terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Massa Crítica do dia 16.12.2011





A última Massa Crítica do ano foi antecipada, ocorreu no dia 16 de Dezembro deste 2011 que deixa muita história para lembrar. Algumas histórias boas, outras polêmicas, mas vida é assim mesmo. Não dá pra agradar a todos, e nem confiar nas atitudes de algumas pessoas de grandes aglomerações de qualquer comunidade. Os ânimos são alimentados pela circunstância ao redor, e seria o mesmo que colocar palha no fogo, intensificamos o efeito. Algumas verdades vieram a tona, acobertadas por pessoas que não queriam ver verdade ou que acham que a verdade tem apenas um dono. A ação de Ricardo Neis é monstruosa e lamentável, lembraremos para sempre! E saberemos para sempre também que algumas pessoas "atiçaram" o monstro, fazendo-o sair da toca! Doa a quem doer, verdade existe para ser mostrada. Aos de qualquer ciclista fica claro que Ricardo Neis não deveria ter o direito de conduzir o carro pelo resto de sua vida, pois carro não é arma! Carro é um instumento de locomoção dos fracos, dos trabalhadores que correm contra o tempo, dos idosos, dos dias de chuva e frio, etc. Como vemos o carro, isto é um problema pessoal. E somente um lunático diria que queimem os carros, que morram os motoristas... eu diria duas coisas sobre este pensamento. O ciclista que diz isto, provalmente não tem hora ou grande distância para trabalhar, e nem todo trabalho fica a 10 km de casa. Conheço muitas pessoas que conduzem seus carros por 35-70 km diariamente para trabalhar e manter a economia funcionando. A mesma economia que viabiliza uma estrutura social que te permite pedalar nas ruas, mesmo que seja com poucas condições. Não é o imposto das bicicletas que mantem um orgão fiscalizador como o EPTC, é o imposto do transporte público, dos carros... o imposto de quem realmente paga imposto. Outra observação que eu gostaria de fazer aos extremistas deixo em forma de duas perguntas: Como levar sua avô no médico se os carros acabarem? E, você nunca sonha em ir até a praia com a família (iria de bicicleta com a sua avó tomando sol na cuca)?
Estas questões deixo flutuando no ar, e assim quem sabe se alguns acabm compreendendo um pouco melhor a necessidade dos veículos nos dias de hoje. Bicicleta para sempre, carro com moderação! Esta é a sugestão do Bikes do Andarilho para dias melhores, pq não existe justiça para a bicicleta sem compreensão. É meu papel trazer alegria para este espaço, mas é também necessário que eu dê o puxão de orelha quando algo não esta sendo conduzido com plena seriedade. Fazer sinais obscenos para motoristas que passavam junto ao largo, ou "tocar" nos veículos é errado! A conquista do direito deve ser realizada com respeito! Falo de outras datas, já que nesta Massa Crítica vi tudo certinho, e parabenizo por isto. As fotos da Massa Crítica do dia 16 estão neste álbum! Aqueles que acharem que fiz poucas imagens, lembrem que fui fotografar um evento para a Revista Bicicleta. Realmente é uma pauta de poucas fotos.
Roda pra frente, pq apesar de tudo... creio em um futuro melhor!

Roberto Furtado

7 comentários:

  1. O paradigma do carro domina a nossa economia. Você tem razão que o carro é importante e tem um espaço a ser assegurado. Mas o carro não precisa ser defendido. Pois na verdade ele está é super-valorizado. O detrimento do ciclismo é absurdo, pois não temos segurança física, vivemos por obra da sorte, contando com um discernimento dos motoristas que nem sempre existe. Outra coisa absurda é a absoluta inexistência de trens de transporte de passageiros, sejam urbanos, metro ou inter-municipais. Vivemos na omissão do governo por décadas, sem investimentos públicos no transporte coletivo. Sob domínio de lobbies das empresas de ônibus e sob o cartel das montadoras, onde pagamos os carros mais caros do mundo. Temos hoje o governo mais corrupto de nossa história, onde estes lobbies e carteis deitam e rolam, superfaturando as obras e ditando prioridades para as políticas públicas. O carro individual é a mesma solução do colégio particular, do plano de saúde e da segurança particular, é a solução social e econômica para o privilégio e a exclusão, a forma de se viver sob a omissão do estado na sua obrigação de oferecer as condições básicas de serviços públicos. É o cada um por si, o salve-se quem puder. E o resultado é uma sociedade com cultura de favorecimento e corrupção.

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  2. Roberto, coloca nome aos bois, esclarece isto: "Algumas verdades vieram a tona, acobertadas por pessoas que não queriam ver verdade ou que acham que a verdade tem apenas um dono. A ação de Ricardo Neis é monstruosa e lamentável, lembraremos para sempre! E saberemos para sempre também que algumas pessoas "atiçaram" o monstro, fazendo-o sair da toca! Doa a quem doer, verdade existe para ser mostrada." O que eu sei pelo que vi nos estudos e no processo o Ricardo Neis insistia em passar através do passeio de qualquer forma, pois já a várias quadras estava forçando com seu veículo, colocando por cima dos ciclistas, tanto é assim que ele teve várias esquinas para dobrar, mas de forma compulsiva insistia em atravessar o passeio ciclista com seu carro, se ouve discussão anterior dos ciclistas para com ele foi para defender o passeio. Estas insinuações de razões e justificativas para o atentado do Ricardo Neis não são validas. Se tu sabes algo mais por favor esclareça, não deixe assim.

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  3. Dou o maior apoio ao movimento de vcs:Bikes especialmente nos grandes centros é a solução para uma convivência mais pacífica e ecológica,O QUE FALTA MESMO É A CONCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO.MASSA CRÍTICA NELES!!

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  4. Aires, tem algum tempo que alguns ciclistas presentes naquele dia insistem em afirmar que o autor do atropelamento agiu gratuitamente (que não seria resposta a provocações). Depois de muito perguntar, praticamente uma investigação, descobri até mesmo o nome de algumas pessoas que bateram no carro. Qual a necessidade de saber isto? Na atribuição dada pela Revista, preciso saber toda verdade possível... Para que? Para nunca mais confiar nestas pessoas! O depoimento enganoso me convenceu por meses de que a conduta do grupo com um todo seria exemplar com mínimas ações que não levariam a qualquer gravidade. Hoje, sabemos, eu, a Revista, as pessoas que estiveram lá, residentes das proximidades, dentre outros, que isto não é verdadeiro. A Massa é um movimento necessário, mas é preciso que algumas pessoas do grupo tenham um comportamento que responda por um todo. Os nomes, estes jamais serão publicados, pois é trabalho da polícia ou de outro interessado. Diria a ti, na condição de amigo, e sabendo da tua profissão, que dar nomes é comprometer-se com algo que não é de minha alçada. Contudo, os nomes conhecidos por mim neste momento, jamais terão o crédito da palvra novamente. Confiança é algo que se conquista, e uma vez perdida... se foi!
    Que fique claro, conheço outras pessoas do meio, e cada dia conheço outras, existem pessoas sérias, boas, de caráter entre a comunidade que perfaz a Massa. Se me perguntam quantos são, diria que os bons são a maioria, mas uma minoria rotula problemas para o grupo. O grupo precisa achar uma forma de inibir as ações dos que tem uma atitude incorreta. Abs

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  5. Só pra não deixar... passar! Ricardo Neis é um animal! E usou o veículo como arma, nada justifica a estupidez daquele ato. Nem por isto vou passar a mão na cabeça dos ciclistas que alimentaram o comportamento... seria eu mais um hipócrita! E tem mais um detalhe, ele não teria tido chance se o protesto tivesse sido assistido pelas autoridades.

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  6. Roberto. Eu entendo a tua posição mas vejo de maneira um pouco diferente. Está certo que todos os atos ocorrem em um desencadear, assim é normal: um comentário, segue uma discussão, isto ocorre no dia a dia, com cada um de nós. Chegamos a ter até mesmo os impulsos da violência pois são reações instintivas, mas se somos pessoas saudáveis e sociáveis temos o freio e paramos por aí, deixamos de cometer o crime, evitamos a violência, podemos ficar frustrados , mas seguimos outro caminho.
    No caso em questão, o Sr. Neis cismou que iria atravessar o passeio e foi colocando o carro por cima dos ciclistas, os ciclistas reagiram, argumentaram, mas não tiveram sucesso, o Neis seguiu usando do carro para tentar passar através do passeio, forçando por cima das pessoas que estavam de bicicleta na frente dele, aí sim algumas pessoas deram tapas no capô do carro para que ele tomasse consciência do que estava fazendo e parasse, só que ele como é uma pessoa muito violenta e sem freios então decidiu atropelar todo mundo.
    Inclusive pelo fato de que ele já vinha na provocação por várias quadras colocando o carro por cima dos ciclistas e a ameaçando que iria passar de qualquer jeito.
    Inclusive isto está nos depoimentos dele, onde ele justifica que teria pressa e que teria o direito de passar pelos ciclistas, foi uma teimosia dele, injustificada, pois ele teve várias quadras para dobrar as esquinas e seguir, mas ele escolheu o desfecho agressivo que teve.
    Os ciclistas não tiveram qualquer culpa culpa concorrente, podes considerar que alguém tenha dito, como relataste que deram tapas no carro, mas isto não é justificativa.
    1º não se verificou que tivessem causado danos materiais no veículo,
    2º ninguém poderia imaginar que dando tapas no veículo o motorista iria atropelar todo mundo, não se pode então imputar a responsabilidade por isto ao acidente.
    Estas questões estão sendo objeto de investigação policial e de processo judicial por isto não acho correto que sejam lançadas meias verdades ao vento, pois assim está cometendo injustiça, ou por um lado poderias estar acobertando fatos sérios criminosos ou por outro lançando insinuações injuriosas.
    Por isto te conhecendo, admirando o teu profundo carater, sendo teu amigo até mesmo de antes deste meio das bicicletas, posso te advertir como amigo, não cabe a ti de fato criticar o movimento ciclista, nem mesmo os eventuais exageros.
    Já tem muita gente contra por aí.
    Em geral gratuitamente e até mesmo com violência, nos atacando, com spray de pimenta, com garrafa, com tapete, atropelando de propósito, etc..
    Aproveita e vê a defesa que tenho feito do MC no forum pedal.
    Procura valorizar o ativismo e apoia o MC.
    Eu também já fui contra e já critiquei.

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  7. Aires, eu apoio a MC, 100%! Não apoio alguns elementos que mancham a idéia da Massa. Não distorçamos os fatos, não disse que não apoiava a massa. Sou contra alguns poucos elementos que estão ali dentro, gerando tensão e oportunizando violência e vandalismo. Estes representam um percentual mínimo dentre o volume total. Não posso amenizar atos ruins vindos de alguns poucos ciclistas, apenas pq também sou ciclista e amante da bicicleta. Faço parte mídia, não posso tapar sol com peneira! Minha obrigação é com a verdade! E eu respeito a todos que pregam seus ideais extremistas, só que posso me dar o direito de não apoiar. Pq moderação leva muito mais longe do que extremismo! Com relação aos comentários não ocorrem iverdades. Recomendo a todo aquele que possui a dúvida, que converse com 12 moradores próximos do local onde o incidente começou. Ali houve um fato que alguns ciclistas não viram, ali começou um problema que terminou mal 100 metros adiante. Não vou defender este ou aquele, e tenho quase 1000 posts para provar o que penso e digo. Houve sim um excesso em determinado momento, e este excesso ocorre em outros momentos, e estes podem colocar em risco a segurança de muitos cidadãos da massa que tem um excelente comportamento. Meu medo é que um problema deste porte se repita, justamente por causa de meia dúzia de maus elementos inseridos na Massa. Ocorre em toda multidão o percentual de incorretos, pq não haveria de ter ali também? Só que a Massa tem que se posicionar e retirar estes do meio. Maisuma vez, não se trata de não apoia uma causa, se trata de exigir que baderneiros não estejam entre a Massa, o que é tremendamente diferente. Teus comentários são sempre válidos...
    Obrigado e grande abraço

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