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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Em avaliação... Guidão Butterfly

Foto: Roberto Furtado

Foto: Roberto Furtado

Foto: Roberto Furtado
                   Havia muito tempo que eu queria testar este modelo de guidão. O butterfly é um guidão bem diferente de qualquer proposta tradicional, possuindo um apelo de reposicionamento e versatilidade na condução da bicicleta. A proposta dele é oferecer mais posições para segurar o guidão. Vale dizer que isto é muito pessoal... e vai ter ciclista que não se acerta, assim como os próprios modelos originais. Farei alguns apontamentos sobre os primeiros usos... mas somente uma longa utilização poderia determinar detalhes bem "estreitos" desta peça importante.


Versatilidade de posições e aplicação

                     O guidão butterfly possui três diferentes "pegadas". Nenhuma delas se aproxima de uma posição de guidão original, tipo rise, drop, reto, etc, pois esta versão de guidão oferece o deslocamento do eixo central do guidão. Utilizando a mesma mesa (suporte de guidão) se avalia facilmente que o guidão butterfly fica "adiantado ou atrasado" sobre a mesa. A diferença pode chegar por volta de 80 mm de recuo para trás e/ou de "adiantamento" (para frente) dependendo do modelo e fabricante do guidão. Também é notável que a altura do guidão se altera em relação ao modelo reto, ficando mais baixo que o original quando colocado na posição de bar end, e a barra adiantada ficará mais alta. Este artifício pode ser utilizado para corrigir algum posicionamento, ou mesmo pelo bike fiter. Para cicloturistas, ou mesmo para entusiastas, igualmente para ciclistas da mobilidade, torna-se uma opção de valor sobre o conforto. Há vantagens e desvantagens, mas de maneira geral se observa bons adjetivos. As posições não são nada esportivas... então fica claro que é um modelo para entusiastas. E sabe-se que o maior público consumidor em termos de volume de vendas esta ligado ao perfil de entusiasta. Possuir três posições distintas em um guidão pode ser um diferencial, inclusive para fixar acessórios, tais como faróis, suportes de celular e outros transportáveis necessários ao alcance das mãos.


Bar end

                    Na função "bar end" podemos dizer que há qualidade de igual forma se compararmos esta opção ao guidão com acessório bar end que foi posteriormente instalado como opcional. A vantagem no butterfly sobre os bar ends tradicionais, fica sobre a terminação logo acima, que devido ao formato do guidão, elimina completamente as pontas que podem ser perigosas no caso das quedas ou até mesmo a pedestres. Os pedestres que por infelicidade atravessarem a trajetória do ciclista, de forma acidental, inevitavelmente serão atingidos pela primeira parte da bicicleta que surge na trajetória. Esta parte do guidão com bar ends torna-se o primeiro contato da colisão entre bicicleta e pedestre. Mesmo que seja um acidente, alguns detalhes pequenos podem ser observados. Devem ser evitados alguns modelos de bar ends, sobretudo os mais antigos, pois algumas destes acessórios podem ser são extremamente danosos aos pedestres. Tal situação inexiste no butterfly, pois sendo continuado e curvo, eliminam-se as pontas nas extremidades. As terminações do guidão estão para dentro! Este fi um grande atributo do butterfly em termos de praticidade e segurança.


Maçanetas de freio... segurança?

                   É difícil saber o que cada um gosta de usar e como se sente em relação a segurança dos freios e posições de guidão, mas acredito que a maioria dos ciclistas se sinta muito mais confortável sobre segurança quando as maçanetas de freio se posicionam de forma paralela ao guidão. Para caso de guidão drop, de bicicletas road, se sabe que foram desenvolvidos para desempenho de estradeiras, por isto possuem um capítulo a parte sobre posição e não serão considerados aqui. Contudo, de fato, guiadores retos ou tipo rise são mais adequados a este comparativo por se aproximarem do quesito segurança. Me parece que o guidão reto se mostrou mais seguro que o butterfly pela questão da posição bem defensiva que permanece o ciclista. De qualquer forma, ainda sendo um guidão reto na posição principal (aquela que permanecem os manetes e trocadores), a mesma versatilidade do butterfly, impede afastamento das maçanetas de freio em relação a mesa... e isto poderia trazer mais estabilidade. Algumas pessoas referenciam-se sobre esta questão com o comprimento do guidão que se assemelha a largura dos ombros. É mais complexo do que isto, mas é importante destacar este limite do butterfly. 

Aço ou Alumínio

                É interessante chegar mais uma vez neste tema sobre materiais... mas afinal, como não chegar aqui se a questão é justamente sobre as bicicletas e componentes? Procurei pensar muito a respeito do modelo e qual seria a melhor alternativa para dentre as opções do mercado. Nós sabemos que produtos com elevado valor agregado carregam consigo grandes atributos, mas sinceramente não compreendo o fato de um guidão butterfly custar 400 reais. Não há justificativa para um guidão de conceito voltado para cicloturismo ou passeio custar mais do 200 reais. Pode ser uma questão de baixa rotatividade de um tipo de produto ainda... mas não será ao custo de 400 reais que ele se tornará popular nas vias de um país. Por isto, resolvi procurar por um modelo cuja característica fosse baixo valor final, mas também que fosse de aço... e explico. O design do guidão butterfly possui uma característica muito peculiar, cujo resultado se estende até o conforto sobre terrenos acidentados ou com potencial elevado de vibrações sobre o guidão. Ao segurar no guidão, o ciclista coloca seu peso e apoio sobre uma parte muito importante da bicicleta. Ao longo da bicicleta, as energias promovidas pela trepidação vão se distribuindo, dissipando-se ao longo do tubo! Até que as energias propagadas possam chegar as manoplas ou região de pegada principal do guidão butterfly, ocorre o efeito de dispersão destes transmitidos pela roda através do pavimento. Sabe-se, de longa data, que bicicletas de aço ou cromoly (cromo + molibdênio) são representantes do conforto nos campos da flexão, torção e vibrações, tanto que justamente este segundo material é utilizado na fabricação de molas automotivas, devido as propriedades exclusivas. Neste caso, assim como em muitos outros, o aço e suas ligas, levam grande vantagem quando o assunto é absorver vibrações. O alumínio é sem dúvidas o elemento indispensável na indústria da bicicleta... e cabe lembrar que ele é muito mais importante na elaboração de bikes de elevado nível técnico com finalidades competitivas (ou alguns tipos de recreativas), do que propriamente na fabricação de guidão e outros itens da bicicleta de cicloturismo. É como atacar uma mosca com uma bazuca... é como pensar em gramas reduzidas no guidão para uma bicicleta que carregará dezenas de quilos extras em bagagem. E ao custo do prejuízo de conforto.
Aparentemente, a peça testada é fabricada com um aço do tipo SAE 1020 ou SAE 1008, com acabamento cromado e tubo com costura (visível internamente). O valor deste guidão, comprado na internet em loja de SP, foi de 60 reais + despesas de envio. A peça em questão esta em teste em uma bicicleta Giant Sedona ATX series de 1994, fixada em mesa de cromo. Permanece a peça em teste por algum período, testada nas ruas de Porto Alegre.
Agradecimentos aos apoiadores deste blog de crítica especializada em bicicletas. 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Não são antigas, mas lembram! Uma tendência retrô!


    Elas não são bikes "velhas" ou antigas, são novinhas. Os projetos são atuais e seguem tendências mundiais. Se vc for na Brasil Cycle Fair, ou se for na Interbike, talvez Eurobike, vai perceber que há fabricantes apostando nestas bicicletas com forte vigor. Isto vai vender muito, cada vez mais! Pode apostar! 
Uma grande fração do mercado de bicicletas é destinado ao público eventual ou mesmo do cotidiano da mobilidade urbana. As tendências são "desenhadas" pela sociedade, de forma gradual e evolutiva. Cresce a cada ano... agora esta numa proporção que impressiona. As fixas prontas estão aí para agregar, mas a mobilidade não é construída apenas de fixas. E pergunte quantos são os que se adaptaram ao conceito sem marchas e sem roda livre. Muito legal, divertido, excelente opção para entregadores e outros entusiastas, mas a fixa não é pra todos. Muito embora alguns acreditem ser a raiz das bikes... e de verdade, é! As fixas não são o tema desta oportunidade, mas acho que falar em bikes estilosas requer uma reflexão. Afinal, o tema é mobilidade... e para qual lado esta indo o design e a construção das bikes de mobilidade. Elas são clássicas, estão em alta! Todas, contudo, não dá pra negar que estão ganhando muito atenção de um público urbano. Retrô bikes... existe isto? Estão aí... confira, vá nas lojas, avalie por conta. Observe os projetos personalizados que andam nas ruas e parques... vc vai perceber que algo veio diferente, e com muita força!

 Não espanta mais que alguns toques de acabamento e até do design das bikes sejam baseados em projetos dos anos 50 ou posteriores a era de ouro da bicicleta de mobilidade. As cores, marrom, preto, azul antigo, até mesmo o dourado dos anos 60 e 70, puxam esta moda do retrô para bicicletas. Selim marrom, uma imitação de couro de época, aquele marrom com tom alaranjado, sabe? Pois então... esta tudo na moda, num ciclo, que possivelmente vai sumir e voltar novamente. Ou talvez não nos abandone mais... mas que veio pra criar impacto nos conceitos de mobilidade, isto veio. Como crítico de bicicletas, faz tempo que percebo esta tendência, mas confesso que no início não acreditava que isto colaria. Menos ainda que em muitos modelos pudesse ser aplicado o alumínio como opção. O aço... seria bem mais interessante, mas ele é também pesado nas versões mais populares, não agradaria tanto na hora de carregar a bicicleta pela escada... não é mesmo? Leveza, um rodar macio, design apaixonante... alto estilo pra dar uma volta, ir e vir do trabalho, sair com o amor para o café! Vale um convite para um amigo... estilo esta sempre valendo! É tempo de repensar, de organizar a casa sobre o que é certo ou errado, sobre comportamentos, sobre o que se realmente gosta!
Agradecimentos ao Dudu Bike pela disponibilidade das bikes, pela atenção, pela oportunidade. Quem quiser conferir as bikes, vai lá na loja e fala com o Everson ou com o Daniel, diz que o Andarilho indicou e ganha 5% de desconto. Se rola mais um descontinho não sei... mas estes 5% estão garantidos. Valeu... roda pra frente!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Estacionamento para bicicletas no Mercado Público de Porto Alegre




Durante uma necessária ida ao centro de Porto Alegre, fiquei desmotivado ao perceber o movimento no sábado pela manhã. Antes, em outras oportunidades, estive no centro que não apresentava igual movimento se tratando de final de semana. Logo me veio a cabeça a possibilidade desta ida ao centro utilizando a bicicleta. Infelizmente ainda não estou liberado para andar com a magrela, e é bem provável que isto tenha fim breve, se tudo der certo. De qualquer forma, após sair dos correios, Agência Central, me dirigi ao Mercado Público. O estacionamento para carros, e as ruas ao redor não possuiam vagas disponíveis, e era possível  ver diversos motoristas "garimpando" uma vaga. Fiquei pensando que se metade dos motoristas tivessem optado por usar o bicicletário, então as vagas para carros estivessem disponíveis. E talvez os bicicletários estivem lotados... acaba sendo uma balança que não fecharia conta, exceto se a quantidade de bicicletários fosse maior. Nas fotos, registrei apenas um deles, pois no dia era apenas estas 3 bicicletas que aguardavam seus proprietários ali. Me pergunto se faltaria mais divulgação, ou incentivo, ou apenas medo de ter a bike furtada destes bicicletários... seria este o motivo da falta de bicicletas ali?  Um local bem visível, acessível, bem em frente as portas do Mercado. Excelente localização! Uma conquista que não esta sendo bem aproveitada, aos olhos deste Andarilho...

Roberto Furtado