sexta-feira, 23 de abril de 2010

Caloi Cross Sport - reforma de uma old school made in Brazil 1

Alguns amigos sabem que sou um fanático por bicicletas da década de 90, aos leitores deste blog devaneio ciclístico isto tamém não é novidade. A novidade é que sou um fã das importadas, das grandes marcas. Nunca escrevi ou remontei uma Caloi, por motivos que já descrevi tantas vezes aqui no blog. O amigo Antônio me disse que teria um quadro e garfo de uma caloi de aro 700... inicialmente achei que estaria falando de uma Caloi 12, aquelas que vinham com peças Gipieme. Pra minha surpresa ele descrevera uma bike com pivôs de v-brake, que estaria sem tinta e adesivos originais... dada a idade da peça e mau estado de conservação. Mesmo assim pedi que ele me mostrasse a peça antes e vender. Com a peça em mãos, percebi que ele tinha razão, era uma das poucas bicicletas que a Caloi produziu em aço, específica para aro 700 e com o perfil que aceitaria grandes medidas de pneu. Um pneu 700 x 42 cairia muito bem ali, se no Brasil houvesse tal peça para comprar. Foi então que comprei do Antônio este novo desafio, e resolvi tentar refazer ele próximo de sua original configuração, porém com algumas peças da época e outras atuais e de melhor qualidade. Mandei pintar em epóxi na cor preta. As gancheiras dianteiras e traseiras trazem a inscrição Gipieme, e na abraçadeira de canote de selim apresenta-se a inscrição Caloi. Depois de muito pesquisar, descobri uma bicicleta igual a esta, já com péssimo estado de conservação, mas que ainda trazia os adesivos originais. No adesivo do top tube dizia "Cross Sport" e no down tube apenas Caloi, como tradicional era na época. O modelo era identificado no seat tube ou no down tube, sempre! A bicicleta era de 18 marchas, mas penso que de 18 para 21 marchas não mudam muito os valores de reconstrução, então parti direto para a idéia de trocadores de 21 velocidades. Arrumei algumas peças em meu estoque pessoal, dentre elas os freios cantilever da shimano, cubos shimano exage com núcleo de 7 velocidades. Separei também algumas peças novas, tais como um adaptador de espiga para medida de 21.1mm, mesa aheaset, guidão, pedevela, movimento central... procuro ainda por um cambio traseiro e um dianteiro. Creio que o trocador será um shimano de maçanetas de freio integradas, já com mostradores, coisa dos anos 90, pra variar. O quadro já retornou da pintura, e esta em fase de montagem. Ando meio atrapalhado no trabalho, por isto a montagem não será tão rápida, ou pelo menos não prometo.
Roberto Furtado

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Capacete com viseira by Sidnei Mazza






Quando vi o amigo Sidnei em um passeio com o capacete representado pelas fotos, percebi que haveria muito mais do que uma questão estética. Tratava-se de uma proteção!
É impressionante isto que chamamos de vida, e as pessoas que temos oportunidade de conhecer todos os dias... especialmente nesta maravilhosa cidade que chamamos de Porto Alegre. Embora seja eu um desiludido com a atual violência presenciada na querida terra natal, não posso deixar de dizer que os amigos fazem a diferença para que possa ser possível viver nesta metrópole. Voltando ao assunto do título, e ao autor da proeza bem sucedida, motivo desta postagem, confiro detalhes juntamente com os amigos que por aqui frequentemente passam. As imagens demonstram a forma de fixação da viseira no capacete. para melhor entendimento, explico o que me foi passado pelo amigo Sidnei. Sidnei estaria passeando de bicicleta pela cidade quando um inseto grande e não indetificado bateu próximo de sua vista. Então surgiu a idéia de colocar uma viseira que proporcionaria maior proteção ao rosto, evitando assim que o susto ou lesão pudesse colocar em risco a momentânea dirigibilidade na bicicleta. Sabemos que numa fração de segundos estamos em risco quando o assunto é pedalar pela cidade. No susto de um inseto batendo no olho, poderíamos perder rapidamente o rumo e batermos em um carro estacionado. Existe o risco...
Então este foi o motivo que fez Sidnei elaborar a instalação da viseira. Com a gentileza das fotos tiradas e cedidas pelo amigo, repasso a todos.
A confecção se justifica, mesmo que um semelhante exista, pois um capacete para ciclismo com viseira custa muito mais do que o valor investido no projeto. Encontrei algumas opções, porém todas elas com valor superior a 500 reais. A viseira que tem custo de 10 reais em lojas de motociclismo pode ser instalada em capacetes de qualquer valor, viabilizando a idéia protetiva da face do ciclista.
Fotografia e Projeto: Sidnei Mazza
Texto devaneio: Roberto Furtado

Um Audax 300 km para os voluntários... a vez do fotógrafo!

Então turma... depois de algumas conversas entre voluntários, e pensando na importância destes para os eventos Audax, foi idealizado uma extra Audax. Tal prova seria realizada para disponibilizar uma oportunidade para os voluntários que precisam e desejam alcançar o brevet, e que nas habituais datas estão participando na organização de provas onde os amigos tem a oportunidade de pedalar. Foi definida a data, em princípio, para o dia 14 de maio deste ano. Haverão poucas pessoas pedalando, creio que sejam menos de 20 participantes.
É definida a vez destes... dentre estes, eu, o fotógrafo. Desafiarei os belos 300 km para poder participar dos 400 km. Maiores informações podem ser obtidas com a Sociedade Audax.
Roberto Furtado

Novo projeto... single speed!

Dias atrás consegui um quadro com o amigo Tchaka, cheguei lá e ele havia guardado pra mim. Disse que lembrou de mim quando olhou pra sobra, numa limpa de depósito. Segundo o antigo proprietário do quadro, o quadro era uma Bacini, simples... pelo visto da década de 90. Me parece que o quadro é de aço, embora apresente um belo acabamento e fixações para bagageiro traseiro. O quadro era originalmente rosa, e depois passou verde metálico... esta bom, apesar de faltar o garfo e possuir um mínimo amassado no top tube (quase não se percebe). Com gancheiras na horizontal, entendi que este era perfeito para montar uma Single Speed (SS). Como sempre, quem guarda tem... tenho um garfinho de GT outpost guardado, e nele farei o aumento de espiga para sistema aheaset e conforto. Penso já na lista de materiais, e nela estão em vista:

- caixa de direção STD aheadset;

- espaçadores STD;

- canote de selim 26.0mm;

- selim ?;

- cubo dianteiro;

- cubo traseiro;

- engrenagem peão de 13-14 dentes;

- pedevela 42 dentes;

- freio e maçanetas para cantilever;

- pneus finos 26 x 1.25;

- aros vzan extreme;

- guidão ?;

Para uma single penso que isto já é uma porção de peças, mesmo assim acho que o quadro e a intenção da idéia vale o sacrifício. Assim que estiver com a pintura pronta, começarei a montar, sem prazo para terminar. Mesmo se tratando de bike simples, o custo e o tempo para montagem são detalhes que impedem a rápida finalização do projeto.

Roberto Furtado

terça-feira, 20 de abril de 2010

Peças Antigas - Garimpo

Procurar peças antigas para restauração das bikes antigas é uma excelente distração para aqueles que valorizam as bikes de Cr-Mo. Muitas vezes nos surpreendemos com o valor e a disponibilidade de certas peças. Peças fora de linha podem ser encontradas em todos os valores, simbólicos ou abusivos, por assim dizer. Dá pra ver das duas formas na internet. As vezes, em lojinhas e oficinas pequenas também encontramos este tipo de material. Também é comum ver bikes inteiras e originais em briques, porém não costumo visitar estes... Prefiro visitar as pequenas lojas. Em meu estoque pessoal, depois de alguns anos garimpando, não é rara a vez em que consigo recuperar uma bike antiga, ou peça antiga. Guardo até mesmo as pecinhas boas de cambios estragados, embora esteja ficando difícil de driblar a minha mãe, pois minha oficina fica na casa dela. rsrsrsrs
Dias atrás, navegando pelo mercado livre encontrei um cambio traseiro shimano GS200, peças simples, mas bastante funcional. Fechei o valor com o vendedor e recebi em casa... abri a caixa e lá estava o cambiozinho, como o vendedor descreveu. Possuindo algumas marcas, mas em excelente estado de conservação, em especial sem folgas e com a mola vigorosa. Tenho certeza de que este vai para a prateleira dos usados em bom estado de minha oficina, e logo que houver uma merecida aplicação, estará realizada a tarefa de estoque. Muita gente não acredita nestas coisas... guardar velharias, estocar coisas que não se usa mais. Já eu penso que o uso e a necessidade é que respondem por isto. Lamento mesmo é que muita coisa já não existe mais, em especial estas peças da década de 90, que me parecem muitas fortes e coerentes em design. Uma opção muito pessoal, mas também comercial... ou pensemos que as peças atuais são tão duravéis quanto um corte de cabelo, ou acreditemos que as velharias da década de 90, além de ecológicas são muito especiais ao bolso...
Roberto Furtado

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Projetos de reforma em andamento

Estou colocando alguns projetos em andamento... reformei as duas GT outpost (uma amarela e outra azul), aliás fiquei devendo o último post da azul, com vista inteira da bicicleta. Este post não foi esquecido, apenas não tive tempo para realizar a foto que preciso para finalizar.
Depois desta ainda estou por retomar alguns projetos... por isto vou listar os mesmos, e desta forma amenizo a ansiedade dos amigos curiosos.
Em diferentes fases de processo de reforma, tenho os seguintes modelos:

- Trek 470 1996;
- Trek 800 1997;
- Caloi Cross Sport (aro 700) não descobri o ano exato;
- Specialized Hard Rock 1995;
- Bacini (Single Speed) não descobri o ano;

Projetos aguardando peças, pintura, sem qualquer etapa iniciada:

- Peugeot Single Speed
- Peugeot Turismo 3
- Bernardi
- Giant Alegree
- GT Outpost 1994
- Trek 800 longtail

Estou pensando em pegar um dos modelos e fazer do início ao fim num processo passo a passo, inclusive ainda sem pintura. Desta forma dá pra ver como dá trabalho reformar uma bicicleta. rsrsrsrsrs
Roberto Furtado