quarta-feira, 17 de maio de 2017

Decisões... Rota dos Faróis

Eu e Márcio, com o modelo de longtail da Art Trike, batizado de longbob. 
           Para muitos... realizar uma aventura não requer grandes reflexões, mas trago comigo observações que aprendi nos anos em que cursei engenharia mecânica e o técnico automotivo. Estas observações me deixam bastante criterioso sobre as decisões... Recentemente li algumas coisas sobre o shimano nexus de 8 velocidades que me fizeram declinar da escolha da longtail verdosa neste projeto. Considero ainda o nexus daquela bicicleta, um dispositivo que merece minha atenção e cuidado... ele esta em teste ainda. E só poderei utilizar o sistema com confiança depois que ele for aberto na revisão, pois somente desta forma saberemos se ele esta realmente no patamar de segurança que todos conhecem nos sistemas de cassete. Confiar, eu confio... não tenho dúvida de que o nexus 8 é uma opção extraordinária, mas não posso arriscar um projeto como a Rota dos Faróis. Portanto, critério é preciso, de outra forma não seria um crítico suficientemente confiável. Isto acontece frequentemente na industria automotiva... não é surpresa alguma que volta e meia uma linha inteira de automóveis precise de um recall. Nem tudo sai como se espera... o ser humano é passível de erro! Foi pensando nisto que decidi pela montagem de uma segunda longtail, com sistema bem mais simples... onde entendo que "menos é mais!", e por isto vamos ao projeto paralelo, que será montado especificamente para esta aventura.

Longtail Art Trike modelo LongBob

              A longtail final... já devidamente com todas as decisões da Art Trike, possui características bem diferentes da Longtail Verdosa. A longtail verde que todos estão acostumados a me ver circulando é chassis número 02, ainda era um protótipo. Penso que aquela bicicleta tinha muito pouco para ser melhorado, mas ela apresenta diferenças em relação a esta preta. Inclusive, sendo um pouquinho mais curta... e isto é bom! Se vc pensar que a bicicleta é uma opção para cicloturismo (também como utilitária), perceberá que em algum momento será preciso transportá-la em um veículo, seja ônibus ou automóvel... e nem pensei em avião. Mesmo que represente um encurtamento bastante modesto, quase simbólico, pode haver algumas situações em que ela esteja dentro ou fora de algum sistema de transporte. Este é o tipo de momento onde todos terão esta preocupação... transporte! Outro grande indício foi a espera para freio a disco... agora há! E havendo, parece bem mais segura. Eu noto, que muito embora os Vbrakes da Shimano sejam de alto nível, ainda assim ao carregar mais peso nela parece não ter a mesma frenagem que numa bicicleta normal. Ao descer a lomba na verdosa, lombas íngremes e longas, se percebem que as sapatas de freio quase fritam... não chegam a passar insegurança, mas se percebe nitidamente a alteração de desempenho em relação aos momentos sem carga. E não preciso dizer que freio é item que deve não apenas ser funcional como também muito eficiente em qualquer condição. No mais, poderei fazer novas considerações somente com a montagem. Estou empolgado para testar uma longtail com sistema de freios dianteiro e traseiro, mesmo que sejam mecânicos. Não acredito que seja necessário utilizar hidráulicos aqui... mas não esta descartada a opção para o futuro. O inconveniente do hidráulico em bicicleta de cicloturismo é a dificuldade de manutenção caso ocorra algum tipo de vazamento, e tal questão se amplia quando pensamos que conduíte hidráulico precisaria ter uns 30 cm mais que os tradicionais. Olha o tamanho da complicação dos freios por fluído...

Por hora, agradeço o pessoal da Art Trike, mais uma vez, pelo carinho e atenção, pelas solicitações sempre bem recebidas. Eu fico sempre surpreso com o crescimento e seriedade desta turma... eles são profissionais, sabem o que estão fazendo. 

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