quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A polêmica entre a EPTC e a Massa Crítica

Grupo de ciclistas do movimento Massa Crítica

Saiu no Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, RS, na data de 30 de Novembro de 2011, uma versão da Empresa Pública de Transporte e Circulação, questões relacionadas ao movimento da Massa Crítica. Resolvi realizar algumas considerações sobre as argumentações sobre ambas partes, sem intenção alguma de ofender ou diminuir uma ou outra instituição/movimentação. O movimento da Massa Crítica, segundo eles mesmos, não tem um líder. As decisões surgem de argumentação do consenso de todos participantes. O passeio protestante ocorre na última sexta feira de cada mês, partindo do Largo Zumbi dos Palmares (junto a perimetral). Neste movimento se apresentam centenas de ciciclistas, de todas as idades, sexos, religiões, etc, um público bem variado. A EPTC afirma que durante os eventos estão ocorrendo provocações por parte de ciclistas em relação ao veículos, e que o trânsito esta sendo prejudicado. A EPTC reclama que os passeios não estão sendo informados a ela, e que isto seria incorreto. Por inúmeras vezes realmente se soube de tais provocações, na condição de ciclista, e de repórter fotográfico, presenciei alguns episódios que testemunham esta questão. Lembro também que de forma inversa, ocorre sempre, bastou um ciclista estar na rua conforme a legislação de trânsito garante o direito, e lá esta o motorista que agride ou desrespeita as leis de trânsito e arriscando a vida de qualquer vivente que utiliza as vias e passeios da cidade. A EPTC tem sim um grande problema nas mãos... ciclistas também! Acredito que os ciclistas, em sua maioria são pessoas de bem, da paz e ordem, mas existem indivíduos que estão realizando protestos de forma completamente inadequada. A EPTC não somente fecha os olhos para os ciclistas desrespeitados na rua, como também desrespeita o código de trânsito... quando? Sempre que cria impecílios ao livre fluxo de ciclistas. Exemplo... na diário de notícias, foi criado uma ciclovia que é completamente inadequada ao trânsito de bicicletas, nesta circulam pedestres entre ciclistas. Pq? Porque não há calçada! Sim, alem do pavimento ser completamente inadequado a maioria das bicicletas, pedestres circulam entre ciclistas. Alguns ciclistas optam em não usar este espaço, e trafegam no asfalto juntamente dos veículos, e neste caso, passam a ser vistos como cidadãos que usam inadequandamente o espaço, pq estão fora do espaço oferecido. Parece correto? Não deveria ser a EPTC uma empresa que deveria zelar não somente pelo tráfego como pela segurança de pessoas que não estão protegidas no interior dos veículos? E neste ponto há uma curiosa questão, onde quem escolhe trafegar de carro, assume o risco de ferir pessoas em acidentes. E pessoas que utilizam transporte público, bicicletas ou o próprio passeio para se deslocar, estariam a margem de risco por conta de motoristas que não respeitam leis. De qualquer forma, ciclistas são pessoas, pedestres também, independente de classe social, poder aquisitivo, ideais de vida! Nada justifica ameaças feitas por ciclistas aos veículos, chamamos de vandalismo. E neste caso, penso que esta é uma questão de polícia, e não de fiscal de trânsito. Sim, ciclista que agride veículo, deve ser reprimido, contido como vândalo! Assim como o poder público também deve ser responsabilizado. Omissão, descaso, desrespeito de lei e ordem, ao meu ver torna o fiscal ou o orgão um transgressor da lei, e neste caso seria cabível uma punição, administrativa, por exemplo e dependente da gravidade. O fato é que muita coisa esta acontecendo neste movimento, e me parece que a alegação de não ser notificada, como afirma a EPTC, parece ser "vista grossa", ou "fazendo-se de louca", pois os protestos tem local e hora para partir, e a empresa tem plenas condições e conhecimentos destes. Um puxão de orelha é totalmente válido para as duas partes, para ciclistas... Ordem e exemplo! Para EPTC, coerência, motivação e atenção. Finalizo deixando em aberto uma pergunta: Pq o impasse não é resolvido, uma vez que se tornou problema de longa data aos olhos da EPTC? Não seria ela "gerenciadora" do trãnsito? Quem é capaz de multar, atribuir responsabilidades a motoristas, deveria ser capaz de apresentar soluções inteligentes ao trânsito com bicicletas. Já se foi o tempo para espera...

Roberto Furtado

Sai logo em seguida... Revista Bicicleta nº 012!

Capa da Revista Bicicleta edição 12

Logo estará nas bancas a Revista Bicicleta edição nº012, sendo uma resposta ao exemplar nº011 que saiu um pouquinho atrasado por conta de reflexos da Bike Expo 2011 e de um problema do maquinário da gráfica. Este mês, tudo em dia! O número de assinantes é crescente, e estamos otimistas para levar a idéia bicicleta adiante. Exemplar número 012 tem um significado importante para toda família bicicleta. É a superação de um ano difícil marcado pelo início de um projeto. Revista bicicleta tem, sem dúvida nenhuma, a melhor equipe de profissionais colaboradores do Brasil no segmento bicicleta. Levar a bandeira da revista significa dar continuidade nos projetos, e também plantar sementes para um futuro mais sustentável! Para assinar a Revista, é bem fácil, clique aqui:


Roberto Furtado

Bikes do Andarilho 2011 com mais de 8000 imagens!


O ano esta chegando ao fim, com ele chegam os números que expressam as atividades, os feitos a realidade deste blog. O Bikes do Andarilho surpreendeu a muitos, inclusive a mim mesmo. Quem acompanhou esta "pedalada" sabe muito bem que houve dedicação, amor, gratuidade, e quem sabe até um excesso no assunto bicicleta, sendo este uma concreta prova de que se respira bicicleta por aqui. O resultado de diversos eventos, Domingos de madrugada ou pedal na noite, horas longe da família, acabam sendo um prêmio na forma de imagens... lembranças, momentos eternizados. Esta coleção de fotos 2011 é uma realidade que deu trabalho, trabalho prazeiroso, onde os sorrisos são troféu de um ciclista na função de fotógrafo. Se por um lado não obtive medalhas ao longo dos ciclistas amigos, obtive uma coleção incrível de fotos. Certamente a maior coleção de fotos em bicicleta neste ano.
Ainda restam alguns eventos este ano, e talvez cheguemos em 10000 imagens, mas na verdade, não são os números que importam. O que me importa é ter respirado bicicleta, ter vivenciado ao lado de amigos, ter feito muitos amigos, ter o trabalho reconhecido por alguns, e ter aprendido tanto com tanta gente legal. O número da qualidade é mais importante por aqui... Obrigado!

Roberto Furtado

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Galópolis recebe a 10ª Etapa do Campeonato Gaúcho de Downhill


No próximo "finde" será realizada a 10ª Etapa do Campeonato Gaúcho de Downhill, em Galópolis. Um clima muito amigável e divertido tem rondado a família Downhill. As provas tem recebido muitos espectadores e participantes. Podemos dizer que vivemos em tempos de Downhill, um esporte que bomba bicicleta. Os meninos... são os mesmos voadores de Canela, Bento, Sapiranga, dentre outras do circuito gaúcho. Aliás, quem comprou a última Revista Bicicleta, nº011, pode conferir a matéria do Downhill Urbano de Bento Gonçalves, sucesso nacional.
Roda pra frente...

Roberto Furtado

Ronco do Bugio






O Domingo foi a vez do Ronco do Bugio, parque no Lami. O interessante do Parque Ronco do Bugio é a proximidade da metrópole Porto Alegre, sendo este possuidor de uma área de 33 hectares. Um espaço tão farto, de natureza exuberante, permite tantas atividades esportivas de aventura quanto a mente puder imaginar. Do arvorismo, sensação para a garotada, ou a velocidade da tiroleza, para a corrida de aventura ou os treinos de XC dentro da mata fechada. Nos pontilhões corria a água de nascentes cristalinas, semelhantes as que deveriam existir nos morros de Porto Alegre no início do século passado. Ninhos estranhos, dos pássaros que não vemos mais aqui... ou caranguejeiras com um palmo atravessando a estrada. Não dá pra deixar de pensar que o Ronco é um lugar que transpira natureza, e oportuniza um lazer ou descanso que só a vida rural ou ecológica poderia ofertar. Me lembrei dos dias em que acampei sem qualquer infraestrutura, porém além a estrutura é dígna da presença de toda família, sanitários, cozinha limpa, ambiente com vista para os morros. Tudo perfeito... e quase me esqueci. A comidinha caseira é um sucesso entre os visitantes. Porto Alegre precisava disto...
Abaixo segue o link do álbum com 241 imagens do Parque.
  
Roberto Furtado

sábado, 26 de novembro de 2011

Uma bike para estudar... ir estudar! 1ª Parte

Tem muito tempo que penso em voltar a estudar. Estudar é muito bom, não do jeito que descrevem... mas digo que são centenas de oportunidades para vivenciar. Colegas, contatos, uma rotina de raciocínio que pode levar ao novo. O tempo não é farto para mim, tampouco o dinheiro, mesmo assim resolvi apostar. Vou fazer algo que pode enriquecer minha história com a imagem... escolhi produção audiovisual. Curti este lance de video, foto, composições! E sabe lá onde o mundo levará... A idéia que tenho é usar a bike para ir e voltar da faculdade. Pegarei a bicicleta, vou até o centro de Porto Alegre, e lá pegarei o trem. Desço na parada da universidade, pedalo mais uns 1500 metros, e estou lá. A distância total é de uns 30 km, talvez pouco mais. Farei uns 8-10 km de bicicleta, e o restante fica por conta do trem. Aproveitar a vida é também uma questão de oportunizar a bicicleta em nossas vidas. No trânsito caótico que há na estrada, penso que o tempo seja pouco maior de bike + trem. Nada de especial, apenas mostrando que tenho intenções sobre a bicicleta. E desta forma deixará ela de ser apenas um veículo de lazer na minha vida, já que raras vezes dependo só dela. Agora, as coisas mudam! Quero fazer um teste para ver o tempo aproximado que preciso para realizar todo trajeto.
Me preocupa se a universidade possui uma boa segurança para deixar a bicicleta no espaço destinado para tal. Veremos como será. E antes que alguém pergunte, a foto deste post fiz para a Revista Bicleta. Representa mobilidade urbana!

Roberto Furtado

Dificuldade na restauração de uma old school... filha de Éolos! Qual?







Esta semana fiz a aquisição de um frame de Cr-Mo, de speed. Quando fui comprar, o vendedor me apresentou a bicicleta como sendo uma Giant, sem saber precisar o modelo. Avaliei, vi que se tratava de algo com grande qualidade, mas carente de cuidados. O nome da mesma, bem, isto vai ser difícil. Talvez seja como aquele cachorrinho que aparece perto de casa, e que devido o desconhecimento da origem, atribuimos um nome após colocar para dentro de casa. Estou me empenhando em pesquisas, e noto que realmente, pela espessura dos tubos, se trata de algo de muita qualidade. Possivelmente, a magrela ganhara um apelido, mas sua filiação ficará oculta, talvez para sempre. Conheço e conheci muita bicicleta, e é difícil não saber do que se trata, já que vivi sobre bikes no tempo onde esta e outras dominavam as ruas como as voadoras do asfalto. Soldas finas, acabamento dos recortes, geometria alinhada, também algumas peças supostamente originais, certo de que seja ela realmente uma americana 90's. Qual? Dúvidas... a pior parte do trabalho! Quem será esta dona do vento? Éolos saberá a resposta, pq jamais esqueceria o nome de uma filha. No entanto, não tenho o telefone dele, e me pergunto se alguém conhecera esta devoradora de km. Quem tu és delgada voadora?
Seja como for, começo uma estrada longa onde receberá esta uma grande atenção, carinho, e uma oportunidade de ressurgir da batalha de onde veio. Talvez para contar histórias, talvez para brigar mais um tempo, talvez apenas para lembrarmos que nem toda novidade da era multimateriais é párea para uma road perfeita de 12-20 anos. Equivocados são aqueles que se atiram na modernidade, e que condenam uma filha de Éolos a morte. Filhos de deuses... mesmo com mortais, serão semi-deuses. No audax da SAC pude conferir isto de perto, vi duas Bernardi de Cr-Mo na prova... uma delas fixa nas mãos de Vitor Matzembacher, trajado a caráter para o Audax estilo Randoneur, e a segunda Bernardi com Guilherme Chaves. Bicicletas old school que provam seu valor, em qualquer estilo, modalidade, simplesmente pq são filhas de deuses. 
Agora, se você não acredita, então não tem coração ou jamais experimentou uma road destas. Bikes old reconhecem seus "aliados" na velocidade. Não importa idade, para bikes old, ciclistas são sempre meninos!

Roberto Furtado

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Dona do vento... a bicicleta!


Em meio a "coisas" que vemos na rede, a bicicleta colide com tantas reflexões que é difícil não pensar que ela é um veículo que gera em nossa sociedade o romantismo, delírio, apego, e outros sentimentos. A vida é muito melhor com uma bicicleta, pq ela permite o sonho, o vento no rosto, oportunidades de relação entre os homens de bem. Pequisando, descobri que o Deus do Vento, o manda-vento é Éolos, e que existem outros deuses que regem este fenômeno tão bonito. Talvez o clima, em especial o vento, seja ainda uma incógnita para o entendimento do homem. Prever o vento não é tão simples, embora muitas vezes os mortais consigam diagnosticar a direção e sentido destes. Algumas vezes até a intensidade. Talvez Éolos seja bom para nós, e nos permita descobrir e precisar os ventos. Talvez o vento seja tão importante que o futuro sejam ele, juntamente com o sol, os responsáveis pela energia na terra. Não esqueçamos que os homens continuam resistentes e dependentes do veneno, aquele que a Chevron acabara de derramar 380 mil de litros (de petróleo) no mar da Bacia de Campos. O homem vai tentando, vai destruindo tudo pouco a pouco. Para proporcionar conforto, aquele que permite grande autonomia nos veículos, vamos destruindo o que estiver no caminho. Das profundezas do pré-sal a superfície onde borbulha a vida. Jogamos no "vento" a toxicidade que prejudica os peixes que depois comemos. Curioso!
Voltemos ao vento... pq este é o ar que bate no rosto do ciclista e traz uma alegria que muitos dependem. O ciclista, na descida, na subida, rápido ou devagar, sempre sentindo o vento. Vento que que sopra, faz ruído no ouvido, que permite perceber a velocidade. Os sentidos do homem, tato, visão e a audição, os que transmitem mais informações ao cérebro sobre esta estranha relação do deslocamento que ocasiona o vento. A dona do vento é a bicicleta! Ela oferece ao ciclista com sua própria energia confrontar o vento. Se Éolos nos deu este presente, talvez seja ele o Deus da bicicleta... talvez o Deus do vento e da bicicleta sejam os mesmos! Bicicleta, dona do vento, filha de Éolos!

Texto e foto: Roberto Furtado

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Audax 200 km da Sociedade Audax de Ciclismo 20.11.2011





Demorei... contudo, segue o álbum onde estão as imagens.  Ao todo foram 465 fotos. A prova foi muito tranquila, não percebi nada de errado grave com nenhum ciclista, exceto alguns com cãimbras, ou pneus furados, algo relativamente comum nas provas. Para tantos inscritos experientes como somente vemos na SAC, um número bem baixinho de desistências. O calor foi intenso, e desagradou alguns no período entre meio dia e o meio da tarde. Alguns locais possuiam subidas íngrimes, e fiquei perplexo quando vi ciclistas subindo uma lomba fortíssima e longa em velocidade próxima de 15 km/h. Nada mal para aqueles que já carregavam 160 km de prova! Cenário bonito, trajeto bem novidade! Inédito! Agora é treinar, refletir, e esperar os próximos 200 km... sem esquecer que esta prova de Novembro teve validade para 2012.
Roda pra frente...

Roberto Furtado

Giant Allegre... preta voadora! Totalmente black!









Muito tempo depois... foi finalizado este projeto! A Giant Alegree foi pintada de preto fosco, pintura eletrostática, e remontada fazendo um foco em preto. Peças pretas não são tão fáceis de encontrar como imaginávamos. Ficamos devendo a ela um cambio shimano 105 preto, que ainda não chegou, mas foi devidamente encomendado. Colocamos um shimano alivio temporariamente apenas para deixar tudo pronto. A Giant preta, voadora, revive, peças novas, desenho bem agressivo, garantido pela geometria única! Se preto ou vermelho, talvez branco, ou qualquer outra cor que possa levar seu proprietário a sonhar, então realmente, importa mesmo é que a qualidade do projeto e suas intenções sejam velozes. Quando Max me pediu para fazer isto por ele, tocar o projeto em frente, pensei que isto não fosse adiante. O tempo exigido por uma old school não é pequeno. Gastamos boas cifras para um projeto do túnel do tempo. Nos limitamos as peças de boa qualidade, sem a menor preocupação com o peso, embora este quadro seja muitas gramas mais leve que um quadro de alumínio sem grandes virtudes. Sim, esta Cr-Mo tem um espírito veloz ainda da década de 90, mas coloca preocupações em quadros atuais. O motivo é simples, e se percebe em alguns tubos. Os tubos possuem pequena espessura, o que resulta em leveza. Baixo peso, grande elasticidade, sonhos maior que tudo! Sonhar é preciso, e penso que Max fará muitos sonhos virarem realidade. Não sei quanto tempo faz que o vejo falando em pegar a estrada com uma speed. Agora, a chance é jogada no vento... roda pra frente e cuidado com os buracos, pq os pneus, contra meu gosto, são 700 x 23.
Aproveitando que estou atrasado com as tão esperadas fotos do Audax 200 km deste último dia 20 de Novembro, deixo uma esperança para disponibilizar as primeiras ainda nesta data. Estou com muita coisa pra fazer, mas vai indo...

Roberto Furtado

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Banner novo para ano novo que vem chegando!


O novo banner fiz pensando em algumas reflexões relevantes a estrada deste blog. Nossa identidade é o passado que nos projeta a este presente, e nos levará a um futuro. Este blog, como muitos sabem, nasceu de um sedento desejo de falar em bicicleta. Em motivos, ideais, e pensamentos que ocorrem durante toda caminhada, neste caso, "a pedalada"! A fotografia é uma característica vital e a palavra, como sempre digo, consegue dar força a imagem. Uma forma de expressão que complementa a outra. Todo vivente traz consigo uma história, e quem tem um amigo, tem uma "penca" de histórias. Um amigo, uma bicicleta, uma máquina fotográfica, um bloquinho de anotações para não esquecer avalanche repentina de idéias. Este é o perfil deste blog... e o banner, mais uma vez é um ciclista na estrada, pq esta é a melhor representação da idéia que gosto de passar. A estrada da vida, e no caminho estão motivos para continuar... desejo de superar a própria mente com respostas provenientes da maturidade. Roda pra frente...

Roberto Furtado

domingo, 20 de novembro de 2011

Medalhas Francesas... ACP para SAC!


Neste último Sábado, 19.11.2011, foram entregues aos ciclistas as medalhas originais fornecidas pela ACP (Audax Club Parisien). A cerimônia simples, ocorrida após o briefing do Audax 200 km, prestigiou alguns colegas veteranos. Nenhuma surpresa, pois todos eles, notavelmente são merecedores das mesmas. Alías, orgulho sentem os que estão em início de carreira! Podemos conviver com a experiência, em um patamar de coleguismo e humildade que só aproxima as pessoas. Estou preparando o álbum desta data, pois achei melhor separar as imagens do dia 19 e do dia 20, em função das diferentes questões! Medalhas Francesas para um lado, Audax 200 km no dia seguinte... do outro lado! Parabéns aos amigos! Espero que 2012 seja ainda mais promissor! Que novas alegrias sejam confirmadas no novo ano... quem sabem com o dobro de participantes em Audax, novas amizades.

Briefing + entrega das medalhas francesas

Roberto Furtado

Fotografia de esporte de aventura... dedicar-se é preciso, então, valorizar!


Minutos atrás cheguei em casa... troca de roupa, vai pro banho, come alguma coisa, e somente depois parece que o ritmo vai voltando ao normal. Acordei as 4:30 da manha de Domingo para realizar as fotos da SAC (Sociedade Audax de Ciclismo), cheguei atrasado pq peguei um acesso errado... estava meio sonambulando ainda! Este post não tem relação direta com a SAC, ou com a FGC. Este post é uma justificativa, por assim dizer. Queria afirmar o trabalho que venho fazendo, nem peço bajulação. Estou muitíssimo insatisfeito com algumas pessoas, e devidamente oposto com outras. A desvalorização do trabalho é algo bastante desmotivante. Não pense que para fazer fotos razoáveis, como as que se apresentam em meus albuns, precise apenas de uma boa máquina. Criar é preciso... o fotógrafo, queira alguns ou não, é um artista! Sendo um artista, passa ficar claro que é um profissional. Fotógrafo na atualidade tem muita facilidade, e tem muita coisa que deve saber também. Quem aprende com a vida, não percebe que para todo tipo de foto existe um ângulo, motivo! Existem "regras" de coerência para fotografia. Quando vejo alguém boquiaberto quando digo que vendo uma foto de alta resolução por 10 reais (em média), penso que este alguém não tem a menor noção do que é trabalho para ter uma boa foto em um álbum com 200, 300 ou 600 fotos. Quantas fotos de boa qualidade você tem visto por aí? Digo em provas de ciclismo. As vezes aparece uma que outra, de um amigo do ciclista, que pegou uma foto na hora certa, deu sorte! Sim, se ele desconhece o manejo de uma máquina em modo manual, trata-se de sorte e automatismo. Será que ele é  mesmo um fotógrafo? Será que ele consegue assumir o compromisso de realizar 500 imagens, tratar e dar qualidade ao ponto de mandar estas imagens para um jornal ou para uma revista, ou ainda, entregar para um cliente exigente? Não é fácil fazer 1000 fotos por semana, tratar, hospedar, e armazenar tudo. Posso garantir isto! Amanhã, alguém pergunta... será que o Roberto me arruma uma foto de dois anos atrás, de um Audax? E na resposta surge a confirmação positiva... isto é sempre viável. Já pensou guardar 1000 fotos por semana, durante 2 anos? Faça as contas... Quanto custo armazenar tudo isto? 
Se faço do jeito que faço, tem quem reclame, se faço do jeito do reclamante, surgirá outro expoente descontente. Agradar a todos é impossível! Agora, achar caro uma imagem de 7-12 pilas. Penso que seja outra a resposta... afinal, todos os fotógrafos reclamam das mesmas coisas. Se o profissional se compromete e realiza o trabalho, e algo não esta de acordo. O cliente não está preparado...
E por último... se um salário mínimo, fruto de um trabalho honrado, é pago a alguém que geralmente possui pouca instrução. Quantas fotos o fotógrafo tem que vender para fazer um salário mínimo? Quantos salários mínimos é preciso juntar para comprar um boa máquina... digo uma como a que uso, ou próximo. 
Em tempos onde há bolsa família, vale gás, vale desemprego, quem sabe agora uma bolsa para fotógrafos poderem pelo menos pagar custos de trabalho. 
Uma reflexão é preciso, uma boa foto... também! Mil desculpas para aqueles que não precisavam ler este...
Roda pra frente... esta semana tem novidades. Finalização de um projeto, também as fotos da SAC, dentre outras coisas que surgirão com o dedilhar do teclado.
Um abraço

Roberto Furtado

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Audax da SAC reune mais de 120 ciclistas neste Domingo 20.11.2011


Contagem regressiva... cartão de rota apresentado, neste sábado teremos atividades pré-prova (briefing e palestra com a primeira mulher brasileira a completar a prova do PBP). Nossa ciclista de ouro é Simone B. Fortes, por diversas vezes presente nos Audax aqui do RS. Simone vai contar um pouquinho da experiência no Paris-Brest-Paris, também serão dadas as medalhas francesas aos que conquistaram este direito realizando as provas. A prova será ímpar em 2011... ela terá validade para 2012 e já possui um trajeto totalmente novo. Neste Sábado, de acordo com o site da SAC, as atividades prometem levantar os ânimos dos ciclistas, alías, como cita-se no título desta postagem, serão mais de 120 ciclistas. Estarei lá fotografando... cenário novo, fotos novas! Grandes perspectivas!

Roberto Furtado

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Old school... no garimpo, sempre mais uma descoberta!

sapatas de freio cantilever XTR

Camb. Diant. Shimano A

Outra vista do Shimano A...

O garimpo não é assunto novo neste blog... aliás, acho estranho existirem poucos blogs e espaços que comentem isto. A realidade old school é crescente no Brasil, fortemente dissiminada no exterior. Algum tempo depois  todas as peças caras, como XT, XTR, ou até mesmo simplinhas de boa qualidade, perdem valor para as novidades do mercado. Isto é uma realidade, o estoque neste segmento acaba perdendo espaço para a procura pelo último grito. Saudosistas como eu e alguns conhecidos frequentadores do blog, procuram incansavelmente pela arca perdida, chamada no mundo da bike por old school. E quanto devemos procurar? Não há limite... corre atrás, pq isto não tem fim. Fechar grupos com garimpo é um trabalho sem sucesso, na maioria das vezes. Peças novas como estas acima, mais incomuns ainda. Alias, muito melhor encontrar peças novas... pq as gastas, estão gastas! Nem sempre aceitam o uso com qualidade que o saudosista procura. Não desanima, segue a estrada... compra uma peça hoje, amanhã compra outra. Se não conseguires fechar um grupo, revende as mesmas a quem precisa. Perder dinheiro, provalmente não perdes. Ganhar, talvez... e na verdade, quem faz isto não faz pelo dindin, faz pelo amor ao hobby. Encontrei estas peças através de um lojista amigo meu... comprei também, cambios dianteiro XTR para seat tube de 28.6,mm, mas sabe lá quando vou conseguir aplicar em algo. No fim, pior do que não ter previsão de aplicar peças, fica sendo justamente ter onde aplicar, e não possuir as mesmas. Se old school 90's, não é nada fácil... imagina então ser 80's, ou 70's. Uma novela mexicana sem final...
E antes de finalizar este post... reparou que o cambio dianteiro shimano A é uma versão old do E-type moderno? Algumas idéias, vão, mas voltam!
Roda pra frente, logo ali tem mais um assunto garimpo!

Roberto Furtado

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Acampado no paraíso que esta morrendo!

Pássaros sobre o Parque Nacional da Lagoa do Peixe

Ave do litoral (qual?)

Natureza artesã

Caixinha que alguém não quis mais... a natureza tenta dar jeito!

Farol do Bujuru

Embalagem na praia (acho amaciante "javanês)

Cenário lindo... pra perder?
Um feriado bem ao estilo que adoro... Fui para imediações de Tavares, próximo ao Parque Nacional da Lagoa do Peixe. Pescar e acampar não é permitido no Parque, por isto fiquei 20 km ao sul da reserva. Antes de tudo, que fique claro!
Teoricamente o parque é uma terra protegida, mas que é também esquecida! Algumas vezes pesco por ali. Considero a pesca uma das últimas atividades saudáveis, pensando que é a atividade mais antiga exercida pelo homem. Pescar o próprio peixe significa muitas coisas... primeiramente significa protestar contra o comércio de peixes de extrativismo da forma que é realizada no Brasil. A pesca industrial é destrutiva, e ela é alimentada por todos nós, consumidores de peixes. A mortandade de mámiferos cetáceos (baleias, botos, toninhas, etc), tartarugas, peixes, leões marinhos, aves e outros animais é notável por estes modos agressivos onde a técnica utiliza redes. O arrasto é um crime regulamentado que não é aplica na prática nada nem parecido com o que deveria. Segundo a própria legislação e os cadáveres de animais que se amontam na beira de praia de Torres ao Chuí (o resto do País não tenho conhecimento), algo deve estar errado! As corvinas mortas são vistas a cada 200 metros na praia. Imagine quantas corvinas mortas temos ao longo dos 620 km de litoral! Estou falando de peixes grande, com 3 ou 5 kg, que deixam de reproduzir, deixam de alimentar crianças num país que a mesa não é farta para todos!
Ao longo da beira da praia é notável a quantidade de embalagens plásticas com rótulos de idiomas que nem sei de onde são! Os navios jogam seus lixos no mar, as barras jogam lixo das grandes cidades no mar. Aquela sacolinha plástica dos supermercados... aquela que pegou um pé de vento, ou que você jogou na rua, acaba num bueiro, depois no Guaiba, depois na Lagoa dos Patos (uma das maiores lagoas do mundo), depois vai parar na beira da praia, as vezes no estomago de um peixe que achou apetitoso comer mexilhões e cracas que se firmavam nela. Claro que o peixe, morreu!
Viajar para locais assim, paraísos sem infraestrutura urbana acaba tendo dois lados. O primeiro onde você pode montar uma barraca e encontrar a tal paz de Deus, da natureza, dos entendimentos da vida simples. Na outra face fica o terror de estar perdendo algo tão belo para o relaxamento humano. Como vai ser daqui pra frente, já encontrei minha resposta. Ou mudamos, ou morreremos! Se o mar morrer, morreremos em questão de tempo. Este post é 100% protesto! Protesto contra o lixo nos rios, protesto contra a industria pesqueia que mata animais aos milhares, intencionalmente, buscando lucros. Recomendo que as pessoas tirem suas próprias conclusões. Enquanto o IBAMA brinca de policiar pescadores amadores, cobrando licensa de pesca na beira de praia, mostra servicinho, os grandes cardumes estão sendo aniquilados. Segundo dados estatisticos, o pescado atual é de  aproximadamente 5% em relação a decada de 70. O que achas?
Se este post tem ou não relação com bicicleta, e isto desagrada a alguns, penso que não fazer o mesmo seria omitir algo que constatei com os próprios olhos. Interessante de tudo é que nunca vi um ciclista jogando lixo no chão, mas muitas vezes vi motoristas jogando lixo pela janela do carro. Isto é preguicinha ou falta de educação? Escolher é preciso... quem faz isto, só tem duas opções para se encaixar. Fazer um pouquinho pelo nosso planeta começa em pequenas atitudes, ser hipócrita é omitir problemas, e evitar atritos para um benefício próprio chamado de conforto! Se dentro do teu carro esta limpinho, talvez seja pq você jogou papel pela janela, afinal, volta e meia, todo mundo leva alguma coisa de comer pra dentro do carro. Não custa nada chegar em casa e colocar no lixo, guarda no portaluvas, num saquinho, onde quiser, mas não jogue qualquer coisa pela janela do carro.
A bicicleta continua sendo o principal foco deste espaço, mas um puxão de orelha vai bem... mil desculpas se me desgarrei um pouco, mas responsabilidade é também cobrar importantes atitudes. Respeitemos o pouco que temos...
Roda pra frente, pq final de semana tem Meio fundo de Vacaria, também Audax 200 km da SAC e muito mais para a gente celebrar a bicicleta.

Roberto Furtado

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Alicate em Porto Alegre... Hasta la Muerte 15.11.2011


Olha aí... pra quem anda distraído e não vê as coisas acontecerem. Mais um Alicate! Na terça feira, dia 15 de Novembro de 2011, no largo Glênio Peres, pontualmente ás 17 horas. Interessante mesmo é como esta turma é habilidosa, cada floyer mais arte que outro! Me parece que a artista se chama Luiza Ghoul, agradeço a correção se estiver incorreto.
Para saber mais, acesse o Facebook do Alicate!
E como se diz... por sua conta e risco!

Roberto Furtado