A vida urbana tem mostrado seus demônios aos cidadãos de bem. Não é raro o dia em que sabemos através de alguém um acidente urbano, em geral, acidentes de trânsito. A violência derivada do aglomerado de pessoas comprova que parte destas não é exatamente apta ao convívio em sociedade, no trânsito não seria diferente. Imagine que na mão de pessoas sem critério, sem caráter, estão veículos potentes... então estes conduzidos por pessoas do mal, tornam-se veículos do mal, demônios a pedestres, ciclistas e motociclistas. Uma localidade onde existe este tipo de problema, seria inaceitável que houvesse omissão e descaso por parte dos governos. De toda forma, não há, nem controle, nem bom censo, e por outro lado vidas não são poupadas. Causa e consequência das grandes metrópoles, acentuada nos países de terceiro mundo, onde a educação não tem nem mesmo noção. Todos os dias, sem exceção, penso nisto. Como seria viver diariamente em cima da bicicleta? Penso que haveriam outros problemas, mas outros tantos deveriam sumir de uma lista que pertece ao cotidiano das cidades. Já ouvi dizer que pensar em bicicleta como penso, bem como outros maníacos que tem outro interesse, seria uma fuga. Na primeira oportunidade pensei sobre o que seria fuga, e não conclui que este termo se adaptasse a bicicleta ou a minha forma de viver. Trabalhando diariamente, e muitas vezes sem poder olhar para a bicicleta, o que dirá andar nela. Como seria fuga? Talvez seja por não acreditar mais em carros de 3,4 ou 5 metros, estes capazes de jogar grandes volumes de CO2 atmosfera, ou de destruir vidas quando em mãos de pessoas inaptas. Sem falar que os carros acabam todos iguais, no lixo. Se isto for fuga, então se eu puder, serei fugitivo, pq vivo a esperença de que um dia sejamos todos (os ciclistas) vistos como pessoas que colaboram muito com a cidade, como também deveriam ser vistos os "Lixeiros", que muitas vezes são olhados com descaso por estarem coletando o lixo alheio. Comparação apenas para o descaso feito pela sociedade, existem inúmeras formas de viver e de não ser reconhecido dentro desta que deveria acolher a todos. Estou tentando viver uma fase mais fotografia, mais bicicleta, mas sinto que o sistema quer que você nade para outro lado. Não desisto, já fui até prancheiro, algo que muitos desconhecem... deixei de ser prancheiro pela família e pelos temores, mas em espírito continuo sendo aquele mesmo.
Roberto Furtado
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