terça-feira, 31 de julho de 2012

E agora... o que temos? Roda pra frente...


Bom, final de semana passado cheio de alegrias e emoções a flor da pele no Brasileiro de Downhill, mas a vida continua... e sempre há outra diversão no mundo da bike. Na sexta feira de madrugada embarco para encontrar a turma da Revista mais popular e bicicleta do Brasil. Estaremos na Bike Expo 2012 registrando o mundo da bicicleta, as novidades, os sorrisos e fazendo o contato que permite as relações da bicicleta com o mundo. Alguns colegas não estarão na Bike Expo 2012, pois irão somente para a Cycle Fair 2012. Este ano teremos duas feiras como já foi dito aqui no Bikes do Andarilho. Ficarei apenas Sexta e Sábado na feira, e depois volto correndo para um trabalho no Domingo. Então a próxima semana será cheia de novidades e de imagens dos lançamentos. A pedido do amigo Fabio Lazzaratto, colocarei fotos com maior tamanho para apreciação. Logo mais tem outro assunto da bicicleta... roda pra frente, sempre!

Roberto Furtado

A Elite do Brasileiro de Downhill 2012

Bernardo Neves

Lucas Bertol

Markolf  Berchtold

William Bortolozzo

Maicon Zottis
Para quem ficou curioso sobre os meninos voadores da categoria Elite, segue a imagem dos mesmos no pódio. Em sua maioria são rostos conhecidos, rapazes que frequentemente estão no pódio. Do alto para baixo, do 1º ao 5º, nesta ordem.
É importante lembrar que existem outros garotos voadores que não aparecem, pois o pódio é para apenas os cinco primeiros. E de certa forma isto é injusto, mas é o jogo. Três dos rapazes acima são gaúchos, um catarinense e o grande campeão da vez é mineiro. Markolf e Bortolozzo deram um show de emoção. Isto significa quanto importa estar no pódio para ambos. Um sonho que de realiza para o gaúcho, um sonho de se manter entre os cinco primeiros para o catarinense que é uma lenda no DH. A alegria de todos contagia, ficamos ali pensando a respeito, no valor que cada um deles dá ao esporte. Eles se fazem respeitar pela postura, pela conduta exemplar, pelos caprichos e sacrifícios feitos para o esporte. Olhe estes garotos na expressão, e veja se não percebe simplicidade, fé, bondade... estes são exemplos a serem seguidos, nas pistas e nas ruas. Parabenizamos todos pelo grande destaque e comportamento, o RS acredita em vocês. 
Não fico aqui babando ovo de marmanjo, então roda pra frente... abraços e parabéns a todos.

Roberto Furtado

Alugar bicicleta em Porto Alegre... é possível?

Fonte: Zero Hora
O assunto da vez em Porto Alegre é o aluguel de bikes. Em Porto Alegre já não é novidade a possibilidade de locar bicicleta, certa vez existira no Parque Farroupilha um ponto para esta finalidade. Com o tempo isto sumiu, e hoje sabemos que alguns comerciantes do segmento da bicicleta alugam bicicletas a preços interessantes, tipo 20 reais a diária. Acho que 20 reais é até pouco para locar bicicletas para qualquer usuário. Muitos não sabem utilizar o equipamento, e certamente vão danificá-lo. A esperança surge pq é uma iniciativa privada, então deve ser realizado algum controle de manutenção. Locar uma bicicleta por 10 reais ao mês, como publicou o jornal ZH é uma certeza de prejuízo, pois um equipamento não chegará a se pagar até que precise de manutenção. Possivelmente há interesses comerciais... publicidade! Caso contrário isto seria impossível ao povo que não respeita nem mesmo a integridade das paradas de ônibus. Será mais um caso para a guarda municipal, que aliás, não vejo fazer nada. Deve ser pq tudo acontece a noite, quando já estou dormindo. Salve o Batman, somente ele poderá ajudar na proteção das ditas bicicletas. 
Acredito que seja válida a iniciativa, mas deve haver informação. Começando pelas responsabilidades do uso, leis (direitos e deveres), também sobre preservação de patrimônio (pensei que era simples respeitar algo que não é próprio). Desejo sorte aos autores da iniciativa... esta intenção, funcionando, deve gerar uma grande surgimento de ciclistas. Novos ciclistas darão peso ao trânsito, ganho de respeito (se forem educados), alimentarão o comércio de bicicletas, dentre outras importantes relações da economia relacionada a bicicleta. O receio... bem, quem vai usar as bicicletas? Eu não vou... eu tenho bicicleta, com todo respeito, bicicleta pode ser simples, mas precisa ser afinada. Bicicleta regulada na mão de quem não sabe usar é impossível! Vai ser um caos, mas tentar é preciso, de outra forma não saberemos. 
Muitas vezes me parece que todas estas iniciativas ligadas a prefeitura ou aos interessados "emparceirados" a ela, estão apenas sendo uma firula para ganhar votos e atenção, e simplesmente enganar o povo que pensa que é esperto, mas continua padecendo nas mãos de uma prefeitura interesseira. Não atribuo a esta prefeitura somente... todas as demais anteriores, especialmente de partidos populares que são hipócritas. Apadrinham, conservam os interesses dos envolvidos, e o pagador de impostos vai sempre pra sarjeta. Puxa,  o post virou um desabafo... sal nos olhos alheios. No fim, este blog tem esta importância, nem que seja de protestar contra o sistema falho. E a tal bicicleta de aluguel, vira apenas um chamariz para atenção... os lobos caem em cima. Foi pro pau a inocente bicicleta...

Roberto Furtado

segunda-feira, 30 de julho de 2012

As imagens oficiais do Brasileiro de Downhill 2012









Álbum completo - 434 imagens

As imagens que disponíveis no link deste post são oficiais. Foram realizadas através da FGC para a CBC, e desta forma divulgarmos uma das mais importantes provas do calendário do ciclismo nacional. Estas imagens estão disponíveis em pequeno formato, podem ser soltas ao vento, compartilhadas e distribuídas da maneira que os ciclistas e entusiastas do esporte acharem conveniente. Quanto mais pessoas ficarem sabendo do Downhill, mais o esporte crescerá. O downhill é a modalidade do ciclismo que cresce como nenhuma outra. Junta os povos numa grande festa onde todos tem o espírito do MTB sem a rivalidade que se conhece em esportes como futebol (e outros). O que os presentes viram neste domingo mágico foi a grande festa do DH. Para quem é de fora, saiba que isto acontece toda vez que ocorre um prova de downhill aqui no RS, de qualquer relevância. Seja válida para o campeonato gaúcho ou simplesmente um evento de entretenimento, aqui sempre é festa de DH, como foi visto. Não tem briga, não tem furto, não tem nada disto por aqui. Por aqui todos cuidam uns dos outros. O momento é totalmente fraternal, sem qualquer tendência a religião. Somos todos normais, e acreditamos no esporte, na alegria, e estaremos sempre abertos para receber os colegas de fora. Serão sempre muito bem vindos aqui nesta terra do chimarrão. Fique atento ao calendário, e venha nos visitar!
Agradeço a todos os presentes, aos que possibilitaram tal festa, incluindo a ADHV, FGC, colegas de trabalho, participantes e demais colaboradores. 

Roberto Furtado

domingo, 29 de julho de 2012

As quentinhas do Brasileiro de Downhill 2012... espetáculo!


Começando pelo início... teve muita gente que gostaria de estar lá, mas sabemos que nem sempre é possível. Então vou tentar detalhar o que achei importante, mas vou enfeitar ao estilo do Andarilho! Partindo do meu ponto de vista... segue! Acordei as 4:20 da matina... noite escura, fria, úmida, e chovia demais neste momento. Sentei na cama, e fiquei meio sem acreditar. "Não é possível que vai cair uma tromba dágua destas no dia do brasileiro de downhill!" Esperei a cabeça iniciar os processos de sinapse, pois estava tipo windons recem ligado e cheio de atualizações pra fazer. Fui na cozinha, cafézinho, dá remédio e comida para cachorra da esposa, blábláblá. E a chuva? "Apertou... putz, não acredito!" Me ajeitei, peguei material, filmadora e máquina, entrei no carro. Fui abrir o portão automático, e a "&*$#@" não abria! Era tanta água que molhou alguma coisa no portão. Já estava achando que não era pra ir. Liguei o rádio e fiquei tentando, e pensando. Será que não é pra sair de casa? Vou me arrepender se não chover durante a prova! Tentei mais uns minutos e a naba do portão abriu. Ufa! Deitei o cabelo para a estrada, devagarito, pois tinha muitas ruas cheias dágua. Cheguei cedinho na prova, chuviscava, apenas uns pingos. Arrumei tudo, subi com o caminhão e fui descendo a pista junto com os ciclistas. Molhada, boa... alguns trechos ruins, nada que os melhores não tirassem de letra. Alguns meninos, voadores, passavam lotado jogando água suja pra cima. Trilha longa com mais de 2100 metros. Cansativo de fazer a pé! Estou com as pernas moles agora! Durante toda prova teve cenas bonitas. De amizade, das relações de irmãos de outros Estados do Brasil,  outros países, tinha gente de muito lugar diferente. Teve uns tombos engraçados, alguns sabiam aproveitar a inércia do tombo. Teve um carinha, que não lembro quem foi, mas conseguiu cair dois metros antes da chegada, e saiu rebocando a bike. Praticamente não perdeu tempo... bonito de ver aquela ajeitada de mestre! Teve algumas luxações, como do Menino Gabriel... que luxou a mão direita. Pena! Osso do ofício, como sempre digo. Na próxima ele estará forte novamente. Markolf foi show, destaque com a terceira colocação, ficando na frente de Zottis, e atrás do nosso menino Fantasma (Bertol)! O mineiro Bernardo detonou... foi o último a descer! Desceu tão rápido que assustou, praticamente foi cuspindo do duplo, voava como uma ficha arremessada. Parelho, firme, estável, mas rápido! Nem promessa é, já mostrou que era o destaque ficando 7 segundos na frente do segundo colocado! Foi emocionante, do queixo caído! Cerimônia de premiação nota 10, espetacular organização da FGC e da ADHV. No pódio, meninos voadores e sonhadores... vi com estes olhos que captam e eternizam imagens, meninos que choram de emoção em seu playground. Emocionados, Markolf, Bortolozzo, e mais algum que não recordo. Bonito de ver... felicidade em presenciar atos tão humanos e ciclistas! Parabéns a todos!
Amanhã, todas as imagens estarão no álbum... farei um post só para divulgar as imagens. Um boa noite de Domingo espetacular para todos.

Roberto Furtado

sábado, 28 de julho de 2012

Queda no ciclismo... "osso do ofício!"

foto: Laurent Cipriani / Associated Press
Na fotografia, o ciclista americano Tom Danielson recebe atendimentos e busca superação no momento de dor. A imagem foi registrada logo após uma queda no Tour de France no dia 06 de Julho de 2012. O ciclista viu-se obrigado a abandonar a prova após constatação de nova luxação de ombro, ocorrida em dias anteriores. No Tour de 2011, Tom ficou entre os 10 primeiros, em 2012, lamentavelmente para os fãs do ciclismo, abandona a prova após uma série tombos. A imagem foi um destaque neste evento, e descreve um momento de dor e sacrifício realizado pelos esportistas. O ciclismo em todas as modalidades esportivas possui riscos. E no risco há também o triunfo! Nem toda loteria oferece prêmio, mas arriscar é preciso para ser vencedor! Aguardaremos Tom no próximo ano... triunfante, se tudo der certo.
Isto nos faz lembrar de momentos vividos. Quantos ciclistas aqui tiveram luxação de ombro. Alguns fratura, alguns luxação tipo 1, 2 ou 3. Superei minha luxação tipo 3, mas as marcas ficaram. Um ombro caído, uma certeza de que completei um Audax 200 km pedalando 130 km com ombro luxado, possivelmente da pior maneira. Um brinde aos que superam... aos que acreditam na superação!

Roberto Furtado

New age of bicycles old school... Caloi Cruiser - 2ª Parte!









Na sequência dos assuntos reconstrutivos nos deparamos com mais uma Caloi Cruiser revitalizada com sabor. O proprietário Fabio Lazzarotto é um entusiasta nato. Muitos já viram seus brinquedos, de fixas a old bikes. E esta segue um espírito new age para old bikes onde tudo é novo, tecnológico para uma época que afasta esta em mais de 20 anos de sua data natal. Esbanjei em fotos pq esta, diferente da anterior, embora de semelhante conceito trazia mais informações as quais o ciclista entusiasta e leitor apreciaria. Dei uma voltinha nesta maravilha, e difícil saber o que agrada mais. Se é o conforto ou as trocas de marchas seguras do nexus de 3 velocidades. Diferente da Cruiser verde, esta não possui freio contra pedal, e por isto a justificativa dos freios e cabos. A cor vermelha contrastou fortemente com aros e raios pretos, bem como pneus de da mesma cor (e de excelente qualidade). Será que um dia alguém imaginou que um cruiser seria customizada desta forma? Nem em seu tempo original, tampouco na atualidade próxima de 6 anos atrás, nunca se pensou investir assim em uma Caloi Cruiser. A melhor maneira de descrever esta nova era... é justamente pela New Age of Bikes, onde o vintage se mistura com o cotidiano da funcionalidade, e os saudosistas gastam seu tempo em peculiares frames de uma época que não volta mais. 
Roda pra frente, pois a vida sobre bikes sempre reserva novas surpresas. 

Roberto Furtado

sexta-feira, 27 de julho de 2012

New age of bicycles old school... Caloi Cruiser - 1ª Parte!





Ontem fui visitar a gurizada da Adventure Bike da Ipiranga, e tive a surpresa agradável de encontrar a Caloi Cruiser recém revitalizada. Na outra semana quando estive lá, estavam desmontando. Muitos perguntavam sobre se estaria a venda, e a resposta era sempre a mesma: "Esta Cruiser é patrimônio da loja! Não vendemos!" Assim, Ricardo Machado, proprietário da loja iniciou um processo reconstrutivo sobre esta old school brasileira, uma versão muito parecida com as caloi cross da época em tamanho para adultos. A bicicleta foi pintada nesta cor verde metalizada, pintura eletrostática, e recebeu cubo traseiro nexus. O cubo traseiro é de 3 velocidades com freio contra pedal. A ausência de um jogo de cabos denuncia tal atributo e garante um visual mais limpo. Mantendo algumas peças ao estilo da época e originais, tais como aros, mesa, guidão e até mesmo a lendária tampinha no final da rabeta do top tube... aquela que diz: "Caloicross". Se sabe que falamos de uma velha guerreira trazida de volta a vida, preservada pelo epóxi para viver talvez mais uns 20-30 anos. O que esperar de uma época tão bicicleta quanto a que vivemos em relação ao passado. Nos aproximamos de uma new age of bikes onde estas magrelas cada vez mais ganham espaço na base da teimosia. Se a magrela vai vencer, não tenho dúvidas... irá! Agora quanto tempo e sacrifício será feito por ela até que a emburrecida sociedade a aceite de vez? Em terra de gigantes, um ciclista sobre a magrela pode parecer quase nada diante um ônibus, mas a pressão da união é tão grande que dificilmente os grandes dinossauros a diesel sobreviverão triunfantes. Sonhemos, reconstrução de old bikes podem nos levar aos sonhos. Merecido sonho, justo! Notou algo diferente neste post... então é pq acabaste de perceber, voltei! A gripe me fez bem... me trouxe força nova! Voltei com força total pela bicicleta... eu e você! Eu aqui para estimular amigos e colegas a não desistir de um sonho que pode ser entre pistas, provas, passeios, hábito de reconstruir "velharias". 
Sobre o título... 1ª parte significa que teremos mais amanhã. Que tal? Não é sobre esta cruiser... amanhã, teremos outra cruiser! Sim, na loja estavam duas Cruiser recentemente reconstruídas. Isto, só verás por aqui!

Roberto Furtado

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um gigante de 600 km se aproxima... e agora? Será?


Contagem regressiva para mais um gigante... Desta vez um gigante de 600 km. Pode parecer que não há  novidade alguma, mas nenhuma prova é igual a outra, como os 400 km se mostraram dias atrás. O filtro do gigante impediu mais de uma dezena que repetissem a proeza dos 600 km. Se não deu para alguns, funcionou para outros. Os 400 km foram árduos até mesmo para ciclistas experientes. Não há mal algum em desistir e se preservar. Para aqueles que concluíram resta meter a faca nos dentes e continuar na série que promete chegar até as "1000 pegadas do gigante". Enquanto alguns ciclistas pedalarão por noite a dentro, outros dormirão pensando nestes colegas. Na esperança de que o próximo ano se aproxime. E se lamenta que o Audax 1000 km ocorra um ano sim, um ano não... os 1000 km são uma versão insistente e revoltada do gigante que faz de tudo para derrubar até mesmo os mais fortes. Não tememos este quando somos tão bem representados. Temos entre nós ciclistas fortes, capazes, dos quais inexistem entre pistas da mais difíceis provas em todo mundo. Pedalar 600 km pode ser tão difícil aqui como em qualquer lugar do mundo, exceto pelo fato do gigante ser conterrâneo, se é que faz alguma diferença isto. A SAC divulgou o trajeto, para aqueles que forem encarar já é possível planejar. E planejar é preciso, pois este gigante de 600 pegadas promete frio. Será que o frio será tanto quanto este dos 400 km. Muita gente ficou de cama depois daquela...  inclusive este fotógrafo que vos fala. 
Bem, agora nos resta contar os dias para que chegue a grande proeza de derrubar um gigante! Bom planejamento para que estiver na lista de inscritos, boa observação para aqueles que acompanham de perto, e bons sonhos aos que estão a sonhar com a oportunidade de um dia realizar uma prova tão especial quanto esta. Superação não é para qualquer um... superação é para quem tem coração forte, mente forte, perdas duras como pedra, e confiança na derrubada de um gigante.

Roberto Furtado

Jornal de Teutônia valoriza seus ciclistas

Audax 400 km SAC
Saiu no Informativo de Teutônia e cidades vizinhas a matéria com chamada de capa sobre 4 ciclistas que concluíram o Audax 400 km, audax do frio como foi chamado por todos. No Domingo, quando estava a apenas 100 km do objetivo final, trocamos algumas palavras com os ciclistas. Estavam cansados, doidos, mas firmes na empreitada de pedalar por 20 e tantas horas. Quem não estaria? Foram tantas as desistências contra o tombo do gigante brabo. Três rapazes e uma moça... um grupo homogêneo onde a união do grupo fez a diferença na derrubada de um gigante de 400 km. Para saber mais, clique no link abaixo da foto. Confira as imagens cedidas ao Jornal, pelo Bikes do Andarilho... o maior blog ciclístico do sul do Brasil. E roda pra frente...

Roberto Furtado

Retomando os projetos... Agora vai! Tanta coisa pra fazer...


Com o fim do semestre acadêmico, parece agora que tenho mais tempo para alguns projetos pendentes. Acabei decidindo que parar neste semestre e voltar no seguinte me daria vários momentos necessários. Não teria como retomar projetos com tantos trabalhos da faculdade, e também complicaria muito com as viagens que tenho marcadas. Agora no início de agosto temos a Bike Expo 2012, em setembro é a vez do Mundial Master em BC, em outubro é a Cycle fair 2012, e fim de outubro tenho aquela viagem de 650 km que faço algum segredo. Seria impossível administrar as faltas acadêmicas com estas atividades. Não deixo de lembrar que ainda temos várias bikes para revitalizar. Aliás, na próxima edição da revista bicicleta teremos uma matéria sobre revitalização de bicicletas. As imagens são algumas que você viu por aqui. 
A bicicleta acima é uma TREK que vai ter o frame restaurado para ganhar as estradas. Receberá rodas 700 e terá aquele espírito old school que aqui é comum. Aproveitando algumas coisas que acho importante, será montada com cantilevers, peças da época. Vai ficar funcional pq reservo algumas surpresas para este projeto. Se a estrada da revitalização fosse sempre igual, colocando somente peças novas, teria o nome de reconstrução. Se esta estrada for repleta de valorização de uma época que acho vital a história da bicicleta, então ela se chama restauração. Claro que restauração é uma obra fiel, mas a estas alturas do campeonato, com cerca de 18-20 anos distante de seu tempo, uma TREK destas já não encontra suas peças irmãs em bom estado, exceto em raríssimos casos. Aproveitando a foto do post... olha só o que é este cordão de solda do Top Tube. Onde você vê isto na atualidade? E sem deixar de destacar o TREK em relevo no stay que se une ao seat tube. Nada mal, não é? 
Roda pra frente...

Roberto Furtado

sábado, 21 de julho de 2012

Campeonato Brasileiro de Downhill 28.07.2012


Contagem regressiva para Downhill de Bento Gonçalves! A prova de relevância nacional terá participação de diversos atletas do Brasil. No auge do calor do esporte, quando os atletas estão afinadíssimos e competindo forte entre si, surge uma prova em uma das melhores pistas do Brasil. Dizem as boas línguas que o RS têm sido palco das melhores provas em termos nacionais, e frequência de provas também é elevada. Os próprios atletas tem organizado algumas provas menores, incentivando a qualidade do esporte. Downhill é a modalidade do MTB que mais cresce no Brasil. Dá pra sentir o calor aumentando... é fogo nas pistas! Velocidade com técnica, sonhos com realidade, esperança com força bruta! Os meninos vão detonar... que meninos? Começando pela Elite, Maicon Zottis, Gabriel Lanfredi, Lucas Bertol (menino fantasma), dentre outros que estão pedalando forte nos findes. Quem puder assistir, não perca, vai ser um showzão de roda!
Roda pra frente...

Roberto Furtado

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Graficleta... curta, projeto audiovisual em andamento!

Bom, a gente não sabia muito bem como fazer... depois a gente não sabia editar, não tínhamos tempo. Este trabalho acadêmico foi para uma disciplina do curso de Produção Audiovisual. Curso que iniciei este ano, depois de outros vários abandonados. Não sou formado em nada, embora tenha cursado outras ciências. A fotografia entrou na minha vida como mágica, depois de estudar e me frustrar com tudo. Soube que sabia expor idéias através de palavras e imagens de uma maneira que para mim foi total surpresa. Felizmente a vida nos revela surpresas, e algumas pessoas sabem apreciar aquilo que temos a oferecer. Acredito que este seja o motivo do sucesso deste blog. A direção e roteiro do curta é de autoria do colega e amigo Mário de Ballenti, que também foi ator (ciclista). Quando Mário disse foi saber mais da minha vida e de Amaro Abreu, percebeu que ambos teriam uma história interessante e um fascínio por algo. Amaro é um grafiteiro, estudante de Artes Visuais. As colegas Rosângela Ribeiro e Mirele Pacheco, com a divisão do grupo, resolveram prosseguir com a idéia de Mário. Tínhamos data marcada para entrega e muitos problemas... administrar o tempo de 5 estudantes que também trabalham não é tarefa fácil. Todo trabalho foi gravado em full hd, com a filmadora que muitos tem me visto usar nas provas. A edição teve diversos obstáculos, e justamente por isto que acabei definitivamente odiando algo que muitos idolatram (Finalcut e MAC). Após comprovarmos que a edição passava por um problema estrutural de natureza acidental, o professor nos deu nota e elogiou. A linguagem ficara muito boa para uma disciplina de primeiro semestre. O projeto caiu no gosto de outros professores, colegas e amigos. Com isto resolvemos retomar a empreitada para edição, corrigir problemas, estudar novamente os cortes, sonorização, etc. Muito trabalho... trabalho que fazemos com alegria, e aqui conseguimos compartilhar e expressar ideais que são tão incompreendidos como o grafite verdadeiro e a bicicleta como meio de transporte. Ambos, marginalizados aos olhos da atordoada sociedade. Talvez possamos mudar algumas formas de pensamento, dizem que assim podemos construir um mundinho melhor. Espero que sim...
Roberto Furtado

Próximas coberturas fotográficas... que temos por diante!

São Marcos 2011
Nova Petrópolis 2012
Capão da Canoa 2011
 Seguindo em frente... balancei, mas não tombei. Final de semana com aquele frio de estrada, na correria do cotidiano, a garganta foi pro beleléu e me deu até febrão (40ºC). Tudo, bonitinho, direito a suspeita de gripe, blábláblá. No fim era "só" uma infecção de garganta. Começo a me recuperar. Final de semana ainda fico de molho, assim ponho em dia trabalhos internos como textos, idéias e fotos para clientes de outro mundo que não o da bike. No outro finde teremos o Campeonato Brasileiro de Downhill em Bento Gonçalves (28/07), final de semana posterior tem Sexta e Sábado na Bike Expo 2012 e no Domingo Campeonato Gaúcho de Resistência em Capão da Canoa (3, 4 e 5/08), no outro... putz, 4 semanas de informação antecipada! No outro tem Campeonato Gaúcho de XC em São Marcos (18/08). Mas isto aviso mais pra frente...

Roberto Furtado

Garfo Tange 700 STD... old school!



Dias atrás um amigo e leitor do blog perguntou se eu teria algum garfos 700 sobrando... Logo respondi a ele que não. Cogitou em comprar no exterior, até me ofereci para dividir o frete se ele fosse realmente fazer isto, pois também tinha interesse. Dias depois ele retornou dizendo que havia conseguido, comprou. Curti, e entrei na carona...
Quando recebi em casa o garfo, percebi que tinha realmente grande qualidade, além de alguns atributos interessantes com a possibilidade de fixar bagageiro dianteiro. Pena que seja STD, pois resolveria o problema de muitos, mas para mim foi um prato cheio. Material realmente um clássico garfo old school, cromado, com os caprichos da era do Cr-Mo. Caprichos da era Cr-Mo na história das bicicletas, pois na indústria ainda são largamente empregados. Contudo, seguindo novas tendências mundiais, retorna este em bikes clássicas fabricadas novas, com estilo vintage. Na história do aro 20 mais radical ainda são presentes, nas mãos de meninos que voam sobre rampas e pistas de concreto. Também em roads direcionadas para o conceito fixie ou single. sabe aquele cordão de solda grosso nas bikes de alumínio? Esta deselegância é desconhecida no Cr-Mo. Sem saudosismo... são ciclos, o metal que é rei, jamais perderá sua majestade! Acompanhe e verá, pedale por anos, e comprove! 

Roberto Furtado

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Audax 400 km de muito frio! Gigante gelado!






Por onde começar? Falar de uma prova que ocorreu em dois dias tem muita informação, e obviamente não haverá como descrever tudo. As impressões, como sempre neste blog, são pessoais. Acredito que este tipo de "oportunidade" de prova seja uma das mais belas experiências vividas por um ciclista, também para aqueles que estão conectados a eles. Estar junto deles, destes fenomenais cidadãos, é uma oportunidade de  reviver dias de pedaladas que ficaram para trás. Desde de abril do ano de 2011 que não faço um Audax, mas sempre carrego todas as experiências de 200 e 300 km, únicas distâncias que realizei até hoje. Final de semana sem chuva no mês de Julho, era praticamente uma certeza de que o frio seria grande. No Sábado estive na estrada, mas fui liberado pela SAC para voltar para casa... chegando em casa descobri que estava com febre. Acordei no Domingo, as 4:30 da manhã pensando nos ciclistas, café rapidinho, e fui pra estrada. Encontrei o primeiro grupo passado do Vale verde, já haviam subido e descido a grande lomba! 
Durante a madrugada muitos ciclistas desistiram, creio que esperado para uma madrugada que bateu 0ºC de elevada umidade. A sensação térmica era de temperatura negativa. O gigante trapaceou os ciclistas com frio intenso, mesmo assim, muitos foram mais fortes. Atrasados de maneira geral, firmes, confiantes, quase todos os ciclistas que enfrentaram a madrugada chegaram ao DC Navegantes em tempo de terem seus certificados homologados. Depois de cumprir meu dever de fotógrafo da SAC, voltei para Porto Alegre com dois colegas desistentes na carona. Cheguei em casa e certifiquei que estava com febre alta... 39,1 graus! O gigante é tão traiçoeiro que tenta derrubar até mesmo os envolvidos na prova. Como sempre digo, acredite em você mesmo, mesmo que esteja tudo conspirando contra, e você consegue! Roda pra frente...


Roberto Furtado

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Este mês na Revista Bicicleta...


Este mês na Revista Bicicleta teremos muita participação deste blog... Três matérias com fotos e texto deste que vos escreve. Saiba mais adquirindo a edição de julho, sobre a conferência de Enrique Peñalosa em Porto Alegre, Ciclovias de Porto Alegre, e Revitalização de bicicletas. A revista é feita e aconselhada por ciclistas, então justifica-se o sucesso da mesma. Colegas como Therbio Felipe e Wesley que pedalaram de Brasília até o Rio + 20 constroem o conteúdo da revista de bicicleta mais popular do Brasil. Não perca... tem muita coisa girando em torno da magrela mais simpática do mundo. Na revista, você encontra tudo a respeito...

Roberto Furtado

Superação não é loucura!

Downhill Urbano da FGC 2012
Meio Fundo da FGC 2012
Audax 300 km da SAC 2012
Em uma conversa sobre superação, fiquei a refletir sobre o que representa superação... como as pessoas enxergam superação! A definição para superação é bastante óbvia para mim e para outros, muitas vezes tem um sabor e significado especial, que muitos desconhecem. Sensibilidade de certas vivências aplicadas a outras deveria ser uma condição que explicaria muito, mas a verdade é que somos humanos, e compreendemos somente aquilo que vivenciamos. Superar... ultrapassar um obstáculo! O que é superação? Superação não é simplesmente realizar uma maratona de 42 km... pode ser, ou não, depende de quem falamos. Um maratonista que frequentemente participa de maratonas não esta superando nada, exceto se o objetivo for a redução de tempo. É preciso atingir um resultado melhor do que nas oportunidades anteriores. Isto é superação! Superar é ter sangue nos olhos, meter a faca nos dentes, e fazer melhor que na última vez! Hoje, estamos na contagem regressiva para uma das provas mais difíceis da longa distância. Os 400 km da SAC estão chegando, afastados por dois dias. O clima neste momento é seco, ventoso, e gelado, as madrugadas tem chegado a 5 ou 6 graus Celsius. O Audax mais gelado do Brasil acontece aqui no RS. Muitos destes ciclistas (56 ciclistas) inscritos na prova estão acostumados a fazer 200, 300, 600 km, mas alguns deles não conhecem o ato de pedalar 400 km sob condições da noite, tampouco da continuidade. Pedalar por 20 e poucas horas, e não dormir, com frio, fome, tensão da expectativa é superar! Completar nestas condições será superação para muitos, como para a ciclista Marga Comassetto que realiza seu primeiro 400 km. Esta vitória terá valor especial para ela, também para outros ciclistas. Entender porque um ciclista busca por esta superação é impossível. Para saber, tens que realizar. Criticar não é válido por aqueles que jamais se superaram fisicamente, pois jamais compreenderão as emoções que este sente, e as histórias que ele carregará até os últimos dias. Superar, seja no Downhill, no Meio Fundo, na Maratona, no XC ou principalmente no Audax, se trata de um desejo de ser herói para si mesmo. Onde cabe somente a ele o bônus e ônus da tentativa. Esta loteria, pertence a quem arrisca... ficar sentadinho em frente a lareira não traz nenhuma sensação de conforto além de engordar e depreciar o corpo. O corpo envelhecerá de qualquer maneira, use-o ou não... isto é com você! Que histórias você quer contar? De superação, ou de como poderia ter feito e não fez!
Aos queridos amigos e colegas audaciosos, desejo cautela, sabedoria, foco e sorte. Estejam tranquilos, porque se estiverem, serão bem sucedidos. Fizeram Audax 300 km, e nada poderá impedir que façam os 400, exceto o gigante. Este gigante mora dentro da mente de vocês, acredito que todos possam superar este grandão gelado. Sangue nos olhos, faca nos dentes, e roda pra frente...

Roberto Furtado

Mobicidade??? É mobilidade urbana!


Ando lendo muita coisa escrita por ciclistas de Porto Alegre. Me chamou a atenção que muitos estão chamando o deslocamento urbano de "Mobicidade". Então resolvi pesquisar um pouco para entender, informar e alertar. Esta palavra é uma combinação de outras duas (mobilidade + cidade), talvez muitos estejam achando bonito dizer algo de forma resumida ou que desta forma surja um novo termo. Pra não deixar passar, algumas pessoas perceberam que a junção de Mobi + Cidade, juntava sílabas "Bi" e "Ci", que forma "Bici", diminutivo de bicicleta. Se percebe o emprego deste termo que não aparece em qualquer lugar da internet até mesmo em matérias ou textos divulgados a sociedade, no entanto, tal termo inexiste, confunde e causa mais dificuldade de entendimento. Não há sites falando a respeito, tampouco em dicionários ou blogs de nosso idioma. Este blog não é nenhum exemplo de português perfeito, mas tenta estar atento a palavras que não existem. Motivos? Como seremos escutados ou compreendidos se as palavras ditas não fazem nenhum sentido a pessoas que estão fora de nosso meio? Queres argumentar para todos, utilize "Mobilidade Urbana", pois esta é um termo compreendido por todos. Aliás, mobilidade urbana não é um termo específico a bicicleta, diz respeito a tudo que compreende deslocamento de um local para outro dentro das cidades. Um termo amplo, conhecido, promove o entendimento entre as pessoas. Muitas vezes as pessoas tentam dizer a mesma coisa de forma diferente, e acabam sem entendimento. Queres usar a tal Mobicidade, use-a entre ciclistas, mas na hora de falar para o mundo, use Mobilidade Urbana para, para sermos compreendidos.

Roberto Furtado

terça-feira, 10 de julho de 2012

I love my bike! Ótimo... representação de uma cultura!



Outro dia, eu e a esposa, fomos ao shopping comprar um presente para minha cunhada. Na dúvida, procuramos por livros, DVDs e outros. Foi quando entrei na FNAC e bisbilhotando, minha esposa achou este livro. Peguei na hora... e vi que se tratava basicamente de um livro de fotografias, específico como o tema sugere! Grandes fotos de dois ciclistas, Matthew Finkle e Brittain Sullivan, resultaram numa coleção colorida, descritiva sobre a vida urbana sobre rodas. O livro, em sua maior parte, representa um perfil que utiliza a bike no cotidiano, a sua maneira, livre de preconceitos, com a livre como só a magrela pode ser. Me apaixonei pela obra... grande valor fotográfico, grande valor ciclístico, e algo muito interessante para refletir. Pq em país desenvolvido as pessoas usam bicicletas, e aqui as pessoas preferem ir a padaria de carro? Enquanto eu, você e outros tantos buscamos estas respostas, vou observando as bicicletas do livro, os rostos, os cenários, e uma cultura que se permite a liberdade.

Roberto Furtado