quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Saindo de Porto Alegre por alguns dias...

É exatamente assim que me sinto... pé na estrada! abs

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Um tributo ao prazer de pedalar

Cesar Dosso
Muitos dizem que a bicicleta é a maquina mais perfeita criada pelo homem. Eu diria que sua inspiração é divina.  Ela reflete o homem e seu tempo, uma vez que evolui junto com seu criador. É uma ferramenta completa, simples e multifuncional. Imagine um mecanismo que serve para transportes, exercícios, integração com o meio ambiente... fazer amigos! Tudo junto, além de te dar um prazer único.
É nesse momento que tudo faz sentido, a bike é um projetor da alma humana. Considerando que tudo que fazemos nela ganha uma maior amplitude, percebemos o quanto temos potencial para crescer, como parte da natureza.  Enquanto pedalamos o horizonte muda no tempo certo, nem tão rápido quanto de carro, nem tão lento quanto caminhando. 
Pedalar é viajar usando o coração como motor. É usar o sentimento como guia, também é sentir-se parte da engrenagem.  
Embora pedalar seja em muitos casos um ato solitário, quem o faz não se sente dessa maneira.
Eis um dos mistérios mais incríveis, seria como se a bicicleta fosse um elemento vivo, um bom conselheiro, um amigo fiel. Aquele que inspira a ir além, a se superar sempre, a te ensinar que humildade rima com felicidade.
O que dizer de um veículo que ao mesmo tempo que funciona faz seu motor ficar mais potente e econômico? Que nos torna minimalistas, descobrindo que para ser feliz e sentir prazer não precisamos de muita coisa. 
Essa simplicidade aparente que envolve o ato de pedalar faz da bicicleta querida por todos. Nela não existem diferenças de classe, credo, cultura... todos são ciclistas. Poucas alegrias no mundo humano se comparam à uma boa pedalada com quem a gente gosta.
Para quem nunca andou de bicicleta eu descrevo a experiência como libertadora, é como reaprender a caminhar... é a sensação consciente de se atirar rumo ao abismo e voar. É sentir-se jovem de espírito e ter a certeza que a humanidade vale à pena. Pedalar por pedalar, eis o segredo.

Texto: Cesar Dosso

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

1ª Etapa do Camp. Gaúcho de Downhill - Grande!

Imagens do downhill
Começar a postagem com um "bom dia" pode representar muitas questões. O difícil é saber por onde começar, e se tudo deve ser abordado. Nota máxima para os atletas, fora e dentro das pistas. Os meninos voadores encantaram ao público. Principalmente no gap de saída, também na intermediária onde ocorreram muitos tombos, e pulo da chegada. Neste último ocorreram os tombos mais fortes, devido a curva na chegada, e ao local de "pouso" fofo que antecedia a chegada. Fiz uma grande coleção de imagens com mais de 800 registros no Ninho das Águias, este link em negrito. Na maioria das imagens em meio ao mato, onde a luz era muito restrita, utilizei um pouco mais de técnica para melhorar a qualidade do trabalho e para valorizar o esporte. Espero que os ciclistas percebam estas diferenças. Recebi muitos elogios pelos trabalhos que tenho feito pela FGC e pela bicicleta. A gurizada é show mesmo... A gente esta em família naquele meio. Estou preparando um texto que interessa a todos do downhill, de forma entusiasta e lúdica! Antes, preciso terminar alguns trabalhos para a Revista Bicicleta, pois o fechamento da edição de Março ocorre agora, nesta semana. Vou ficar por aqui dizendo que os meninos são ótimos, e que este ano promete como talvez poucos anos se imaginou. Este ano o bicho vai pegar. Temos atletas fortes, temos qualidade, e aqui é a terra do Downhill no Brasil. 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O FMB 2013, Bike Pólo e esperança... Roda pra frente!

Imagens do FMB 2013
Gurizada amiga, minha jornada junto ao FMB 2013 se encerra aqui por motivos de outro trabalho. Gostaria de dizer que agradeço a oportunidade de conhecer novos amigos e colegas, também por reencontrar amigos de outras localidades. O FMB tem esta finalidade e obrigação, nos aproximar. Seja qual for o papel que cada um representa dentro de uma comunidade ciclística, a responsabilidade é uma necessidade que abrange a todos. Sejam espectadores, palestrantes, organizadores, testemunhas das próximas mudanças. Um dia, tudo que foi conversado e registrado, será uma lembrança de tempos difíceis onde se acreditava na mudança, e por isto a insistência. Quando este dia chegar, todos estaremos orgulhosos, pois o objetivo coletivo foi atingido. Parabenizo a todos, principalmente aqueles que em meio a responsabilidades, conseguiram sorrir e contaminar os próximos com a mesma alegria. Agora, é roda pra frente... amanhã cedo estarei em Nova Petrópolis, para ajudar com outra semente da bicicleta. A semente do esporte downhill. 

Esporte de futuro?

Bike Pólo na Bike Expo 2012
Sábado pela manhã... mais um dia de FMB. Fui dar uma olhadinha nos eventos na casa de cultura Mário Quintana. Tudo muito parado, acho que a turma caiu na farra a noite, e não quiseram levantar cedo. Mesmo assim, o que havia programado, estava acontecendo ou por acontecer. Dali, fui a cancha de esportes da Pepsi, nas proximidades da Rótula das Cuias. Lá estava meninos loucos da bicicleta mais singular... de rada fixa ou livre, minimalistas, perfeitas. Me ajeitei e logo começou o joguinho... Bike Pólo. Coordenador da brincadeira, também instrutor, o entusiasta do esporte, vindo diretamente do Rio de Janeiro para alimentar a prática... Gustavo Prieto. Obviamente, ou loucos, nós ciclistas, babávamos e ficávamos loucos para experimentar. Trabalhando estava, também não tenho uma bicicleta para esta finalidade, embora Gustavo afirme não ser necessário. O esporte é tão legal, principalmente a céu aberto, que quem passava na volta não mantinha a linha, precisava parar e prestigiar. Contagiante! Eis um esporte da bicicleta, aos nossos olhos, totalmente alternativo... deve se popularizar, ainda em amadurecimento de idéias, de participantes. Vamos ver como fica isto... Adorei. A vontade era de subir na bicicleta e sair espancando a bolinha com o taco. Será? Acho totalmente viável, bastando que o surgimento pelo espaço seja possibilitado. Fiz algumas fotos... hoje a noite, postarei as mesmas. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Fórum Mundial da Bicicleta...

Imagens do FMB 2013 (nesta foto, Gustavo Prieto / Ciclo Courier )

Sabemos que muitos colegas da amiga bicicleta não puderam estar aqui em Porto Alegre para o Fórum Mundial da Bicicleta. Seja pelo motivo que for, e existindo o desejo, a única forma de amenizar este sentimento é sabendo o que esta acontecendo por aqui. Podemos garantir a todos que o FMB 2013 é um sucesso, com o grande trunfo das relações humanas que ocorrem. A riqueza é uma virtude deste grande show. Trocas de idéias, soluções pequenas ou grandes, descontração, oportunidade de debater assuntos que interessam a ambos os envolvidos. Isto é um Fórum Social... neste caso, da bicicleta. Sempre a bicicleta que consegue triunfar sobre qualquer obstáculo. A bicicleta, salva! Para não deixar os colegas ausentes com sede de saber... segue o link que estamos produzindo, cobertura fotográfica da Revista Bicicleta. Ainda não concluímos, mas estamos atentos, de perto, para não deixar escapar quase nada. 

Revista Bicicleta... edição de Fevereiro!


Largou... Fórum Mundial da Bicicleta bombando!

Imagens do FMB
O primeiro dia do FMB 2013 foi marcado por alegria e reencontros. O comportamento é um processo que descreve um povo, uma tribo! Os ciclistas são ativistas em favor de algo, que não representa melhorias somente para eles mesmos. Um mundo de bicicleta, livre, significa mais segurança nos trânsito para motoristas, pedestres, motociclistas e até para os anjos da guarda. Ciclistas de todo Brasil, tais como colegas do Pedala Manaus, do extremo norte do País, vieram para valorizar a bicicleta e tudo que ela carrega como veículo da paz. A oportunidade de trocar idéias, informações, polemizar os assuntos que causam descontentamento para a comunidade ciclística é uma forma de transformar o medo ou receio em força. Para aqueles que pensam em desistir, eis o momento... para aqueles que estão fortalecidos, venham também, pois temos um momento único aqui. A tranquilidade do evento pode ser descrita por alegria, seriedade e voluntariado.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

As reflexões de sempre... mudar o mundo!

Em pleno período de FMB (Fórum Mundial da Bicicleta), assusta o caos do trânsito ocorrido na tarde de ontem em Porto Alegre. Estava eu visitando clientes, me deslocando de um lugar para o outro nas proximidades do Parcão quando a chuva resolveu apertar feio. Trânsito trancado por um motivo que nem sei qual é... e logo fui surpreendido por uma rua baixa, cujo o volume de água acumulada assustava. Não era possível definir calçada e rua, exceto pelos postes e árvores. É tipo andar as cegas... Tampas de bueiros cuspiam água tipo ornamento, escondendo o perigo, principalmente para pedestres e motociclistas. Diante aquela situação, ficar preso ali e arriscar ter o carro engolido pelo volume de água que aumentava, decidi observar os mais corajosos ou com carros maiores, e tentar uma fuga. Passou um carro, com dificuldade, água quase no farol... Então, pensei. Vai dar... engatei a primeira e fui nela do início ao fim. Durante a travessia de uns 100 metros, quase desisti, percebendo que o carro afundava cada vez mais. No entanto, olhei para o espelho retrovisor, e dois motociclistas aproveitavam o abrir das águas produzido pelo meu carro. Não podia deixar aqueles viventes na mão... toquei, e vi o barulho do motor abafar. Passei, aliviado. Depois, escolhi caminhos altos... Chegando próximo da Avenida Neuza Brizola, fui obrigado a esperar, pois os carros faziam fila em um "trancamento" coletivo, devido a profundidade que ocorria no cruzamento. Durante este período, ouvi no rádio que um taxista havia se afogado. Não dizia a causa, mas acredito que o pobre homem tenha se desesperado e "tido um treco", afogando-se. Quem diria que em plena Voluntários da Pátria, alguém se afogaria? Pq? Posteriormente, escutei no rádio que alguns ciclistas pedalaram pela chuva, de forma tranquila, sem o medo de perder seus veículos. Carros se afogam, bicicletas, não! Acho que bicicletas podem ser usadas em até um metro de água, não vejo problemas grandes nisto, exceto pelo prejuízo dos tubos internos, também para os sistemas de movimentos lubrificados. Os movimentos perderão lubrificante iniciando um processo de corrosão de componentes tão importantes a bicicleta. E a culpa é de quem... a culpa é de todos, mas a responsabilidade é das prefeituras, governos, assalariados para executar melhorias que não acontecem nunca, ou que são extremamente mal planejadas. Quando este povo vai acordar... paguei cerca de 400 reais pelo IPVA de um automóvel com mais de 4 anos, e que não tem nem mesmo luxo. Para onde vai este dinheiro, arrecadado deste e de toda a frota veicular brasileira? Para o bolso dos políticos, cargos de confiança e funcionários comodistas. Em Porto Alegre estamos sempre despreparados, tudo é imprevisível numa cidade onde os responsáveis não enxergam 1 palmo diante do nariz! O desabafo na pergunta com resposta! "Prefeito... tá achando que sou trouxa?" Sim, sou... sou culpado por você, inútil, e todos estes demais farsantes que se dizem representantes do povo. Votamos e suportamos um sistema falido, garantimos o pão de cada dia de políticos nojentos, desmerecedores do valor pago, e principalmente desmerecedores da confiança que atribuímos a eles. Enquanto isto, ficam cheios de voz macia, alegando e prometendo melhorias irreais. Digam  isto ao Taxista, que faleceu... ou melhor, a sua família. Faltou muita coisa... mas faltou principalmente, competência e ética! Mudar o mundo pode não ser possível para um blogueiro de merda como eu, cuja a arma é a ferramenta de eternizar momentos (máquina fotográfica), mas posso dizer a verdade, e obrigar os responsáveis a dormir com esta. Minha indignação é o arroz azedo que terão que mastigar... leva esta!

Fórum Mundial da Bicicleta 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

1ª Etapa do Campeonato Gaúcho de Downhill

Recomeçando o ano para o Downhill Gáucho, entramos na contagem regressiva para a primeira prova de 2013. No Ninho das Águias, em Nova Petrópolis, acontece no dia 23 de Fevereiro o qualify. Dia 24, treinos pela manhã e oficial a tarde. Pontuação zerada para todos, oportunidade para quem quiser se destacar entre os grandes. Pilotos animados não faltarão, pois recentemente tivemos em Santos (SP) o downhill das escadarias, veiculado em todo Brasil pelos jornais e TV. Com aproximadamente 10 etapas no calendário oficial da FGC, o campeonato gaúcho de DH promete ser apertado. Pilotos que antes não eram tão experientes, começam a mostrar os dentes em descidas velozes e técnicas, misturados entre os grandes. É hora de acordar, pois a primeira etapa dará o ânimo, também os primeiros sinais de quem vai liderar o circuito. O tempo instável é uma sugestão de que a pista deve estar um pouco úmida em determinados trechos, mas se fizer tempo seco nos 3 dias que antecedem o evento, a velocidade vai pegar. Por outro lado, pilotos como Gabriel Lanfredi, adoram pista molhada. A técnica de cada um é o chão dos sonhos, onde pilotos tem o desejo de voar, assim como meninos. E quem não deseja voar? Em terra de gigantes, um dos maiores pólos de pilotos do Brasil, a região sul mostra que a qualidade se intensifica a cada etapa. Uma progressão assustadora... uma legião de pilotos com sangue nos olhos, faca nos dentes, mãos que arrocham manoplas! 

Nas escadarias de Santos... downhill da mídia!

Polc na 2ª etapa do DHU do Vinho (RS)
O Brasil se voltou para o downhill nas escadarias de Santos. No dia 17 de Fevereiro de 2013, o eslovaco Filip Polc fez nova aparição e garante o lugar mais alto entre as estrelas voadoras. No pódio estavam tambem Marcelo Gutierrez, Wallace Miranda, Antônio Leiva e o jovem Roger Vieira, nesta ordem, respectivamente. Considera-se um grande destaque a quinta posição conquistada por Vieira, menino voador de Santa Catarina. Aos 22 anos de idade, Roger é uma promessa. Participa ativamente nas provas de Downhill no RS e SC, sempre com presença confirmada nos DHUs. 
Os tempos, entre o primeiro e o quinto, distantes por pouco mais de 3 segundos. Provando que este esporte não aceita erros, e exige a maior técnica que permita descontar toda fração da contagem. No estilo, não há valor para quem enfeita... campeão é aquele que devora os milésimos de segundos entre fortes pedaladas, curvas perfeitas e decoladas com aterrizagens copiadas ao solo. O esporte que tem crescido, e apontado como maior interesse ao espectador que admira a bicicleta, escreve uma trajetória que coloca o Brasil culturalmente em um patamar mundial. Aqui, temos grandes pilotos, mesmo com pequena valorização da bicicleta. Um país, 2º maior fabricante em quantidade de bicicletas, a margem da coerência. Mudar é preciso, e somente um esporte forte como o downhill que cativa o público, poderá traçar a história dos pedais e das rodas raiadas. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A fotografia e o tempo que ganhei...

    O curioso sobre a vida é que você pode fazer o que bem entende da sua, porém toda decisão acaba fazendo parte do resultado que você atribuiu a estrada construída. Teve um tempo em que me perdi por entre os grãos de areia que estavam no caminho. Sim, existiu este período onde as dúvidas me deixaram sempre sem um rumo. Prova disto que comecei e não concluí duas faculdades que iniciei. Lamento por não ter feito as melhores escolhas profissionais em tempo hábil e relativo a minha necessidade, porém afirmo que cada passo, sendo precoce ou tardio, levará você ao lugar que um dia lhe cabe. Levei muito tempo para entender que o meu relógio sobre as decisões da vida não eram sincronizados com as pessoas que me cercavam. Isto não fazia de mim melhor, nem pior que eles... também não fazia deles pessoas menos importantes ou relevantes na minha vida. Cada vida que cruzou meu caminho, levo a parcela de aprendizado, de carinho, e de necessidade para a minha evolução. O tempo é um fenômeno incrivelmente inexplicável, e o que posso dizer sobre isto? O tempo é um fato ao qual estamos submetidos, mergulhados! Nele, vivemos as etapas, "um dia de cada vez", pela intensidade que for necessária. Verdade que algumas pessoas acabaram gastando o seu tempo com coisas erradas, hoje, olho por cima do ombro, espiadela para o passado, e vejo que alguns amigos e colegas se perderam. Se perder no tempo é o mesmo que ficar parado, deixar de crescer, deixar de evoluir. Alguns ficaram para trás, alguns poucos se meteram em confusão, outros simplesmente acabaram. Este é o ônus da vida, se você fizer mau uso dela, perderá muito. Perderá algo que não é muito perceptível neste momento, mas que fará falta em teu futuro. A fotografia respingou em mim em muitos momentos... quando criança, depois na adolescência e no comecinho da vida adulta. Eu não estava pronto para ela! Ela passou várias vezes, e a perdi... Contudo, tudo foi diferente por esta perda, e nem por isto foi negativo. Eu precisava viver aquele momento, e então, ali, eu ganharia mais um degrau para chegar exatamente onde estou. Onde estou? Estou em mim... nem menos, nem mais, simplesmente eu! Alguns pensam que as decisões erradas são tempo perdido, mas eu não acho. Acho que cada dor, cada momento incomodo, cada situação de fracasso, levará você a um patamar de maturidade que não pode ser superada de forma alguma pela teoria. A fotografia bateu na minha porta, um pouco depois que eu descobri que podia escrever... eu queria ser um eternizador do tempo, mas antes disto, descobri que possuía grande capacidade crítica. Cá estamos, eu, você, olhando para frente, e quando parados na brecha do tempo, olhamos para pessoas que se perderam. Algumas, podemos ajudar, outros, precisam fazer isto por si próprias, pois o tempo de cada um, cada um tem em destino. A maturidade virá, mesmo que tardiamente. Quando penso no tempo, penso nesta oportunidade de convívio com o amigo pescador lá de um lugar esquecido pela civilização. Consertar a rede requer "tempo", não é nada criativo, mas oferece um espaço temporal para reflexão que leva a maturidade. Um nó por vez, um passo por dia, um amanhecer pensativo. Quando penso em em fotografia, e o quanto demorei para chegar até ela como profissional, penso no tempo em que ganhei. Ganhei tanto... ganhei amigos, reflexões, oportunidades de visitar lugares e pessoas. Será que a vida precisa construir um sentido, ou ela busca fazer sentido por conta? Esta resposta deixo pra você, pq tenho certeza que ela virá com o tempo que cabe a você, de uma maneira que jamais viverei. A vida e o tempo são únicos para cada um!

2ª Etapa do Gaúcho de XCM em Nova Petrópolis

Imagens da prova
A prova de XCM em Nova Petrópolis teve disputa acirrada, vencida novamente pelo atleta Sergio Soares Cruz, da categoria elite. O trecho que passava pelo pinhal, bairro rural de Nova Petrópolis, possuia grandes subidas e descidas. Atenção, habilidade e um bastantão de freios foi preciso ter para evitar tombos. Ocorreram alguns tombos, alguns feios, mas nenhum com grande gravidade de prejuízo físico. O calor torturou muitos ciclistas, alguns reclamaram que a quantidade de água não foi suficiente nos pontos de apoio. As afirmativas foram encaminhadas a organização. 
A presença de ciclistas ultrapassou 200 participantes, que representa um crescente interesse e o sucesso da modalidade entre os esportes da bicicleta. O número de meninas também esta aumentando, e tal deve melhorar muito o nível competitivo na categoria feminina.
A prefeitura de Nova Petrópolis recebeu os ciclistas e visitantes de braços abertos, com apoio e presença de representantes. A cidade é muito bonita, o trajeto idem... e tudo indica que a próxima prova que lá acontece no Ninho das Águias, dia 24 de Fevereiro, Downhill da 1ª etapa do Campeonato, será um grande sucesso. Nos resta contar os dias, e reunir aquela grande turma de meninos voadores. Não há dúvidas de que será um grande evento. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Mais algumas imagens do frame Sekai 1978




Respondendo a solicitações via email... disponho de mais imagens da primeira etapa do projeto de reconstrução. Reforço que o material não esta a venda, não há esta finalidade no blog. A curiosidade sobre este projeto é grande. Primeiro pq ele é realmente um lindo trabalho da década de 70, e segundo pq é um desenho que interessa muito as meninas. Embora muitos acreditem que este não seja um perfil de frame feminino, um pequeno engano, a Sekai comercializava este modelo com intenção de atingir publico feminino. A Sekai não mais existe, me parece que fechou na década de 80. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Na rota das ciclovias... em Capão da Canoa!

Durante o carnaval estive em Capão da Canoa, litoral do RS.  Como é de costume, choveu aqui no Estado durante os dias do feriado, com direito a ruas alagadas e esgotos que transbordam. Isto é algo que se vê sempre nos centros das cidades costeiras do RS, em Capão parece ser muito mais evidente. Embora o turismo seja forte, com apartamentos da orla com valor de mais de 1 milhão de reais, a cidade ainda possui um sistema de esgoto como de uma favela. Choveu, transbordou! O mau cheiro é evidente em muitas ruas do centro. O que chama a atenção é a ciclovia, uma iniciativa positiva, embora precisando de muitos consertos e melhorias.  A ciclovia que acompanha o calçadão tem boa largura, permite o fluxo de bicicletas em sentido contrário por toda extensão. O problema são irregularidades do pavimento, caimento que impede o escoamento, e desrespeito por parte de pedestres. Há placas que proíbem o uso da bicicleta na calçada, conforme determina a proibição no CTB, porém não existe nenhum tipo de sinalização ou instrução que impeça pedestres de transitar na ciclovia. Não são raras as situações de movimento neste calçadão onde pedestres utilizam a ciclovia para deslocamento, também atravessam sem cuidado. A fotografia que comprova a junção de água da chuva foi tirada com tempo aproximado de 2 horas após a última chuva forte, descrevendo que o problema de escoamento que é evidente para aqueles que por ali passam. Como não se trata de uma uma ciclovia extensa, tampouco de uma ciclovia de trabalho, muitos parecem não se importar. Mesmo assim, exemplos como este devem ser evitados. Onde não há condições financeiras ou técnicas para a construção de ciclovias é melhor que não sejam construídas. Não esquecendo que na presença de ciclovias, torna-se obrigatório o uso das mesmas pelos ciclistas. Um ciclista pedalando pelo lado de fora desta ciclovia, mesmo que pareça de acordo, torna-se alvo de responsabilidade em caso de acidentes. Criticar é preciso, mas refletir, também!

Andamento do projeto... Sekai 1978

Sekai Sprint 1000 - ano 1978 (Japan)
  Nesta quinta feira fui visitar os guris da Adventure e ver como andava nosso projeto reconstrutivo old school. O interessante em atribuir a autoria a um terceiro, neste caso a eles, foi justamente a surpresa muito boa quando vi esta jóia de 1978. A cor escolhida foi uma decisão em conjunto, praticamente minha, mas influenciado pelo Ricardo Machado, também por minha mãe, grande interessada neste projeto. Pq será? A resposta é simples, que representante do sexo feminino não ficaria fascinada com esta delicadeza de bicicleta? Acho que houve um tempo em que a bicicleta se encontrou, nas idealizações caprichosas de quem fazia veículos e brinquedos com uma finalidade além do simples transportar, simples pedalar. E foi justamente este período que hoje ressurge, em conceitos vintage, a velha escola! Quanto vale um frame destes? Tubos Tange, acabamento em terminações que parecem obras de arte. Muito parecida com a antiga Peugeot Turismo 3 versão feminina, mas facilmente diferenciada por aqueles que realmente conhecem ambas as marcas. A Sekai traz construção superior e de tendências modernas para a época. Tais como o canote de medida 26.8mm, e um conjunto que originalmente demonstrava valor mais elevado. A Sekai possuia 10 velocidades, pedevela forjado em alumínio, cambio traseiro parcialmente em alumínio. Hoje em dia, no Brasil, o que temos de semelhante a isto é a importada Linus. As cifras são elevadas, algo em torno de 3000, talvez 4000 reais ao consumidor final. Proposta diferenciada! Equipadas com cubos de marchas internas, tipo Nexus, da Shimano, ou Sturmey Archer. Detalhamentos que realmente acrescentam o valor final, e criam também o diferenciam. 
O projeto vai ser conduzido até o fim, onde vai ressurgir uma magrela clássica, perfeita ao uso urbano, cuidando detalhes que julgamos importantes para comparar com as melhores bicicletas clássicas do mercado. O projeto será descrito aqui, também deve render uma matéria sobre reconstrução na Revista Bicicleta, e é claro que vou deixar umas perfumarias para a Revista. A Revista será justamente uma versão mais completa da história que envolve esta bicicleta. O destino final da bicicleta esta definido, ficará em família. Possivelmente possa ser observada nas ruas de Porto Alegre, onde imagino combinar perfeitamente com os bairros antigos de arquitetura inconfundível. Agora, resta aguardar a aquisição faltante de peças, e então, passar tudo aos rapazes da Adventure. Toca este projeto pra frente... vamos rodar!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Maratona de MTB e Downhill em Nova Petrópolis

Após o feriadão de carnaval tudo parece ir para o lugar... Neste próximo final de semana teremos a 2ª Etapa do CGXCM (Campeonato Gaúcho de Maratona de MTB). Ao que parece, o campeonato da modalidade será quente em 2013, pois tivemos grande número de inscritos na primeira prova, na Barra do Ribeiro, com aproximadamente 180 inscritos. É possível que nesta prova em Nova Petrópolis, estejam presentes os mesmos ciclistas e mais alguns, devido a proximidade com Porto Alegre e por já ser na serra gaúcha. O  cenário é bonito, a cidade é uma pintura! A estrutura da cidade e da prova estão em uma média alta. O clima promete... então tudo parece estar em favor da bicicleta offroad. Algo que é preciso ser abordado é o fato de ocorrer a prova de XCM neste final de semana, e no final de semana seguinte a primeira etapa de downhill, também em Nova Petrópolis. É "louvável" a iniciativa da prefeitura da cidade em promover dois eventos distintos da bicicleta, em período de uma semana. Se a Maratona de MTB mostra as belezas da prova no chão batido, no ninho das águias o cenário é de suspirar... meninos que voam em meio a ladeiras de uma grande montanha verde. E se não chuviscar como no ano passado, então a prova será rápida, como tombos e muito mais. Os experientes estarão de olho no campeonato. Vamos tocar esta roda pra frente, e fazer um grande espetáculo para ser lembrado. 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Fevereiro - um mês bom para bicicleta!

   Não dá pra negar que o clima esta estranho, e ao mesmo tempo espetacular. Alguns dias de calor extremo, teve muito vento, e chuva em janeiro, mas parece que as coisas estão normalizando. Ou sou apenas um esperançoso ciclo idealista? Aqui no RS tivemos e teremos provas da Federação Gaúcha de Ciclismo, também um UAF da SAC, e outras iniciativas menos oficiais e não menos importantes.      A bicicleta vive um 2013 cheio de oportunidades. Passeios noturnos, diários, semanais e do final de semana. Agora, temos um feriado de carnaval para os ciclistas. Para pessoas que não dão a mínima para bebida, samba e pagode, e se recusam a ver a audiência bombando por causa de mulheres nuas. "Ah, tu não gosta de mulher! Por isto diz isto..." 
   Quantas vezes a gente escuta estas besteiras? Lamento, mas meu estilo musical é o rock, o primórdio do sonoridade de bom gosto. Mulheres, bem, eu tenho a minha. Também não acho que colocá-las em exposição na tela da televisão vá deixar alguém mais ou menos satisfeito... a mulher da televisão é inatingível pelo espectador. Aquilo é pura provocação... não serve para nada! Em casas onde há casamentos, pode ser um problema. Quantas brigas já se viu por isto? Em país de futebol e carnaval, não se cutuca a massa. Deixa eles quietos, pois assim eles não ficam tão descontentes. Eu só quis me justificar...
    Para ciclistas de plantão, eis uma grande oportunidade de 4 dias. Pedalar sem rumo é tarefa para 4 dias... ou é preciso saber o rumo? Como queira o cicloturista, pois o importante é saber o que se deseja. Eu, talvez por falta de oportunidades, desejo apenas sair por aí. Pegar a magrela e dar uma olhada no mar... talvez pescar alguns papaterras. Visitar amigos é parte do plano... dormir a tarde também! Porque não trocar os horários para variar. Talvez pedalar pela manhã, dormir a tarde, pescar a noite... O carnaval é uma oportunidade marcada pela vida cristã, virou banalização e feriado. Para nós, indiferentes ao caos, pedalar é preciso para sorrir! abs

Na rota das ciclovias... criticar é preciso!

O assunto que tem gerado polêmicas e que tem me deixado bastante chateado. As ciclovias de Porto Alegre, cidade onde vivo, não são tão diferentes das ciclovias do Brasil. Em conjunto, elas tem se mostrado um reflexo da competência de quem esta no poder e na execução destes projetos. O Brasil é tão fraco neste assunto, que o investimento em relação ao resultado, deve colocar o país entre o pior dos piores. Ineficiência pública... não há outra resposta! A única forma de pressionar mudanças é exigindo que aqueles responsáveis pelos projetos façam uso verdadeiro destas "porcarias" que estão elaborando. Eu teria vergonha... assim como tenho vergonha de dizer para um estrangeiro que é isto que o meu país oferece em termos de estrutura. Inventaram esta história de copa, de olimpíada. Sou capaz de apostar que depois do caos estrutural para a copa, que a olimpíada não sairá. Será? Hoje, vou abrir um ciclo de fotos denunciadoras dos problemas das ciclovias, prontas ou por acabar, e desta forma espero que o mundo saiba o mal trabalho que tem sido realizado pela administração da minha cidade. Espero que outros cidadãos de outras cidades façam o mesmo! 

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Massa alta... cubos vintage!


       Teve um período bem distante que era comum aparecer cubos de massa alta nas bicicletas tipo road. Fossem estas estradeiras, de pista, ou speed de passeio, elas comumente apresentavam cubos de "massa alta". Haviam fabricantes diversos que desenvolveram e aproveitaram esta onda estética e funcional. Os cubos que possuíam este perfil eram tidos como mais fortes ao esforço lateral. Alguns diziam que esta era uma alternativa para aproveitamento de raios, pq conforme a aplicação e combinação entre aro e cubo, certamente que a medida precisava ser a adequada. Hoje, muito se perdeu sobre a verdadeira história dos cubos de flange alta. Quando se pesquisa, se descobre que tem várias histórias, sendo algumas difíceis de engolir. É uma mistura entre o tempo decorrido e as versões que cada um escutou, tipo um telefone sem fio. A margem disto tudo esta o vilão, tal da internet... Por outro lado, ela traz muitas lições. 
Sim, estou pesquisando sobre os cubos... lembro de ver nas ruas, da Shimano, Sunshine, Campagnolo, Suzue, dentre outras velharias que até hoje estavam esquecidas em bicicletas velhas, em caixotes de madeira ou papelão no fundo de uma garagem empoeirada. Como em certa vez que vi uma caloi 10 esquecida em uma garagem, por mais de 20 anos, e que de tanto pó sobre ela, fazia parecer que era toda de veludo. Coisas incríveis se descobre e se vive quando o nariz garimpa peças old school. Muita coisa não tem mais jeito, outras tantas, peças maravilhosas aguardando um dono de valor. Cada coisa tem seu tempo para aguardar, para ser encontrada. Eu, hoje, tenho estes cubos com 35 anos, a espera de uma nova bike. 
E falando em cubos de massa alta, passei no Tchaka nesta data para ver como estavam as rodas para a single que estou preparando. Os cubos, Campagnolo Record, de massa alta... raios de inox, aros em alumínio natural, modelo para road. Parede dupla pra não perder tanta resistência, peças novas, mas com o ar antigo que os cubos merecem. Cubos com mais de 40 anos... aonde vai chegar esta era vintage? Não sei... mas estou me divertindo. 

Assunto da mobilidade na Revista Bicicleta

Máteria da Revista
Na versão online da Revista Bicicleta foi publicado um assunto sobre mobilidade. Acho importante que este seja destacado, pois aborda questões referenciais do comportamento de França e Brasil... Pq lá funciona? 
Em um momento crítico de reflexão entre tantas questões que abordam o comportamento e assuntos que contemporâneos por necessidade, as questões surgem para trazer respostas. O que fazer para mudar? A resposta cairá muitas vezes sobre questões sociais... educação! Não há melhorias significativas sem desenvolvimento social. A matéria da revista é ilustrada com 31 imagens de Paris. Apreciar as mesmas já uma oportunidade de viajar sem deixar a cadeira em frente ao computador. Refletir é preciso, melhorar como ser humano é imprescindível. 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

1ª Etapa do Campeonato Gaúcho de Meio Fundo 2013

Álbum Meio Fundo 
A etapa realizada em Sapiranga (RS) marcou o início do campeonato gaúcho para o ciclismo. Estiveram presentes praticamente toda comunidade e astros do asfalto. As equipes parecem renovadas e com grande expectativas para este ano de 2013. O clima apresentou a chuva prometida logo no início... vou oferecendo uma trégua, até que cessou completamente. Devido a chuva, e também ao horário escolhido para realização da prova, a temperatura foi "suportável", muitos não pareciam se importar. A temperatura era uma preocupação, pois os últimos dias estavam realmente quentes, como todos os gaúchos puderam perceber. Antes de iniciar a largadas das primeiras categorias, foi realizado um ato simbólico com 1 minuto de silêncio pelas vítimas e famílias do desastre ocorrido recentemente em Santa Maria. 
Excepcionalmente, nesta prova, tivemos a grande participação do público feminino com 10 atletas. As meninas correram, deram seu show, e houve dúvidas sobre qual delas venceria, pois o primeiro pelotão feminino se revezava pouco antes da chegada. Os rapazes sempre dão um grande espetáculo, mas o volume deles nas categorias estreante e elite surpreendeu. Bonito de ver a massa de uniformes coloridos, passavam rápido! Alguns falavam em médias próximas de 40 km/h. O vento que o pelotão fazia parecia ser de um ônibus. Muito bonita a prova, e seria muito desejado que as demais fossem deste nível. Ocorreram algumas poucas quedas, algumas com belos "esfolaços", e também com fissura de clávicula do amigo Rafael! Lesões passageiras que descrevem a história dos sonhadores da velocidade da magrela de rodas.