quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O duro osso pra roer no fotojornalismo esportivo...

Muitas vezes me perguntei até quando eu escaparia de um acidente de trabalho. Felizmente, até hoje, não me machuquei, e até então não havia quebrado nada. Durante o Brasileiro de DH em Macaé, desci a trilha com um amigo quando cheguei naquele momento crucial... desço? Por onde? Me agarrei nuns galhos com a máquina pendurada no pescoço... um grande erro. Escorreguei, na recuperação da firmeza fui jogado contra o barranco, quebrando o flash 580 EX II justamente no articulador. Este flash "tinha" cabeça giratória, regulagem de direção. Chateado, terminei o trabalho sem o mesmo... utilizei quando necessário o flash da própria Canon 7D e um outro flash pequeno simples que uso para "quebrar galho". Foi dureza ver meu flash de 1000 e picos reais se partindo. No Orçamento... 500 reais de conserto, ainda sem garantia de que ficasse perfeito. Desisti de arrumar o mesmo... vou comprar um novo em viagem futura. Sairá caro... sim, sairá! Pelo aprendi uma dura lição no assunto de transportar material sobre lugares escorregadios, perigosos. O fotojornalismo quando exercido como autônomo, justamente minha situação, descreve uma realidade de dane-se você mesmo! Não há nada ou alguém contigo... aguenta as pontas pq o osso é teu. Hoje, amadurecido na função... digo o que um fotojornalista não deve fazer:

- não deve cobrar muito pouco ou trabalhar de graça, pois o ganho deve cobrir despesas e quebras de material;
- não deve aceitar trabalhos perigosos sem que fique claro ao contratante sobre o risco pessoal e de material delicado;
- não deve usar materiais caros para realizar trabalhos de cache baixo, isto é perfeito aos esportes radicais, também aos eventos que o fotógrafo precisa correr de lá pra cá... 

Existe muita história sobre profissionais que caíram na água, levaram tombos e pancadas, fora atropelados, ou que despencaram de barrancos, como no meu caso. Pense muito bem antes de aceitar um trabalho que paga pouquinho... estou repensando muitas situações. Ter seguro pode ser uma alternativa para roubo ou outras perdas, mas precisa considerar o que este seguro cobre. O seguro custa em média de 10-15% do valor do material. Pense bem... mas não deixe de pensar! Fotografia é um trabalho onde o profissional ou seus materiais não são imortais!

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