quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sobre bikes, entre mãe e filho!

Chega a tardinha, e pego a bike... rumo ao momento mais feliz do dia de céu limpo. De longe, minha mãe, dona Silvia espia. Sento na bike e sumo da vista da mãe coruja. Difícil entender... aos 33 anos, ela ainda se preocupa como se eu fosse criança. Me casei, me mudei, mas todos os dias vou a casa de meus pais. E mesmo assim, é comum ela ligar para saber onde estou, se já cheguei, a precisão da segurança em que me encontro. As vezes entendo, as vezes não. Por vezes ela pergunta se vou pedalar, e quando digo que sim, sempre diz para eu me cuidar, mesmo que seja algo que eu esteja acostumado a ouvir, e por isto ciente desta precaução. Moro longe da largada dos passeios, e é comum voltar para casa de meus pais para pegar o carro, e aí voltar para casa. Deixo a bike na residência deles, fico pensando que é até errado, pq não consigo fazê-los entender que o ninho esta vazio. Gosto do zelo, da atenção, dos agrados, mas sei da preocupação quando pego a bike. E injusto é para minha mãe, que também é motorista, e conhece a realidade do trânsito de Porto Alegre. A gente segue uma vida que não gosta, fazendo coisas que ama, mas o preço de ser o que sonhamos é alto. A cidade pulsa contra o ciclista, que não polui, que não mata, que vive e dá alegria e movimento a paisagens cinzas de uma cidade grande. Em casa, minha mãe preocupada cada vez que subo na magrela. Angustia temporária para mamãe, felicidade momentânea para mim... sobre bikes, entre mães e filhos, sentimentos opostos, inocentes sentimentos em função de uma presa vida urbana.

Roberto Furtado

3 comentários:

  1. Oi Roberto,
    tudo legal contigo?
    sei não mas acho q a gente entende mesmo a preocupação dos pais qdo temos filhos...
    e aí, que tal encarar o desafio 130 com aquela speed, huh?! ;)
    abraço

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  2. e aí, andarilho, tudo numa boa?
    pow, está complicado treinar para o desafio 130km... hj (na verdade, ontem) fui até a estrada do lami (com a speed) e, na volta, próximo à entrada para a serraria, fui surpreendido pela tempestade. o vento, primeiro, me transformou em um croquete de areia ambulante e, em seguida, me jogou no chão com bike e tudo (e olha q o vento bateu de lado...). busquei abrigo na primeira porta q encontrei aberta, uma estofaria, e, algum tempo depois, sentindo q a chuva não pararia, decidi retornar. e aí não pedalei nem 1 km e levei um tobaço, com direito a selim quebrado e esfolados de praxe. não sei como aconteceu, olhei para trás e, qdo desvirei o rosto, senti q um provável movimento leve da roda dianteira ia me derrubar. ainda tentei subir numa rampa de carro mas o pneu deslizou e fui para a galera. nada grave, enfim (i will survive! haha), já ouvi/li coisas muito piores(infelizmente), mas fiquei pensando algumas coisas:
    1. nada a ver com o temporal mas é muito complicado ser ciclista em porto alegre. não temos praticamente nada de ciclovias/ciclofaixas e acho q nenhum lugar para treinar com segurança. temos q encarar um dos trânsitos mais violentos - e impunes - do mundo. até acho q a maioria dos motoristas levam numa boa mas não é raro encontrarmos psicopatas com habilitação para matar. é cada "fininho" de arrepiar! sei da aprovação do projeto cicloviário de porto alegre e algum dia, se e quando sair do rol das infindáveis promessas políticas, tenho lá minhas dúvidas se os ciclistas serão respeitados. ciclovias/ciclofaixas combinam com pessoas educadas e conscientes e... bem... pelas notícias q rolam por aí acho q ainda não é o nosso caso. aqui, como sei que sabes, nem o teste do bafômetro é obrigatório, e as indenizações via de regra são estipuladas em "cestas básicas." espero estar muito errado mas, enfim, temos um pessoal estabelecendo um calendário de provas de ciclismo muito bacana e talvez alguns tenham dificuldade para treinar.
    2. sobre o desafio 130km... vamos ver a previsão do tempo na véspera, os sites costumam ter boa margem de acerto. e com chuva nem pensar. não sei como seria encarar com uma mtb (e no momento acho q nem aguentaria) mas com speed fica complicado, pelo menos para mim. se a chuva acontecer durante o percurso, abandono na hora e fico esperando o resgate...hehe. mas tomara q faça um dia muito bacana, com certeza a ninki e o pessoal do audax merecem!!! :)
    acho q é isso. a gente se fala nos passeios e blogs...haha.
    bom fim de semana!
    abraços para ti e ninki e, again, obrigado pela força audax e excelente blog.

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  3. bah... desculpa o abuso nos comments mas esqueci de dizer (depois de quase escrever um livro, vê se pode... haha) que eu sabia q tinha previsão de tempestade para a tarde de hoje (ontem). tá certo q chegou mais cedo mas... errrr.... acho q foi marcação minha mesmo. alguns anos atrás as tempestades eram mais fracas, acho q preciso rever alguns conceitos! agora é para valer mesmo! haha
    fui. desculpa o abuso. abraços. ;)

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