bike. O quadro se apresentava razoável, embora possuisse muitos piques sem tinta e já com ferrugem. O cara meio que se ofendeu quando disse que ela estaria dormindo no tempo... Barganhei mais um pouco, ele deu uma insistida, dizendo que ela só precisava de pneu. rsrssrsrs
Não era exagero meu não... mas a bichinha tava com a mesa de cromo descascada e enferrujada, as peças de aluminio eram foscas, e os cromados mesclados com ferrugem. No fim deu tudo certo, acertamos o valor, trouxe para casa e deixei guardada. Comecei a desmontar e fui vendo o que seria aproveitável. Arrumei um garfo de Cr-Mo da marca spinner, já com espiga aheaset longa, e mandei pintar. Coloquei na bike uma caixa de direção sem rosca, preta, discreta. Comecei a montar com o que tinha em casa. Receu mesa e um selim novo, canote... e o restante era usadinho bom, guardado com carinho em casa, justamente para uma bike destas. Levei no Tchaka, e ele com a maior boa vontade montou e ajustou, deu o devido merecimento para o novo brinquedo. Coloquei duas fitas de guidão, uma sobre a outra, pois uma só achei que ficou duro. Desta forma melhorou o conforto. Os pneus também usei maiores que os originais, de medida 700 x 28, deram mais conforto. Neste sábado a tarde, saí para encontrar o Raul e fazer um teste na bike. Gostei... é muito diferente do tenho hoje (uma GT Corrado e uma GT Transeo), mas a diferença é que torna o brinquedo mais divertido.

Foto: Raul Grossi
Texto: Roberto Furtado

sábado, 10 de abril de 2010

Garfo para 700C... sonho distante!



Tem sido apenas sonho de consumo... O garfo amortecido ou um garfo rígido em Cr-Mo para aros 700 c tem sido algo impossível de achar. Outro dia até achei, uma suspensão para aros 700, mas fiquei meio preocupado com a qualidade do brinquedo. Achei meio duvidoso, e se tratando de roda dianteira não dá pra brincar. A qualidade deve ser mínima no garfo dianteiro, seja amortecido ou rígido. A idéia de garfos amortecidos, como as opções que podem ser vistas acima, cujo o amortecimento fica acima da caixa de direção, é uma idéia um tanto quanto interessante. Imagino que este mesmo garfo possa se tornar rígido, se não possuir este recurso.Infelizmente nossos importadores e distribuidores do segmento ciclístico não acreditam no mercado. Talvez até tenha razão, pq com esta avalanche de bicicleta de supermercado não há como gerar uma cultura favorável a bicicleta. O trânsito conspira contra o ciclista, tem bicicleta descartável no supermercado, e dentre outros problemas, como lojistas que nem sequer amam o que vendem. Então fica difícil mesmo...
Roberto Furtado

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dia Nacional do Aço - 09 de Abril

O emprego do Aço na atualidade é muito mais do que necessário, o aço é hoje vital ao homem. Sem este metal, possivelmente, jamais teria ocorrido a evolução. Muitas das ferramentas fabricadas em aço e suas ligas produzem a estabilidade que chega em nossas mesas, em nossas casas, viabilizam o trabalho distante de casa, dentre outras circuntâncias. Para mim a bicicleta se tornara a maior invenção do homem, pois é nesta e em suas diferentes formas e intenções que o homem se liberta de seus excessos... tornando sua existência compatível com o planeta. Grande amizades se formam pela bicicleta, e responsável é o material por esta possibilidade. O Aço nos permite a defesa, a manutenção e criação de objetos, a transmissão de dados e energias, bem como a construção de grandes obras da engenharia civil. Sem o Aço, não há vida... e a verdade é que até nosso organismo necessita de Ferro, principal material de composição do aço. O Aço é Fe + C, a combinação do ferro + carbono originou quimica e fisicamente, uma gama de possibilidades que talvez a maioria dos homens não compreenda sua importância. O aço pode possui elementos em sua composição, responsáveis por redução de atrito, elasticidade, durabilidade, dentre outras caracteristicas necessárias.
Uma vez escutei uma história sobre a lenda do Aço, contada por um falecido professor. Dizia ele que a lenda sugeria que um homem escravo havia caído no tanque de Fe líquido, e que este havia se misturado com o metal. Na verdade esta suposição lendária indica que o alto teor de carbono no corpo humano, teria acrescentado o a composição do Fe, e desta forma descobriu-se o Aço. Diz ser uma lenda, mas quem duvida disto? Seja como for, o aço foi descoberto e hoje temos maravilhosas bicicletas graças ao bom e velho Fe + C. Fica então a homenagem ao Aço, por este dia de reconhecimento.

Roberto Furtado

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Canote de Selim - medidas

Aproveitando uma citação sobre o problema de canote de selim, muitas vezes difíceis de encontrar, resolvi listar alguns. Os mais comuns são estes cujas bicicletas nacionais utilizam a medida, mas existem outros tantos. Se alguém quiser complementar a lista, sinta-se a vontade, farei a atualização considerando a informação. Também colocarei ao lado a informação sobre a dificuldade de encontrar nas lojas (basei-me no mercado de Porto Alegre). Considerei "fácil" para os canotes encontrados em 3 ou 4 lojas, moderado para os modelos encontrados em 2 lojas, difícil para os modelos encontrados em apenas 1 loja, e os indisponíveis.Não revelarei nome das lojas, pois isto seria oferecer vantagem para uma ou desvantagens para outras, lembrando que durante o ano as lojas podem sofrer variações de estoque, podendo ser impreciso nestas considerações. Também dterminei o comprimento mínimo de 300-350 mm, pois algumas versões são encontradas em medida inferior a esta estabelecida, aplicáveis exclusivamente em bikes speed, porém tornam-se tão restritos na aplicação que deixam de ser aplicados em algumas bicicletas.


- 22.2 mm = fácil
- 25.0 mm = indisponível
- 25.4 mm = fácil
- 25.6 mm = indisponível
- 25.8 mm = indisponível
- 26.0 mm = indisponível
- 26.2 mm = indisponível
- 26.4 mm = indisponível
- 26.6 mm = indisponível
- 26.8 mm = fácil
- 27.0 mm = indisponível
- 27.2 mm = moderado
- 27.4 mm = indisponível
- 28.6 mm = difícil
- 29.2 mm = indisponível
- 29.8 mm = indisponível
- 30.4 mm = indisponível
- 30.8 mm = indisponível
- 31.6 mm = difícil
- 31.8 mm = indisponível
- 34.9 mm = indisponível


Algumas destas medidas não são disponíveis nem no Brasil! Imagine aqui em Porto Alegre.

Roberto Furtado

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fleche Velócio 02.04.2010 - Algumas imagens






Minha participação nesta prova como voluntário foi bastante humilde... fiquei de acompanhar a equipe das fotos nos quilômetros finais. No dia 02 tarde de noite, liguei para o Carlos, um dos ciclistas da equipe Tour de Páscoa. Me coloquei a disposição para qualquer necessidade emergencial e combinei de ir de encontro aos colegas por bolta das 7:20 da manhã de sábado. Encontrei a equipe entre os dois pedágios da BR 290, precisamente entre o pedágio antes do acesso de charqueadas e o viaduto que segue em direção ao Porto Alegre. Lá estavam os "cavaleiros" do "Tour da Páscoa" cansados... mas nem tanto, pq para fechar o tempo eles deram um gás que me surpreendeu. Pow... depois de pedalar 360 km, os garotos ainda conseguiram fazer uma puxadinha. Não é fácil... e quem duvidar, que faça a prova. Praticamente 2 audax de 200 km, ao ritmo dos companheiros, que nem sempre é o ideal. Parabenizo pelo feito, e invejo pela oportunidade.
Fica meu abraço aos 13 participantes que concluiram e aos que quase conseguiram.
Veja mais em:
Sociedade Audax

Roberto Furtado