quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A bicicleta não é competição...

Não é com tanta raridade que se escuta que a bicicleta é competição, tampouco que ela é verdadeira quando quando utilizada para mobilidade urbana. Na verdade, acho que todos os conceitos estão incorretos quando impostos como certos. A bicicleta pode ser vista no seu ápice esportivo nas provas de downhill, ou dirt, ou quem sabe em um alley cat. Ou será que não há nada de radical em pedalar 1000 km em tempo estabelecido, como em um audax. Quem poderá dizer que levar a bicicleta ao extremo, sob qualquer condição e modalidade, será certo ou errado? Seria uma forma de pensar em bicicleta que não combina com ela. A bicicleta combina com a liberdade de pensamento. Ela atravessou os tempos, as condições climáticas, guerras, crises econômicas, também superou a banalização do da mobilidade urbana que a gasolina, diesel e álcool proporcionam. Se nos domingos tem todo radicalismo do esporte em algum lugar na versão de provas de ciclismo em qualquer modalidade, na semana se percebe a mobilidade urbana circulando em um crescente público que insiste em enfrentar o trânsito. Sim, a bicicleta não abaixa a cabeça em sua condição de simplicidade, ela briga por este espaço como opção de veículo. como dizer que o mundo é perfeito por possuir cores, se no preto e branco há tanta riqueza de profundidade e movimento. A fotografia prova que em qualquer fim, possui seu valor... na bicicleta, também ocorre isto. E como garantir que isto ou aquilo fará todos felizes. Não há como determinar o que faz do colega ao lado um vivente mais feliz, exceto se você permitir que ele possa se expressar através do que ele deseja. Expressão é um "movimento" que descreve a linguagem do pensamento, na bicicleta, o zigue-zague, pulo, ou simples vento no rosto, transforma o mundo no olhar daquele que executa a manobra. Seja complexa, ou simples, ela descreve a liberdade de sermos todos iguais, todos sonhadores, ciclistas! Se a bicicleta é verdade, parece que ela tem muitas verdades... nos olhos de um ciclista do DH, velocidade descendente entre obstáculos. Para um entusiasta da mobilidade, o simples ato de trafegar diariamente traz outras sensações de prazer e satisfação. Para quem fotografa, escreve, ou pensa sobre a bicicleta, novas oportunidades ligadas a esta grande engenharia... é a forma de expressar sensibilidade ligada a magrela sobre rodas. Sejam quais forem os motivos, intenções, sonhos... todos são ciclistas verdadeiros, onde a esperança é por uma estranha forma composta de rodas, e nela são aplicados todos os sentimentos que nos fazem viver, dia após dia. Seria justo dizer quando, onde, como alguém pode pedalar? Perguntas geram conclusões, e conclusões geram um mundo melhor! Talvez nem sempre, mas que esta é uma máquina de gerar reflexões, disto, não tenho dúvidas... e você?

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