sábado, 23 de março de 2013

A mobilidade urbana fracassada de Porto Alegre

Foto: Roberto Furtado / Revista Bicicleta

Não é comum conversar com as pessoas residentes de Porto Alegre e escutar frases como estas: " O transporte público é caótico!" ou " Andar de ônibus é muito caro em Porto Alegre!". E ainda existem outras vindas dos inconformados ciclistas: "Andar de ônibus é ruim, de bicicleta é perigoso, pq não há estrutura e educação no trânsito da cidade!"  Estes lamentos são apenas uma fração do que significa viver em Porto Alegre. E verdade que isto não é de hoje, embora, seja evidente que hoje é pior do que no passado. O tal plano cicloviário anda mais devagar que os salários dos representantes da prefeitura de Porto Alegre. Dá pra dizer, sem medo, e com vergonha que a prefeitura em um todo não faz jus ao que promete a comunidade de POA. Não adianta bater pé... segunda feira, todo mundo vai subir nos ônibus com o reajuste da passagem de 2,85 para 3,05 reais. Ainda se escuta dizer... "mas é só 20 centavos!". Pergunto então, pq subir se o pensamento é este? A criatividade tem ido de encontro para as coisas que interessa apenas o indivíduo favorecido, num entendimento óbvio de egoísmo e má administração, evidentes. Nas ciclovias, única alternativa que poderia se traduzir em economia e saúde para quem precisa... o desrespeito inclusive por parte de carros oficiais da prefeitura, como pode ser visto no facebook, e outros canais da mídia de grande fluxo de acessos. Ocorre que pedestres, carros, carroças, skates, e até motociclistas elétricas andam sobre a dita ciclovia que teria finalidade viabilizar o trânsito urbano. Não há interesse... 
Enquanto em cidades de primeiro mundo, a bicicleta ganha tecnologia estrutural para ser a solução de trânsito problemático evolutivo, aqui, se jogam pás de terra em frente ao ciclista. Um ciclista que tenta ser um cidadão que faz por si e por toda sociedade, tirando um carro das ruas. No País da Dilma, que ela mesma insiste em dizer que é a nação do futuro, anda a bicicleta de forma curiosa... de ré! Nem a prefeitura, nem o governo do estado, e tampouco o governo federal estão preocupados com as dificuldades enfrentadas pela sociedade com relação a mobilidade urbana. A mobilidade urbana é pauta pra toda hora na  assessoria de imprensa dos governos, mas de verdade é assunto amornado, discutido e modificado com cautela, garantindo votos e o conforto de quem deveria estar quebrando a cabeça para resolver. Resolver pq são pagos para isto... ou cargo público é só pra fazer de conta? Pense em 20 centavos para 720 passagens de ônibus para um cidadão, e possivelmente você ficará surpreso com 144 reais extras no final do ano. Isto, poderia certamente ser empregado em livros, ou cestas básicas. Estou certo que a finalidade de 144 reais pode ser diferente para cada um, para cada necessidade. 

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