terça-feira, 17 de novembro de 2015

Um excelente dia... Pedal do Vinho 2015





      Devagar se vai longe... vamos girar roda! Ao estilo quanto mais se puder observar, melhor será o dia! E frases assim foram soltas, tais como: "não estou empurrando a bicicleta, estou caminhando para admirar esta paisagem!"
O pedal da Ekonova Adventure reuniu aproximadamente 700 ciclistas vindos de todos os lugares do RS, alguns de outros Estados e até do Uruguai. O céu foi uma pintura de azul, quase sempre, livre de nuvens. Por algumas vezes, algumas pequenas e brancas nuvens apareceram para dar o toque especial nas fotografias. As subidas foram muitas, afinal, estávamos na serra gaúcha, no Vale do Vinhedo. Longas paisagens com parreiras, anunciavam uvas ainda pequenas, em desenvolvimento para a safra que deve ser colhida nos próximos meses. As vinícolas enriquecem a região com o vinho, também suco de uva, com outros produtos que certamente são especiarias. 
O calor próximo do meio dia gerou algum desconforto nos menos experientes, pois estamos no RS, onde as manhãs são frias e o meio dia é quente. Um dia espetacular... sorriso nos rostos de muitos, lembranças em celulares e pequenas máquinas fotográficas. Muitos ciclistas... quando apontava o primeiro em uma curva da trilha, se tinha uma certeza... que o último passaria horas depois! Era uma oceano de ciclistas... difícil de fotografar ou de expressar o que se viu por lá. Fotografias contam parte de histórias e, vc já imaginou quantas são as histórias de 700 ciclistas?
Aos curiosos que por aqui sempre passam em busca de fotografias dos eventos... A Ekonova Adventure em parceria com a Biopoint, divulgarão as imagens produzidas pelo Bikes do Andarilho. Publicamos aqui em cima algumas para que vc tenha o gostinho de saber como foi o evento... e se vc perdeu este, compareça ao próximo, estaremos esperando!

Texto e fotos: Roberto Furtado

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Audax 200 km da Rota do Sol 2015


















Fotos: Roberto Furtado / Sociedade Audax de Ciclismo
             Bom... já falei tantas vezes em Audax, mas tentarei fazer um depoimento bem Andarilho. Acho que este tipo de prova, em especial a opção de 200 km, é a melhor experiência de estrada que alguém pode fazer. É uma oportunidade de se testar, sem estar abandonado, na presença de outros espíritos de igual desejo. O desejo é de completar e superar... superação! Tal palavra tantas vezes dita aqui, expressa tantas vitórias sobra as dificuldades físicas que enfrentamos. A vida é um desafio tremendo... viver é um desafio extraordinário, cujo resultado é o aprendizado e os amores que fazemos ao longo da estrada. Ninguém veio sozinho ao mundo, mas em algum momento sempre estará sozinho... ficar sozinho cabe a nós! Mudar é sempre fácil, embora pareça muito difícil. E se pedalar 200 km parece impossível... pois acho que muitos já não acham mais isto! Esta prova foi difícil... pois a altimetria é bruta! Se um gigante vencido é uma bela medalha... um gigante com tal altimetria é para os fortes. E a força surge do coração de quem acredita... mente forte, corpo forte! Qualquer ciclista experiente vai confirmar isto...
Sou fã desta galera que tenta... Sou fã de quem vive a bicicleta e sabe o que representa superação. 
Amigos, colegas, entusiastas... fiz algumas imagens que representam a Sociedade Audax de Ciclismo. Pouco menos de 1000 imagens, no link abaixo, para mais uma vez, lembrar! Forte abraço e até a próxima... 

sábado, 7 de novembro de 2015

Barends... uso!

A cada dia que passa penso no conforto da bicicleta como uma questão essencial ao uso. Convivo com as dores de cabeça quando pedalo por distâncias maiores, mas isto também é comum no meu cotidiano de trabalho quando o trabalho é longo e permaneço em pé por longos períodos. Todo mundo nasce com seus defeitinhos físicos, o meu certamente esta ligado a coluna. Isto é uma introdução sobre esta importância do conforto. Há tempos observo estes bar ends (ou barends)... eles possuem algumas vantagens que já descrevi aqui outras vezes, em outros posts relacionados a guidão e conforto de pedalada. As pontas arredondadas e com menor potencial de ferir o ciclista e o pedestre que cruzar a frente de forma acidental com o ciclista, garante um dano menor. Supondo que a colisão é inevitável, melhor é ser atacado por uma bicicleta com bar ends metálicos e com extremidades duras e proeminentes ou com revestimento emborrachado e arredondado. É óbvio que há menores danos potenciais em um modelo cujo pensamento foi proteger o ciclista ou que cruzar o caminho de forma acidental. A opção de se ter mais de uma pegada de guidão é extremamente importante para a circulação de sangue nas mãos e braços. A dormência pode ser um indicativo de problema não apenas de bike fit incorreto ou inexistente como também da falta de possibilidades no assunto do guidão. Aì entram aquelas velhas discussões sobre modelos de guidão, tais como butterfly, drop, etc. Particularmente, gosto muito de guidão reto, mas o que falta neste modelo é justamente uma segunda opção de "empunhadura", e então o bar end é alternativa de valor. O bar end da Tranz x do modelo acima coloquei em teste em minha Giant Prodigy 700C, com guiador reto. Espero ter boas notícias sobre o conforto... em breve comunico!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Interbike 2015... uma coleção de imagens para quem não foi!








          Bom... estas eram imagens bem esperadas. Recebi alguns pedidos para publicar o álbum que disse ter feito. Estava esperando a publicação da Revista Bicicleta para não divulgar muito antes da revista estar nas bancas. O que posso dizer sobre a Interbike? Acho que não se define uma feira de tal porte em poucas palavras, sob o risco de ser imparcial ou até injusto. Tenho visto algumas alegações e publicações sobre as feiras que me deixam muito preocupado e não quero cometer os mesmos equívocos. A matéria que fiz para a Revista Bicicleta sobre a Interbike fala de forma bem resumida o que penso, mas o conjunto das três matérias, referentes aos anos de 2013, 2014 e 2015 perfazem o que realmente penso sobre a grande feira. Há algo mais que não foi dito em nenhum lugar até agora, ou pelo menos não que eu tenha conhecimento. Acho que o americano é um entusiasta de materializar ideias e projetos que no Brasil jamais sairiam da gaveta. Contudo, diferente do Brasil, o mundo, ou mesmo o USA possuem uma mágica de fazer as coisas acontecerem. Isto é realmente fato e me deixa muito esperançoso, pq muitas das tendências vistas aqui são tendências antigas americanas, em sua grande maioria. O que a China faz, geralmente nasceu de ideias principais americanas, vale também para muitas coisas que se vê sobre a Eurobike. Nunca fui na Eurobike, mas sei que sou um bom avaliador das raízes da bicicleta, e sempre vejo as demais feiras seguindo traços deixados pela Interbike e pelo mercado americano.  

      So... I would like to thank the employees and friends I made at the fair Interbike. The pictures published in the link below are the highlights of the fair and I considered more important, however, it comes to a show so great, I know I missed many opportunities to record new images. As I am always visiting the Interbike, I think that gradually will make a thorough job. I hope to find these professionals again next year. Big hug. Tanks. 

Bob Walker (Beto Andarilho)

Pictures Collection Interbike 2015 All Pictures by Beto Andarilho

domingo, 1 de novembro de 2015

Longtail de nossos sonhos...

Yuba Mundo, na Interbike 2015. Foto: Roberto Furtado / Revista Bicicleta
           A realidade brasileira é a face do pesadelo ciclístico sob muitas perspectivas. Nós, aqui, brasileiros, sonhamos com modelos que circulam livremente em cidades da Europa e América do Norte. Uma Yuba Mundo, umas das melhores bicicletas do mundo da categoria longtail é um sonho ao alcance da mão para um cidadão americano. O alto valor de uma bela Yuba Mundo é quase irrisório para um ciclista americano... e quando ele assume as vias de um país de primeiro mundo, mais uma vez se sente reforçado a utilizar esta máquina maravilhosa. Meus colegas, amigos, e conhecidos acharam engraçado quando eu disse que escreveria uma postagem com o seguinte título: "Pedalei em Los Angeles e não tentaram me matar!" 
              Quando eu disse isto estava querendo destacar que a sensação de pedalar pela grande Los Angeles é a própria sensação de liberdade, oriunda da segurança que não é um engano. Ela existe mesmo... e se acontecem acidentes com ciclistas em Los Angeles ou outra cidade americana? Claro... evidente que sim, mas não como em Porto Alegre, não como no Brasil. Em Los Angeles, ciclistas são pessoas... em Porto Alegre, ciclistas são menos que bens materiais aos olhos de motoristas. E isto não é uma característica de motoristas, isto é do cidadão brasileiro mesmo! Enquanto 90% das pessoas que andam pelas vias, tendo habilitação ou não, desconhecerem suas obrigações como cidadãos perante do CTB, bem como o verdadeiro sentido de "bom senso", estaremos perdidos por mais algumas décadas. E se longtail é realidade em algum lugar longe daqui, aqui ela representa esperança de uma mobilidade tão distante, tão conto de fadas para os ciclistas. E eu vou dizer... temos, inclusive ciclistas que precisam muito aprender. Agora, fato que qualquer um que for ler este meu depoimento, pensará que estou sendo relapso pq acho que os ciclistas mudar também. Só que isto não vale para um país onde a bicicleta é respeitada... ciclista que passa o sinal fechado em Los Angeles é parado pela polícia. Aqui... nem assaltante é parado, imagina então se motorista ou ciclista serão advertidos. Sonho meu...